Que maldade! Desculpa Andrea! ehuahuehuahea vou me redimir.. vou postar mais um agora.. pra vocês! bjsss
Eu não queria deixa-la sozinha lá em cima, mas a minha vontade de descer e contar pra todos os meus amigos que minha fofinha tinha nascido era enorme.
Fui até a recepção e pedi pra usar o telefone. Não sabia se ligava pra minha mãe, pra Maggie e Eric ou só pedia pra transferirem lá pra baixo. Decidi que era melhor falar com minha mãe, que estava tão ansiosa quanto nós para que esse momento chegasse logo.
O telefone tocou duas vezes e ela atendeu. Acho que já devia estar pressentindo algo.
"Alo?" – ela diz com uma voz sonolenta. Eu olho para o relógio e vejo que passavam das 3 da manhã.
"Mãe.." – eu falo sem conter o meu sorriso.
"John! O que aconteceu?"
"Só liguei para te dar os parabéns.. isto é.. receber os parabéns..."
"Hum! Julie nasceu?" – ela fala gritando no meu ouvido.
"Sim... ha poucos minutos.. a sra. é a primeira a saber.. estamos aqui na maternidade do County.. quando quiser vê-la.. é so vir.."
"Eu já estou indo para aí meu filho.." – ela fala afoita – "meus parabéns! Ela nasceu perfeitinha! Saudável?"
"Totalmente perfeita... estão agora pesando-a e fazendo exame do pezinho.. aquelas coisas de sempre..."
"Eu ja estou indo. Qualquer coisa que precisar me liga que eu levo.. Abby esta bem?"
"Perfeitamente.. – eu olhei pra porta do quarto - muito cansada.. mas isso é natural.."
"Va curtir sua família.. – ela realmente parecia empolgada - parabéns meu filhos! Eu nem posso acreditar que nasceu a minha primeira netinha!"
Minha mãe desliga o telefone e eu nunca senti tanta empolgação vinda dela. Pego o meu celular e volto para o quarto, vendo que a enfermeira ja havia limpado o grosso e Abby estava de olhos fechados descansando. Saio do quarto para não acorda-la e pego o meu celular ligando para a casa de Abby. Chamava, chama e só caia na secretaria. O jeito seria deixar recado na secretara eletrônica e esperar para quando sua mão ou seu irmão ouvissem a mensagem. Eu odeio falar com máquinas, mas naquela situação não tinha alternativa.
"Maggie? Eric? Bem...aqui é o John...liguei pra dizer que- eu me dei conta que eles não sabiam de nada ainda- bem, antes que tenho que contar uma coisa- eu sorri, me encontrando naquela situação- Abby está grávida, quer dizer...estava...nossa filha acabou de nascer e...- nossa, que situação difícil- e se vocês quiserem vir até aqui, estamos na maternidade do County mesmo... é.. desculpem por não termos contado antes.- nossa, eu estava muito constrangido...será que meu recado caberia na fita?- é isso..Até mais...- eu disse e demorei um pouco para desligar, ouvindo o som de término da fita logo em seguida.
Desliguei o telefone de novo. Me sentia bem melhor agora, com uma sensação de tarefa cumprida. Ela disse que eu poderia chamar qualquer um, acho que não haveria problema...Ou haveria? Ai, Deus! Será que eu fiz bem? Agora não adiantava reclamar, estava feito. Era esperar pra ver. Quem sabe eles nem escutassem o recado...ou nem se interessassem em vir.. Não, não acho que aconteceria isso. Apesar de tudo, Maggie ama Abby e isso é maior do que todo o tempo de brigas e discussões das duas.
Fiquei encarando o celular mais uma vez. Minha vontade era ligar lá pra baixo e contar principalmente a Susan, mas acho que tínhamos de fazer uma coisa de cada vez.
"Bom.. – uma voz surge perto de mim - se você não sabe mais o meu celular.. "
Falando na criatura, ela me aparece na minha frente, segurando flores e um presente enorme para Julie.
"Como você soube?" – eu me aproximei para cumprimenta-la e ajuda-la com as sacolas.
