Capítulo 37
Draco não fora afetado pela água fria e pôde se concentrar em encontrá-la. A água do lago era bem transparente, mas algas atrapalhavam seu caminho. O bom era que Ginny tinha o cabelo ruivo e foi por causa disso que ele a achou tão rápido.
Draco conseguiu arrastar Ginny até a margem do lago e a deitou. Ele retirou as amarras dela, mas ela não acordava.
- Acorde Weasley. – disse desesperado enquanto batia de leve seu rosto. Ginny não teve nenhuma reação e Draco foi checar se estava respirando.
Ela respirava fracamente e Draco sabia que tinha que tirar a água de seus pulmões. Colocou as mãos em cima de sua barriga e empurrou forte.
- Vamos, Weasley – repetia enquanto continuava a pressionar a barriga de Ginny.
Depois de muitas tentativas, ela ainda não havia expelido a água e Draco começava a entrar em pânico.
- Acorde, Weasley. – gritou desesperado – Você não pode morrer agora. Não pode. – e apertou mais forte. Depois de mais alguns apertões, a água saía pela boca de Ginny e ela começou a tossir.
Ela virou de lado para facilitar a saída de água e Draco ficou imediatamente aliviado. Os olhos dela se abriram e olhava Draco enquanto tossia. Ele a levantou e abraçou com força.
- Graças a Merlin você está viva. – disse ainda a abraçando forte.
Ginny estava fraca por toda tosse, mas conseguiu abraçar Draco suavemente e descansar sua cabeça pesada no ombro dele. – Obrigada – sussurrou.
Draco a apertou uma vez mais antes de pegá-la no colo e carregá-la de volta ao castelo. Ginny tinha seus braços em volta do pescoço de Draco enquanto sua cabeça recostava em seu ombro. Ela estava tão fraca que desmaiou nos braços dele.
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Draco a levou para a Ala Hospitalar imediatamente para que Madame Pomfrey pudesse ver se havia algo de errado. Dumbledore, McGonagall, Sirius e Ron foram avisados imediatamente do estado comatoso de Ginny devido à pancada que sofreu na cabeça e ao trauma de quase ter se afogado. Draco estava do outro lado da sala explicando, pela vigésima vez, a Dumbledore, McGonagall e Sirius o que tinha acontecido quando Ron e seus amigos chegaram de supetão na enfermaria. Ron correu para o lado de Ginny logo e observou sua irmã com tanto zelo que todos se afastaram para que pudessem ficar sozinhos.
Ron deslizou na cadeira e pegou a mão de Ginny. Madame Pomfrey ficou parada ao lado dele e explicou que Ginny não estava morta, mas em coma, o que significava que estava dormindo e não sabia quando iria acordar. Também não havia um método mágico para acordá-la, só dependia dela mesma ultrapassar este obstáculo.
- Por favor, Ginny, fique bem – Ron disse quase chorando – Eu não suportaria perder minha única irmã – disse e lágrimas rolaram pela sua face.
Harry colocou uma mão no ombro de Ron e sorriu fracamente – Está tudo bem, Ron – disse – Madame Pomfrey disse que Ginny vai acordar uma hora.
Ron limpou as lágrimas e abaixou a mão de Ginny. Dumbledore e McGonagall foram até o grupo e disse a eles o que tinha acontecido enquanto Sirius conversava com Draco sozinho.
Draco e Sirius saíram da enfermaria e foram até o pequeno jardim situado lá fora.
- Acho que devo lhe agradecer por salvar Ginny. – Sirius falou enquanto ambos olhavam para dentro da enfermaria pela janela.
- Não precisa, Ginny já me agradeceu.
- Então, quando você deu a Ginny o rastreador?
Draco sorriu levemente do quão observador Sirius era – Foi o presente de aniversário dela. Não achava que precisaria usá-lo, só parecia uma linda jóia.
- Com o que Ginny faz, ela precisa de toda proteção que puder ter. – Sirius disse com um leve tom divertido na voz.
Draco não achava nada engraçado – Bem, eu não gosto do que ela faz. – disse frio.
Sirius pôde detectar o descontentamento em Draco e sorriu triste – Nem eu, mas ela não vai parar não importa o que você ou eu pensamos.
- Então quando ela vai parar?
