Capítulo 8
Draco pôde ver que Ginny estava nervosa porque ela se contorcia. Ele esperava pacientemente já que não tinha como ela escapar disso.
As portas da Ala Hospitalar se abriram e entraram dois primeiro-anistas. Um estava mancando e o outro o ajudava.
O alívio era evidente no rosto de Ginny dando lugar a um sorriso,
- Tenho trabalho a fazer Malfoy.
Antes que ela pudesse escapar, Draco agarrou o pulso dela e encarou seus olhos. Bateu de leve no quadro e ela olhou pra baixo.
* Responda a pergunta, Weasley. *
O olhar nervoso voltou ao rosto de Ginny e ela tentou se soltar de Draco, mas este estava segurando tão firme o pulso dela que Ginny desistiu e suspirou.
- Ok, eu comprei a informação da Fonte quando estava estudando sobre Vervexia. Tenho as fichas médicas de outros estudantes também, caso alguma coisa aconteça. Pronto, feliz agora?
Draco soltou o pulso de Ginny e ela se afastou rapidamente.
* E a Parkinson? Por que você precisava dessa informação? *
- Ela simplesmente me irrita e eu pensei que sabendo algum segredo dela podia vir a calhar.
* É isso? *
- Claro, era tudo o que você queria saber? – Ginny retrucou.
* Era *
Draco não acreditava realmente nela, mas pensou que não havia motivo pra continuar porque ela iria ficar longe dele para evitar suas perguntas, e ele não queria isso.
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Ginny sabia que Draco não tinha acreditado na sua história, ma se ele preferiu não perguntar mais não era ela quem iria reclamar.
Ela foi até os dois primeiro-anistas e se ocupou em limpar o joelho machado do garotinho.
Depois que ela terminou acompanhou os garotos até a saída da Ala Hospitalar e voltou pra Draco. Pegou sua mochila e o olhou mais uma vez.
- Eu vou jantar agora e depois tenho detenção então vai ser bem tarde quando eu voltar.
* Pensei que suas detenções eram depois das aulas. *
- Eram, mas ele mudou pra depois do jantar a minha última. Não tenho tempo pra fazer seu remédio agora então vou ter que fazer quando voltar. Só não se estresse e nem tente falar enquanto eu estiver fora. Madame Pomfrey não consegue lidar com sua crise de tosse.
Ginny saiu da Ala Hospitalar e Draco ficou pensando sobre o que ela tinha dito. Havia mais naquilo do que apenas registros médicos. Ele só não tinha certeza disso ainda.
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Draco já tinha caído no sono quando Ginny voltou da detenção. Ela calmamente andou até a cama dele e notou que seu rosto estava contorcido e ele segura firmemente os lençóis.
Ah, não, ele está tendo pesadelos de novo.
~ O sonho de Draco ~
Dumbledore, Draco e Harry estavam na Câmara Secreta junto com cinco outras pessoas da Ordem e eles enfrentavam o Lord Voldemort e Lucius Malfoy.
Maldições e feitiços eram lançados e no fim, Dumbledore e os cinco membros da Ordem estavam inconscientes no chão. Harry tinha uma ferida aberta que sangrava e Draco tinha a perna sangrando. Lord Voldemort estava ainda de pé com Lucius Malfoy e a batalha final ia acontecer.
Lord Voldemort falou e calafrios percorreram as espinhas de Draco e Harry.
- Uma vez que eu me livre dele, vai ser só eu e você, Potter. – Ele sibilou.
Lucius Malfoy estava chocado. Voldemort ia matar seu filho. Apesar de Draco ter recusado a se unir a ele no lado negro e preferiu ajudar a acabar com seu Lord, Lucius não estava zangado. E agora que seu Lord queria matar seu filho ele não podia deixar, mesmo que ele tenha os traído.
- Mas meu Lord, Draco foi induzido, se você deixar ele voltar comigo, eu vou... – Lucius disse para Voldemort.
- Silêncio Lucius, seu filho me traiu. Ninguém tem o direito de me trair e viver pra ver o dia seguinte, incluindo aquela sua mulher.