"Tenho informantes.. espalhei as fotos de vocês pelos hospitais de Chicago..." – ela disse me abraçando e olhando para o lado onde estava o berçário. – "Eu vi vocês chegando no hospital.. liguei, pedi informações e decidi vir quando soube que finalmente ela havia nascido.. nunca que eu iria atrapalhar um momento que é só de vocês..."
"Você quer vê-la?" – eu falo vendo-a sorrir.
"Você está parecendo um bobão com esse sorriso John.. e que perguntinha hein?"
Nós deixamos as coisas que ela trouxe ali mesmo perto da porta do quarto e fomos andando com cuidado até o berçário. Vi vários bebes, todos parecidos. Olhei para aquelas que estavam com um lençolzinho rosa e finalmente pude reconhecer Julie. Poxa.. elas tinham que ser todas tão parecidas!
"Deixa eu adivinhar qual é.." – Susan diz encostando a sua cara no vidro.
Ela percorreu os olhos pela primeira fileira de bebes e começou a rir.
"Eu diria que é aquela"- ela apontou para o terceiro berço- "pelo olhos iguais da Abby, diria que é aquela"-ela apontou para o ultimo berço- "por causa da sua boca, mas com certeza é aquela, por causa do seu nariz"- ela disse gargalhando, apontando para o berço de um menino.
"Como você é má, Susan..."- eu disse, rindo também- "errou tudo...é aquela ali...segunda fileira, a 4a..."- ela levantou um pouco nas pontas dos pés, sorrindo grande.
"Que coisa linda!"- disse, ao ver minha menininha- "ela não é feia! Nossa, ainda bem que você casou com a Abby, Carter...salvou seu filho..."- ela disse, rindo enquanto eu ainda babava na minha filhotinha.
"Agora eu quero ver a minha amiga..."- Susan disse, dando meio volta, seguindo para o lugar de onde viemos.
"Sim senhora...vamos ver se ela acordou..."- caminhamos até onde tínhamos deixado as coisas e seguimos até o quarto.
"Correu tudo bem no parto?"- ela pergunta, numa das poucas vezes sérias em que vi Susan em toda a minha vida.
"Sim.." – eu me limitei a dizer. Aquele momento agora seria só de felicidade. – "Bom.. faça silêncio..."
Eu abro a porta com cuidado e vejo que Abby já estava de olhos abertos, enquanto uma enfermeira estava ao seu lado ajeitando a medicação.
"Hey.." – eu falo baixinho vendo-a sorrir. – "Olha quem veio te ver.."
Susan entrou calmamente no quarto e deixou as sacolas ao lado da cama de Abby. Se abaixou beijando-a na bochecha e ficou sorrindo encarando-a.
"Como está a mais nova mamãe?" – ela diz baixinho eu puxo uma cadeira para que ela se senta-se. Me aproximo da cama e apoio minhas mãos no colchão vendo as duas conversarem.
"Com sono.." – Abby diz sorrindo. – "querendo minha filha de volta... levaram-na e não trouxeram de volta..."
"Quer que eu peça a enfermeira para trazê-la?" – eu pergunto vendo-a me encarar sorrindo.
"Você já viu um marido mais dedicado?" - Abby sorri segurando minha mão.
"Dedicado, apaixonado, babão pela filha, submisso a você e que te muuuuuito, né, Abby?"- Susan disse olhando pra mim e pra ela- "por que eu te dei pra ela, hein? Que saco!"- nós dois rimos e Abby dá um leve sorriso, ainda com aquela expressão de cansaço.
Susan continuou falando e perguntando do parto. Abby percebeu que eu não tinha contado do susto que tomamos e continuou não contando nada sobre isso. Quem sabe depois, com mais calma...
"Quer comer alguma coisa?"- eu interrompo, perguntando a Abby- "acho que a minha sopa não está sustentando você até agora, está?"- eu disse sorrindo, e Susan começou um novo comentário.
"Cozinheiro também?"- ela encarou Abby- "acho que eu vou te deixar por aqui e reconsquistá-lo...o Chuck é bonzinho, mas o Carter dá um gás.."- Abby riu mais um pouco. Acho que aquela visita estava fazendo muito bem a ela.
"Gás?"- Abby fala calmamente- "olha o respeito, hein. Tira o olho que tem dona..."- nós sorrimos. Eu adorava quando ela falava assim de mim- "não tem como você reconquistar o Carter, ele sempre foi meu"- ela sorriu pra Susan em particular.
