Ok.. capitulo com cenas mais "fortes".. eheh o aviso foi dado!


Eu balanço a cabeça negativamente e ela sorri passando as mãos pelos meus braços. Dei uma ultima olhada no quarto analisando o que me poderia ser útil e voltei a encará-la. Quer saber? Pensei rapidamente antes de agir. Não são objetos (e sim ações) que vão fazer com que nós tenhamos uma noite inesquecível.

- Você tem nojo de cama de motel? – ela pergunta talvez quebrando o silêncio que eu havia plantado no ar.

Me aproximo lentamente dela passando minha mão pelo seu rosto, aproximando minha boca do seu ouvido – Não.. – eu sussurro baixinho vendo-a mexe rum pouco o ombro. Viro o meu rosto e encontro o seu olhar que estava implorando por carinho. Respiro fundo e dou mais um passo a frente encontrando a sua boca na minha.

Finalmente aquele beijo foi dado. Aquele beijo que há tanto tempo eu estavo privado de ter. Aquele que quando começava, parava só algumas horas depois. Aquele gosto familiar, o cheirinho dela pertinho de mim. Ela foi andando pra trás se encostando na parede. Minha minhoquinha adorava me prensar na parede.

Eu andei pra cima dela, devolvendo o olhar que ela me lançava. Logo eu estava bem pertinho dela de novo e o beijo começou de novo. Cada vez mais fundo, urgente e desejoso. Minhas mãos logo perderam o controle e lá estavam ela, por baixo na blusa dela. Encontrei-a mais na parede e subi a mão, achando o fecho do soutien antes mesmo de tirar a blusa dela.

Abri com cuidado para não machuca-la. Quer queira quer não ela ainda estava muito sensível, ainda mais por estar amamentando. Acariciei suas costas enquanto íamos nos beijando. Ao contrario do que eu imaginava, talvez hoje seria necessário ter um pouco de romantismo. Não sabemos ao certo quando vamos ter tempo de fazer isso de novo com a "concentração necessária". Ela estava receosa onde colocar suas mãos. Deslizei as minhas ate as suas e as apoiei no meu corpo. Me afastei do beijo e ela sorriu aproximando o meu corpo do seu. Recomeço a beija-la andando pra trás procurando pela cama. Quando senti que encostei nela me sentei, enquanto Abby ficou em pé na minha frente. Encarei-a enquanto ela retirava sua camisa. Talvez ela tenha percebido o meu receio pois pegou minha mão e colocou-a sobre os seus seios. Me levantei da cama acariciando o seu seio e lançando um olhar antes de beija-la novamente.

- Desaprendi...- ela disse fechando os olhos num riso. Ao contrário do que eu pensava mais uma vez, ela estava mais nervosa e receosa do que eu. Eu a julgava mais experiente e atirada do que eu em vários momentos, mas quando chegava na hora H, se eu não tivesse iniciativa, talvez ficássemos nas preliminares a noite toda.

E hoje, especialmente hoje, "alguém" estava tão acanhada em me tocar, que talvez nossas preliminares fossem menores ainda, para o desespero de ambos. Eu me sentei de novo e abri as pernas, encaixando-a de pé bem de frente pra mim. Ela deixava os cabelos soltos cobrindo o rosto, me impedindo de ver a expressão dela. Sem mais esperar, elevei minhas mãos até a altura da cintura dela e comecei a abrir o botão. Na hora que eu estava descendo o zíper ela me parou.

Cessei todos os meus movimentos e esperei que ela falasse ou fizesse algo. Então ela segurando minha mão, colocou-a nos seus quadris e ela mesma abaixou o ziper da calça. Puxei ainda para mais perto de mim e fui deslizando a sua peça de roupa até que ela caisse no chão.

