Capitulo 12º

Descobertas

Assim que acordou viu a ruiva dormir ao seu lado. Ficou longos minutos a encarar a rapariga até que decidiu se levantar.

Fez o menos de barulho possível, e caminhou até á escrivaninha dela, procurando pelo pequeno caderno onde ela escrevia seu romance.

Abriu o caderno na última página, onde estava o M entrelaçado no W. Pegou num das penas que estavam ali ao pé de si, e desenhou algo que lhe saiu perfeito.

Ginny apalpou a cama ao seu lado, dando pela falta do loiro que ali devia de estar.

"-Draco!" – Chamou ela aflita abrindo os olhos.

"-Estou aqui." – Disse a voz dele ao seu ouvido.

A ruiva virou-se e viu que o loiro estava atrás de si, e em seguida sentiu o braço dele enrolar-se na sua cintura e apertá-la contra o seu corpo.

"-Pensavas que tinha ido embora?"

"-Sim. Quer dizer assustei-me."

"-Eu fui fazer uma coisa."

"-O quê?"

O loiro sorriu e entregou o caderno à ruiva.

"-Voltaste a ler?"

"-Não apenas escrevi uma coisa. Vê a última página."

A ruiva sentou-se na cama e encostou suas costas ao peito do loiro. Folheou o caderno até á ultima página e ficou estática a olhar para o que estava lá escrito.

Um lindo e perfeito D encontrava-se na página, e entrelaçado a essa letra, estava um maravilhoso G.

"-O que isto significa?" – Perguntou ela sem tirar os olhos da folha.

Ouviu o loiro sorrir antes de ele responder:

"-Acho que está implícito."

"-Mas quero ouvir as palavras da tua boca Draco."

Ele sorriu, ela estava a dizer o mesmo que ele lhe havia dito poucos dias antes.

"-Eu adoro-te."

Ginevra pousou o caderno na cama, e em seguida virou-se para o rapaz. Sentou-se no colo dele e começou a beijá-lo devagar, fazendo com que o coração de ambos acelerasse.

Sentiu as mãos dele vaguearem pelas suas costas nuas, e apertarem-na contra si, o mais possível.

….

"-Não devias de ir embora?" – Perguntou minutos depois.

Sentiu os braços dele apertarem-na na cintura, e sentiu ele deitar a cabeça no seu colo. Podia ouvi-lo respirar calmamente antes de ele responder:

"-Não me apetece. Estou aqui tão bem."

"-Eu também não queria que fosses embora, mas minha mãe, meu irmão, e se eles desconfiam, ou se descobrem?"

"-Na verdade eu não me importava muito."

"-Então fazemos assim, eu vou descer para ir buscar algo para comermos, e depois volto. Digo à minha mãe que vou escrever e que não quero ser incomodada."

"-Perfeito. Podes ir, que eu não sairei daqui." – Disse ele vendo-a levantar-se.

A ruiva sorriu antes de vestir uma camisa larga e o robe por cima.

"-Volto já."

"-Não demores."

Desceu as escadas de duas em duas e apenas encontrou sua mãe na sala.

"-Bom dia Gininha. Hoje levantaste-te tarde, isso é que foi dormir."

"-Estava a sentir-me cansada, apenas isso. Vais sair?" – Perguntou vendo a mulher a arranjar a bolsa.

"-Vou sim, mais a Narcisa. Vamos ás compras, as duas, queres vir? Visto ires ficar sozinha, pois teu irmão foi sair mais a Luna, a Hermione e o Harry."

"-Não, deixa lá. Assim aproveito para escrever um pouco, visto ficar silêncio."

"-Escrever! Bem, chama-lhe o que quiseres. Eu vou indo. Até logo" – Despediu-se a mulher beijando a bochecha da filha. – "Gosto do teu perfume" – Comentou ela antes de se afastar da ruiva.

Ginny ficou embasbacada a olhar para a mulher e em seguida cheirou o robe constatando que tinha o cheiro de Draco impregnado em si.

"-Draco….veste-te."

"-Porquê?"

"-Vamos tomar o pequeno-almoço. Não está ninguém em casa."

O loiro saiu da cama e vestiu apenas os boxers e as calças, saindo em seguida atrás da ruiva. Apanhou-a no hall e passou ambos os braços pela cintura dela, abraçando-a.

Caminharam vagarosamente até á mesa, e Draco sentou-se numa cadeira puxando a ruiva para o seu colo.

"-Vamos comer juntinhos" – Disse ele ao ouvido dela, causando-lhe a reacção que ele mais adorava nela, fê-la tremer nos seus braços.

"-Afinal porque estamos sozinhos?"

"-Minha mãe foi ás compras com a tua, e meu irmão saiu com a Luna, com o Harry e a Hermione."

"-Saída a quatro. "

"-É."

"-Óptimo para nós….assim ficamos bem sozinhos e bem juntinhos. Hei onde vais?" – Perguntou vendo-a levantar-se.

"-Tomas banho. Queres vir?"

