Capítulo 26

Estava tendo uma grande festa na sala comunal da Grifinória aquela noite para celebrar a vitória. A festa tinha acabado de começar quando a professora McGonagall entrou na sala comunal com alguém atrás dela.

Ela pigarreou alto para atrair a atenção de todos. – Parabéns à Grifinória pelo bom jogo. Por favor mantenham o barulho num nível satisfatório e srta. Granger, por favor não deixe essa festa ir até muito tarde. Tem alguém aqui querendo lhe ver, sr. Potter.

A professora McGonagall se desviou e Sirius estava parado atrás dela.

- Sirius! – Harry gritou e foi abraçar o padrinho. Se abraçaram de um jeito masculino, com batidinhas nas costas e se afastaram. Hermione também o abraçou Sirius e Ron deu batidas no seu ombro.

- Quando você chegou, Sirius? – Hermione perguntou.

- Esta manhã. Eu estava nas arquibancadas com esperanças de ver meu afilhado em ação no campo, mas ele estava sentado no banco desta vez.

Harry sentiu como se tivesse desapontado Sirius e baixou a cabeça – Mas depois de saber que ele tinha ajudado um amigo, fiquei muito orgulhoso. – Sirius sorriu pra Harry e este sorriu de volta.

Os quatro sentaram num sofá e falavam e curtiam a festa. Contaram como estavam indo na escola, o que Sirius esteve fazendo e até sobre ele dar aulas pra Harry e Draco.

Sirius esteve de fato a serviço da Ordem investigando alguns Comensais e já que tudo tinha que permanecer confidencial, ele deixou os detalhes de lado e só disse que estava trabalhando.

Estava ficando tarde e Hermione teve que parar a conversa pra fazer a ronda e ter certeza que todos estavam em suas camas.

Não muito depois, Ron disse que estava cansado depois de jogar um grande jogo, então foi pra cama. Harry e Sirius conversaram um pouco mais antes de Ginny entrar na sala comunal. Ginny viu Sirius e sorriu imediatamente.

- Sirius. – disse excitada e correu para abraçá-lo com força. Sirius também a abraçou forte.

Quando se separaram Harry falou – Acho que irei pra cama agora. Te vejo amanhã de manhã Sirius. Boa noite Ginny.

Ginny e Sirius assentiram e olharam enquanto Harry subia pro quarto.

Ginny sentou excitada com Sirius.

- Então, como vai minha aluna favorita? – ele disse.

Ginny riu – Sou sua única aluna, Sirius.

- Não por muito tempo. Estarei ensinando Harry e Draco Malfoy logo.

- Oh, devo ter cuidado, então. Não quero que tomem meu lugar de 'aluna favorita'.

Ambos riram.

Ginny encontrou com Sirius pela primeira vez durante o Natal do segundo ano dela. Ela tinha acabado de passar por tudo aquilo com o diário de Tom Riddle e não estava ainda muito bem. Ela não fazia amigos facilmente e só tinha Colin e Amy, foi durante o feriado de Natal que ela encontrou Sirius em uma caverna perto da casa dela. Ele estava sob a forma de cachorro e estava machucado. Ginny sentiu pela dele e vinha todos os dias trazer comida pra ele, tratar dos machucados e também abrir o coração para aquele que ela achava ser só um cachorro. Quando ela voltou a Hogwarts depois do recesso de Natal, ela estava triste pois tinha que deixá-lo, mas quando o achou perto da Floresta Proibida, ela pensou que ele a tivesse seguido, e continuava a trazer comida pra ele. Foi só no final do ano escolar que ela descobriu que seu cachorro era na verdade Sirius Black, o padrinho de Harry.

Ela descobriu que Harry tinha ajudado Sirius a escapar e ficou triste porque ela não teve chance de se despedir. Mas quando ela foi de férias de verão, ela encontrou Sirius escondido na mesma caverna que ela o tinha conhecido. Ele ainda era um cachorro então ela o levou para um lugar secreto perto da casa dela que ninguém conhecia. Ele se transformou em gente e nesse momento agradeceu a Ginny. Ele queria recompensá-la por ajudá-lo e já que sabia da situação dela, com o empréstimo do banco, eles formaram um plano para ajudá-la. Sirius era muito talentoso em espionagem e coisas do tipo, então ensinou a ela o que sabia para que ela usasse em sua vantagem. Foi assim que começou uma grande amizade.