- Logo, mas até lá, não há nada que possamos fazer a não ser apoiá-la.
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Dumbledore disse a Ron, Harry, Hermione, Colin e Amy sobre como Draco salvou Ginny da tentativa de Felicity em matá-la e eles estavam todos confusos em como Draco sabia onde Ginny estava e que estava em perigo. Estavam ainda mais confusos em saber que Felicity queria matar Ginny. Hermione e Colin sabiam muito bem por que Draco salvara Ginny, mas Harry e Amy só tinham uma leve idéia. Ron estava completamente no escuro.
Deixaram Rom ficar com Ginny enquanto todos voltaram às aulas e ele agora estava sentado numa cadeira ao seu lado a observando.
- Por favor, acorde Ginny – disse suavemente – Mamãe e Papai ficariam arrasados se alguma coisa acontecesse com você. Bill sentiria falta da sua pequena, Charlie sentiria falta da sua irmã favorita, Percy ia começar a encher o nosso saco se você não estiver lá para controlá-lo, Fred e George sentiriam falta de te mimar com suas extravagâncias – a voz de Ron começou a falhar – e acima de tudo eu sentiria falta de você acabando comigo no xadrez. – Estava prestes a chorar de novo, mas se controlou – Me desculpa Ginny, desculpa por ter gritado com você. Prometo que nunca mais vou gritar contigo se você acordar. Não vou ficar dizendo o que você tem de fazer e te controlando. Nunca vou questionar suas decisões ou exigir nada de você. Só quero que você acorde, por favor, acorda. – Ron enterrou a cabeça no colchão tentando controlar suas emoções.
Uma figura foi até ele e parou ao lado da cama de Ginny. Ron levantou a cabeça e viu que era Draco. Ron se levantou para encará-lo, mas não sabia como reagir diante de seu inimigo. O inimigo que salvou sua irmã.
- Pare de pensar que ela nunca vai acordar, Weasley. – disse friamente.
- Não estou pensando isso.
- Então pare de lamentar. – rebateu.
Ron estava ficando com raiva e toda sua fúria fervia dentro dele. Por um momento foi capaz de parar a tristeza e isso o ajudou a controlá-la. Acalmou-se e lançou um estranho olhar a Draco.
Draco sorriu debochado e deu algo a Ron.
- O que é isso? – perguntou enquanto olhava um anel em sua mão.
- Use-o, Weasley. Se algo acontecer a Ginny novamente, você saberá e poderá ir socorrê-la.
- Foi assim que ajudou Ginny hoje? – perguntou.
- Foi. E agora estou dando-o a você.
- Por que está me ajudando? – perguntou cismado.
Draco riu – Não estou te ajudando, Weasley – disse frio – Você e eu sempre nos estranharemos, só que agora temos uma coisa em comum. Nós dois não queremos que Ginny se machuque.
Então se virou e saiu da enfermaria. Ron voltou a sentar-se na cadeira e olhou o anel que Draco havia lhe dado. Olhou para Ginny e de volta pro anel.
- O que o Malfoy esta querendo? – resmungou curioso pra si mesmo – O que há entre vocês, Ginny?
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No dia seguinte, Draco recebeu uma mensagem de Madame Pomfrey para ir até a enfermaria e pegar sua cura e era o que estava fazendo. Notícias de Felicity Lateris corria pela escola e se espalharam rapidamente, mas ninguém sabia realmente o que havia acontecido e não sabiam que sua ida tinha alguma coisa a ver com o estado de coma de Ginny.
Ron pediu a Dumbledore para não avisar a família ainda. Ele não queria que seus pais se preocupassem e seus irmãos estavam todos muito ocupados tentando ganhar a vida. E já que só tinha passado um dia, ele tinha esperanças que Ginny acordasse logo.
Draco entrou na enfermaria e viu Ron, Harry e Hermione visitando Ginny. Eles estavam sentados em volta dela e conversavam uns com os outros enquanto Ron de vez em quando acariciava o rosto ou mão de Ginny. Vendo-os ali, Draco não achou apropriado se aproximar e ver Ginny.
Ele foi até o quartinho dos fundos e viu Madame Pomfrey já lá esperando por ele. Ela segurava uma caixa de metal que dentro continha um caldeirão prateado com um líquido fervente. Draco achou aquilo muito esquisito.
