Santa Madalena – II

Capítulo Cinco

Special Thanks: Miss Bella, mais conhecida como Taiza. Você não sabe o quanto me deixa feliz retornando a mandar Reviews!Obrigada pelo apoio minha amiga querida.

Thanks: Miss Bella, Cris, Claudia, Kakau, Rafinha, Maga e Di Roxton.

Cadê o resto do pessoal? Que férias mais longas eihn... /

Boa Leitura! ;-)


"Marguerite!". John estava ao lado de fora do quarto. "Por favor, abra esta porta".

"Eu não quero ouvir nenhuma mentira! Nunca pensei que você fosse mentir para mim!".

John bufou. "Quando eu menti para você?".

Houve silêncio. "Vamos, abra a porta, precisamos conversar".

Novamente ela não respondeu.John estava ali há alguns minutos e ainda com a toalha na cintura.Respirou fundo e encostou lentamente a testa na porta.

"Eu nunca menti para você, e nem pra ninguém Marguerite... odeio a mentira, você sabe bem... por que está fazendo isso?".As palavras vieram do fundo de seu coração, eram as mais sinceras possíveis.

Do outro lado, Marguerite ouvia a tudo, sentada ao pé da porta com as pernas encolhidas. Sua mente não aceitava o fato daquela mulher aparecer logo na lanchonete, logo agora! Não aceitava, porque simplesmente não podia! Sua vontade era abrir a porta, dizer que apenas estava preocupada com tudo aquilo, que o amava... O ciúme foi mais forte.

"... Estou tentando dar uma explicação, mas você não quer me ouvir? Marguerite!". Continuou ele sem ouvir resposta.

John fechou os olhos, se afastando apoiando as mãos na porta, inclinando-se pra trás. Tomou coragem e caminhou de volta para o banheiro. "Assim ninguém consegue nada".

Virou as costas e a porta se abriu. Lá estava ela, vencida.

"Você nunca mentiu para mim, tem razão". Estava mais calma.

John ficou observando-a.

Houve uma longa e inquietante pausa.Em fim, Marguerite respirou fundo.

"Estou ouvindo..".

"Tudo bem" Ele começou "..O motor estragou, e por aqui não há hotéis ou pensões... as oficinas, bem você sabe o que são na verdade; Apenas disse, ou melhor, José disse que ela poderia passar esta noite por l�, apenas isso. Logo amanhã bem cedo, ela vai sumir de l�, sumindo desta cidade, e de nossas vidas".

Ao final, John parecia perturbado, e voltou para o banheiro.

"John, espera!".


"Um pra você, um pra você, um pra você...". Vera dava um pirulito para cada uma das crianças que se alegraram muito. "Vocês se comportaram muito bem hoje, merecem uma recompensa!".

As crianças riam animadas e contemplavam seus doces.

"Zé, temos que comprar o presente do casamento..". Disse Vera de súbito lembrando da cerimônia.

"Presente? Mas nem marcaram a data ainda!".

"Não interessa, não precisa marcar data pra comprar o presente, desde que o garantimos, estará tudo bem!".

"Nem sabemos se haverá casamento!".

José disse em voz alta, fazendo Maribel Camila olhar para os dois, com expressão confusa.Vera deu um beliscão tão doído em José que ele quase gritou. "Seu cretino, você viu o que fez!". Cochichou.

"O quê? Eu não fiz nada!". Cochichou de volta.

"Pára de falar besteiras, de onde é que você tirou essa idéia?".

"Madinha, quelo ir pa casa agola".Sem que notassem, Maribel caminhou até o casal e já estava apertando a pequena boneca de pano contra o peito.

"Mas está tão cedo pequenina!". Vera tentou amenizar, não tinha certeza de que a menina ouvira o que José dissera.

"Tá cedo princesa, depois padrinho leva você".

"Não". Ela meneou a cabeça desanimada. Os dois adultos trocaram olhares entre a menina e as outras crianças.

"Tudo bem... foi muita diversão por hoje, não foi?". Vera tentou distrair a criança, mas ao mesmo tempo em que quase matava José com o olhar. "Você vai ver quando eu voltar". Prometeu saindo porta afora.


