- John! – ela fala e eu já me enfio no banheiro atrás dela. – enche a banheira com água morna?
- Mora pra quente ou morna pra frio! – eu pergunto pegando a banheira seguindo ao chuveiro.
- Morna pra morna.. – ela sorri colocando as mãos se apoiando na pia do banheiro.
Eu ligo o chuveiro na temperatura que julgo morna e o deixo enchendo até a metade. Enquanto eu fazia aquilo, Abby separava alguns produtos que iria usar e colocou uma toalha no seu ombro saindo do quarto para pegar Julie.
- Onde vamos fazer isso! – eu pergunto vendo-a voltar com Julie nos braços. - Aqui?- eu falo no banheiro.
- Aii... aqui é frio...- ela diz, olhando pro quarto- em cima da cama não é melhor?- ela diz, já indo pra lá.
- E se molhar?- eu pergunto, levando a banheira pra lá.
- Molhar?- ela sorri, olhando pra Julie - ela não tem força pra nada, Carter. Imagine se vai molhar a cama... - eu pus a banheira em sobre a cama e a encarei - e se molhar, a gente seca, oras...
- Tá bom...- eu sorri da calma dela. Julie foi sendo colocada deitada sobre a a cama e Abby tirou toda a roupinha dela, e com as roupas, levou também o meu serviço de tanto tempo.
A neném começou a resmungar pela frio e antes de colocar ela na água, Abby testou a temperatura da água.
- Que foi, você não confia em mim?- eu perguntei, sentando na cama.
- Não confio na sua concepção de quente/frio, isso sim...- ela sorriu, colocando Julie na água ao contrário.. No mesmo instante ela se calou, começando a esboçar o que eu julgava um sorriso.
Segurando Julie por um braço ela foi colocando o seu corpo na agua. Eu sorri acompanhando o processo e vendo Julie arregalar os olhos assim que se deparou com aquilo gelado no seu corpo.
- Pega o que eu havia separado John..
Eu lhe entrego o que julguei prioridade num banho. Eu vi sua dificuldade em abrir a embalagem e eu peguei de suas mãos, colocando uma quantidade necessária na sua outra mão, vendo-a espalhar com cuidado nas costas de Julie. Pronto, só foi ela sentir algo mais "molhado" no seu corpo que começou a chorar.
- Tava demorando.. – Abby sorri e eu coço minha cabeça imaginando o que deveria ser feito para acalmá-la.
- E agora? – eu pergunto vendo o desespero da minha filha.
- Não sei.. – Abby fala tentando manter Julie calma na posição que ela estava. – eu não vou interromper o banho não.. uma hora ela vai se calar..
- Que maldade.. – eu sorrio colocando minhas mãos na água vendo se ela já havia esfriado.
Não achei necessidade de perguntar a ela. Fui até o banheiro e peguei mais um pouco de água quente. Voltei e Julie ainda chorava um pouco.
- Que maldade, né, bebê?- eu disse a Julie e vi Abby me encarar - mamãe te dando banho frio... - eu sorri - depois sou eu que não tenho senso de quente/frio.
Abby sorri enquanto eu coloco a nova água. O choro não cessa completamente, mas ameniza bem. Rapidamente Abby ensaboa todo o corpinho dela, e enxágua incluindo a cabecinha dela. Ela fica toda feliz com a água no rosto e para até mesmo de chorar.
- Estendo a toalha...- Abby fala e rapidamente eu pego a mesma que abro no braços. Abby a passa pra mim, que a embrulho antes que ela comesse a abrir o berreiro mais uma vez.
Trago-a para mais perto do meu corpo, tentando aquece-la. Vejo Abby pegar uma roupa e pegar outra fralda para trocá-la. Eu me sento na cama com Julie com meus braços e fico passando minhas mãos de leve no seu corpinho tentando enxuga-la
- Sobrevivi ao primeiro banho.. – eu falo e Abby se vira sorrindo vindo na minha direção. Eu entrego Julie para ela e abro uma fralda em cima cama. Abby a deita e termina de secar todas as suas "dobrinhas".
Abby coloca uma fralda rapidamente e eu fico admirado coma sua pratica. Porque eu demoro tanto e ela faz isso em menos de cinco minutos!
- O que vamos jantar hoje! – Abby pergunta vestindo um macaquinho em Julie.
