Cap. 36: Os Generais
"Laura, eu não te posso beijar." – disse o Firekai.
"É essa a tua última palavra?" – perguntou a Laura.
"Laura, tens de compreender, não é assim que levas uma pessoa a gostar de ti." – disse o Firekai.
"Mas… eu quero um beijo." – disse a Laura. – "Eu sou sempre sincera no que digo e no que faço e levo sempre a minha avante."
"Pois desta vez isso não vai acontecer." – disse o Firekai. – "Não vou trair a Hiromi. Se não me queres acompanhar, eu vou sozinho. Se morrer, paciência."
O Firekai pegou na sua espada de prata, que se encontrava ao pé da cama e preparou-se para sair da casa.
"Espera!" – gritou a Laura. – "Tu não podes ir sozinho, era praticamente a mesma coisa que cometeres suicídio."
"Então vem comigo." – disse o Firekai.
"Raios!" – gritou a Laura. – "Desta vez parece que vou ter de fazer o que tu queres."
"Ninguém te obriga a nada." – disse o Firekai, abrindo a porta da casa.
"Ora, se eu quero um beijo teu, eu vou tê-lo, podes ter a certeza." – disse a Laura, começando a arrumar algumas coisas, pondo-as numa mochila. – "Nem que eu tenha de esperar cem anos, mas eu consigo sempre o que quero."
"Isso é o que veremos." – disse o Firekai.
"Pronto, vamos lá embora." – disse a Laura. – "Ah, fica a saber que eu não te vou acompanhar só para ter a certeza que não te acontece nada, eu vou acompanhar-te por que de certo que encontraremos muitos inimigos dos Rebeldes pelo caminho e eu quero estar lá para os vencer."
"Estou de acordo com isso." – disse o Firekai saindo para a rua.
"Óptimo." – disse a Laura, saindo atrás dele.
E os dois partiram, em busca dos amigos do Firekai.
Longe dali, num castelo enorme e negro, várias figuras negras deambulavam pelos enormes corredores. A Yami, que estava sentada numa cadeira numa sala semi-escura, suspirava.
"Ai, onde é que eu me vim meter?" – perguntou ela.
"Directamente no Império." – respondeu uma voz.
"Sim Karen, foi mesmo isso." – disse a Yami. – "Já estou farta de estar aqui sem fazer nada."
"Temos de esperar até que alguém nos mande numa missão." – disse a Karen, balançando o seu cabelo ruivo.
"Karen, eu não percebo." – disse a Yami. – "O Império tem cinco generais, que são os mais fortes guerreiros, a seguir à Rainha Vampira é claro e tu és um deles. Porque é que tu não podes tomar decisões?"
"Eu posso, mas prefiro que os outros tomem as decisões por mim." – respondeu a Karen. – "Isto porque, se eu cometer um erro, a Rainha Vampira irá castigar-me a mim, mas se outro dos generais for responsabilizado por ter tomado uma decisão errada, ela ou ele é que será responsabilizado e não eu."
"Resumindo, não queres tomar decisões porque temes meter-te em sarilhos e seres castigada." – disse a Yami.
"Exactamente." – respondeu a Karen.
"Ai… ai…" – suspirou a Yami. – "Pensei que esta vida de vilão fosse mais animada. Acabei por cair aqui e juntar-me a vocês e afinal não estou a fazer nada."
"Até é melhor que estejamos sem fazer nada." – disse a Karen. – "Eu detesto ter de maltratar as pessoas e de conviver com estes monstros e vampiros."
"Mas então porque não te vais embora?" – perguntou a Yami.
"Pensas que a Rainha Vampira deixaria que eu me fosse embora?" – perguntou a Karen. – "Vê-se bem que tu não a conheces. Ela é má, é cruel. De certeza que me mandava matar se eu dissesse que me queria ir embora. Além disso… não me posso esquecer que foi o Império que me criou."
"Que te criou?" – perguntou a Yami. – "O que queres dizer?"
"Não penses que eu sou nenhum robô ou algo assim." – disse a Karen rindo. – "Acontece que os meus pais morreram quando eu era pequena… eu não me lembro bem disso, mas foi o que aconteceu e o Império criou-me, mais precisamente uma mulher idosa de nome Amanda, mas ela morreu há dois anos."
"E como é que tu podes usar magia?" – perguntou a Yami.
"Isso é obra do Império." – disse a Karen, assumindo uma expressão mais triste. – "Capturaram uma pessoa que podia usar magia. Depois extraíram-lhe a magia, deve ter sido horrível. Como não sabiam se funcionaria injectar a magia numa pessoa, porque podia não funcionar ou ter efeitos negativos, escolheram-me a mim para ser injectada."