Lucius recuou e estava chocado. Voldemort iria matar sua mulher também. O Lord levantou sua varinha e mirou Draco, mas este não ia deixar Voldemort matá-lo tão facilmente. Quando Voldemort estava prestes a dizer o feitiço ele foi empurrado por Lucius Malfoy.
- Eu não deixarei você matar meu filho. Grande Lord ou não.
Apesar de Voldemort estar ferido, isso não o afetou muito e ele então feriu Lucius com uma maldição cortante.
Draco e Harry jogavam feitiços sobre Voldemort e suas maldições em cima de Lucius pararam. Enquanto Harry estava constantemente atingindo Voldemort com feitiços, Draco correu até o pai e o pegou nos braços.
- Pai, acorda. Por favor. Pai. – Draco estava sacudindo Lucius para tentar acordá-lo e conseguiu que este abrisse os olhos.
Enquanto Draco estava com seu pai, Harry foi atingido por Voldemort e estava estirado no chão a uns metros de distância. Voldemort virou pra Draco e sibilou.
- Vou me livrar de você, Jovem Malfoy.
- Não vou embora tão facilmente, Voldemort. – Draco levantou sua varinha, mas foi desarmado. Voldemort riu.
- Vou adorar matar você, jovem Malfoy.
Raiva fervia o sangue de Draco e ele segurava seu pai firme em seus braços. Voldemort chegava cada vez mais perto. O suor rolava pelo seu rosto e ele tentava proteger o pai com o próprio corpo. Uma vez que Voldemort estava de frente pra Draco, ele levantou a varinha e murmurou um feitiço. Uma luz violeta saiu da varinha e atingiu Draco em seu estômago, teria acertado seu coração se Lucius não o tivesse levantado no último minuto. Draco comprimia seu corpo na tentativa de fazer o sangue parar de jorrar quando Voldemort falou.
- Eu vou matar vocês dois, e então voltarei para acabar com a sua mulher. – ele sibilou.
Voldemort levantou a varinha para proferir a maldição fatal, mas naquele momento Draco levantou a mão e um escudo verde apareceu levando Voldemort a recuar para proteger seus olhos da luz brilhante.
- Potter! Levanta e acaba com ele! – Draco gritou.
Harry se sacudiu e pegou sua varinha. Apontou e lançou a maldição que vinha praticando pelos últimos dois anos em Voldemort. Este gritou juntamente com o pai de Draco. O Lord finalmente queimou em chamas e virou um monte de cinzas enquanto Lucius botava sangue pela boca. Voldemort estava destruído e Lucius estava morrendo.
- Pai!
Draco acordou abruptamente, sentando na cama, suando e querendo gritar, mas nenhum som saía. Ele respirava pesadamente e seu coração batia tão rápido que doía. Seu pai não tinha morrido noite, mas foi pro hospital enquanto ainda estava inconsciente e era vigiado por oficiais do Ministério. Draco sentiu uma mão apoiada em suas costas e outra em seu peito, no seu coração; olhou pro lado e viu Ginny com um olhar de dor na face.
- Está tudo bem, Malfoy. Foi só um sonho. Já acabou. – ela disse gentilmente.
O coração de Draco parou de bater tão rápido e sua respiração acalmava. Ginny o ajudou a deitar-se novamente e Draco só conseguia olhá-la enquanto ela pegava um lenço úmido ao lado da cama para enxugar o suor de seu rosto. Ao terminar, ela pegou um frasco de líquido azul e deu pra Draco; ele bebeu rápido e devolveu a ela. Ela o pegou, enquanto Draco olhava o tempo todo e então ela se sentou em uma cadeira próxima a Draco. Colocou sua mão no peito dele e afagou levemente.
- Vai dormir Malfoy. Te verei de manhã.
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A manhã seguinte era sábado, logo Ginny não tinha aula, o que era bom já que ela tinha passado a noite inteira sentada ao lado de Draco e estava realmente cansada. Ela queria estar lá se ele acordasse de outro pesadelo, o que por sorte não aconteceu. Ginny acordou às 5:00h da manhã para voltar pro quarto dela para se trocar e tomar um banho. Quando voltou pra Ala Hospitalar, Draco ainda não tinha acordado, então ela ficou ao lado da cama e afagou os sedosos cabelos dele. Draco começou a mexer a cabeça, o que indicava que estava acordando, seus olhos se abriram e ele se sentou logo, mas começou a tossir porque ele tentava falar.