Ele não respondeu, apenas se levantou da cadeira e pegou na ruiva ao colo, caminhando com ela até ao banheiro.

Pousou a ruiva na bancada da casa de banho e em seguida caminhou até á banheira abrindo a agua. Voltou para ao pé de Ginny, e começou a beijar o pescoço dela.

As mãos dele desapertavam os botões do robe, enquanto que seus beijos iam descendo cada vez mais até á zona do colo dela. Atirou o robe para longe, seguido da camisa que ela tinha vestido.

Ginny saiu de cima de bancada e encarregou-se de tirar as calças dele, atirando-as para ao pé da sua roupa. Assim que ele não tinha roupa nenhuma pegou na mão dela e caminharam até á banheira.

Draco entrou primeiro e sentou-se, puxando a ruiva, encostando as costas dela ao seu peito.

"-A água está boa?" – Murmurou ele ao ouvido dela.

A ruiva encostou sua cabeça ao ombro dele, e fechou os olhos sentindo as mãos dele acariciarem seu corpo.

"-Óptima" – Respondeu num sussurrou quase inaudível.

Sentia o loiro a morder-lhe o pescoço, e sabia que iria deixar marca, mas não se importava com isso, não mais.

"-Draco!" – Chamou por entre suspiros.

"-Sim?"

"-Eu disse que era um banho."

"-Eu sei….já chegamos a essa parte" – Disse ele, fazendo-a rir.

Momentos depois sentiu as mãos dele afastarem-se do seu corpo, para voltarem cheias de creme para o corpo. Relaxou completamente quando o sentiu passar o creme cheiroso pelo seu corpo.

"-Melhor assim?"

"-Hum hum." – Respondeu ela.

Minutos depois ele saía da banheira indo buscar uma toalha, chamou a ruiva, que caminhou até á toalha onde ele estava enrolado, enrolando-se também.

"-É, cabemos os dois" – Comentou ele.

Ginevra nada disse, apenas sentiu o loiro pegá-la ao colo, e saindo da casa de banho caminhando novamente até ao quarto dela.

Deitou-a na cama, e deixou-se ficar deitado em cima dela, sentindo a ruiva acariciar seus cabelos.

…..

"-Tenho que me ir vestir" – Disse ela, quando o sentia quase a dormir.

"-Eu também, mas não me apetece."

"-E isso lá é de apetites?"

"-É pois. Apetece-me antes estar aqui."

"-Vamos Draco, deixa de ser preguiçoso."

"-Ok eu vou-me vestir ao meu quarto, e tu depois vais lá ter."

"-Certo" – Concordou ela sentindo-o beijá-la.

……

«Draco Malfoy. Até á uns dias atrás este nome fazia com que eu me irritasse muito, mas agora, agora faz-me sorrir. Quem poderia pensar numa coisa destas, uma Weasley apaixonada por um Malfoy! Bem eu não pensava de certeza.

E não conseguia perceber como minha mãe e Narcisa poderiam ser amigas.

Mas isso não importa agora….o que importa é que eu tenho um loiro que está á espera do outro lado da varanda….vou mas é embora….»

"-Pensei que tivesses esquecido o caminho." – Comentou ele sorrindo assim que a viu na sua varanda.

"-Claro que não. Apenas fui escrever umas coisinhas sem importância."

Ela passou os braços pelo pescoço dele e enrolou suas pernas na cintura do rapaz.

"-O que a menina deseja fazer?" – Perguntou ele por entre longos beijos.

"-Qualquer coisa….por exemplo, ir-mos beber algo fresco, tenho sede."

"-Não era bem nessas coisas que estava a pensar, mas tudo bem."

Beijou a ruiva mais uma vez, antes de a pousar no chão e lhe pegar na mão. Caminharam lado a lado pelos corredores da mansão até chegarem ao cimo das escadas.

"-Ouve" – Disse ela, fazendo-o parar.

"- Não poderia imaginar melhor namorada para o meu filho do que a Ginny."

"- É….tu nem imaginas como fiquei quando os vi a beijarem-se. Eu contei-te, tinha ido fechar a janela do quarto dela, quando a vi no quarto dele a beijá-lo".

"- Sim contas-te. E ontem! Eles estavam tão queridos a comer o gelado na gelataria na Diagon-Al."

"- É, eles fazem um par perfeito. Estou muito feliz."

"- Eu também, meu filho tem uma namorada perfeita."

Ginny olhou de boca aberta para o loiro que apresentava uma expressão de puro choque.

"-Percebi as sensações de estarmos a ser observados. Era a tua mãe" – Disse ele momentos depois.

"-É, e eu agora percebo as indirectas dela, e os sorrisos."

" E já sei porque minha mãe me veio contar sobre a tua doença. Achei estranho ela vir-me falar sobre isso, mas não tinha dormido muito sobre o assunto, estava mais preocupado contigo do que com o resto. Mas agora já entendi, ela sabia. E não nos disseram nada."