"Que horror. Podia ter-te acontecido alguma coisa." – disse a Yami
"Felizmente não me aconteceu nada de mal." – disse a Karen. – "Agora posso usar magia, mas agora que o Império sabe que se pode retirar a magia às pessoas, anda a tentar capturar as pessoas que podem usar magia para lhes retirarem a magia e criarem um exército de monstros fortes e que podem usar magia. O objectivo deles é controlar o mundo."
"Isso é tão parvo, eles nunca vão conseguir fazer isso." – disse a Yami rindo.
"E tu Yami, não vais procurar os teus amigos?" – perguntou a Karen.
"Não sei…" – disse a Yami. – "Como é que eu os vou procurar agora? Não posso dizer que me vou embora, tu própria disseste que a Rainha Vampira não deixaria."
"Sim, é verdade…" – disse a Karen e nesse momento, a porta da sala onde elas estavam abriu-se.
Um vampiro, de cabelo roxo e expressão maléfica entrou na sala.
"Vamos ter uma reunião de generais." – disse ele. – "Vocês têm de vir comigo."
"Ah Bryan, tinhas de ser tu a vir e estragar a minha conversa com a Yami." – disse a Karen. – "Bem, vamos lá."
A Yami e a Karen seguiram o Bryan até a uma sala escura, onde estavam várias pessoas.
"Finalmente que vocês chegaram." – disse o homem que parecia ser o general líder. – "Estivemos a delinear um plano para obtermos as esmeraldas."
"E decidimos que tu Karen e essa rapariga… Yami não é? Vão numa missão para as procurarem." – disse uma rapariga de cabelos negros.
"Está bem, nós aceitamos a missão." – disse a Karen.
"E matem todos os que se opuserem a vocês." – disse o líder.
"Certo." – disseram as duas raparigas ao mesmo tempo.
Elas abandonam a sala, preparam as suas coisas e partiram em busca das esmeraldas.
A Din e o Tala saíram de uma caverna e vinham cobertos de terra.
"Quase que ficávamos soterrados." – queixou-se o Tala.
"Isto de procurar as esmeraldas é muito perigoso." – disse a Din.
"Mas já temos três." – disse o Tala, mostrando uma esmeralda verde, outra azul e outra vermelha. – "O Império possui mais uma, o que significa que ainda há três esmeraldas espalhadas pelo mundo, o único problema é que estamos a avançar muito lentamente, precisamos de arranjar maneira de nos movermos mais rápido."
E o Tala e a Din continuaram a sua viagem.
Alguns dias depois…
"Chegámos!" – disse a Camila, desmontando do seu Chocobo.
"O que fazemos agora?" – perguntou a Meygan.
"Temos duas hipóteses: ou entramos à força ou temos de arquitectar um plano." – disse a Camila.
"Acho que é mais fácil optarmos pela primeira opção." – disse a Meygan.
"Vamos invocar o Ramuh, o monstro de trovão." – disse a Camila.
"Sim, assim podemos paralisar os vampiros e raptar o irmão da Rainha Vampira." – disse a Meygan.
"Então vamos lá."
"Ramuh!" – gritaram as duas ao mesmo tempo.
Um grande trovão apareceu no céu e abateu-se no castelo sombrio.
"É agora." – gritou a Camila e ela e a Meygan correram para dentro do castelo.
Passaram por vampiros imobilizados e entraram numa sala onde estava o irmão da Rainha Vampira e uma rapariga de cabelos loiros.
"Oh, quem são vocês?" – perguntou o Wyatt.
"Ela não está paralisada." – disse a Camila, olhando para a rapariga de cabelos loiros.
"Não temos tempo para reparar nisso." – disse a Meygan.
"Vamos levá-la connosco." – disse a Camila.
A Camila usou uma magia paralisante e paralisou a rapariga. Depois ela e a Meygan pegaram na rapariga e no Wyatt, o irmão da Rainha Vampira e levaram-nos para os Chocobos. Nem o Wyatt nem a rapariga pareceram debater-se.
Dai a alguns minutos, o efeito dos feitiços terminou e o Wyatt e a rapariga voltaram ao normal.
"Qual é a vossa ideia de me raptarem?" – perguntou o Wyatt, bastante calmo.
"Não é nada pessoal, mas tinha de ser." – disse a Meygan.
O Wyatt olhou para ela e apaixonou-se à primeira vista.
"Vocês querem vencer a minha irmã." – disse o Wyatt. – "Se querem saber, eu estou de acordo com vocês."
"Estás?" – perguntaram a Camila e a Meygan ao mesmo tempo.