- Não sei... – eu falo vendo-a terminar de fechar o macacão. – mas acho que talvez esteja na hora de termos uma empregada ou uma babá.. o que você acha?
- O que?- a resposta dela é imediata. Essa era exatamente a reação que eu esperava e não queria obter dela.
- É, Abby. Te ajudar... essa casa é enorme- eu vejo a cara fechada dela, sentando com Julie em um braço- você ainda tá se recuperando e eu não vou poder ficar aqui todo o tempo com você...- eu tentei ser o mais calmo e sereno.
- Eu não preciso que você fique comigo... - ela disse orgulhosa - ninguém aqui está te dizendo pra não ir trabalhar. Vai, ué...- ela dizia, com aquela vozinha que eu conhecia bem.
- As coisas não assim, né, mocinha?- eu me aproximo delas, colocando a mão em Abby - eu quero cuidar de você e se eu não posso fazer do jeito que eu gostaria isso porque a Weaver não deixa, quero ao menos alguém que faça por mim, né?- eu passo a mão no rosto dela que continuava irredutível - e além do mais, daqui a pouco você também começa a trabalhar... e aí? Com quem a Julie vai ficar?- eu olho com a esperança de que ela enfim aceitasse isso. Pura ilusão.
- Tem a creche do hospital pra que mesmo hein! – ela fala colocando Julie no braço e voltando onde estava para continuarmos nossa conversa.
- Pra deixar os nossos filhos em um caso de emergência... – eu a encarei tentando fazer ceder ao meu pedido – Abby, eu sei que é difícil pensar nessa idéia de deixar nossos filhos com um desconhecido.. mas eu acho que vamos precisar de uma babá por pelo menos um ano...
- Mas John.. – ela fala me encarando - eu tenho certeza que a gente consegue dar um jeito sem baba...
- Vê pela Susan, Abby.. – eu falo respirando fundo tentando achar argumentos convincentes - até ela tem babá... a não ser que você deixe de trabalhar por quase um ano.. o que eu acho que não seja solução para o nosso "problema".
- Aposto que se a gente pudesse pedir a opinião dela sobre isso ela não iria concordar... – ela diz me encarando ainda mais será do que estava no inicio da conversa.
- Abby, não faz assim- eu a abracei vendo-a olhar pra Julie.
- Não é fácil, Carter. Não faz nem uma semana que ela saiu daqui- ela tocou a barriga- e você já diz em tirar ela de perto de mim e deixar uma estranha perto dela.
- Ah, Abby - meu argumentos já estavam se esgotando - calma, a gente dá um jeito nisso depois, vai. Ainda temos 1 mês e alguns dias pra pensar nisso, enquanto você está de licença - eu resolvi encerrar aquele assunto, pelo menos por hoje. Eu não queria irritá-la. Do jeito que estava, era capaz de começar a chorar, ou pior a gritar e brigar comigo.
Eu não era louco de fazer isso quando Julie estava perto. Amanhã eu voltaria a tocar no assunto. Isso teria de ser colocado na cabeça dela em doses homeopáticas.
Brigas à parte, o resto do dia passou tranqüilo. Inventei alguma coisa para nós comermos. Julie também comeu sem precisar inventar muito. Tomei banho, Abby também, seguimos uma rotina e as mamadas de Julie parecem estar sendo reguladas por Abby.
- Que hora você vai ao County amanhã! – Abby pergunta quando me vê entrando no quarto depois de ter ido checar se as portas estavam fechadas.
- Dez horas da manhã... – eu sorrio tentando quebrar o clima.
- E volta que hora?
- Ás 4... é uma troca rapidinha.. mas juro que ainda tento voltar mais cedo...
- Tudo bem.. – ela fala puxando o lençol para cima de seu corpo.
- E você sabe, qualquer coisa me liga.. ou liga pra Susan.. se quiser chamo alguém para ficar com você... – eu falo entrando no banheiro terminando de me ajeitar pra dormir.
- Não precisa.. de alguma forma ou outra eu tenho que aprender a ser uma mãe independente...
- Mãe independente? – eu entro no quarto com a escova de dente dentro da boca.
- É...- ela já estava deitada de costas pra mim.
- E não tem marido não?- eu pergunto, rindo, indo rapidamente cuspir a pasta na pia.