"-Assim como nós também não lhes dissemos. Sabes que mais, perdi a sede, vamos voltar para o quarto?" – Perguntou ela, recebendo como resposta um sorriso.

…..

"-Ainda não acredito que elas nos seguiram ontem" – Disse ele, enquanto sentia as mãos dela acariciarem seu cabelo.

A ruiva encontrava-se sentada na cama dele, com as pernas esticadas, e a cabeça do loiro repousava sobre as suas pernas.

"-Nem eu. Mas quem as pode culpar?"

"-Ora eu posso. Nunca segui minha mãe para lado nenhum, e muito menos a tua, porque é que elas nos seguiram?"

"-Porque somos seus filhos, e porque eu sou uma Weasley e tu um Malfoy, tens que admitir que és estranho."

"-Mas bom."

"-Sim….mas não deixa de ser estranho."

Ele riu e ela perguntou:

"-Não tens calor?"

"-Não, porquê?"

"-Se tivesses, despias a camisa."

Ele gargalhou antes de se sentar na cama. Abriu os botões da camisa e tirou-a para o outro lado do quarto.

"-Pronto. Melhor?"

"-Muito" – Respondeu ela beijando o peito dele.

Draco abraçou-a e acabou por se deitar na cama, com a ruiva por cima de si, e ela entretinha-se a beijar os lábios dele, o pescoço e os músculos bem definidos.

"-Estás a tentar-me ruiva" – Murmurou ele.

"-Nem por isso, se estivesse a tentar-te fazia isto" – Disse ela passando com a ponta dos dedos no peio dele, fazendo contrair-se. – "Vês? Assim é que estou a tentar-te." – Disse ela rindo.

"-Não vejo piada nenhuma nisto."

"-Vejo eu. Afinal ficas muito querido quando fazes essa expressão."

"-Que expressão?"

"-Estás com cócegas mas não queres demonstrar."

"-Eu não tenho cócegas."

Ela sorriu antes de encostar sua testa á dele.

"-Tens pois. Eu sei."

"-Não tenho não."

A ruiva trincou o lábio inferior, antes de o beijar de uma maneira possessiva.

"-Admite Draco…..vamos lá…..admite."

"-Certo….eu tenho, mas tu não vais contar a ninguém."

"-Será um segredo nosso apenas. Eu prometo" – Disse ela sentindo o loiro rodar na cama, deitando-a e ficando ele por cima.

"-Está quase na hora de almoço" – Murmurou ele beijando-lhe o lóbulo da orelha.

"-Então terei de ir para casa."

"-Porquê? Tua mãe já sabe mesmo."

Ela riu sentindo os lábios dele fazerem um trilho de beijos desde a orelha até ao lábios dela, beijando-a por fim.

……..

"-Então mãe, o passeio com a Narcisa foi bom?"

"-Sim filha, divertimo-nos muito. E tu,.. como foi a tua manhã?"

"-Como se tu não soubesses…" – Respondeu ela piscando o olhos á mãe e caminhando ate á sala.

"-O que quiseste dizer?"

"-Ora sabes como eu adoro escrever. Pois bem, eu diverti-me imenso, há muito tempo que não escrevia durante tanto tempo seguido" – Respondeu ela fazendo Molly sorrir.

"-Claro" – Disse a matriarca antes de voltar para a cozinha.

Ginevra sorriu sozinha, e abanou a cabeça não percebendo porque sua mãe não lhe dizia que sabia dela e de Draco.

"Talvez pense que nós gostemos de namorar ás escondidas. É claro que é muito mais divertido e emocionante! Ela lá sabe, um dia contarei a todos por isso…" – Pensou enquanto via sua mãe entrar na sala com uma bandeja cheia de comida.

…..

«-Não valia a pena Draco – Disse abrindo ansiosa o embrulho – É lindo.

-Posso? – Perguntou estendendo a mão em direcção ao fio prateado que ela segurava. Em seguida passou por trás dela e cuidadosamente colocou-lhe o fio no pescoço – Lex?

-Sim?

-Há algo mais...

-O quê?

Mas o rapaz não lhe respondeu, em vez disso passou suavemente a não na face dela, beijando-a de seguida.

Era uma sensação maravilhosa aquela, ser beijada por ele. Os lábios quentes dele de encontro aos seus, era tão maravilhosamente belo.

- Eu adoro-te. – Murmurou ele quando se afastou dela.

- Eu também te adoro.

Voltou a beijar a menina á sua frente, fazendo-a desejar cada vez mais aqueles lábios, afinal cada beijo provocava uma nova sensação nela.»

"-Isso é o que sentes quando te beijo?"

"-Não….eu sinto mais."

Ele sorriu, vendo-a fechar o caderno e levantar-se. Passou os braços pela cintura dela, enlaçando-a, e puxou o corpo dela para si.

"-Que tal fazermos aquilo quer eles vão fazer depois?"

"-Eles não vão fazer nada Draco, não vou escrever isso num livro infantil."

"-Tudo bem, mas vamos fazer na mesma. "

- - - - - Fim do 12º capitulo - - - - -