Ginny colocou uma mão em suas costas e outra em seu peito. Ela batia levemente suas costas e massageava seu peito para aliviar a tosse.
- Eu te disse pra não tentar falar. Só piora sabia? – apesar das palavras serem de aviso, seu tom de voz era longe de ser irritado, ao contrário, era compreensivo.
Draco tossiu mais algumas vezes e parou. Vendo isso, Ginny fez menção de mover as mãos, mas ele pegou aquela que estava sobre seu peito e pressionou contra seu coração. Olhava dentro dos olhos dela e notava o quão vivos e castanhos eram. O cabelo dela não estava preso e caía sobre o nariz de Draco, possibilitando que este sentisse o cheiro do shampoo dela.
- Você é a Fonte, não é? – Draco soltou. A voz dele tinha voltado e a primeira coisa que lhe veio à mente era ter certeza que Ginny era a Fonte.
Ela prendeu a respiração por um momento, mas tentou agir normalmente. Endireitou-se e tentou se afastar, mas Draco ainda segurava sua mão.
- Malfoy, você recuperou sua voz. Isso é ótimo, eu acho que seus pulmões não estão tão ruins afinal. Bom, você já pode voltar pro seu quarto agora. Espero que você venha e pegue seu remédio todos os dias para preveni-lo de outro ataque. Também é bom que você não se estresse muito, pois isso pode piorar a sua situação, sabe? – Ginny estava em pânico, então começava tagarelar enquanto Draco esperava pacientemente ela parar de falar.
- Bem, já que está tudo bem, é melhor eu ir, você sabe, aula e dever de casa, essas coisas. – Ginny tentou ir embora mas Draco a puxou pra perto.
- Você ainda não me respondeu, Weasley. Você é a Fonte?
Ela olhou nos olhos dele e não viu nenhuma frieza, só curiosidade.
- Não seja bobo, Malfoy. – sussurrou.
- Não minta pra mim, Weasley. Eu sei que é você, posso dizer pelos seus olhos e seu cheiro. Sem dizer que você sabe muito sobre mim, dá pra perceber.
Ginny se enfureceu e soltou sua mão da de Draco.
- Se você tem tanta certeza, por que pergunta algo que já sabe a resposta?
Ela saiu de perto e voltou com as roupas dele na mão e jogou em frente a ele.
- Você pode se trocar e sair. Venha pegar seu remédio à noite.
Ginny saiu da Ala Hospitalar fumegando deixando Draco sentado surpreso com sua explosão.
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Ginny rumava para o Salão Principal para o café da manhã. Chegando lá, sentou-se ao lado de Ron, como sempre e se serviu de alguns ovos e bacon, mas quase não comeu.
Estúpida. Estúpida Ginny. Como você deixou isso escapar e o Malfoy descobrir. O que eu vou fazer agora? Se ele falar pra alguém, não vou conseguir descobrir mais nada de ninguém. Sem dizer que um monte de gente virá atrás de mim por ter falado seus segredos. E se meus pais descobrirem? O que eles vão pensar? Vão ficar tão desapontados. Estúpido Malfoy, por que ele tinha que ser tão observador e curioso sempre?
O correio chegou e uma carta foi deixada no prato de Ginny. Ela pegou e viu o conhecido símbolo de Gringots nela. Abriu e leu o conteúdo que já sabia de cor. Respirou fundo e olhou pra Ron, ele também recebera uma carta. Ele olhou de volta pra ela e colocou um confortante braço sobre os ombros dela.
Ginny deixou o café da manhã cedo e voltou ao seu quarto. Quando chegou lá estava vazio. Todos tinham ido a Hogsmeade, o que vinha bem a calhar, assim ela podia fazer seu trabalho seu ter que se esconder como fazia sempre.
Vou me preocupar com Malfoy depois.
