Capítulo 35
- Sr. Malfoy. – Dumbledore chamou enquanto se levantava – Por favor, controle-se. Todos retornem aos seus lugares. Sr. Malfoy, Srta. Weasley venham comigo, por favor.
Dumbledore saiu da mesa dos professores e encaminhava-se para as portas atrás de Draco. Ginny tinha se levantado e esperava que Dumbledore passasse por ela para poder segui-lo.
Quando o diretor, Draco e Ginny desapareceram ao virarem o corredor, Ron deu um soco na mesa.
- Eu vou matar ele. – gritou.
- Você não vai fazer nada disso – disse uma voz por trás dele. Ron olhou e viu Sirius parado.
Ron estava furioso e se levantou para falar com Sirius – Mesmo que eu não o mate, definitivamente vou pulverizá-lo. – disse alterado.
Sirius colocou uma mão no ombro de Ron para acalmá-lo – Acho que vocês três deveriam vir comigo. Já está na hora de saberem sobre Ginny e draco.
Ron e Harry estavam confusos, mas Hermione concordou e seguiu Sirius.
Sirius levou o trio para seu quarto e os instruiu para que sentassem. Seu principal objetivo era explicar pra Ron que Draco não era uma má pessoa e se Hermione e Harry também soubessem isso, seria mais fácil convencê-lo. Também, bem no fundo, Sirius sabia que era o ódio que os Weasleys sentiam pelos Malfoys que fazia com que Ginny tivesse medo de admitir que gostava de Draco. Sirius pensou que talvez se Ron não odiasse tanto Draco, seria mais fácil para Ginny e então começou a explicar o que sabia.
Contou a eles sobre a doença de Draco, algo que Ginny não tinha contado a Hermione em detalhes. Para esconder o fato de que Ginny era a Fonte, Sirius mentiu dizendo que Draco não gostava de Madame Pomfrey e não queria ser tratado. Disse então que Ginny queria curá-lo porque seria um ótimo treinamento para ela se pudesse ver os sintomas da Vervexia; por sorte Ginny tinha dito a Sirius o que contara a Hermione, então ele pôde manter a história. Falou também sobre Draco ser um menino mimado e não ir até a Ala Hospitalar pra pegar seu remédio e Ginny tinha que levá-lo pra ele todas as noites.
Ron, depois de ouvir isso ficou com raiva de novo, mas Sirius disse a ele para se acalmar e ouvir. Explicou mais para Ron do que para Harry e Hermione que Draco era um verdadeiro cavalheiro durante as visitas de Ginny, ele não a machucou nem nada do gênero durante os poucos meses que ela o tratava. Sirius também tentou garantir a Ron que o que viu na foto não tinha nenhuma indicação de nada 'inapropriado' acontecendo entre Ginny e Draco, e que ela era provavelmente falsa. Apesar de Sirius pessoalmente desconfiar disso, era a única coisa que poderia dizer para acalmar Ron.
Ron tinha dúvidas do que Sirius estava falando, mas Sirius disse a ele que Ginny tinha contado tudo pra ele e já que Ron sabia o quanto os dois eram apegados, ele acreditou no que foi dito. Ron agora estava com raiva porque Ginny estava vendo Draco secretamente todas as noites e planejava dar uma bronca nela quando a visse. Sirius não podia impedir Ron de ser um irmão superprotetor, mas pelo menos agora ele não queria matar Draco, o que era algum avanço.
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Dumbledore levou Ginny e Draco para sua sala, mas não falou muito. Só disse a Draco para controlar sua raiva no futuro e o liberou para poder falar com Ginny a sós.
Draco saiu da sala de Dumbledore ainda com raiva e procurando por quem havia começado essa história toda. Queria falar com Ginny desesperadamente e confortá-la, mas não parecia que ela queria falar muito com ele agora, então ele ia esperar, mas nesse meio tempo iria descobrir quem fez tudo aquilo e ia dar um jeito na pessoa.
Ginny sentava quieta na sala de Dumbledore depois que Draco tinha saído e lutava contra as lágrimas. Seu mundo estava desmoronando diante dela. A escola inteira viu a foto e iriam ter as mais absurdas idéias, Ron ia ter um treco e já nesta manhã ela foi bombardeada por garotas fazendo perguntas pra ela. Ela tentava não ser notada, mas agora era o centro de atenção e definitivamente não podia mais ver Draco porque todos estariam prestando atenção neles. Toda essa confusão era muito para Ginny e ela segurava com força os braços da cadeira para não chorar.
