Um Homem de Familia – Parte 4
Autoras: Buka e Natália
Resumo: Finalmente o nosso casal poderá desfrutar de uma vida a dois, ops, a três. Como eles irão lidar com essas mudanças e como isso vai interferir em suas vidas? Carby, do jeito que a gente mais gostaria de ver.
Notas:
1) ER e seus personagens são propriedade da Constant Productions, Amblim Television, NBC e Warner Channel. Não há nenhuma intenção de violação de direitos autorais.
2) Reproduções ou publicações desta estória só com autorização das autoras.
3) Elogios e críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas ofensas não. Se tiver algo a dizer, por favor, seja educado!
Certo. Ninguém disse que seria fácil. Ter uma família é a coisa mais maravilhosa do mundo, mas ninguém disse que tudo é as mil maravilhas. Existem brigas, confusões, contas, decisões. Ninguém disse que seria fácil, e não está sendo mesmo. Os últimos meses foram os mais felizes da minha vida, e os mais difíceis também.
Estamos quase no nono mês. Julie está prestes a chegar. O meu estado ansioso é claro. Não vejo a hora dessas duas ou três semanas passarem logo. Abby tirou licença quando estava no sexto mês de gravidez. Ela passou mal durante um trauma e eu insisti que a afastassem. No começo ela chorou, bate o pé, fez bico, mas no final acabou cedendo, vendo que era mesmo o melhor para o bebê.
E por falar em bebês, minha maior surpresa foi quando nós tivemos a nossa quarta consulta com o obstetra . Foi ali que eu pude ver que parte do meu sonho estava se realizando. Sim, definitivamente quem iria nascer era uma pequena menina.
Eu me lembro de todos os passos daquele dia, que foi com certeza um dos muito melhores. Bem, momentos marcantes foram o que não faltaram na minha vida de casado. Uma coisa interessante que aconteceu foi no meu aniversário. Abby e o pessoal do hospital fizeram uma mini-festa pra mim lá no hospital
Quando terminou o "parabéns" a Abby disse que tinha algo pra falar e disse a todo mundo da nossa bebê. Quase ninguém acreditou. Ela estava entrando no quinto mês e não tinha NADA de barriga. Bom, ela continua assim. Hoje, quase chegando ao fim da gravidez, ela está com uma barriga de três ou quatro meses. Não engordou quase nada. Nesse aspecto, o fato de ser baixinha e magrinha ajudou muito.
O mais engraçado daquele dia foi a reação de Susan. Ela ficou muito brava ao saber de tudo, e perceber que não sabia de nada. Disse que isso era traição, que ela era nossa melhor amiga, blá, blá. O pior de tudo foi quando ela descobriu que Kerry já sabia de tudo. Nossa, o mundo caiu. Ela ficou emburrada por um tempo, mas hoje em dia ela parece membro da nossa família, tão empolgada quanto nós.
Falando em membro da família, não poderia deixar de citar. Bom, o casamento foi uma surpresa pra minha família, mas eles reagiram melhor do que eu esperava, principalmente a minha mãe. Bem, eu sei que Abby não é a mulher que ela sempre sonhou pra mim, mas ela me surpreendeu ao dizer que se eu estava feliz era o que importava. Todo esse clima mudou quando eles ficaram sabendo da netinha. Minha mãe está muito, muito empolgada. Mais do que devia, eu diria. Ela liga todo santo dia pra saber como nós estamos e perguntar sobre o bebê. Ás vezes ela implica com a Abby, dizendo que ela faz coisas que podem prejudicar o bebê. Minha mãe esquece que Abby além de mãe, é médica como eu.