"Discussões a parte.. vou deixar as duas senhoras em paz e vou falar coma enfermeira. Julie também deve estar com fome.."
Eu saio pelo corredor e respiro fundo indo até ao berçário, dessa vez sorrindo. Me aproximo lentamente e procuro por Julie. A avisto com a mãozinha colada no rosto, os olhinhos fechados, provavelmente incomodada com toda aquela luz que estava ao redor dela. Chamo a enfermeira que estava dentro do berçário e ela rapidamente sai vindo falar comigo.
"Quando vocês vão levar a bebê do quarto 403 para amamentar?"
"Você é o pai?" – a enfermeira fala tão baixo que eu mal consegui ouvir.
"Sim..." – eu falo todo orgulhoso.
"Daqui a pouco.. só estou esperando vir busca-la.. ela já esta pronta.."
"Tudo ok com ela ne!" – eu a encaro mais serio.
"Sim.. pode ir.. sem se preocupar.. ela já estará indo com uma enfermeira que auxiliará a mãe na primeira mamada..."
Eu agradeci a enfermeira e olhei mais uma vez pro berçário e voltei para o quarto. Entrei e vi que Susan tagarelava feito uma louca e Abby a ouviu com uma paciência incrível.
"Dá pra você parar de matracar e deixar o meu anjinho descansar?"- eu disse, enquanto ia até perto da maca, pegando na mão de Abby, que continuava com o soro.
"Ai, seu grosso..."- Susan disse, fingindo estar magoada.
Ela fez mais alguns comentários inúteis até que eu ouvi alguém bater na porta.
"Deve ser a enfermeira..."- eu disse e Susan olhou pra porta.
Vimos a mulher entrar com Julie já vestidinha com um macaquinho amarelo e enrolada em um cobertor.
"Minha lindinha"- Abby mudou de expressão na hora, colocando um sorriso gigantesco no rosto.
"Pronto, mamãe.."- a enfermeira foi até ela e a entregou nos braços de Abby. Susan ficou encantada com a cena, assim como eu- 'ela veio comer..".- a enfermeira disse e Abby ficou meio assustada.
"Mas já?"- eu podia ver o medo dela nos olhos.
"Não precisa ficar assustada...eu vou te ensinar..."-a enfermeira era bem agradável.
"Não precisa...eu sei...eu fui enfermeira por muitos bons anos.."- a enfermeira sorriu.
"Sabia que conhecia você de algum lugar...Bem, você não precisa mesmo de ajuda?"- ela a encarou e eu encarei Abby também. Susan andava pelo quarto, olhando tudo.
"Não precisa tudo bem..."- Abby disse e a enfermeira saiu sem maiores problemas.
Assim que ela saiu, ouvimos um bipe tocar. Susan pegou o dela rapidamente, bufando logo em seguida.
"Saco, viu ter que dar uma descida...Acidente da Av. Principal..."- ela guardou o bipe e foi indo pro lado de Abby.
"Mas tarde eu volto, tá bom?"- ela deu um beijo em Abby e veio se despedir de mim
"Se precisar de mim.."- eu parei olhando a expressão de Abby acreditando na minha brincadeira- "lembre-se se que eu NÃO estou aqui, ok?"- ela piscou me dando um abraço.
"Pode deixar, qualquer coisa eu ligo pra Abby" - ela sorriu de novo e saiu.
Ok. Finalmente nós estávamos sozinhos. Vi que ela olhava pra Julie sem dar sinais que quere começar a dar de mamar.
"Ei, vai matar nossa filhinha de fome assim.."- eu sorri mas ela não parecia muito animada.
"Eu já ensinei isso milhares de vezes, mas agora parece mais difícil.."- eu olhava pra ela. Ela tinha mudado naquele instante, eu diria. Ela tinha virado "mãe".
"Se eu pudesse dava o meu peito.. mas garanto que ela não iria gostar nenhum pouco de engolir pelo..." – Abby sorri olhando pra Julie e eua vejo se mexer um pouco na cama ajeitando a bata para facilitar o processo.
"Quer que eu te ajude?" – eu falo estendendo o meu braço e pela primeira vez eu sabia que ia ter a possibilidade de segura-la em meus braços Abby sorri colocando Julie com cuidado nos meus braços enquanto se ajeitava para dar-lhe de mamar.
