Cap. 33: Esmeraldas e Beijos

"Tu és um dos alunos desaparecidos?" – perguntou a Laura surpreendida

"Sim." – respondeu o Firekai.

"Mas como é que vieste parar aqui?" – perguntou a Laura, pondo um prato com comida em frente ao Firekai.

"Eu vou contar-te tudo." – disse o Firekai.

O Firekai demorou alguns minutos a descrever o que se tinha passado na escola, bem como as personagens envolvidas no caso.

"Então foi assim que se passou…" – disse a Laura pensativamente.

"Sim. Agora tenho de ir procurar os meus amigos." – disse o Firekai.

"Claro, mas tu não fazes ideia de onde estás pois não?" – perguntou a Laura.

"Não." – disse o Firekai. – "Mas este lugar parece estranho e é muito escuro."

"Vou explicar-te onde é que tu estás." – disse a Laura. – "Para começar toda a gente chama a esta zona, a Zona Negra."

"E porquê? Por ser tudo escuro?" – perguntou o Firekai.

"É claro que isso também é um dos factores, mas o nome não se deve a isso." – disse a Laura. – "Esta zona é governada pelo Império."

"E o que é o Império?" – perguntou o Firekai.

"O Império é uma organização de vilões de todos os tipos, monstros, humanos, zumbis, vampiros, entre outros que querem conquistar o mundo. Felizmente para nós, eles não podem sair da Zona Negra, pelo menos não todos." – esclareceu a Laura.

"Mas porque não?" – perguntou o Firekai.

"Porque quando se deu a Guerra da Magia, uma magia muito forte enfeitiçou esta zona, prendendo a maioria dos monstros e não os deixa sair daqui." – disse a Laura. – "Contudo, o feitiço tem vindo a ficar mais fraco e o Império está cada vez mais forte."

"Estou a ver… isso é realmente uma ameaça perigosa." – disse o Firekai.

"Mas há mais." – disse a Laura. – "As zonas do planeta fora da Zona Negra não parecem estar a interessar-se por este problema."

"Quer dizer que eles não estão a fazer nada para parar os monstros?" – perguntou o Firekai.

"Exactamente." – respondeu a Laura. – "O Império tem como objectivo conquistar o mundo, escravizar a raça humana e transformar o nosso mundo num inferno."

"Isso é muito mau… alguém tem de parar esses monstros." – disse o Firekai, enquanto comia.

"Há uma organização que se ocupa disso. Essa organização tem como objectivo parar o Império e a Rainha Vampira." – disse a Laura.

"Quem é essa?" – perguntou o Firekai, enquanto comia algumas batatas fritas.

"Ela é a líder do Império." – esclareceu a Laura. – "Ela é completamente má, já fez as piores coisas que possas imaginar. E além da escravidão das pessoas ela quer uma coisa que não conseguiu ter até agora."

"E que coisa é essa?" – perguntou o Firekai.

"Magia." – respondeu a Laura.

"Ela quer magia?" – perguntou o Firekai.

"Sim, embora ela seja uma vampira ela não pode usar magia e ela quer apanhar toda a gente que tem magia, infelizmente para ela não há, ou pelo menos não havia, na Zona Negra ninguém que conseguisse usar magia." – disse a Laura. – "Se bem que… ela pode usar uma magia… mas essa magia não é muito boa para ela…"

"Quer dizer que eu e os meus amigos estamos em perigo?" – perguntou o Firekai.

"Sim." – respondeu a Laura.

"Mas não há nada, nem ninguém que combata o Império?" – perguntou o Firekai.

"Como já te disse, há uma organização. Eu faço parte dela." – disse a Laura. – "Nós apelidamo-nos de os Rebeldes."

"E o que fazem exactamente? Combatem o Império?" – perguntou o Firekai.

"Exactamente. A nossa organização tem vindo a crescer e temos conseguido combater o Império, infelizmente nunca conseguimos chegar à rainha. É perigoso pertencer a este grupo, muitos morrem a lutar, mas também não podemos deixar que o Império faça o que quer." – disse a Laura.

"Ainda bem que há alguém que combate o Império." – disse o Firekai. – "Já acabei de comer."

"Óptimo." – disse a Laura sorrindo. – "Agora já podes vestir as roupas que tenho preparadas para ti."

A Laura foi buscar umas roupas ao guarda-roupa.

"Entra na casa de banho e veste estas roupas ok?" – perguntou a Laura.

"Está bem." – disse o Firekai.

