Antes de continuar com a fic, gostaria de agradecer a todos os comentários enviados, obrigada. Estou tentando traduzir o mais rápido que posso. Em resposta à pergunta que me fizeram, o nome da fic original é The Source.
Mais uma vez obrigada pelas reviews e enjoy.
Capítulo 15
Era início de Dezembro e os primeiros flocos de neve do ano começavam a cair hoje. Todo mundo estava muito animado e excitado porque o Natal estava perto.
O correio coruja chegou naquela manhã e Draco recebeu uma carta. Ele a leu e saiu o Salão Principal firme. Ninguém o viu durante toda a manhã, ele não foi às aulas e também não foi ao almoço. Ninguém pensou em ir procurá-lo, exceto por uma observadora e preocupada grifinória, Ginny.
Logo depois das primeiras aulas, Ginny foi até onde Draco geralmente fica, mas não pôde achá-lo. O último lugar que procurou foi no telhado e foi lá que o encontrou. Apesar de Hogwarts ter muitas torres, ainda há pequenas partes onde tem telhados planos que podem ser alcançados por velhas escadas empoeiradas. Este canto em particular tinha a vista para o lago e se você se levantasse e olhasse ao longe poderia ver Hogsmeade.
Draco estava sentado no meio do telhadinho com os joelhos contra o peito, abraçando as pernas. Ginny estava escondida atrás de um pequeno muro e viu que ele tinha um pedaço de papel amassado na mão.
- Você pode sair daí. – Draco disse, somente alto o suficiente para ela ouvir.
Ginny estava chocada por ele ter dito algo tão de repente, mas sabia que ele estava falando com ela. Saiu detrás do muro e foi até ele. Parou ao lado dele por um minuto e seguiu seu olhar até o lago.
- O que você quer, Weasley? – perguntou ainda com o olhar fixado no lago.
Ginny sentou ao lado dele – Eu não te vi a manhã inteira, nem no almoço. Também escutei que você não foi às aulas. Só queria saber o que há de errado.
Draco virou a cabeça para ela e a olhou. Seus olhos eram inexpressivos e sem vida. Não estavam nem frios ou duros, só inexpressivos.
Olhou o pedaço de papel nas suas mãos e entregou à Ginny. Ela desamassou e começou a ler.
Caro Jovem Sr. Malfoy,
É com grande pesar que viemos a informar que seu pai, Sr. Malfoy faleceu. Aconteceu ontem à noite e foi de repente, não houve nada que pudéssemos fazer.
Minhas mais sinceras condolências,
Curandeiro Kaplan.
Ginny não sabia como se sentir. Lucius Malfoy tinha morrido. O homem ruim que tinha quase causado sua morte em seu primeiro ano tinha morrido. Ela devia estar feliz, mas não estava.
Ela colocou a mão sobre o braço de Draco – Lamento Malfoy. – disse tentando confortá-lo.
Draco não olhou para ela e continuava a encarar o lago abaixo. De repente sentiu uma súbita vontade de falar com ela.
- Sabe, Weasley, ao contrário da crença popular; eu realmente me importava com meu pai. Apesar dele ser severo, ele esperava o melhor de mim porque ele acreditava que eu podia ser o melhor e o melhor é o que eu deveria sempre dar.
Draco fechou suas mãos em punhos e endureceu a mandíbula. Ginny podia dizer que ele estava tentando desesperadamente não chorar.
- Eu sou o que sou hoje por causa dele, e nunca tive chance de dizer obrigado. Ele me levou até meu limite para que eu chegasse à excelência e também salvou minha vida. Ele morreu por nós Weasley. Ele morreu por mim e pela minha mãe, e eu nuca tive chance de agradecer.
Draco tinha a cabeça baixa e tremia levemente porque estava lutando tanto contra as lágrimas. Ginny gentilmente levantou a cabeça de Draco com as mãos e olhou em seus olhos.
- Você não tem que esconder suas lágrimas de mim, Malfoy. – disse suavemente.