Eu olhei e percebi que aquela era a primeira vez que eu estava segurando o bem mais precioso da minha vida. Agora eu teria que viver por elas, para elas. Todas as minhas ações futuras se refletiam no futuro das mulheres que eu tanto amava. A vi piscar um pouco ainda incomodada com a luz e eu beijo a sua testa, sentindo o seu perfume de bebê.
"John?" – Abby fala baixinho e eu "acordo" colocando Julie em seus braços.
Ela a segurou com todo o cuidado do mundo e foi auxiliando com a outra mão, segurando o seu mamilo, mostrando pra Julie que ali era a sua única fonte de alimentação de agora em diante. Eu observo cada movimento e vejo que Julie ainda não movia sua boca até o seio de Abby.
"Droga..." – Abby sussurra e passo a mão no seu braço mostrando que ela estava indo bem.
Novamente ela tenta fazer o que sabia muito mais que muita mãe por aí, e finalmente Julie pareceu encontrar a sua fonte de alimentação. Abby sorri e eu vejo que ela ainda estava com a boca parada sem fazer qualquer movimento para sugar. Então Abby mexe na boquinha de Julie, ajeitando o bico para ela chupar e finalmente eu vejo ela começar a sugar devagarzinho. Olho pra Abby mais uma vez e a vejo sorrir encantada por ter conseguido fazer aquilo por conta própria.
"Como é a sensação?" – eu pergunto vendo Julie mamando calmamente em seu seio.
"Estranha.. "– ela diz sorrindo. – "Nunca pensei que seria assim.. parece que ela esta tirando um peso das minhas costas..."
Eu me sento em uma cadeira e me recosto observando aquela cena. Era uma daquelas que a gente nunca iria conseguir esquecer. Olhei por um tempo e comecei a ver Abby a fazer umas pequenas caretas.
"Tá doendo?"- eu perguntei, quando ela fechou um pouquinho os olhos.
"Tá...um pouco...mas daqui a pouco eu acostumo...ela é muito forte...tem uma força.."- ela riu e eu me aproximei de novo. Tinha a sensação de que nunca mais ia viver longe delas.
Fiquei mais um pouco do lado delas e depois de um tempo, Julie largou. Segurei-a de novo enquanto Abby vazia a limpeza e todo aquela procedimento. Ela voltou blusa no lugar e eu dei uma volta pelo quarto "conversando" com Julie. Quando olhei mas uma vez pra maca, vi que ela estava quase pegando no sono. Ela precisava dormir um pouco mais. Pensei em sair dali pra que ela pudesse descansar, mas quando eu ia dizer isso a ela, escuto alguém bater a porta.
"Deve ser a enfermeira de novo..."- eu digo, indo abrir a porta.
"Mãe?"- eu digo espantado quando abro a porta.
"Eu não acredito!" – ela balançava o braço se controlando para não gritar. – "é o bebê mais lindo que eu já vi em toda a minha vida!" – ela sorri e eu me viro fazendo com que ela a visse melhor. – "Desculpa revelar isso meu filho.. mas eu pensei que me depararia com uma joelhinho.. mas até que ela é muito lindinha pra ser apensar um recém nascido.."
Minha mãe entra no quarto e eu vejo Abby sentada na cama nos encarando.
"E você! Como esta?" – minha mãe fala se aproximando de Abby e lhe entregando um embrulho – "trouxe para Julie.. é so uma lembrancinha mesmo.."
"Estou ótima.." – Abby se contenta em falar isso e eu aproveito para deixar Julie no bercinho ao lado da cama de Abby.
"E como você meu filho! Esta tudo bem! Precisa de algo?"
"Não mãe.. agora eu não preciso de mais nada.." – eu sorrio segurando a mão de Abby que captou bem a minha mensagem e sorriu antes de bocejar.
"Bem..."- ela volta a olhar pra mim- "seu pai vem amanhã de manhã, ok?"- ela parecia estar bm confortável. Estava perto de Julie, tocando as mãozinhas dela.
"Ok..."- eu disse, olhando Abby quase dormindo sentada. os olhos fundos denunciavam o cansaço. Precisava de um jeito de tirar minha mãe dali.