- Interessante instalação, não acha? – Madame perguntou a Draco.
Ele observou a caixa estranhamente – Por que o caldeirão está numa caixa?
Madame Pomfrey sorriu e levitou o caldeirão pra fora da caixa. – Ginny o colocou aí. Você não acreditaria o quanto ela se preocupava com essa sua cura. Ela checava pelo menos três vezes ao dia e o colocou numa caixa com uma tranca, tratava como se fosse um pote de ouro.
Draco pensou em tudo que Ginny havia feito por ele e sentiu a dor de sua falta ainda mais forte. Ele tinha tantas saudades que doía.
Madame Pomfrey colheu um pouco da poção, colocou num frasco e deu a Draco. O líquido era verde prateado e Draco bebeu o remédio com gosto horrível. Ele não conseguiu evitar o pensamento de que Ginny teria feito aquilo ter um gosto melhor.
- Muito bem, Sr. Malfoy, você terá que vir todo mês para tomar outra dose do remédio até completar quatro doses. Hoje foi sua primeira, então volte daqui a um mês. E você não precisará de nenhuma outra medicação durante esse tempo. Alguma pergunta?
Draco sacudiu a cabeça – Obrigado, Madame Pomfrey.
- Você devia agradecer a Ginny. – disse sorrindo.
Draco simplesmente assentiu e saiu do quarto. Ele viu que o trio ainda estava lá com Ginny, então decidiu voltar mais tarde.
Mais tarde ficou sendo meia-noite e Draco entrou na enfermaria devagar para não estorvar ninguém. A área em volta de Ginny estava deserta e Draco achou que era seguro falar com ela. Sentou-se numa cadeira bem perto a Ginny e segurou sua mão.
Draco tinha tantas emoções passando por ele, mas não sabia o que eram muito menos colocá-las em palavras. Mas deu o melhor de si.
- Não sei se você pode me ouvir – começou olhando para o rosto de Ginny e acariciava sua mão delicadamente – Mas eu acho que é mais fácil pra mim se eu falar sem você poder me rebater. – disse e sorriu um pouco – Eu não sei bem o que sinto por você, mas eu sei que sinto muito a sua falta, Ginny. Ginny... Não acho que tenha dito seu nome muitas vezes, mas agora ele não sai da minha cabeça. Não sabia que você era uma parte tão importante da minha vida até você ir embora e agora que você não está comigo, eu simplesmente não sou eu mesmo. – Draco segurou a mão de Ginny em ambas as suas e a levou até os lábios – Por favor, acorde. Eu estou implorando agora Ginny, por favor acorde. Se não por mim, pela sua família e amigos, eu sei que eles não agüentariam perder você porque eu não agüentaria perder você.
Draco olhou pra Ginny com esperança mais uma vez antes de se levantar e sair da Ala Hospitalar. Depois que Draco foi embora, Ron saiu do banheiro e sentou ao lado de Ginny se sentindo muito confuso.
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Ginny sentia seu corpo todo formigar, mas não podia se mexer, ela tentou com os dedos e conseguiu agarrar um tipo de tecido. Ela puxou um pouco e tentou abrir os olhos, mas estava muito claro.
Ron estava descansando sua cabeça sobre os braços e dormindo quando sentiu alguma coisa puxar sua manga. Levantou a cabeça e olhou seu braço onde viu longo dedos finos agarrados ao seu suéter. Sacudiu a cabeça rapidamente e olhou dentro dos olhos apertados de Ginny.
- Ginny! – gritou enquanto pulava da cadeira – Você acordou. Madame Pomfrey! Madame Pomfrey! Ginny acordou! – chamou gritando.
Ele apertou a mão dela e Ginny conseguiu abrir um pouco mais os olhos para ver o irmão.
- Você é tão barulhento. – ela sussurrou.
Ron sorria, mas era bombardeado com tantas emoções que mal conseguia se manter de pé.
- Você me matou de susto, Ginny! – disse ainda segurando sua mão firmemente.
Ela sorriu um pouco – Não sabia que tinha essa capacidade.- falou.
Ambos sorriram.
Madame Pomfrey veio andando rápido e afastou Ron para poder examinar Ginny. Ele esperou do lado de fora das cortinas enquanto Pomfrey a examinava. Harry e Hermione vieram nessa hora e Ron estava louco para contar a eles que Ginny havia acordado. Ambos estavam felizes por ele e também aliviados que Ginny estava acordada.