Ela destrancou sua gaveta e tirou uma pilha de pergaminhos. Metade eram amarelados e outra metade, rosa. Ela pegou o primeiro amarelado e desdobrou. Caiu um sicle e então ela leu.
Lisa Hutchins de Corvinal ainda é apaixonada por Draco Malfoy?
Daniel Jones – 6o ano Lufa-Lufa.
Ginny pegou um caderno com capa de couro vermelho com um C dourado e folheou rapidamente. Quando achou a página que queria, pegou a pena e começou a escrever no pergaminho rosa.
Não. Lisa Hutchins não é mais apaixonada por Draco Malfoy. "O idiota não merece meu amor. Posso arranjar gente muito melhor." ela disse.
Esclarecido
£
Ginny pegou uma fita rosa e amarrou o pergaminho. Ela continuou lendo os outros pergaminhos e folheando diferentes cadernos de capa de couro vermelho, que completavam um total de quatro. G, S, L e C, um para cada casa. Juntou todo o dinheiro da mesa e colocou-o num saquinho de veludo vermelho. Pegou a pilha de pergaminhos rosas e foi para o corujal para despachá-los.
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Depois de se trocar na Ala Hospitalar, Draco não foi para o Salão Principal para tomar o café, foi direto pra cozinha pegar algo pra comer sozinho. Quando foi para seu quarto ficou horas pensando em Ginny e na Fonte.
Bom, ela não assumiu exatamente, mais quando perguntou porque fazia perguntas se já sabia as respostas, então se ela concordou com minha resposta isso significa que está certo, né? Isso faz algum sentido?
Além disso, tudo aponta para ela ser a Fonte. Primeiro, é uma garota e ela é uma garota. Segundo, ela sabe coisas sobre mim que praticamente ninguém sabe. Terceiro, Reconheci seus olhos e seu cheiro. Quarto, ela anda por aí tão sorrateiramente que parece que faz isso o tempo todo. Quinto, onde ela arranjou dinheiro para comprar informação da Fonte? Então a única maneira que ela podia saber tudo isso era ela ser a Fonte.
Draco bateu suas mãos nos joelhos.
É definitivo. Ela tem que ser a Fonte.
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Ginny estava nos fundos da Ala Hospitalar esperando. Estava perto da meia-noite e Draco ainda não tinha aparecido para pegar seu remédio. Ela estava escondida nos fundos porque, primeiro de tudo, era ela quem fazia seu remédio e segundo, ela queria ter certeza que ele iria buscá-lo e obviamente ele não fora. Madame Pomfrey saiu de sua sala e foi até Ginny.
- Ginny está ficando tarde, então por que você não volta pro seu quarto. Se o sr. Malfoy vier, eu darei seu remédio.
Ginny pensou sobre isso por algum tempo, mas ela não achava que Madame Pomfrey ficaria acordada a noite toda esperando Draco.
- Eu acho que vou levar o remédio pra ele, Madame Pomfrey. Tudo bem?
- Claro Ginny, você é realmente um doce de menina.
Ginny ruborizou e pegou o frasco de líquido azul junto com seu casaco. Estúpido Malfoy. Eu disse especificamente para ele vir buscar seu remédio toda noite. Ele não sabe o quão doente ele pode ficar se ele não tomar a poção?
Ginny andava pelo corredor tão levemente que não se podia ouvir seus passos. Isso graças a muitos anos de prática e era muito útil para suas 'investigações'. Ela chegou ao quadro, que era a entrada do quarto do Monitor-chefe e sussurrou a senha – Superior.
O quadro abriu e Ginny entrou num pequeno corredor que levava a um grande quarto. No lado esquerdo havia uma cama king size, duas poltronas e uma mesinha de centro. No lado direito havia uma escrivaninha, uma estante cheia de livros, armário e cômoda para roupas e em frente e ela, no lado oposto do quarto tinha outra porta, que dava no banheiro.
Ginny estava parada em frente à entrada do quarto, mas estava nem um pouco impressionada. Já tinha estado lá várias vezes, por isso sabia a senha.
Draco saiu do banheiro vestindo seu pijama e estava um pouco surpreso por ver Ginny no seu quarto que era protegido por uma senha. Mas depois de lembrar quem ela era realmente (A Fonte), ele relaxou e foi até ela.