Draco olhos nos olhos de Ginny e viu toda a preocupação que ela tinha por ele. Soube que o dizia era verdade e ele não tinha que se esconder, então deixou uma lágrima rolar pelo rosto. Quando chegou no dedo de Ginny, ela a enxugou rapidamente, era como se nunca estivesse ali antes.
O barulho de uma porta se abrindo causou que Draco virasse o rosto. Era Pansy Parkinson chegando pela porta no telhado. Ele voltou seu rosto pra Ginny, mas ela não estava mais ali.
- Malfoy, eu procurei você por toda parte. Dumbledore quer te ver em seu escritório agora.
Draco deu uma olhada em volta tentando ver se achava Ginny, mas depois de não achar nada ele desceu com Pansy.
……………………………………………………………………
Draco chegou à entrada do escritório de Dumbledore e a estátua imediatamente se abriu permitindo passagem. Quando ele abriu a porta da sala do diretor, notou logo Dumbledore sentado à sua mesa e sua mãe em uma das cadeiras.
Quando Draco entrou, ambos se levantaram para cumprimentá-lo.
Ninguém disse uma palavra e Draco somente encarava sua mãe. Narcissa também olhava seu filho intensamente.
Dumbledore pigarreou e foi pra trás de sua mesa – Acho que vou deixá-los sozinhos por um tempo. – e então saiu da sala.
Uma vez que tinha ido, o olhar plácido sumiu do rosto de Draco e Narcissa começou a chorar.
- Draco – ela falou engasgada e ele foi abraçar sua mãe – ele se foi, Draco. Ele realmente foi embora. – o choro dela tinha diminuído, mas ela ainda lamentava.
Draco deixou a mãe chorar tudo que queria até falar.
- Sinto muito, mãe. Eu sinto tanto. Foi tudo culpa minha e...
Narcissa não deixou que ele continuasse e segurou seu rosto firme para olhar em seus olhos – Draco, me escuta bem. Seu pai te amava e não se arrependeu do que fez.
- Mas eu traí ele, mãe. Eu lutei contra ele.
- Não importa. Você ainda é seu filho.
Narcissa tinha parado de chorar e simplesmente olhava seu filho. O único laço restante que ela tinha do marido. Draco sentou na cadeira ao lado dela e segurava sua mão.
- O que você está fazendo aqui, mãe?
- Eu vim aqui pedir se você podia sair da escola um pouco mais cedo para ir ao funeral de seu pai.
- O que Dumbledore disse?
- Ele disse que tudo bem. Mas você tem que pegar as matérias dos professores para que você possa ficar em casa. Este é um ano muito importante, Draco.
- Eu sei, mãe. Ele disse quando eu podia partir?
- Ele disse quando você estivesse pronto.
- Então vamos embora amanhã.
- Tudo bem, vou ficar em Hogsmeade nesse tempo, é vir me encontrar quando ficar tudo pronto.
Draco assentiu. Narcissa correu seus dedos pelo cabelo de Draco e olhou seu lindo rosto. Ele era a réplica exata de seu marido e era seu único e precioso filho.
O rosto dela aparentava sinais de pânico – Fiquei sabendo que sua Vervexia voltou, Draco. Você está bem? Como foi que isso aconteceu? – perguntou preocupada.
Draco pegou as mãos da mãe e apertou dando-lhe confiança – Estou bem, mãe. Isso está sendo cuidado. Não precisa se preocupar.
Narcissa suspirou – Nenhuma mãe do mundo pára de se preocupar com seu bebê. – ela disse afetuosamente.
Draco sorriu – Por favor, mãe, você está me envergonhando.
Narcissa sorriu de volta – Tudo bem, você pode voltar agora Draco. Ainda tenho que falar com Dumbledore sobre nossos planos.
Draco se levantou e saiu da sala. Dumbledore estava esperando fora da sala e falava com Fawkes, sua fênix.
- Professor, minha mãe queria falar com você.
Dumbledore assentiu – Eu sinto muitíssimo pela sua perda, Draco – disse sinceramente.
Draco apenas assentiu e saiu andando enquanto Dumbledore voltava para sua sala com Fawkes para encontrar Narcissa.