No quarto ano de Ginny, Sirius foi inocentado e ele podia ser visto em público. Ele ainda dava aulas pra ela e a tratava como filha. Isso surpreendeu a todos, pois ninguém sabia o que eles passaram juntos. Ele descobriu que ela às vezes ia a lugares perigosos, então já que ele tinha controle sobre seu próprio cofre em Gringots de novo, decidiu dar a ela seu Legado de Família para que possa se proteger. Harry já tinha o seu e já que Ginny era como uma filha pra ele, quis que ela o tivesse.

O riso parou e Sirius falou seriamente.

- Como você está Ginny? – perguntou preocupado.

Ginny sorriu – Estou bem. Tudo indo.

Sirius assentiu. – Quanto tempo falta para que você pare? – perguntou triste.

- Não muito. Ainda posso dar conta até lá.

Sirius suspirou – Posso te dar o dinheiro, Ginny. Quero ajudar você.

Ginny balançou a cabeça – Você já ajudou bastante, Sirius. O conhecimento que me proporcionou e mais do que suficiente. Sem falar dos anos que você me ouviu reclamar sobre minha vida. – Ginny sorriu pra ele.

Sirius acariciou a mão de Ginny, ele sabia que ela era muito orgulhosa e teimosa então não adiantava tentar persuadi-la – Tudo bem, faça o que tem de fazer, então. Mas se precisa de alguma coisa, é só pedir.

Ginny assentiu. Ambos levantaram e se abraçaram rapidamente antes de Sirius sair e ir ao seu quarto.

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Depois do fim de semana, Sirius pediu que Harry e Draco tivessem lições extras depois das aulas para recompensar o tempo perdido. Harry e Draco entraram na sala e viram Sirius parado no meio só de calça e camiseta.

- Entrem, Harry, Draco.

Ambos entraram e fecharam a porta atrás.

- Por que está vestido assim Sirius? – perguntou Harry.

- Bem, decidi ensinar vocês a lutarem desarmados. Às vezes, você pode estar desarmado e ainda ter que pegar um suspeito então quero que estejam fisicamente preparados para capturá-los com ou sem magia.

Os dois concordaram.

- Agora, sei que os dois fazem parte do time de quadribol então devem estar em forma. Estarei ensinando a vocês alguns movimentos de artes marciais para fazer uso das suas habilidades físicas. Tirem suas capas e suéteres. Devem ficar só de calça e camiseta.

Harry e Draco obedeceram e se livraram das capas, suéteres e gravatas.

Sirius comandou que fizessem igual a ele.

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Draco se jogou na cama ainda com o uniforme. Estava muito cansado para trocar de roupa e tudo que queria era dormir. O retrato abriu e Ginny entrou no quarto. Ela viu Draco na cama ainda com o uniforme e achou estranho.

- O que houve, Malfoy? – perguntou olhando pra ele enquanto estava parada ao lado da cama.

Draco resmungou – Aquele padrinho do Potter, Sirius Black, nos fez aprender arte marcial hoje depois da aula e agora todos meus músculos estão doendo demais pra eu me mover.

- Ah, as aulas de artes marciais. Elas sempre são difíceis. – Ginny disse compreendendo ao sentar numa cadeira ao lado da cama.

Draco estava com dor, mas ainda conseguiu rolar de lado para vê-la.

Suas sobrancelhas estavam quase juntas – Por que parece que você já aprendeu com ele antes?

Ginny sorriu – Isso é porque aprendi, e ainda aprendo com ele. Quem você acha que me ensinou a conseguir informações?

A ficha de Draco caiu – Isso explica muita coisa. Então você é uma das alunas dele.

- Sim, eu sou. Aqui está seu remédio. – disse e estendeu o frasco a ele.

Draco resmungou enquanto levantava a mão para pegar o remédio. – É uma pena que não tenha um feitiço para curar músculos doídos. – disse e bebeu.

Ginny sorriu. – Pode não haver um feitiço, mas não significa que eu não saiba como curar dor muscular de outro jeito.

Ele levantou as sobrancelhas – Você sabe um jeito?

Ginny assentiu e se levantou. Tirou a capa e arregaçou as mangas – Senta um pouco, senta. – Estava tento problemas para fazer isso e ela o ajudou.

Quando estava sentado, ela o ajudou a tirar o suéter e a gravata.

- O que está fazendo, Weasley? – Draco disse curioso com um toque de excitamento.

- Deita de barriga pra baixo e vai ver.

Draco fez como foi dito e agora estava deitado com as mãos embaixo do queixo.

Ginny sentou ao seu lado na cama e colocou as mãos nos seus ombros. Começou a massageá-los e lentamente descia pelas costas e subia novamente.

Draco gemeu e Ginny sorriu. Ela moveu as mãos dos ombros dele para os braços e voltou.

- Isso é perfeito, Weasley. – disse suavemente.