O Firekai entrou na casa de banho e saiu de lá cinco minutos depois, vestindo umas jeans pretas, um blusão também preto e uma camisola azul escura.

"Pronto, as cores mais escuras são sempre melhores para pareceres mais despercebido nesta zona." – disse a Laura.

"Eu tenho de ir procurar os meus amigos." – disse o Firekai.

"Sem a minha ajuda não vais conseguir sobreviver." – disse a Laura.

"Então, o que é que eu vou fazer?" – perguntou o Firekai.

"Bem, se quiseres eu acompanho-te." – disse a Laura.

"Ah, obrigado Laura." – agradeceu o Firekai.

"Mas quero uma coisa em troca por te acompanhar." – disse a Laura.

"O quê?" – perguntou o Firekai.

"Quero um beijo teu." – disse a Laura.

"Um beijo?" – perguntou o Firekai.

"Sim, um beijo teu." – disse a Laura. – "Gostei muito de ti desde o primeiro momento que te vi…"

"Mas Laura, eu tenho namorada…" – disse o Firekai.

"A decisão é tua. Ou me dás um beijo ou vais sozinho à procura dos teus amigos. Mas aviso-te que não durarás muito tempo e que se a tua namorada estiver viva e tu morreres, não haverá ninguém para a salvar e ela morrerá também." – disse a Laura. – "Então, dás-me o beijo ou não?"

Longe dali, o Tala e a Din continuavam a andar pelas florestas negras, até que ouviram uma explosão.

"O que foi aquilo?" – perguntou a Din assustada.

"Foi a casa onde estivemos." – disse o Tala. – "Explodiu."

"Explodiu?" – perguntou a Din assustada. – "Mas porquê?"

"Porque eu faço parte de uma organização que luta contra as forças que dominam este lugar." – disse o Tala.

O Tala contou à Din os mesmos pormenores que a Laura tinha contado ao Firekai.

"Que horror… dominação do mundo…" – disse a Din.

"E agora esses inimigos descobriram onde eu estava. Demorei-me muito tempo por tratar de ti…" – disse o Tala.

"Eu prejudiquei-te não foi?" – perguntou a Din.

"Claro que não. Eles acabariam por me descobrir na mesma." – disse o Tala.

"Mesmo assim eu atrasei a tua fuga." – disse a Din.

"Não te preocupes, não faz mal, mas agora temos de andar mais depressa." – disse o Tala. – "Temos de nos distanciar o máximo possível deles."

"Está bem." – disse a Din. – "Eles andam a perseguir-te por seres um Rebelde, não é?"

"Sim e não." – disse o Tala. – "É obvio que para eles eu sou o inimigo que devem abater, mas não é só por isso."

"Então, qual é o outro motivo porque te perseguem?" – perguntou a Din.

"É que eu possuo um mapa que tem as localizações das setes esmeraldas." – disse o Tala. – "E a Rainha Vampira quer esse mapa."

"O que são as sete esmeraldas?" – perguntou a Din.

"São sete esmeraldas mágicas que se encontram espalhadas por diversos lugares. De acordo com a história, foram criadas pouco antes da Guerra da Magia e quando estiverem juntas darão ao seu possuidor uma força inigualável e ele ou ela poderá fazer tudo o que quiser." – disse o Tala. – "Penso que podem realizar qualquer desejo, mesmo o mais surpreendente de todos, mas acredito que só podem ser usadas uma vez."

"E a Rainha Vampira quer as sete esmeraldas para poder governar todo o mundo." – disse a Din.

"Exactamente Din." – disse o Tala. – "Mas ela não sabe exactamente onde procurar as esmeraldas. Ela já tem na sua posse uma delas, mas seis delas continuam ainda perdidas no mundo."

"E nós vamos encontrá-las? É isso?" – perguntou a Din.

"Exacto." – disse o Tala. – "Há uns dias, quando andava a explorar uma tumba…"

"Que horror!" – gritou a Din.

"Eu sou um caça-tesouros, tenho de fazer esses trabalhos." – disse o Tala. – "De qualquer maneira, encontrei este mapa. Fico surpreso, porque não sabia que havia um mapa que tinha a localização das esmeraldas."

"E como é que sabes que o mapa não é falso?" – perguntou a Din.

"Porque a esmeralda que a Rainha tem, foi encontrada num dos pontos que o mapa assinalava." – respondeu o Tala. – "De qualquer forma, temos de as procurar e achar antes da Rainha."

"Mas, se tu pertences a uma organização, porque é que não lhes pedes ajuda?" – perguntou a Din.

