Santa Madalena – II
Capítulo Dois
Special Thanks: À Cris Zanini, a primeira a deixar Review no Cap. 1. )
Special "Sorry": À Nessa Reinehr, por não te-la citado como uma das maiores fãs de 'Santa Madalena' nos meus Comments no capítulo anterior. Eu não sei o que houve, mas seu nome foi incluído na lista. Eu sei que você também fez um esforço para que SMII existisse, e agradeço muito. Se mais alguém não tivesse insistido tanto quanto você, talvez eu não estaria aqui e agora escrevendo isto, em uma continuação. Pra você, as minhas sinceras desculpas.
Thanks: Cris Zanini, Towanda, Nessa Reinehr, Claudia, Kakau, Marie Darcanjo, Jess Nobre, 'Miga' Lady Carol, Rosa, Aline Krux eCamila Geisa.
Boa Leitura! ;-)
Ali estavam Marguerite, John e a pequena Maribel, à espera de Soledad e Vera.
"Mas onde será que estão elas? Já eram pra estarem nos esperando!" Marguerite procurava em meio às pessoas, mas não reconhecia nenhum rosto.
Após John ter corrido o olhar pela rodoviária Madalena, viu que muita coisa não havia mudado, como esperavam.
"Fome...".
"Tudo bem querida, já vamos chegar em casa, primeiro temos que achar... Madre!!!".
"Oh anjelito!!!" A senhora vinha andando depressa de encontro a filha.As duas estavam emocionadas, não houve quem não se comovesse com a cena.
"John!!!" Soledad deu um forte abraço no futuro genro.
"Saudades também Madre.." Ele retribuiu gentilmente o carinho, enquanto ao lado, Vera e Marguerite pulavam e faziam uma verdadeira festa, como duas crianças que ganham doces.
"Aiiiiiiii!!!" Maribel gritou, chamando toda a atenção.Alguma das duas havia pisado em seu pé.
"Ai meu Jesus Cristinho, eu fiquei tão empolgada que nem... ah, Marguerite!!! Ah John!!!" Vera esbugalhou os olhos diante da menininha, que parecia ficar assustada. Abaixou-se e ficou de joelhos, observando a menina boquiaberta.
Assustada, Maribel já se agarrava à saia de Marguerite tentando se esconder.
"O que foi??" Os dois perguntaram ao mesmo tempo assustados com a reação de Vera.
"Mas ela é muito bonitinha!!! Olha só!!!" Pegou uma das mechas com os grandes cachos castanhos da menina. "Que princesinha!!! Caramba... fizeram um bom trabalho!".
"VERA!" Soledad ralhou, e o casal riu, enquanto Vera dava lugar a Soledad.
A senhora, formosa com seu cabelo negro bem tingido e um lenço vermelho na cabeça, sorriu para a menininha, que meio tímida retribuiu, logo olhando para Marguerite.
Marguerite riu, entendendo o olhar. "Adivinhe quem é?!".
A menina pôs o dedo indicador na boca, logo ficando com as bochechas rosadas. "Vovó?" Disse baixinho.
"É!!!" Respondeu Marguerite no mesmo tom, já com os olhos cheios d'água.Abaixou-se e disse algo em seu ouvido.
A menina deu um sorriso e logo foi para os braços já estendidos da manteiga Soledad.
"Oh minha querida!.." Soledad abraçou a menina com tão comovida, que até John segurou as lágrimas.
"Ai que lindo!" Vera disse rapidamente enquanto secava as lágrimas com um lenço extravagante.
O entardecer estava tão belo, e as ruas tão tranqüilas que estava muito agradável o caminho de volta.
"Ela não via a hora de chegar e conhecer a vovó Soledad..." Roxton dizia, já com a pequena dormente nos braços.
Soledad sorriu. "Lamento tanto por não ter estado com você quando estava grávida minha filha.." Soledad agarrou-se mais a Marguerite que riu.
"Não se preocupe, correu tudo bem".
"Mal posso esperar para ouvir todas as novidades!!!E claro, saber por onde vocês andaram todo este tempo!".
"Vamos contar tudo, mas antes, precisamos saber se..".
Um breve silêncio se pôs, até Vera assustar a todos com um grito. "Ah sim!!! O Zé foi ver se a coisa lá... aquela já tinha sido cancelada..".
"........e?".
"Foi sim, não se preocupem! Agora vocês são LIVRES!!!! LIVRES PARA FAZEREM O QUE QUISEREM!!! LIVRES PARA VIAJAR, COMPRAR, OU ATÉ ROUBAR UM BANCO, E QUEM SAB...".
"..Verinha querida, menos, tá?!".Soledad interrompeu a maritaca.
"E o Zé, como está? Estou morrendo de saudades daquele pilantra!".
"Ai, não fala assim do meu José Marguerite!..Fala cafajeste, soa melhor..".
John balançou a cabeça, enquanto as três mulheres riam. "É, mesmo, meu amigo fez muita falta.. como ele está?".
Marguerite entrou portão adentro sentindo a adrenalina subir. "Tem alguém em casa?".
A sala estava escura e quieta. Marguerite foi a primeira a entrar, dando passos cuidadosos. Respirou fundo, sentindo o velho cheiro de madeira em sua velha casa, ah! Como era bom estar de volta!...