Dumbledore se tornou um tipo de padrinho para Ginny depois de todo o incidente da Câmara Secreta. Ele constantemente se preocupava com ela depois de seu primeiro ano e estava muito triste por ver que ela não tinha superado, mas ficou feliz ao saber que Sirius a estava ajudando. Ginny recuperou a auto-estima depois que Sirius a ensinou a espiar, e quando ela começou os negócios na escola, Dumbledore não a impediu porque acreditava que ela podia usar os segredos dos outros em sua vantagem, mas ao mesmo tempo sem prejudicar ninguém. Ginny só usava o que sabia de ruim em pessoas que mereciam ser humilhadas e os que eram boas pessoas, Ginny tentava o máximo ajudá-los ao mesmo tempo que ganhava dinheiro. Dumbledore confiava no caráter de Ginny e sabia que faria a coisa certa. A maioria das informações que os alunos pedem são inofensivas mesmo.
Dumbledore esperara Ginny se acalmar um pouco e agora ela olhava pra ele e não parecia tão tensa.
- Você está bem, Ginny? – perguntou gentil.
Ela forçou um sorriso – Estou bem, professor. Nada pra se preocupar.
Dumbledore sorriu de volta. Ele podia dizer que ela tentava ser forte.
- Você está dispensada das aulas hoje, Ginny. – falou – Para ter um tempo sozinha e organizar sua mente.
- Obrigada, professor. – disse e saiu da sala de Dumbledore.
Os corredores estavam vazios porque as aulas já haviam começado e Ginny estava grata pela ausência de alunos. Ela lembrou o que aconteceu hoje pela manhã e se arrepiou.
Ginny tinha entrado no Salão Principal, sentou-se ao lado de seus amigos e começou a comer, mas começaram sussurros por toda parte e Ginny olhou pra ver o que estava acontecendo. Pedaços de papel caíam do teto e ela conseguiu pegar um deles. Era uma foto dela e de Draco na salinha dos fundos da sala de Poções dormindo um nos braços do outro.
O coração dela literalmente parou de bater e as pessoas começaram a se amontoar em volta dela pedindo explicações sobre a foto; Ron sendo um dos mais persistentes. Ginny não conseguia dar conta do que estava acontecendo, então tapou os ouvidos e abaixou a cabeça para não ter que explicar nada pra ninguém; ela realmente queria morrer naquele momento. De repente, todos em volta dela se afastavam e Ginny levantou a cabeça para ver o que mais tinha acontecido. Ginny deu de cara com os olhos de Draco e então o ouviu exigir saber que havia feito aquilo.
Ginny chegou ao retrato da Grifinória e falou a senha pra entrar; Ron, Harry e Hermione estavam esperando por ela e ela parou.
No momento que ela pisou na sala comunal, Ron se levantou e foi até ela. Ela respirou fundo e se preparava para explicar, mas Ron a impediu.
- Sirius nos contou tudo. – Ron disse com raiva e começou sua bronca – De todas as pessoas para curar, você tinha que escolher o Malfoy, não é? O que há de errado com você, Ginny? Não sabe que ele é um babaca? O que estava pensando? Ou o que não estava pensando? – gritou com ela.
Ginny fechou os punhos e olhou para Ron com raiva – O que eu faço não é da sua conta. – Ginny disse com os dentes cerrados – Quem escolho para curar e onde escolho curá-los sou eu quem decido.
- Você ainda não admite que está errada. – gritou.
- Não tem nada de errado. – gritou ela também.
- Você estava dormindo com o Malfoy! - estourou e mostrou uma foto a ela.
- Nós só estávamos dormindo.
- Não é o que parece. – gritou
- É a verdade. – gritou de volta. Ron estava exagerando.
- Vou enviar isso à mamãe e ao papai – ralhou – Vamos ver o que eles pensam.
- Não ouse me ameaçar com mamãe e papai – disse furiosa e apontava o dedo no rosto de Ron – Eu também podia enviar fotos suas com Lavender, ou melhor, enviar as fotos pros pais dela.
Ron corou até as orelhas – Você não ousaria! – ralhou.
- Quer apostar? – gritou.
Ron e Ginny se olhavam com raiva agora e Harry e hermione pensaram que era hora de se meterem.
Harry batia de leve nas costas de Ron tentando fazê-lo parar de olhar pra Ginny daquele jeito.