- Acho melhor ir contar a Sirius – Harry falou alegre.
- É – Ron disse – Obrigado, Harry.
E Harry saiu. Hermione estava parada ao lado de Ron esperando Madame Pomfrey terminar com Ginny.
- Hermione – ele disse suavemente.
- Sim.
- Poderia fazer uma coisa pra mim?
- Claro, Ron – respondeu.
Ele pigarreou inconformado – Poderia dizer ao Malfoy que Ginny acordou?
Hermione estava meio confusa do por que Ron queria que Draco soubesse, mas não pensou em perguntar.
- Tudo bem, Ron. Eu vou indo então.
- Obrigado, Hermione.
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Hermione estava parada na frente do quarto do Monitor-chefe e bateu na entrada. O retrato abriu e Hermione entrou no quarto e viu Draco sentado na mesa fazendo dever. Draco a olhou sem expressão.
- O que posso fazer por você, Granger?
- Nada realmente – respondeu ela – Eu só queria avisar você que Ginny acordou.
Hermione notou uma pequena mudança na postura de Draco, mas ela passou logo.
- Isso é bom. – disse normalmente.
Hermione esperava um pouco mais de emoção, mas vendo que era Draco, ela achou que era o máximo de emoção que ele podia mostrar. Ela então saiu sem dizer mais nada.
Assim que Hermione saíra, Draco passou a mão pelo cabelo e não evitou o sorriso – Graças a Merlin, ela finalmente acordou.
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Madame Pomfrey tinha terminado o exame em Ginny e viu que ela estava em perfeita saúde exceto o fato de ela estava se sentia um pouco cansada. Isso era normal depois da situação em que se encontrou por quase dois dias, então ela instruiu para que Ginny repousasse um pouco antes de ir.
Ron, Harry, Hermione, Colin, Amy e Sirius estavam todos rodeando sua cama e falando sem parar. Ginny sorria e estava feliz pela atenção e preocupação de sua família e amigos.
Dumbledore e McGonagall vieram e pediram para falar com Ginny em particular.
- Pode nos dizer o que aconteceu, Srta. Weasley? – perguntou McGonagall.
Ginny assentiu e começou a contar o que havia acontecido. – Naquele dia eu estava andando pelo corredor quando esbarrei em alguém e enquanto me desculpava eu senti uma dor por trás da minha cabeça e desmaiei. Quando acordei estava pendurada por uma corda numa árvore acima do lago e Felicity Lateris me dizia que eu iria morrer. Ela estava em sua vassoura voando sobre mim e encostava uma faca na corda pronta para cortá-la para que eu caísse no lago. Ela acabou cortando e eu caí. A última coisa que lembro depois disso é do Malfoy me salvando e me carregando de volta pra escola.
- Obrigada, srta. Weasley – McGonagall disse e saiu da enfermaria.
- Professor Dumbledore – Ginny falou.
- Sim, Ginny.
- Tenho algo pra contar sobre Felicity Lateris. É muito importante.
Dumbledore concordou com a cabeça o significava que era para que continuasse.
- Ela é uma Comensal. – disse suavemente.
Dumbledore não parecia surpreso pela notícia – Obrigado, Ginny, darei a devida atenção a essa informação. Você deve descansar agora. – disse com um sorriso e saiu.
O diretor saiu da enfermaria e Ginny se encontrava mais uma vez cercada por sua família e amigos. Eles também perguntaram o que havia acontecido e por que Felicity queria matá-la. Ginny disse que não sabia, mas todos tinham uma vaga idéia do porque. Surpreendente, Ron não insistiu com Ginny sobre o assunto. A experiência de quase morte de Ginny pareceu tê-lo chocado tanto que mudou sua atitude perante a ela.
Todos saíram para ir às aulas, mas Ron ainda estava sentado ao lado dela descascando uma laranja pra comer. Ginny achou o comportamento dele muito estranho e falou.
- Tudo bem, Ron, pode começar o sermão agora.
Ron olhou pra ela sem expressão – Que sermão? – perguntou inocente.