Ginny continuou massageando enquanto falava com ele – Isso não é perfeito. Se você quer perfeição devia experimentar as massagens do Colin. A técnica dele é maravilhosa.

Uma imagem de Ginny deitada na cama com uma camiseta justa e Colin passando as mãos pelas costas dela apareceu na mente de Draco e ele ficou tenso.

- Os dedos dele são tão suaves e a pressão que ele aplica é do tamanho certo. Realmente parece o céu. – Ginny continuou.

Draco estava apertando a colcha da cama e apertava os dentes.

Ginny podia senti-lo ficar tenso e sorriu maldosa – Bem, isso foi o que ouvi da Amy, afinal. – terminou.

Draco imediatamente relaxou e sabia que ela estava brincando com ele, então ele se virou rapidamente fazendo com que Ginny caísse em cima dele. Draco não esperava isso e congelou, assim como Ginny. As mãos dela eram as únicas coisas segurando a cabeça dela longe da de Draco e seus olhos estavam presos um no outro. Draco sentiu o corpo dela em cima do seu e engoliu em seco.

Ginny foi a primeira a sair do transe e sentar rápido. Draco também se apoiou nos cotovelos e olhou pra ela com um estranho sentimento.

Ginny saiu da cama e rapidamente desenrolava as mangas – Acho que vou indo. – disse logo enquanto colocava de volta a capa.

Draco pigarreou – Ah, é. Obrigado pela, um, massagem. – disse estranho.

- De nada. – Ginny disse suave e saiu do quarto depressa.

O coração de Draco batia rapidamente ao deitar novamente na cama e ele esfregou o rosto com as mãos. – O que diabo há de errado comigo? Foi só uma massagem. Deixa isso pra lá.

Draco puxou as cobertas sobre sua cabeça e se forçou a dormir.

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Ginny fechou o retrato e se encostou nele. Ela tinha seus olhos fechados e a mão sobre o peito tentando fazê-lo parar de pular. – Controle-se Ginny.

Alguém pigarreou e Ginny virou a cabeça bruscamente.

- Sirius. – sussurrou. Ginny ficou de pé e foi até ele.

- Acho que precisamos conversar, Ginny. – disse. Ginny concordou e o seguiu até seu quarto.

Sentaram numa mesinha que tinha no quarto de Sirius e duas xícaras de chá estavam em frente a eles. Sirius estava encostado na cadeira, bem relaxado, mas Ginny estava reta e rígida na cadeira. O silêncio a estava matando então pensou que era hora dela começar a explicar.

- Eu só fui lá para dar o remédio dele. – disse honestamente.

Sirius se endireitou na cadeira e olhou Ginny nos olhos. – Eu sei. Hermione me falou o que você está fazendo por Draco. – disse casualmente.

Ginny relaxou – Bom, então você sabe que não é nada demais. – disse esperançosa.

Sirius olhou pra ela desconfiado – Não minta pra mim, Ginny.

- Não estou mentindo – disse, seu tom de voz um pouco agudo.

Sirius levantou a sobrancelha – Eu te conheço há quatro anos, Ginny, e também sou teu professor. Não mereço a verdade? – disse sentido.

Ginny sentiu vergonha e baixou a cabeça. Sirius colocou a mão em seu ombro, reconfortando-a.

- Sabe, eu sempre me perguntei que tinha feito você deixar de gostar do Harry. Mas acho que sei agora. – disse gentil.

Ginny olhou pra Sirius e balançou a cabeça. – Não foi por causa dele – ela disse – Deixei de gostar do Harry porque vi que não ia funcionar entre a gente. Não temos muito em comum e ele só me vê como uma irmãzinha.

- E o Draco? Eu posso garantir que é mais do que dar a ele o remédio. Você gosta dele? – perguntou gentilmente. Apesar de Sirius estar na escola apenas há alguns dias, ele era um mestre na espionagem e conhecia Ginny bem o suficiente para saber o que estava acontecendo.

Ginny respirou profundamente – Isso não importa. Eu já sei que não ia funcionar. – disse incerta.

Sirius a puxou pra um abraço e tentou confortá-la. – Você é muito dura consigo mesma, Ginny. Como você sabe que não vai funcionar se não tentar? – disse em seu ouvido.

Ginny se afastou e olhou pra ele. – Somos muito diferentes, Sirius. Ele é um sonserino, eu uma grifinória. Ele é rico, eu sou pobre. Ele é popular e eu só normal. A sociedade não iria aceitar e o mais importante é que nossas famílias se odeiam. Não ia funcionar, mesmo que tentássemos. Então pra quê perder tempo?