A vi chutar a roupa para longe e caminhar sentando atrás de mim na cama. Me viro e a encaro sorrindo se deitando na cama enquanto me observava. Me levantei da cama e fui andando até onde ela estava segurando o seu pé e apoiando-o no meu peito. Ela começou a deslizar seu pé até a beirada da minha camisa indicando para que eu a retirasse.

Ok. Não seria eu quem iria reclamar. Comecei a tirar a tal camiseta preta que já tinha dado tanto pano pra manga aos poucos. Ela parecia impaciente e já dava sinais de "vai logo, Carter!" Sorri ao pensamento e tirei rapidamente, vendo que ela começava a me olhar " um pouco mais pra baixo". A meia luz fazia que nossos olhos trocassem um mero olhar de longe, o que eu fiz questão de diminuir ainda mais. Me debrucei na cama com o cotovelo e diminui mais a luz, fazendo o ambiente onde ela se sentia confortável.

Voltei a ela que esperava sem tirar os olhos de mim. Senti a mão dela começar a passear pela minha barriga e quando eu achei que ela iria se "revelar", ela pulou a mão para o meu zíper, o que eu agradeci muito, uma vez que não queria dar uma de apressadinho.

Continuei deitando sentido o seu toque na minha pele. Ela desistiu um pouco do "meu ziper" e logo senti suas mãos atravessaram meu corpo de cima a baixo, o que veio me trazendo uma sensação que há tempos eu não presenciava. Dei a ela a possibilidade de hoje fazer o que quisesse até que finalmente se sentisse a vontade para seguirmos em frente.

Senti ela beijar meu peito mas sem demora retornar a sua boca a minha. Suas mãos tocavam minha pele, me dedilhando aos poucos fazendo com que meu corpo começasse a entrar em sintonia com o que estávamos fazendo. Olhei para ela quando quebramos um beijo e novamente sua mão parou em cima do meu zíper.

- Vai em frente...- eu disse e ela sorriu pra mim. Sem sombra de dúvidas, a prática nós havíamos perdido. Ambos estávamos cuidadosos um com o outro e isso até um certo ponto era bom, mas por outro lado, sentia que ia explodir se não a sentisse perto de mim o suficiente nos próximos segundos.

Ainda pensava quando senti ela finalmente me tocar como eu queria e deixar a vergonha um pouco de lado, tirando minha calça com agilidade. Sem perder sua boca de foco, eu a ajudei e aos poucos estávamos entregues, a poucos centímetros de fazer o que há tanto esperávamos.

A urgência dos beijos foi aumentando conforme íamos nos tocando. Sempre com cuidado para não machuca-la, eu acariciava os seus seios como se estivesse tocando em algo de porcelana, talvez isso tenha a incomodado.

- Julie não vai perder a fonte de alimentação dela não John.. – ela fala beijando minha nuca – não precisa ter medo de me tocar.

Obvio que esse foi mais um ultimato. Tornei a beija-la e aumentar as minhas caricias no seu corpo. Demorei mais nos seus seios tentando mostrar para ela que as barreiras estavam se quebrando aos poucos.

Logo senti sua mão tornarem a me tocar diferente. Ela estava querendo seguir em frente assim como eu. Desci minhas mãos até sua cintura deslizando-as ate o seu quadril, sentindo o seu corpo friccionar sobre o meu. Abaixei um pouco sua calcinha tendo o cuidado para não correr muito com aquilo tudo.

A vi sorrir pra mim, pronta. Eu mesmo fiz questão de tirar minha própria última peça de roupas. Eu a beijei mais forte, ficando por cima dela, quando ela se esparramava na cama. Ela marcou os lábios com os dentes, deixando que eu ficasse ainda mais excitado. Os espasmos no meu corpo eram constantes e eu mal conseguia respirar, mesmo estando há alguns centímetros dela, por enquanto.

Eu beijei sua nuca demoradamente, fazendo com que ela arqueasse o corpo até a metade. Ela fez questão de beijar todo o meu tórax e pescoço e quando eu estava quase pronto para finalmente deixar pra trás uma fase da minha vida, ela me começa com aquelas neuras.