Hermione colocou as mãos nos ombros de Ginny e tentava fazê-la sentar.
Ginny empurrou as mãos de Hermione e tirou a foto das mãos de Ron. – Sei o que estou fazendo, Ron, não preciso de você como babá. – disse severa e subiu as escadas pro seu quarto correndo.
Ron resmungou e saiu da sala comunal rabugento.
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Ginny trancou a porta do seu quarto e caiu na cama afundando a cabeça no travesseiro. Ela respirava fundo tentando relaxar e pensar num meio de sair dessa confusão. Ginny rolou de barriga pra cima e olhou a foto que tinha tirado da mão de Ron.
Acho que o Accio do Malfoy não foi tão forte pra pegar todas elas. – pensou triste, mas não pôde evitar sorrir quando a Ginny da foto se aninhava nos braços de Draco.
Eu teria amado essa foto se fosse em diferentes circunstâncias, mas por me causar tanto problema eu a odeio agora.
Ginny amassou a foto na mão e a jogou na lata de lixo, o que fez pegar fogo na mesma hora e virar cinzas. Sua lata de lixo era enfeitiçada para queimar qualquer coisa que fosse jogada nela. Já que Ginny tinha muitas informações privadas, ela pensou que fosse necessário eliminar qualquer coisa escrita num papel.
Ela respirou fundo e começou a pensar em como iria resolver este problema. Descobrir quem tinha tirado aquela foto era uma obrigação, mas convencer toda a escola que não tinha nada entre ela e Draco era a coisa mais importante agora, então procurar o culpado iria ter que esperar.
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Draco tinha ido às aulas depois que saiu da sala de Dumbledore, mas não prestava atenção ao que os professores diziam. Muitos alunos ficavam olhando pra ele durante o dia, alguns riam, outros o parabenizavam (a maioria da Sonserina) e todos os grifinórios só o olhavam com raiva. Draco ignorava tudo porque seu principal objetivo era encontrar quem tinha distribuído as fotos. Ele não era tão bom quanto Ginny em descobrir informações secretamente, mas era bastante intimidador e se queria saber algo tudo que tinha que fazer era perguntar (na sua maneira especial). Draco suspeitava quem era, mas precisava de provas, ou pelo menos alguém que falasse que foi essa pessoa a culpada. Não adiantava se precipitar.
Draco encontrou a testemunha em de seus colegas da Sonserina. Era uma sétimo-anista que era vítima da chateação de Felicity. Ela sabia que Draco estava procurando quem havia distribuído aquelas fotos e pelo mau humor de Draco, ela podia dizer que ele ia ficar furioso com Felicity e conseguir sua vingança, ela contou a ele o que Felicity fizera.
- Eu estava andando pela sala de Poções esta manhã – a garota estava explicando a Draco num corredor deserto – quando de repente Felicity Lateris saiu de lá correndo e se chocou comigo. A câmera que ela estava segurando caiu no chão e partiu em dois. Eu estava me desculpando, mas ela parecia muito zangada e estava prestes a gritar comigo quando eu me ofereci para consertar. Ela concordou e também mandou que eu revelasse as fotos. Eu fiz o que ela pediu e consertei a câmera e revelei a única foto que ela tinha tirado. Assim que eu a revelei, ela tirou a foto da minha mão e me avisou para não contar ninguém o que aconteceu. A foto era a mesma que toda a escola estava vendo esta manhã.
Draco escutava calmamente - Como vou saber que o que você está dizendo é verdade? Já que você odeia tanto Lateris, você poderia estar inventando tudo isso para culpá-la. – disse.
- Se eu sou corajosa o bastante para mentir pra você, seria corajosa o bastante para confrontá-la quando ela implicasse comigo. – a garota disse logicamente – Eu te disse o que sei, Malfoy; acredite ou não, é com você. – e saiu.
Draco decidiu acreditar na garota porque todos seus colegas de casa sabiam que era melhor não mentir pra ele, todos exceto uma garota que até ousou se meter na vida dele, Felicity Lateris.
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Ginny estava na cama com as cortinas fechadas e abraçava os joelhos. Hermione e Harry tinham dito gentilmente a Amy e Colin que a foto era falsa e agora todos os quatro explicavam aos grifinórios, que estavam fofocando sobre ela, para pararem e que a foto era falsa. Graças a eles, Ginny não foi bombardeada com perguntas dos seus colegas de casa, mas ela não sabia como eles estavam reagindo porque ela não tinha saído do quarto desde a briga com Ron. Ginny preferiu se esconder atrás das cortinas porque não queria ver os olhares que receberia e mesmo quando todos já haviam ido jantar, Ginny ainda estava no seu santuário atrás das cortinas da cama.