Ginny suspirou irritada – Você sabe, aquele que eu sempre escuto quando alguma coisa esquisita acontece comigo. Ora, vamos, sei que está louco pra falar, então vai logo com isso de uma vez.
Ron tinha uma expressão de sofrimento quando falou a ela – Não tenho nenhum sermão pra você, Ginny. – parecia triste – Não tenho porque não foi sua culpa que quase tenha morrido. Foi minha culpa, desculpe.
Ginny estava surpresa pelo que ele disse – Ron, como pode ser sua falta? – perguntou levemente.
Ele a encarou arrependido – Devia ter cuidado melhor de você. Essa é a segunda vez, Ginny. A segunda vez que eu quase deixei você morrer porque não sou um bom irmão. Primeiro foi a Câmara Secreta e agora é essa Lateris aí. Sou um completo fracasso como irmão.
Ginny sacudia a cabeça – Não, Ron. Você não é um fracasso como irmão; você tem tudo que precisa pra ser um irmão perfeito. – então se inclinou e o abraçou.
Ron sorriu triste – Por algum motivo, acho difícil de acreditar.
Ginny se afastou e sorriu – Por que? – falou – Você tem todos as características de um bom irmão. – disse exagerada.
Ron levantou uma sobrancelha e sorriu – Sério? – disse duvidoso – e quais são elas?
- Bem, você é chato, mandão, possessivo, ameaça qualquer garoto que ousa olhar pra mim...
Ron começava a parecer triste de novo.
- Mas o mais importante é que você se importa. – disse sorrindo pra ele e Ron sorriu de volta.
- Acho que não sou tão ruim, então. – disse arrogante.
Ginny deu uma risadinha e deu um tapinha em seu ombro – Não seja tão convencido. – e ela e Ron caíram no riso.
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Era bem tarde quando Draco entrou na enfermaria para visitar Ginny. Ele foi até sua cama, mas não a encontrou lá. Sua primeira reação foi pensar que tinha acontecido alguma coisa, mas depois pensou que talvez já tenha saído da Ala Hospitalar.
Escutou um barulho que vinha do quartinho dos fundos e foi até lá para investigar. Abriu a porta devagar e viu uma figura com longos cabelos ruivos parada em frente a uma bancada fazendo algo.
- Ginny? – falou suave.
Ela se virou e olhou pra ele. Draco foi até ela rapidamente. Ele estava tão feliz em vê-la bem, não sabia o que fazer.
Ambos ficaram ali parados só olhando um pro outro, não sabendo o que dizer ou como agir.
Ginny pigarreou inconformada e desviou o olhar – Obrigada, Malfoy, por ter me salvado.
Draco pareceu decepcionado – Você já me agradeceu – disse um pouco chateado por ela ter usado seu sobrenome quando ele a chamou pelo nome.
- Ah. Bem, não dói falar de novo.
- Mas dói. – disse triste – Depois de tudo que aconteceu, obrigado é tudo o que você tem a dizer?
Ginny olhou nos olhos de Draco e viu o quanto ele estava chateado.
- O que você quer que eu diga? – ela disse suave.
- Não sei. Só sei que não é obrigado.
- Mas obrigada é tudo o que poso dar agora. – respondeu e se virou para continuar a fazer o que fazia antes.
Draco ficou parado lá olhando pras costas dela – Eu tomei a cura.
- Eu sei – disse ainda de costas pra ele – Madame Pomfrey te falou como funciona?
- Falou. Tenho voltar todo mês.
- Bom. Você entendeu, então.
Novamente o silêncio desconfortável. Draco não sabia o que estava esperando dela, mas não gostava de como as coisas estavam agora. Ginny sabia que Draco queria que eles voltassem a como era antes, mas era impossível. Eles eram de mundos diferentes e nunca ia dar certo, mesmo com Felicity fora da jogada.
- Eu só queria ver como você estava. – ele disse e começou a sair do quarto. Era óbvio que ele estava fazendo ela se sentir desconfortável. – Boa noite, Weasley. – e foi embora.
- Boa noite, Draco. – ela sussurrou.
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N.T.: Olá, desculpem pela longa demora, estive realmente sem tempo nenhum. Mas aqui está mais um capítulo. Fica de presente de Natal.
Desejo a todos vocês um Feliz Natal com tudo de bom e um Feliz Ano Novo também.