"Não foi fácil para mim... O que pensava que eu fosse fazer? Dei de cara com uma mulher idêntica a Luzia na lanchonete!".

"Não foi fácil para mim também Marguerite, foi uma surpresa, tanto pra mim quanto foi pra você!".

Os dois pausaram e pegaram fôlego.Era a primeira discussão durante esses anos juntos.

"Vamos fazer o seguinte; esqueça o dia de hoje está bem?" John disse calmamente. Marguerite abaixou a cabeça e atirou-se com toda a força para os braços acolhedores de seu companheiro.

"Me disculpa, me disculpa..." Murmurava com a voz abafada no peito, enquanto John a consolava, beijando-lhe o topo da cabeça.

"Shh.. tudo bem... vai ficar tudo bem, não se preocupe... Eu estou aqui, sempre estive, não é..".

"Sempre.." sorriu Marguerite totalmente entorpecida.Ela o apertou contra seu corpo o quanto pode, precisava senti-lo somente dela naquele momento.


"...E então, o príncipe pediu a mão da princesa em casamento.O rei permitiu com orgulho e então, o príncipe e a princesa casaram-se, e viveram felizes para sempre..." Marguerite colocou o pequeno livro na cabeceira ao lado da cama. "... Fim".

"Mamá...".

"... Não vai pedir que eu conte outra vez não é?". A menina riu. "Você sabe de cor todo o livro".

"Não é isso... quelo pergunta uma coisa".

Marguerite respirou fundo e sentou ao lado da menina. "Qual?".

"Quando mamá vai casar com pap�?".

Marguerite sorriu e ajeitou a coberta de bichinhos. "Logo minha princesa".

"Amanhã?".

"Oh não...". riu.

"Por que não? Tem que casar rápido, se não, não ganha pesenti".

"Ora essa agora! De onde você tirou isso menina!... Vamos, amanhã você pode me fazer quantas perguntas quiser, já está tarde, vá dormir".

"...Logo.." A menina refletiu antes de fechar os olhos.

Depois Marbel dormia tranqüila com a bonequinha de pano nos braços.

Marguerite ainda permaneceu um bom tempo ali, a observando. "Essa menina tem cada uma!".


"E o que você respondeu?".

"Logo".

"Boa resposta".

Marguerite levantou o rosto a fim de ver sua expressão. "Brincadeirinha!".

John começou a rir enquanto ela lhe dava algumas 'travesseiradas'.

Já estavam quase dormindo quando John cutucou-a. "Temos visita".

"Ô minha santinha!".

Maribel subia furtivamente na cama, sempre com sua fiel companheira de pano.

Marguerite ia levantar-se para leva-la de volta, mas John sinalizou que ficasse.

"Olá princesa".

"Ola papá" A menina sorriu.

"O que está fazendo acordada há essas horas?".

"Quelo faze ota pergunta..". Estreitou o olhar desafiador.

"Estou ouvindo vossa alteza". Brincou.

"Logo é quanto tempo?".


Marguerite sentia suas pálpebras cansadas, mas sentiu uma sensação gostosa de alívio em suas costas.Abriu os olhos o suficiente para perceber que o sol ainda não havia nascido.

"Pode haver alguém melhor que você?".

"Eu acho que não..".John sorriu, olhando a linda cabeleira escura que se espalhava sobre o travesseiro.Percorreu o olhar um pouco mais abaixo, acompanhando suas mãos,para deparar-se com a linda curvatura das costas dela, se estendendo emfim,à sua cintura bem delineada.O lençol que a cobria dali para baixo não impediu John de continuar observando-a.Simplesmente minha, quase suspirou.

Movendo delicadamente seus rígidos dedos da nuca até altura de sua cintura, John acordava-a sutilmente.Marguerite sentia-se muito bem acada movimento doce de suas mãos cheias de carinho.

"Que horas são?" Arrastou a frase, virando apenas a cabeça para o lado onde ele estava, um pouco entorpecida pelas carícias.

John se aproximou lentamente, recostando seus lábios no lóbulo quente de sua mulher, beijando-o, já fazendo Marguerite suspirar.

"Hora de fazer amor".

Continua...

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