……………………………………………………………………….
Draco esperava em seu quarto à noite Ginny chegar. Ele precisava contar a ela que ele iria embora.
Ele finalmente ouviu Ginny entrando no quarto e olhou para cima para cumprimentá-la. Uma vez que a viu, fez menção para que sentasse na cadeira ao lado da dele.
- Onde você se escondeu, Weasley? – perguntou calmo. Ele se referia a como ela saiu do telhado tão depressa.
- Eu só fugi rapidamente, não podia deixar Pansy Parkinson me ver com você. Iria causar muitas perguntas.
Draco só assentiu – Eu vou ter que ir amanhã cedo. – disse devagar.
Ginny também assentiu – Eu sei. Você tem o funeral do seu pai.
Draco não se deu o trabalho de perguntar como ela sabia. Ela não ia falar mesmo. E ele já estava se acostumando a ela saber tudo o que acontecia.
Ginny tirou um pedaço de papel de seu bolso e deu a ele.
- Você vai ter que contratar um Curandeiro pessoal para fazer seu remédio toda noite. Aqui estão os ingredientes e os seus sintomas. Deve ser bem fácil encontrar alguém para fazê-lo. – Draco pegou e colocou o pedaço de papel no bolso.
- Obrigado, Weasley – disse suavemente.
Ela sorriu. Draco quase não agradecia ninguém a não ser que fosse algo que realmente merecesse sua gratidão.
- Não tem de quê, Malfoy.
Draco olhou e sorriu. Parecia um riso sarcástico, mas Ginny podia ver que era um sorriso sincero. Havia uma pequena diferença, que pouquíssimas pessoas podiam notar.
………………………………………………………………………
Na manhã do dia seguinte, antes que todos estivessem de pé, Draco tinha empacotado seus livros e roupas em um pequeno baú para levar pra casa. Ele saiu da escola e se dirigiu até o pátio de entrada, onde um carruagem estava esperando por ele para levá-lo até Hogsmeade. Ele colocou o baú dentro da carruagem e estava prestes a entra quando alguém veio correndo de dentro do castelo, batendo as portas no processo.
Era Ginny, e ela segurava um embrulho enquanto corria até ele.
Draco ficou parado esperando e quando ela chegou até ele, ele deu a ela um tempo para que recuperasse o ar antes de falar.
- O que você está fazendo, Weasley?
Ginny agora respirava melhor e olhava pra ele – Eu queria te dar isso. – e deu a ele o embrulho.
Ele aceitou, mas estava surpreso que ela estava lhe dando algo.
- Bem, eu vou indo agora, Malfoy. Te vejo quando você voltar. – Então voltou ao castelo.
Draco se sacudiu para voltar a si e entrou na carruagem.
Enquanto ia a Hogsmeade, Draco desembrulhava o pacote que Ginny tinha lhe dado.
O pacote parecia macio e leve e ele encontrou um cachecol verde escuro e uma carta. Colocou o cachecol ao lado e foi ler a carta.
Malfoy,
Eu sei que você gosta do tempo frio, mas vai ser difícil curar sua Vervexia se você ficar doente, então por favor use esse presente com inteligência. Eu estava pensando em dá-lo a você antes do feriado de Natal, mas vendo que você não estará aqui nessa época, eu achei melhor te dar antes. Seja forte Malfoy. Eu acredito que você é mais do que capaz disso.
Draco pegou o cachecol e analisou-o. Era um cachecol feito a mão, o que queria dizer que provavelmente ela mesma o tricotou. O design era bom e a lã que usou parecia macia e quente.
Ela deve ter corrido pra terminá-lo ontem à noite. – pensou
Ele então o enroscou em volta do pescoço. Era realmente bem quente.
Draco encontrou sua mãe em Hogsmeade, de onde foram direto para a Mansão Malfoy via Flú.
Ginny ficou as duas semanas seguintes de aula fazendo o que costumava fazer antes de ter que se encontrar com Draco todas as noites, e não pôde evitar de achar aquilo muito chato.
………………………………………………………………………..