"E o nome, vai ficar Julienne mesmo?"- ela perguntou e Abby abriu os olhos, escutando o tom de sua voz.
"Vai, sim.."- ela mesma respondeu, dando um sorriso amigável.
"É bonito... Julienne Carter...soa bem..."- ela sorriu e eu sorri de volta. Ela tornou a olhar pra Julie e brincar com ela, que parecia também estar com tanto sono quanto a mãe.
"Mãe.."- eu a chamei pr sugerir que fossemos dar uma voltar mas ela estava tão agitada que nem me escutou.
"E o parto foi normal mesmo, né?"- eu acenei com a cabeça- "nossa, nunca achei que ela fosse passar por ali, Abby é tão pequena..."- otimo! Ela sempre conseguia ser inconveniente.
"Eu disse que consegui, Eleanor..."- Abby ainda tinha força pra confrontar minha mãe.
Passamos por um momento de silêncio e eu a chamei de canto, enquanto Abby cambaleava no sono, ainda olhando e segurando a mãozinha d Julie.
"Mãe, podemos ir lá pra baixo? Eu quero que ela durma..."- eu disse num tom baixo, vendo a decepção nos olhos dela.
Ela simplesmente acenou e eu fui ate Abby que por incrível que pareça ainda conseguia manter os olhos aberto.
"Não demoro... qualquer coisa você sabe como me chamar.. e a enfermeira..." – eu a beijei e ela fechou os olhos ainda sorrindo.
Me aproximei de Julie, ajeitei a sua manta e dei um beijo antes de acenar para minha mãe para sairmos do quarto.
"John.. se você precisar de dinheiro ou qualquer outra coisa par apagar a conta do hospital... pode pedir.."
"Tudo bem mãe.." – eu também estava ficando tão cansado daquela lenga lenga toda que decidi não confronta-la essa noite.
"Eu até aceitaria tomar um café com você.. mas preciso ir.. só vim para ver se estava tudo bem..."
Ela me deu um abraço leve e eu a levei até o elevador. Quando ela estava entrando vi Luka que estava com um paciente ao seu lado.
"Carter?" – ele pergunta surpreso. – "Volto logo.." – ele diz quando a porta do elevador se fechou.
Pronto. Mais uma havia descoberto. Não demoraria muito para que se formasse uma fila para poder ver a nossa filhinha no berçário. Me sento perto do elevador e não demora muito para que Luka saísse de lá olhando para os lados me procurando.
"O que você esta fazendo aqui?" – ele me pergunta ainda surpreso.
"O que mais poderia ser?" – eu falo sorrindo.
"Ocorreu tudo bem?" – ele diz me puxando para um abraço.
"Sim.. as duas estão dormindo agora..."
"Ah, que pena!"- ele parece desiludido- "mas...posso entrar lá só pra dar uma olhadinha nelas?"- ele pediu. Droga, assim Abby nunca conseguiria descansar.
"Claro..."- eu não podia negar.
Andamos até o quarto e eu abri com cuidado, fazendo o menos barulho possível. Ela parecia ter finalmente pegado no sono, tudo pra atrapalhar.
Luka se aproximou do bercinho. Ele não ia ver nada. Antes de sair, eu tinha apagado a maioria das luzes, deixando apenas um bem fraquinha acesa.
"Que linda..."- ok, que ela era linda eu já sabia, mas ele não estava vendo nada, como podia saber? Cada uma...
"Sim..."- eu disse, tentando parecer agradável. Poxa, estava até maltratando meu melhor amigo, mas... Elas precisavam dormir!
"Bom.." – ele diz olhando pra mim. – "Vou deixa-lo em paz.. mas você sabe que qualquer coisa, basta me chamar."
Eu aceno e o conduzo até a porta. Quando eu fechei aquela porta, a minha vontade era de tranca-la e não deixar que ninguém mais entrasse ali até que pelo menos amanhecesse. Como eu não podia fazer aquilo aproveitei que estava tudo escuro e silencio para me sentar entre as minhas duas mulheres. Observo Julie que ainda dormia calmamente o olho par ao lado vendo que Abby fazia o mesmo. Então eu aproveito e me deixo levar por aquela onda de sono.
Continua...