Ginny ouviu a porta ranger ao abrir e passos pelo quarto. Sua cortina foi aberta lentamente e ela viu o rosto de Colin sorrindo pra ela.
- Eu trouxe um pouco de comida pra você – disse com um pequeno sorriso e estendeu um prato a Ginny junto com um garfo. Ele então sentou na cama e observou Ginny comer.
Colin tem sido o primeiro verdadeiro amigo de Ginny, mesmo antes de Tom Riddle e ela sempre teve uma ligação especial com ele. Mesmo que ele fosse um garoto, ela se sentia mais próxima a ele do que de Amy e Hermione.
Ginny não estava com muita fome, então depois de algumas garfadas, ela só ficava mexendo com a comida no prato. Colin viu e tirou o prato de Ginny e o colocou encima da mesinha. Só aí que Ginny olhou nos olhos de Colin e pela primeira vez depois de seu primeiro ano, ele viu que ela estava perdida, perdida em si mesma.
- Não era falsa. – Colin declarou mais que perguntou.
Ginny respirou fundo e balançou a cabeça.
Colin sorriu fracamente pra ela – Com minha experiência com fotos, posso dizer, mas só depois de ver você desse jeito é que minhas suspeitas foram confirmadas.
- Nós só estávamos dormindo. – começou a explicar.
- Shh… - Colin disse, impedindo que ela continuasse a explicar – Sei que você não faria nada além disso.
Ginny riu triste – Você é o único que parece me entender e acreditar em mim. – disse incerta.
- Não se preocupe, Ginny. – Colin assegurou – Não sei o que está acontecendo, mas sei que você vai descobrir. Você sempre descobre.
- Obrigada, Colin. – disse e o abraçou brevemente.
- Não direi a ninguém que a foto é real. – falou no ouvido de Ginny e se afastou. Tirou algo do bolso e deu a Ginny, era a foto.
- Mais dessas foram distribuídas pela escola depois que o Malfoy queimou aquelas no salão. – explicou – Praticamente todo mundo ficou com uma, então pensei que já que você está nela, deveria ter uma cópia pelo menos.
- Obrigada. – disse em voz baixa.
Colin assentiu e deixou Ginny sozinha.
Olhando a foto uma vez e a colocando debaixo do travesseiro, Ginny pegou sua capa de invisibilidade e sua mochila e saiu do quarto.
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Draco estava na esquina do corredor que dava pro Salão Principal esperando Felicity chegar. Ele a viu andando pelo corredor e quando ela passou pelo lugar onde ele se escondia, ele a puxou pra onde estava e cobriu sua boca com a mão para que ela não gritasse. Draco arrastou Felicity até uma sala vazia e brutalmente a empurrou numa cadeira.
Bateu com ambas as mãos na mesa e se inclinou pra perto de Felicity com um olhar furioso na cara.
- O que você está tentando fazer? – ralhou – Por que continua a interferir na minha vida?
Felicity sorriu desdenhosa e deslizou pra frente na cadeira para segurar os ombros de Draco.
- Por que eu quero você. – sussurrou no seu ouvido.
Draco a empurrou e apontou sua varinha pra ela. Felicity tinha previsto seus atos e também tinha a varinha apontada para ele.
- Eu te avisei, Lateris. – sibilou.
- Sim, você avisou, Draco – disse arrogante – Mas eu não a machuquei desta vez. Eu posso ter até ajudado ela a ficar com você.
- Você não a ajudou com nada. – gritou – Você só criou mais problemas e arruinou tudo.
Felicity sorriu arrogante – O que houve Draco? Vergonha que foi visto com uma Weasley? Ah, mas não, não é você. É ela quem tem vergonha de ser vista com voc, e isso te incomoda.
Draco segurava a varinha com mais força porque Felicity tinha acertado em cheio. Draco achava sim que Ginny tinha vergonha de ser vista com ele.
- Dói, não é, Draco? - murmurou – O fato dela se esconder quando alguém chega perto. Como ela te ignora durante o dia, mas age totalmente diferente à noite.
- Cala a boca! – gritou.