- Sim, mas tenho que assumir meu poder feminino...- ela parece um pouco menos chateada e o bom humor começava reaparecer.
- Tá, vai...- eu encerrei o assunto.- vamos dormir?- eu digo, já deitado na cama. Ela se ajeita também e vira pro lado. Não querendo terminar o contato, pego na mão dela e dou um beijo leve no rosto.
- Boa noite...- eu sussurro em seu ouvido.
- Até amanhã...- ela se faz envolver pelos meus braços.
A noite foi mais longa que a anterior. Julie acordou três vezes. Duas eu ajudei Abby, na terceira meu corpo pedia sono e ela disse que dava conta. Acordei cerca de sete horas e me levantei vendo que Abby ainda dormia. Tadinha, também pudera, só agora que foi ter sossego. Saio da cama com cuidado para não acorda-la e vou diretamente ao quarto de Julie ver se ela ainda estava dormindo. Doce ilusão. Lá estava ela calada encarando o teto do quarto. Eu pego Julie, verificando se havia alguma coisa de "errado".
Bom, acho que não tem nada. Coloco-a em uma espécie de "carrinho" de bebe que dava para carregar para todos os lados e desço com ela. Eu iria fazer logo o café e aproveitava para aumentar a minha relação com Julie.
- Se o papai pudesse, ate que te dava algo diferente pra comer.. tomar só leite não deve ser nada agradável.. - eu falo colocando-a sobre a mesa indo até a geladeira.
Eu olho pra ela que mantém o olhar perdido no espaço. Fecho a geladeira depois de pegar um iogurte. Na verdade eu não gostava muito daquilo, mas queria dar uma força pra Abby. Abri colocando um pouco de cereal. Eu não iria acordá-la antes do necessário, então queria deixar tudo pronto para que ela não tivesse desculpas pra não comer.
Coloquei Julie na cadeirinha e arrumei a mesa. Fiz um suco de frutas pra complementar o café da manhã saudável. Peguei um pouco de leite também, muito necessário.
Depois de arrumar tudo, tomei o meu iogurte e sorri para ela. Fui indo pelas escadas. Tinha de tomar um banho antes de ir. Não iria acordá-la só pra isso.O jeito era levar Julie pro banheiro comigo. Entrei na suíte devagar e coloquei a cadeirinha em cima da cama, ao lado de Abby. Escolhi a roupa e levei pro banheiro, voltando para pega-la antes de tirar as roupas e entrar no chuveiro.
Tomei um banho com um olho "aqui" e outro em Julie. Qualquer barulho mais alto eu teria que sair correndo do chuveiro. Comecei a passar shampoo pelo meu cabelo e logo ouvi o que eu menos esperava.
Bateu um desespero em mim, Abby não poderia acordar. Me enxagüei o mais rápido possível e me enrolei na primeira toalha que vi pela frente correndo para garantir que Julie logo iria se calar. Ela estava com fome, eu sei, mas ela teria que agüentar pelo menos mais meia horinha pela mãe dela. Tomara que ela compreenda isso.
Enxuguei meu peito e meus braços e a peguei colocando-a nos braços tentando acalma-la.
- Shhhh... esta tudo bem... papai esta aqui.. – eu a balanço mais de nada parecia adianta. Colocava a chupeta em sua boca mas logo ela cuspia ela fora abrindo outro berreiro.
De repente eu ouço uma batida na porta, ótimo, ela havia acordado nas piores condições possíveis.
- John! – ela insiste e eu me aproximo da porta abrindo-a.
Ela me encara de cima abaixo com um olhar assustado. Eu me apoio no móvel, evitando que a toalha que estava mal amarrada na cintura caísse.
- Oi...- eu digo num sorriso amarelo.
- Que você tá fazendo?- ela misturava o pequeno riso com um olhar me estranhado.
- Eu não queria que ela te acordasse...- senti a toalha escorregar um pouco na parte de trás e me pressionei contra o móvel pra que ela não caisse. Imediatamente ela começou a rir mais empolgada.
- Opa...- ela abriu os olhos e me encarou. Da cintura pra baixo, logicamente.
- Tira o olho- eu sorri,ajeitando a toalha- e pega sua filha aqui...