- Por que, Weasley, eu não estou surpreso que você saiba a senha do meu quarto? – Draco estava sentado na beira da cama e olhava pra Ginny.
- Você pode deixar de besteira, Malfoy. E daí que você saiba que eu sou a Fonte, grande coisa.
- Posso fazer disso uma grande coisa, se você quiser. – ele a provocava. Ela sabia que ele não resistiria. Mas isso não a impediu de ficar assustada. Tudo estaria acabado se ele contasse para alguém quem ela era.
- Ao menos é claro que você me diga o que quero saber. – Draco tinha um sorriso de desdém nos lábios de novo. Isso significava que ele queria negociar.
Ginny arregalou os olhos – O que você quer, Malfoy?
- Do que Harry Potter tem medo?
Ginny fechou as mãos e tentou ficar calma. Draco se levantou e circulava Ginny como se ela fosse sua presa,
- Tudo faz sentido agora. Grifinórios têm de ser leais uns aos outros. Esse é o motivo pelo qual você se recusou a me responder antes, mas também porque ele é o seu precioso Potter. Você não sonharia em deixar eu machucá-lo, não é?
Ginny agarrou a camisa de Draco e puxou a cabeça dele pra baixo.
- Não me ameace, Malfoy. Sei o bastante sobre você pra fazer da sua vida um inferno. – Ginny disse entre os dentes. Draco sorriu desdenhosamente e retirou as mãos dela de sua camisa.
- Ah é? Então me diga como você pretende fazer da minha vida um inferno.
- Eu podia dizer à escola toda sobre sua fuga da Floresta Proibida no seu primeiro ano. Podia dizer pros mais novos que você foi transformado em furão no seu quarto ano, vamos ver se eles vão ter medo de você agora? Também que você tem medo de ratos e sobre sua coleção de livros trouxas e...
Draco estava impressionado sobre o quanto ela sabia sobre ele, mas ele pôde ver nos olhos dela que ela estava blefando. O segredo dela valia muito mais que qualquer um dos seus pequenos 'segredos' e ele não se importava que fossem espalhados pela escola. Mesmo que ela faça isso, não ia beneficiá-la porque ela não recuperaria o dinheiro que deixaria de ganhar. Ela sabia disso e estava apavorada.
- Você sabe que não ligo, Weasley. – Draco disse cortando Ginny – Você sabe que não ganharia nada mesmo que espalhe todos os meus segredos, porque você não poderia continuar com seu negócio. Agora diga-me o que dá medo a Potter e guardarei seu segredinho.
Ginny sabia que tinha perdido e estava enfurecida. Tinha raiva por não poder ganhar do Malfoy e que ela fora tão descuidada e acidentalmente o deixou saber o que ela fazia. Ela não tinha outro jeito senão dizer a ele.
Ginny relutante olhou para Malfoy e o encarou.
- Tudo bem, Malfoy, eu vou te contar. Harry tem medo de Hermione.
Draco estava confuso – O que? Espera um pouco, isso não faz sentido. A sangue-ruim? O que é tão ameaçador nela?
- Caso você tenha esquecido, Malfoy, você prometeu a Harry que não a chamaria mais de sangue-ruim. E ele tem medo dela porque gosta dela.
- Como você soube do meu pequeno acordo com Potter?
- Você não é muito esperto, né Malfoy? Você esqueceu que sei tudo sobre todo mundo?
Ginny tirou o frasco de remédio da mochila e colocou violentamente sobre a mesa de Draco.
- E aqui está seu remédio. Vá pegá-lo você mesmo amanhã senão se você morrer não será minha culpa.
Draco estava com raiva que Ginny tinha dito que ele não era muito esperto. Todas as pessoas que o conheciam diziam que ele era sagaz e inteligente.
- Não preciso da droga do seu remédio para sobreviver, Weasley. Posso ficar muito bem sozinho.
Ginny estava se encaminhando para sair do quarto, mas antes de sair se virou e falou uma última vez com Malfoy.
- Bem, boa sorte então. Pode ter certeza que irei no seu funeral.
E então ela fechou o quadro violentamente atrás de si.
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