"... Mas que cheiro de vela é esse?". Entortou o nariz Vera, logo acendendo a luz.
"É um... é dois... é três!!!".
"¡Amigos, bienvenidos! ¡Bienvenidos de nuevo a la casa! ¡ Yo lo amo y yo lo extrañamos mucho! Pero ahora, yo puedo verlo aquí, delante de yo de nuevo... ¡ los amigos, OH mis dulces amigos! ¡ BIENVENIDOS!!!" Assim era a canção que José e as crianças treinaram durante algumas semanas, para o retorno de John e de Marguerite.
Alguns desafinavam, outros estendiam algumas palavras, José deu alguns tapas em algumas orelhas, mas tudo saiu como combinado.Até Maribel que acordou num sobre-salto gostou.
"Obrigado!" José veio abraçar imediatamente a prima.
A menininha ainda estava muito sonolenta, tratando logo de espantar a irritação por ter sido acordada com um coro, e voltou a dormir sem problemas.
"Vocês merecem! Senti tanta falta da sua comid.. quer dizer, de você priminha!". Zé levou mais um cutucão.
"..Senti falta de rir da sua cara primo!".
"JOHN!!!".
"ZÉ!!!".
Os dois homens se cumprimentavam, enquanto Marguerite era apresentada a cada uma das sete criancinhas, todas muito bem vestida com suas melhores roupinhas, e muito coloridas, sentadas ao sofá, esperando sua vez.
"Este é Oriel, foi primeiro..." Vera sorriu, parecia orgulhosa "..Carlito, o puxa-saco do Zé, vai ser um 'piadeiro brilhante'"
"Comediante?".
"Também".
"Ah..". Marguerite riu, enquanto Vera prosseguia.
"... Emiliano, nosso querido macaquinho – adora árvores! - ; Clarita, minha ajudante na cozinha; Ruano, esse..".
"..Lutador de boxe!". Ele mesmo se adiantou.
"Que.. legal Ruano!" Marguerite gostou do menininho.
"... Ramón, a pilha desse aí não acaba nem na hora de dormir"
Marguerite notou a inquietação do menino, que devia estar louco para sair daquele sofá e correr.
"E, por último, Pilar, tua sósia".
"Sósia??".
"Tem um gênio... ah, e também não gosta de perder nas brincadeiras..".
"Quem disse que eu não gosto de perder nas brincadeiras?".
Vera ficou apontando várias ocasiões em que Marguerite, até mesmo depois de adulta quase chorava quando perdia. "Isso quando não roubava..".Vera não decidiu dizer o último pensamento, mas sorriu ao lembrar-se de que ela não o fazia direito.
"Eles são lindos!" Era só o que Marguerite conseguia fazer, além de suspirar e beijocar cada niño.
Depois de algum tempo passada a euforia da volta, o casal foi descansar. José e Vera fizeram questão de arrumar a bagunça, pondo as crianças para ajudar.
Soledad foi checar se precisavam de algo mais.
Bateu na porta duas vezes, e ao ouvir a permissão para entrar, levou uma bronca.
"Não precisava bater a porta madre" John disse, com o apoio de Marguerite.
"Você são um casal, e um casal tem sua privacidade...". Disse ela humildemente.
"Ora madre.." Marguerite sorriu.
"Só vim ver se estavam precisando de mais alguma coisa".
"Está tudo ótimo, madre.. obrigada".
Quando Soledad já ia dando boa noite para ir ao seu antigo quartinho, Marguerite a chamou.
"Sim filha".
"Por que não mexeu na casa? Colocou as coisas como a senhora gosta? Sabia que podia fazer o que quisesse aqui!".
Soledad sorriu. "Gostei de manter suas lembranças vivas por aqui... o melhor modo de faze-la era manter como sempre esteve..".
John aproximou-se e lhe deu um beijo na testa. "Buenas noches madre".
"Buenas, buenas.." Soledad virou-se novamente. ".. é bom estarem de volta". E fechou lentamente a porta do quarto.
Marguerite acabava de tirar o par de tênis da menina, que tinha um sono tranqüilo àquela noite. "Só uma viajem destas para derrubar você, não é?", pensou sorrindo.
"Então?". John se aproximou já pronto para dormir. "O que achou?".
"Se fosse melhor, talvez estragasse". Lembrou-se da cantoria.
"Não disse que não ia doer nada?" Os dois sorriram. "Só quando perdemos algo, é que vemos seu verdadeiro valor".
Os olhos deles brilhavam ao luar, que mais uma vez dava um toque especial ao retorno.
"Está feliz por retornar?". Encarou-o naturalmente.
"Claro... mais ainda porque todos por aqui parecem bem melhor do que antes".
Marguerite deitou-se lentamente, matando a saudade de seu velho colchão. "Oh.." Suspirou se aconchegando ao tórax bem definido. (Ai)
"O que é?" Perguntou vendo-o meio preocupado.
"Não é nada.. apenas estou ansioso pelo trabalho que José fez na lanchonete".
"Eu também estou.." Marguerite olhou para seu homem carinhosamente, enquanto lhe dando um beijo macio. "Mas agora é hora de dormir". Sussurrou.
"Sí, señorita".Deitaram-se o mais próximo possível como de costume, e não demoraram a adormecer.
Continua...
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