- Ah...agora ela é minha?-Julie se mexeu e eu tive que segura-la com os dois braços. A toalha isso se dispersado pouco a pouco e eu já estava quase nu na frente dela e ela nada de pegar Julie.
- Abby, me ajuda!- eu disse mais alto ao ver que ela estava a pouco de cair.
Ela riu mais um pouco e antes que ela caísse completamente, ela finalmente estendeu os braços, pegando Julie.
- Poxa, como você é má...- eu disse, me ajeitando com a toalha, quando ela já estava a caminho da cama, dando o peito a Julie.
Ela riu levemente. Eu disse que ia terminar o meu banho interrompido e assim o fiz. Voltei minutos depois e Julie já estava quase pegando no sono novamente.
- Como você pôde John.. – Abby fala quando me ve entrar no quarto indo atrás de algo para vestir.
- O que! – eu pergunto ainda enxugando meus cabelos.
- Ficar nu na frente da sua filha recém nascida e de uma mãe que esta desesperadamente carente... – ela faz biquinho e eu não me agüento indo sentar ao lado dela, somente coma toalha enrolada na cintura.
- Ah meu Deus.. – eu falo pegando suas mãos – o que eu vou poder fazer para saciar a mamãe? – eu falo olhando pra Julie – Chocolate? – Abby faz bico e eu me aproximo tocando sua bochecha – ou... bom.. um mês.. o que é uma mês pra nós Abby!
- Muito tempo.. – ela fala apoiando sua mãos nas minhas coxas. – mas a gente chega lá.. so deixe de ficar me seduzindo com essas toalhas enroladas na cintura... – ela fala friccionando suas maos pelas minhas coxas e eu trato de tirar-las rapidamente.
- E por acaso você acha isso sexy!
- Hoje em dia até a sua barriguinha fofa eu acho sexy.. você não esta entendendo a minha situação..
Eu sorrio e me aproximo puxando-a para um beijo mais profundo
- Eu acho que entendo perfeitamente...- eu digo, me controlando ao máximo. Ela sorri um pouco, me fazendo observar Julie que olhava atentamente pra nós.
- Será que nós deveríamos falar isso longe dela? Será que ela entende?- Abby pergunta sorrindo, ainda dentro do meu beijo.
- Tapa os ouvidinhos dela... - eu sorrio, olhando pra Julie - ela não está é compreendendo a situação que estamos.
- É... - Abby coloca Julie pra arrotar e só então eu percebo que ela ainda estava dando de comer a Julie.
- Nossa... Você estava amamentando e eu perdi isso? Não acredito!- eu lamentei vendo-a rir.
- Que horror, Carter!- ela riu, arrumando Julie no colo.
Logo eu volto ao que estava fazendo ates q ponho a me vestir. Sinto ela me encarar quanto eu colocava as primeiras peças mas evitei fazer comentários para que não colocasse mais fogo. Sei que pra ela estava sendo tão difícil quanto pra mim.
- Já vai trabalhar né! – ela pergunta se levantando com Julie nos braços.
- Infelizmente, daqui a pouco vou.. nós vamos tomar café e eu vou saindo..
- Ah.. – ela olha para o chão fazendo bico.
- Mas eu não demoro.. é serio.. vou ver se trago o almoço...
- Tudo bem.. como a gente sempre fala.. Alguém tem que comprar o pão da casa.. – ela sorri e eu me aproximo para beijá-la. Logo deixamos Julie no berço e descemos para ela tomar um café da manhã. Eu como alguma coisa para acompanhá-la, vemos um pouco de televisão, namoramos ate que eu vi que era a minha hora de ir embora. Visto um casaco e pego minha bolsa, colocando as chaves do carro no bolso.
- Vou indo Abby.. qualquer coisa me liga.. ou liga pra Susan.. ou pros bombeiros.. policia...
- Certo.. sem drama ela sorri e quando eu vou me aproximando para beija-la a campainha toca.
- Ai, e agora? Só faltava ser outro móbile...- Abby diz enquanto eu vou atender a porta. Abro, esperando qualquer pessoa menos...
- Não, definitivamente não é outro móbile... - eu digo paralisado. Que bom que essa pessoa tinha chegado. Eu já podia pressentir a reação de Abby de longe.
- Eric!- Abby gritou do outro lado da cozinha, aproveitando que Julie estava na cadeirinha, veio correndo e pulou nos braços deles.