- John...- as minhas pernas já tiveram que dar um passo para trás e consequentemente meu "corpo".

- Sim...- eu tentei parecer compreensível àquela incompreensível atitude.

- Vamos dar uma ligadinha?- ela disse, segurando meu corpo um pouco longe.

- Ahn?- eu não fazia a mínima idéia do que ela estava falando. Como era o meu nome mesmo?

- Pra Susan, John. To preocupada com a Julie...- Oh, Deus! Eu tinha ouvido direito?

- Mas a Susan já não falou que ligaria? – Nesse momento eu já havia perdido toda aquela sensação que estava sentindo a poucos segundos.

Ela faz uma cara de preocupada, desolada que eu não poderia recusar aquilo. Tudo bem, uma ligação não vai quebrar a noite de ninguém, pelo menos eu espero que não. Indiquei para o telefona que estava atrás de nós e ela subiu em cima de mim pegando o telefone e discando para Susan. Ela deita sua cabeça no meu braço e eu, para não cortar o clima, rapidamente começo a beijar seu cabelo.

- Susan! – eu a vejo sorrir ao falar. – Como tudo esta?

Eu espero que esse papo não demore. Para não correr o risco saio do seu lado e começo a beijar o seu corpo tentando acelerar o telefonema. Eu vejo sua pele começar a ficar arrepiada ao meu toque e logo sua mão querer evitar que eu continuasse com aquilo, pelo menos naquele momento. Voltei para onde estávamos antes e segurei sua mão no ar junto com a minha. Encaixei meu corpo ao seu lado e fiquei mordendo sua orelha na intenção de ver o telefone desligado em cima do criado-mudo.

"Vamos, Abby", eu pensava comigo. Ela ainda enrolava um pouquinho no telefone, mas eu percebei que agora o assunto não era mais Julie e sim "papo de mulher" O jeito com elas falavam seus "códigos" achando que nós não percebíamos era incrível. Eu fui subindo nela de novo e naquele finalzinho de conversa e risos eu pus a mão em cima do criado-mundo e como num passe de mágica, pus fim a tudo aquilo.

- Ei!- ela me olhou inconformada - eu estava numa ligação, você percebeu?- ela continuava olhando pro fone com aquela carinha desolada.

- Estava fofocando enquanto eu to aqui, nesse estado- eu sorri, apontando meu corpo.

- Era só que o me faltava...- ela ainda resmungou, enquanto punha o fone no gancho.

Eu sorri mais uma vez antes de pega-la pelo braços e faze-la deitar sobre mim de novo.

Logo a "beijação" voltou e eu estava alerta novamente. O toque dela me deixava "totalmente alerta". Finalmente eu estendi a mão para apagar a luz novamente, para enfim, agora sem nenhuma interrupção a mais, conseguir o que eu tanto queria.

Não havia mais barreiras e etapas a serem seguidas. Pouco tempo depois conseguimos de novo entrar em sintonia. Suas mãos... sua boca... procuravam pela minha desesperadamente. Toquei seu corpo com mais "fúria" que antes e logo me posicionei melhor sobre ela. Encarei-a um instante e sua mão me puxou para colar meu tórax ao seu. Sorri a sua iniciativa e a beijei mais uma vez antes de realmente seguir em frente.

Eu ainda acariciei seu rosto de leve antes de finalmente me entregar aquilo. Os corpos foram se encontrando até nada faltar. E assim começamos aquela noite. Com muita calma e carinho, mas eu tinha certeza que assim não seguiríamos ate a madrugada. Conforme o fogo era consumido, mas lenha se punha.