- Mas não seria justo com ele se ele gosta de você também. – Sirius raciocinou.

Ginny riu triste. – Ele não gosta de mim. Eu sou uma Weasley. Nossa relação é estritamente negócios. Ele descobriu que eu sou a Fonte e para impedir que contasse à escola inteira eu prometi que curava a Vervexia dele. Uma vez que ele esteja curado, será o fim dos nossos encontros e nada jamais existirá entre a gente. – ela falou com certeza.

Sirius suspirou. Ele não podia convencer Ginny a fazer nada, especialmente se fosse algo que a família não gostaria. E ter um relacionamento ou amizade com o inimigo deles não é uma coisa que a família dela aprovaria.

- Tudo bem, Ginny, acho que sabe o que está fazendo.

- Eu sei o que estou fazendo, Sirius. Não se preocupe, tudo está sob controle. – Ginny disse e saiu do quarto.

Sirius acompanhou triste Ginny sair – O problema é que o amor não pode seu controlado. – pensou.

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Era três horas da manhã e suas companheiras de quarto estavam dormindo e as cortinas estavam fechadas, então Ginny pôde ver algo privado. Ela teria ido até seu escritório, mas muitos alunos gostam de ir pra lá essa hora e colocar as cartas com as perguntas na gaveta, então ela não podia ir pra lá.

Ginny ligou o abajur da mesinha com uma caixa de metal em frente a ela. Ela abriu a fechadura, que era enfeitiçada para abrir só com suas digitais e levantou a tampa. Dentro da caixa havia um livro com capa de couro verde, que também tinha uma fechadura e Ginny foi pegá-lo. Ela empurrou a caixa de lado e colocou o livro em cima da mesa. Ginny passou os dedos sobre um D dourado, que estava impresso na capa e apertou o botão, que destrancou o livro. Este também era enfeitiçado para abrir só com suas digitais.

Ela abriu o livro e dentro havia alguns pergaminhos, que estavam entre as páginas. Ela pegou os pergaminhos e os olhou.

Havia uma foto de um Draco de 13 anos no topo da página e embaixo alguma coisa escrita.

Nome: Draco Malfoy ou chamado de Mestre Malfoy.

Nascimento: 17 de maio

Casa: Sonserina

Cores Favoritas: Preto, Azul, Verde e Prata.

Comida Favorita: Torta de Ma

Bebida Favorita: Limonada.

Esporte Favorito: Quadribol

Ambições: Ser o homem mais rico do Mundo Mágico

            Ser um Auror

            Ser um famoso Apanhador

Talentos: Brilhante aluno de Poções

            Grande pianista

            Fluente em Latim e Francês

            Maravilhoso Apanhador

            Excelente mente para negócios

            Bom intimidador

            Arrasador de corações

Personalidade: Frio pra fora, mas muito carinhoso por dentro.

            Charmoso e romântico com quem se importa

            Respeita as pessoas que vê que são talentosas e merecem respeito.

            É um gentleman com as mulheres

            Mantém seus sentimentos pra si e não os expressa facilmente

            Absolutamente perfeccionista e maníaco por limpeza.

            Corajoso e destemido

            Pode ser sensível

Família e Relacionamentos: Mãe que o ama e mima

            Pai que tem orgulho dele e o incentiva a ser o melhor (mas morreu recentemente)

            Um tio chamado Edward Malfoy

            Sem primos

            Avós todos mortos

Residência: Mora numa mansão e tem seu próprio quarto, banheiro e sala de estudo

            Tem seu próprio quarto em Hogwarts porque é Monitor-chefe

            Tem 3 casas no seu nome, uma em Paris, outra nas montanhas nos Alpes e uma na Irlanda no meio do campo.

Responsabilidades: Herdeiro da Família Malfoy

            Cuidar de sua mãe

            Cuidará dos negócios da família e tem controle sobre todas as finanças da Família Malfoy

            Gerar um herdeiro.

Segredos: Gosta do escritor trouxa Shakespeare e possui todas as suas peças

            Quer encontrar um amigo verdadeiro

             Gostaria de viajar pelo mundo todo um dia

            Quer plantar um jardim

Medos: Ratos

            Desapontar pessoas que respeita, como seu pai.

Havia outros pergaminhos e todos continham as várias coisas que ela sabia sobre Draco. Três anos de conhecimento foi colocado nestes pergaminhos e eram a coisa mais valiosa que Ginny possuía. Ela colocou os pergaminhos de lado e olhou o conteúdo da caixa. Era um álbum de fotos, mas com uma diferença. Abaixo de cada foto tinha a data e uma anotação ilustrando os pensamentos dela.