- Maninha!- ele a tirou do chão por um momento - ops, você ainda tá quebradinha, foi mal...- ele sorriu, olhando pra mim.
- Que bom que você veio!- Abby estava visivelmente feliz. O amor que ela sentia por Eric era uma coisa que às vezes surpreendia até mesmo a mim.
- É, eu sei - ele sorriu pra mim novamente - e aí, cadê a minha sobrinha fofa?- ele perguntou, entrando mais pela casa, ouvindo Julie já começar a resmungar por não sentir a presença de Abby ao redor.
Ele parou em frente a cadeirinha mas não disse nada. Começou a sorrir iluminadamente. Eu cheguei por trás de Abby e a segurei pela cintura. Eu sabia o quanto isso tudo era importante para ela e estava muito feliz por ter podido presenciar isso.
- Meu Deus... é a cara da mãe.. – ele sorri se abaixando para tocar de leve sua bochecha.
Eu sorrio àquela cena e Abby levanta o seu olhar sorrindo orgulhosa pra mim.
- Mais vai ser mesmo uma gata.. papai – ela se vira batendo de leve no meu ombro – parabéns... você tem uma sorte danada.. tem em casa as duas mulheres mais lindas de Chicago..
- Não exagere Eric.. – Abby sorri e se solta do meu abraço.
- Fazer o que! – eu falo vendo-a colocar a chupeta em Julie. – tem gente que sai ganhando em todos os aspectos nessa vida.. ainda bem que eu fui um desses felizardos...
- John.. – Abby sorri voltando a olhar pra mim – deixa de convencimento e vai antes que a Weaver te mate..
- Ma ja vai trabalhar? – Eric fala se recostando perto de Julie estava.
- Alguns trabalham outros dão trabalho.. - eu sorrio olhando pra Julie que insistia em cuspir a chupeta fora.
- Se for igual lá em casa, nunca que vai conseguir manter essa chupeta na boca.. - Abby fala tirando a chupeta e colocando-a de lado na cadeirinha.
- Bom, Eric... mais tarde nos vemos...- eu vou até ele e toco minhas mãos na dele novamente- cuide bem delas, hein? - ele bate continência, piscando pra mim. Vou até Abby e lhe dou um pequeno selinho, o suficiente pra já escutar Eric reclamar.
- Ei, olha o respeito. Na minha frente não, meu...- ele sorri e eu pego os último documentos que teria de levar pro trabalho.
Pego a chave do carro perto da porta e saio. Tiro o carro da garagem e vou o mais rápido pro hospital. Não queria chegar atrasado no primeiro dia de volta. Assim que boto os pés naquele lugar, lá vem àquela multidão com inúmeras perguntas sobre mim, Abby e o bebê. Vou respondedo-as com o minino de paciência que ainda me resta. Weaver logo me localiza ali no meio e despensa o mundarel de gente.
- Bem vindo de volta..- ela é cordial e pede que eu a acompanhe até a SDM.
- Bom... como eu disse esta difícil controlar esse hospital sem a presença de dois de nossos médicos, mas mesmo assim eu consegui ajeitar os seu plantões com o menor de carga horária possível.
- Hum.. então.. como vai ficar minha situação! Porque você sabe.. Abby não quer baba de jeito nenhum e sou só eu e ela para cuidar de Juliene...
- Eu sei... eu já esperava isso vindo dela... bom.. você vai trabalhar somente durante o dia, três dias na semana, isso nesse mês.. mas se você preferir eu posso transferir pra noite.
- Não.. de dia é melhor.. – eu sorri e ela acenou saindo da sala.
- Ah – ela se virou quando chegou a porta - Qualquer coisa não hesite em me pedir.. eu prometo tentar ajuda-los...
Eu acenei sorrindo e ela deixou a SDM. Nossa.. as pessoas ficavam tão solidárias com a gente quando temos filhos. Acho que vou te-los mais vezes.. pelo menos um em cada ano.
Vou até meu armário pra pegar o jaleco. Aproveito e pego meu estetoscópio que ali estava guardado. Me arrumei e respirei fundo antes de voltar a rotina. Aqueles dias de folga tinham me tirado de forma.
Abri a porta e já quase fui atropelado por uma maca que fazia não sei o que ali. Ok, esse seria meu primeiro caso.
Continua..