Toda as saudades que sentíamos foi sendo consumida aos poucos. Não importa quanto tempo passava, cada vez era diferente, cada uma tinha sua historia e sua importância. Como sempre, éramos mais de demonstrar o nosso amor em atos do que em palavras. Quando estávamos assim juntos, eu sabia, eu tinha a certeza do quanto ela me amava. E eu também tenho a certeza que ela sabia disso. Eu a abraçava forte agradecendo por ela estar ali, naquele momento comigo. Nossas respirações aumentavam até chegarem ao ponto de termos que parar para poder respirar um pouco.

Passada a euforia, era sua vez de me abraçar forte e me olhar me trazendo uma felicidade inexplicável... e só de ver esse olhar eu sabia que ainda tenho tanto a agradecer a Deus por tê-la ao meu lado.

- Abençoada seja a nossa filha... – eu olho para o lado e a vejo sorrir, encarando teto e prendendo a língua entre os dentes.

- Como?

Ela vira o seu olhar na minha direção e começa a acariciar o meu rosto.

- Susan disse que ela não tinha chorado e que havia dormido quase o tempo inteiro...

Bom.. se ela estava fugindo do assunto, eu não sei. Sorri em resposta e a beijei de leve encostando a minha testa na sua. Fecho meus olhos por um momento e a sinto enroscar o seu corpo ao meu. Percebo que ela estava me encarando até sentir de novo suas mãos percorrerem o meu peito até encontrarem o meu cordão.

- Que foi?- eu pergunto assim que a percebo sorrir pra mim.

- Nada - ela responde, mas ainda assim me encara com o sorriso aberto. Eu a olho cada mais de mais perto, e logo nossos rostos se encontraram mais um vezes. O meu nariz junto com o dela, numa desproporção hilária.

Ela abaixou o rosto e me beijou. Eu não sabia se aquilo era um sinal de "vamos, mais uma vez" ou era apenas um beijo inocente, e a malicia estava no meu desejo. Isso realmente é complicado. Quando se está namorando, é fácil. Você sai, janta e vai pra casa, pra cama e não é dormir. Agora quando você casa, é difícil saber quando, como e quantas vezes vai, deve-se ou pode-se transar.

Como eu ia saber? As vezes eu muito acho que ela não quer e passo por lerdo ou velho. Mas se eu faço e ela não quer, pode parecer que estou forçando. Poxa... deveria existir um aparelho pra medir isso, um teste, sei la. Só sei que precisaria arranjar outra forma de descobrir.

- John? – ela me encara assustada e pra descontrair decido rir um pouco antes de falar qualquer coisa. – Pensando em que?

- Em quem mais poderia ser? – arranquei mais um sorriso dela e de recompensa um beijo. Logo ela começou a aprofundar o beijo mais uma vez e foi subindo por cima de mim, sentando por cima da minha barriga. Friccionando suas mãos pelo meu peito. Aprecio um pouco o que ela estava fazendo e ela logo torna a se recostar em mim e buscar por mais beijos. Tudo bem, talvez ela queria um pouco mais do que aquilo.

Prosseguimos rapidamente para o que deveria ser "feito" e dessa vez toquei-a de uma forma diferente, na qual eu sei que rapidamente ela iria se sentir satisfeita e ficar feliz por pelo menos alguns dias.

Tornamos a nos separar e ela a me abraçar sentindo um pouco ainda o calor dos nossos corpos colados.

- Que calor!- ela suspira no meu ouvido, passando mão sobre o rosto corado e suado.

Eu olhei sorrindo pra ela. Sentia o cansaço do meu corpo e o dela visível também. Tínhamos sido rápidos, descansar em paz um pouquinho não mataria Julie. Puxei o lençol pra cima e a abracei pela cintura, sentindo ela se acomodar no meio dos meus braços.

Juntei os nossos rostos. Minha boca perto da nunca dela, arrepiava-a quando eu respirava bem perto. Ela levantou a mão, afagando os meus cabelos de uma forma doce. Eu sentia que ela ia pegar no sono a qualquer momento e não fiz nada pra impedir isso. Minutos depois, ela fechou os olhos e por longos minutos permaneceu assim.

Continua...