Eu deixo as duas se entenderem. Ela já aprendeu a lidar com a minha mãe, o que eu acho muito bom. Às vezes elas se dão bem melhor do que eu e a minha própria mãe. Já do outro lado da família, não posso dizer muito. Maggie ficou sabendo por Eric sobre o nossa casamento e a idéia de ter uma neta nem lhe passa pela cabeça. Na verdade, eu não sei nem sei Eric sabe sobre o bebê. Abby não quis contar, e eu não forcei. É melhor deixar ela fazer o que ela quiser, pelo menos por enquanto. Quando Julie nascer, tudo pode mudar.
E quem disse que gravidez também não ajuda o marido? Como Abby esta de licença e passa a maior parte do dia em casa se lamentando porque não tem o que fazer, eu tenho que compensa-la de todas as formas trazendo sempre algum "mimo" do trabalho. Hoje, exclusivamente Susan cobriu minhas duas ultimas hora de plantão. Falou para eu curtir um pouquinho mais essas ultimas semanas antes que a bebê nascesse, porque depois não teríamos folga alguma.
Antes de ir para casa, passo no posto para abastecer o carro. Sempre era bom deixar o tanque cheio caso alguma coisa acontecesse antes da hora. Entro na loja de conveniência e compro mais chocolate para o nosso estoque. A três, desde que paramos de fazer sexo por recomendação medica e por receio meu de fazer algo com o bebês decidi levar todo dia uma barrinha de chocolate para "satisfazer" as nossas necessidades. Fiz isso principalmente porque ela começou a se lamentar, dizendo que estava gorda, que eu não me sentia mais atraído por ela e que eu iria troca-la pela primeira que passasse na rua e olhasse pra mim. Abby as vezes tem uma imaginação tão fértil!
Chego em casa e encontro todas as luzes apagadas. Coloco as sacolas em cima da mesa e olho ao meu redor vendo que ali embaixo ela não estava. Será que ela tinha saído! Não, não. O carro esta na garagem e está tarde para sair andando nas ruas. Subo as escadas e me deparo com uma única luz vinda do quarto que seria da Julie. Me aproximo lentamente para não assusta-la e paro na porta esperando que ela me percebesse ali.
"Olha quem chegou mais cedo.." – eu falo vendo-a se virar sorrindo.
"Não acredito que você conseguiu fugir!" – ela se aproxima vindo me abraçar.
"Como estão minhas mulheres? Já jantaram!"
"Por incrível que pareça não.. e nem pretendo.. hoje não estou com muita fome.."
"Então vamos pedir algo?"- eu pergunto animado.
"Pede se quiser, não estou afim mesmo..."- poxa! Eu todo animado e ela com esse balde de água fria em cima de mim?
"Nossa...já tá de mau-humor de novo?"- eu digo, vendo-a encostar no berço. Aquele quarto tinha ficado muito lindo. Nós decoramos com tanto carinho, era o melhor lugar da nossa casa. O berço, a cômoda, o sofá...o papel de parede. Tudo parecia perfeito demais ali.
"Eu não estou de mau-humor, Carter..."- "Carter"? Xi...
Bom.. como ela estava sempre a beira de ataque de nervos, eu decidi deixar as coisas como estavam. Me aproximei lhe abraçando e conduzindo-a para fora do quarto.
"Pelo menos você vai aceitar o chocolate que eu comprei com tanto amor e carinho para nós!"
Imediatamente seus olhos brilharam e eu vi um sorriso no seu rosto.
"Mas..." - eu disse antes que ela falasse que queria. – "espera eu tomar um banho antes, ok! Assim quando eu sair cheirosinho nos sentamos, vemos um bom filme e comemos o chocolate abraçadinhos..."
A cara dela foi de quem não gostou muito daquele idéia, mas ela acabou cedendo no final.
"Tudo bem... vou lhe esperar lá embaixo então..."
Ela desceu as escadas e eu fui correndo par ao banheiro, tomar um banho rápido. Deixei a porta a aberta e entrei embaixo do chuveiro. Agora sempre eu deixava a porta aberta, caso alguma emergência ocorresse, eu pudesse ouvi-la me chamar.
Continua...