"Quando sai da tumba, os monstros da Rainha, não sei bem como me descobriram, mas eles estavam lá e viram o mapa, andavam à procura dele. Não sei como obtiveram essa informação…" – o Tala ficou pensativo durante um momento. – "Mesmo assim, tive de fugir deles e não consegui contactar com nenhum Rebelde."

"Estou a perceber." – disse a Din.

"De qualquer maneira, consegui fugir e refugiei-me numa casa que pertencia aos rebeldes, aquela onde estávamos. Eu sabia que os monstros andavam à minha procura para me roubar o mapa, mas eles não sabiam exactamente onde procurar." – disse o Tala. – "Foi então que tu caíste do céu. Eu depois levei-te para a casa e tratei de ti."

"Agradeço-te muito por isso." – disse a Din.

"E eles agora descobriram-nos." – disse o Tala. – "Eu não te posso forçar a vir comigo se não quiseres."

"Mas eu quero." – disse a Din com um olhar decisivo. – "Vamos lutar contra esse Império ou lá como se chama. E espero recuperar a minha memória em breve."

"Muito bem." – disse o Tala. – "Se estás decidida, vamos embora rapidamente."

E os dois amigos partiram, em busca das esmeraldas.

Mais um capítulo da segunda fase da fic. Eu sei que ainda apareceram poucas personagens, mas irão aparecer mais conforme a história se for desenvolvendo. Agora a Din e o Firekai já sabem tudo sobre a organização dos Rebeldes e o Império. A Laura está a fazer chantagem com o Firekai para ele lhe dar um beijo, mas será que ele lhe irá dar o beijo ou não? E a Din, irá recuperar a memória? Será que o Tala e a Din irão encontrar as esmeraldas antes da Rainha Vampira? Estas e outras respostas no próximo capítulo da história. Fiquem atentos e mandem reviews!

Agradecimentos

Camila-sama: Obrigado pela review. Se no outro capítulo deu para sentir o clima entre a Laura e o Firekai, então neste capítulo tudo pegou fogo. Ainda bem que você gostou que o Tala aparecesse. Falando em aparecer, vais aparecer no próximo capítulo, só para saberes. Quanto ao teu par, não vou revelar agora, só mais para o final da fic.

littledark: Obrigado pela review. Os pobres pais dos alunos estão desesperados, será que voltarão a ver os filhos? Quanto à tua fic, já deixei lá as minhas reviews e vou continuar a lê-la. De vez em quando o site tem uns problemas, mas vais ver que não vão afectar muito a postagem dos capítulos.

kisara-chan: Obrigado pela review. Parece que temos várias coisas em comum e de certeza que vamos ser bons amigos. Quanto à fic, talvez o Tala vá gostar da Din ou talvez não. Não posso revelar agora porque senão perdia a graça. A razão porque demora a actualizar é porque não tenho sempre tempo de vir à Internet e, pode parecer que não, mas escrever os agradecimentos leva imenso tempo, às vezes leva quase tanto tempo como para escrever um capítulo. Além disso, nem toda a gente vem ao site todos os dias e eu tenho de lhes dar tempo para ler o novo capítulo e comentá-lo, só depois é que posto um novo capítulo.

Maresia Eterna: Obrigado pela review. Dizes sempre para não agradecer, mas sabes que eu agradeço na mesma. lol. Ainda bem que estás a gostar da segunda fase e do Tala e da Laura. Quanto à Melody, ela é mesmo uma personagem meio secreta e não posso revelar quem é ela exactamente, porque senão estrago a surpresa. De qualquer maneira, ela vai ter um papel importante para a fic. Ela vai ajudar a Din a recuperar a memória e esclarecer todo o passado dela.

Hikari-Hilary-Chan: Obrigado pelas duas enormíssimas reviews. lol. Ainda bem que estás a gostar dos capítulos. Sim, a segunda fase é pequena, mas foi o que se pôde arranjar. Neste capítulo a Laura anda a atirar-se ao Firekai, será que ele vai trair a Hiromi? Pois, eu acho que as raparigas são mais atiradiças que os rapazes, vê o exemplo da Laura. lol. Eles ficaram meio desmaiados, por isso é que estiveram a dormir durante três dias. O Tala é um caça-tesouros (e um pouco ladrão também) mas é só para os inimigos dele, o que não é o caso da Din. A Din perdeu a memória, mas vai voltar a recuperá-la e é aí que vamos saber todo o seu passado.