"Ela prendeu-me naquele castelo, por um lado, até foi uma sorte vocês terem-me tirado de lá." – disse o Wyatt. – "Sabem, ela é só minha meia-irmã, filha do mesmo pai. Quando o meu pai morreu, ela foi trabalhar e acabou por ser mordida por um vampiro. Desde aí, ela ficou cada vez pior e mais malvada, agora quer conquistar o mundo."
"E quem és tu?" – perguntou a Meygan à rapariga de cabelos loiros.
"É uma coincidência terem chegado precisamente na altura em que eu ia revelar quem sou ao Wyatt." – disse a rapariga sorrindo. – "Eu vim para combater o Império."
"Então és inimiga do Império?" – perguntou a Camila. – "E porque é que o trovão não te paralisou?"
"Porque eu sou um anjo, enviada para combater o Império." – respondeu a rapariga. – "O meu nome é Melody."
"O quê!" – perguntaram o Wyatt, a Camila e a Meygan ao mesmo tempo.
"Sou um anjo e por isso não fui afectada pela vossa invocação." – disse a Melody. – "Poderia ter resistido ao vosso feitiço para me paralisar, mas decidi esperar e deixar-me afectar pelo feitiço."
"Vamos voltar à base dos Rebeldes e vamos organizar um ataque em massa." – disse a Camila.
"Sim, eu sei exactamente onde fica o castelo que é o quartel-general do Império." – disse o Wyatt.
E a Camila, a Melody, a Meygan e o Wyatt partiram em direcção ao quartel-general dos Rebeldes. O Melody foi contando as suas maravilhosas aventuras pelo paraíso e por todos os mundos por onde tinha passado.
"Mas, onde estão as tuas asas?" – perguntou o Wyatt.
"Ora, não é preciso ter sempre as asas a descoberto. Ocultei-as para não dar nas vistas." – disse a Melody. – "Além disso é difícil andar com aquelas asas e elas batem em todo o lado."
Nesse momento, o Firekai e a Laura entraram numa cidade negra. Ao chegarem ao centro da cidade viram vários vampiros a rodear um grupo de três pessoas.
"Temos de as salvar." – disse a Laura.
"Oh! Não acredito! São a Hiromi, a Cloe e o Kai!" – gritou o Firekai.
E muitas coisas aconteceram neste capítulo. A Yami e a Karen foram à procura das esmeraldas e a Camila e a Meygan raptaram o Wyatt e a Melody, que afinal revelaram ser aliados deles. Será que o Firekai e a Laura vão conseguir salvar a Hiromi e os outros? E o Império, será que irá ser derrotado pelos Rebeldes? Estas e outras respostas no próximo capítulo da história. Fiquem atentos e mandem reviews!
Agradecimentos
Maresia Eterna: Obrigado pela review. Pois é, o prólogo parecia saído do Star Wars, mas foi só coincidência. Quanto ao Hiro e à Camila, quem sabe se há alguma coisa entre eles… Quanto à Meygan telefonar para a mãe, sim é possível ela fazer isso. Os outros só não fizeram isso porque não tinham telefones. Espero que tenhas gostado da revelação deste capítulo sobre a Melody. Quanto à tua pergunta, se vou continuar a escrever, se te referes a esta fic, não, vai acabar no capítulo 40, se te estás a referir a outras histórias, é claro que vou continuar a escrever.
Camila-sama: Obrigado pela review. Ainda bem que estás a gostar da fic e da tua personagem. Será que a Camila e o Hiro são um par romântico? Será? Talvez sim, talvez não, ainda não vou revelar mais é uma possibilidade forte, embora haja outras personagens que também podem ser o par da Camila.
littledark: Obrigado pela review. Ainda bem que conseguiste publicar um novo capítulo. Entre as duas escolhas que o Firekai podia escolher, escolheu a que achou melhor. Espero que tenhas gostado de ver a tua personagem, a Karen, que aparece pela primeira vez neste capítulo.
Meygan: Obrigado pela review. Ainda bem que estás a gostar da fic. Quanto a Anna, não te preocupes que ela não apareceu mais e espero que nunca mais haja problemas com ela. De qualquer maneira, todos apoiamos a Hikari, não é?
LaDiNi: Obrigado pela review. Sim, a Camila é a nossa Mila. Bem, já viste o que lhes aconteceu na viagem para o castelo e a reacção do Wyatt. Pois, a parte do telefone foi logo pensada por mim desde o início da segunda fase. Os pais deles, ou pelo menos um dos pais, tinha de ter alguma informação sobre os filhos, só para acalmar as coisas.
Kaina Granger: Obrigado pela review. Ainda bem que você gostou da fic. Eu também gostei muito das suas fics, mas como não tenho tido tempo para estar na Internet, não pude ler muitas fics, mas do que li, gostei. Se arranjar tempo, vou continuar a ler as suas fics.