No topo da primeira página estavam as palavras QUARTO ANO

(N/A: quarto ano de Draco)

Então tinha uma foto de Draco sentado na mesa da Sonserina com o olhar de tédio e bocejando.

Abaixo da foto estava escrito.

1o de Setembro de 1998

Ele foi nomeado como monitor pela sua casa, mas sequer parece feliz. Me pergunto se ele alguma fica feliz.

Ginny lembrou que esta foi a primeira foto secreta que tirou. Sirius tinha lhe dado a primeira aula em como fazer as coisas sem que as pessoas notem, e Draco foi a primeira pessoa da qual Ginny quis descobrir os segredos. Ela lembrou pensar que seria útil para chantageá-lo algum dia.

Depois uma foto dele gritando com um primeiro-anista no corredor.

5 de setembro de 1998

As aulas começaram há alguns dias só e ele já está abusando da sua autoridade de monitor. Será que realmente lhe agrada machucar os outros?

Ginny sorriu. Ela sabia a resposta agora. Não. Ela não sabia isso naquela época, mas agora ela sabia que algumas vezes Draco fazia coisas para que os outros o temessem e impedissem que se aproximassem. Ginny pulou algumas páginas.

Ela chegou a uma foto de Draco ajudando um primeiro-anista a achar um livro na biblioteca. A foto mostrava ele empurrando brutamente o livro nas mãos do garoto e esperando ele sair, depois a boca de Draco se curvou um pouco.

16 de outubro de 1998.

Não tenho certeza se foi um sorriso, mas acho que há mais em Draco Malfoy do que ele aparenta. Ele pode não ser tão mau.

Ginny lembrou que foi a primeira vez que ela pensou em Draco sendo alguém diferente daquilo que seus irmãos falavam. Ela precisou de três anos pra descobrir a verdade sobre ele e estava maravilhada em saber que ele era realmente diferente do que todos acreditam, ele era especial.

Então tinha uma foto de Draco olhando as decorações de Natal e sorrindo.

20 de dezembro de 1998.

Finalmente vejo ele sorrir, mas é triste porque ele só faz isso quando ele pensa que ninguém está olhando.

Ginny sorriu ao comentário que escreveu. Com o passar dos anos, ela foi capaz de ver secretamente Draco sorrir mais e ela também tinha descoberto as diferenças entre seus sorrisinhos e um sorriso leve. Estava muito orgulhosa que conseguia fazer isso.

Ginny folheou mais as páginas rapidamente e de vez em quando dava um riso suave.

Havia uma foto de Draco coberto de creme e outras comidas enquanto estava no Salão Principal. A foto mostrava ele jogando comida e sorrindo feliz.

30 de outubro de 1999

Uma guerra de comida começou e ele se juntou a ela. Não é sempre que vejo ele se divertindo e deixando a linha de perfeccionismo e rigidez.

Ginny não se lembrou de outros momentos depois onde Draco agiu desse jeito, então esta foto era preciosa pra ela.

Então tinha um foto dele em sua vassoura e voando pelo campo de quadribol com o pomo nas mãos.

24 de junho de 2000

Finalmente ele conseguiu o que queria por anos, que era pegar o pomo antes de Harry.

Ginny lembrou que gritou de alegria discretamente e teve vontade de ir parabenizá-lo, mas nunca o fez pois teria sido muito esquisito.

Ginny foi até o meio do livro e acho sua última anotação.

Era uma foto de Harry e Draco sentados juntos no banco do campo de quadribol e parecia que conversavam.

5 de março de 2002

Apesar de não poder competir com Harry pelo pomo em seu último ano em Hogwarts, não acho que isto seja muito importante para ele vencer o Harry mais.

Ginny sorriu e pegou uma foto, que tinha tirado recentemente com sua câmera de espiã. Foi esta câmera que a ajudou a capturar os vários momentos especiais na vida de Draco ao longo desses três anos.

Era uma foto de Sirius, Harry e Draco praticando movimentos marciais só de calças e camisetas.

Ginny colou a foto no livro e pegou um pena para escrever.

8 de março de 2002

Ele realmente está gostando do treinamento de Auror com Harry e Sirius. É um passo a frente para conseguir uma de suas ambições de ser Auror. E talvez alguns amigos também.

Ginny suspirou feliz e fechou o álbum de fotos. Ela então se levantou e olhou pra caixa de metal onde viu o conto que Draco tinha escrito pra ela. Sorriu antes de colocar os pergaminhos e o álbum de volta e trancar a caixa. Tirou a caixa de metal da mesa e a colocou de volta no fim do seu baú antes de empurrá-lo pra debaixo da cama e dormir.

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