Felicity riu – Você sabe que ela vai te deixar logo. Agora que toda escola suspeita de alguma coisa, você sabe que ela vai se afastar, ficar o mais longe possível de você. Porque ela tem vergonha de você, o bad boy de Hogwarts não é bom o bastante para o anjo da Grifinória.
Draco respirou fundo e sorriu desdenhoso – E você não era boa suficiente pra mim, Lateris. – Draco disse arrogante – Você foi só uma substituta pra ela. Só uma coisinha para ocupar meu tempo e assim que ela voltou eu terminei com você. Por que ficar com lixo quando posso ter a verdadeira beleza, uma coisa que obviamente você não tem.
Felicity grunhiu e foi pra cima de Draco. Ele conseguiu se esquivar e ela caiu entre as mesas direto no chão. Draco desdenhou dela espatifada no chão e saiu. Felicity bateu no chão com as mãos e grunhiu.
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Draco não tinha muita fome, então voltou pro seu quarto. Assim que entrou viu Ginny sentada numa cadeira esperando por ele. Draco estava feliz em vê-la porque tinha tanta coisa que queria dizer a ela, mas a cara dela estava desprovida de qualquer emoção e Draco estava com um mau pressentimento.
- Malfoy. – Ginny disse ao se levantar – Precisamos conversar.
Draco ouviu a frieza na voz dela e ficou tenso – Claro – respondeu e se sentou numa cadeira oposta a ela.
Ginny sentou e deu a ele um frasco com seu remédio. Draco pegou o frasco e esperou pacientemente ela começar.
- Eu não posso mais vir aqui. – Ginny disse olhando nos olhos dele.
Draco fechou os punhos. Ele esperava que ela não fizesse isso – Por que? – perguntou também num tom frio.
- Porque a escola inteira suspeita que existe alguma coisa entre nós e eu não quero dar a eles um motivo pra começarem uma fofoca. – explicou.
Draco ficou só sentado e olhando pra Ginny com seus olhos cinza. Eles estavam frios e intensos, não brilhando como geralmente ficavam quando olhavam pra ela.
Ginny engoliu o bolo que se formou em sua garganta. – Ron também sabe. – disse – Ele sabe que estive vindo aqui pra te dar seu remédio e tem me vigiado constantemente junto com os outros da minha casa.
Ginny olhou pra Draco e esperou sua reação. Sua frieza a estava assustando.
- Tem outra razão que você não falou. – Draco disse e aprofundou seu olhar nos olhos dela.
Ginny estava confusa. Ela não sabia do que ele estava falando e já que ela não respondia a Draco, ele disse logo.
- Você tem vergonha de ser vista comigo. - concluiu.
Ginny estava chocada – De onde você tirou essa idéia? – perguntou.
Draco sorriu desdenhoso – Mas é verdade, não é? – falou, a dor evidente em sua voz – Todas as vezes que você se escondia quando alguém entra aqui, a raiva que você mostrou quando eu te comprei no leilão da escola, você mesma disse que talvez conseguisse sobreviver 24 horas comigo.
- Não é nada disso. – ela disse desesperada.
- Então o que é? Por que insiste em nos manter em segredo? – falou com raiva.
- Porque não existe nós.
- Tá bom. – disse de volta raivoso – Então esse acordo que nós temos, ou o que você queira chamar isso. Eu só quero saber por que você não gosta que os outros vejam você comigo em horas que você não é obrigada.
- Porque não está certo.
- Como não está certo?
Houve silêncio por um momento enquanto Ginny procurava por uma resposta.
- Você não entenderia. – murmurou e se levantou pra sair.
- Ginny – Draco a chamou assim que ela se levantou.
Ginny parou por um momento na frente do retrato e se virou para vê-lo parado de frente pra ela. Ele se aproximou e olhou nos olhos dela tristemente - Não vá – ele disse suave.
Ginny lutava muito pra não ceder. Ela disse a si mesma que quando chegasse a hora, ela conseguiria deixá-lo e agora chegou a hora.
Ginny respirou fundo e olhou nos olhos dele com o mínimo de emoção que conseguia.
- Nós somos apensa dois alunos de Hogwarts de casa rivais – disse com sua voz mais fria – Pra mim, você é um sonserino loiro que é um ano mais velho que eu, e pra você, eu sou só uma ruiva irmã do seu pior inimigo. Era assim no começo e é assim que vai continuar. – então se virou e saiu do quarto de Draco, debaixo de sua capa de invisibilidade.
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