Santa Madalena – II
Capítulo Nove
Special Thanks: Maga-Patalógica. Obrigada por ter citado essa Fic ao seu professor!Mas ao mesmo tempo ele deve ter ficado (além de surpreso) um bocado espantado com os erros e absurdos lol.. XxX!
Thanks: Claudia: Peraê um capítulo não tão dramático? Estamos no México, Ariba! D
Cricri: Acho que o ciúme é o pior inimigo do relacionamento dos dois rs... Beijokaxxx!
Rafinha: Rs Rafa, é só a Lady F. que escreve essa Fic rsrsrsrs..XxX!
Kakau: Tadinhos mesmo, eles estão passando por uma situação difícil e diferente pra ambos.. XxX!
Towan..Sisi: Bigadü, bigadü e dinovu bigadü! XxX!
Rosa: Bigadü Rosa! Olha, a Vera já não bate bem da cabeça, ainda vai e se junto com a desesperada e ciumenta da Marguerite!Não sai o que preste né!Rs... Alerta!Quem sabe! XxX!
Nessa Reinehr: Lol!A Taíza ta sendo crucificada mesmo rsrs... Agora, se a Marguerite vai ficar sabendo desse seqüestro ou não aí vai ser difícil responder porque eu mesmo estou em dúvida quanto a que destino eu darei para essa situação.Vou fazer o impossível pra postar os capítulos depressa, ok? Vocês merecem! XxX!
Aline Krux: Rsrs, quer dizer que a senhorita também (lê-se eu sou assim também) procura nos lugarzinhos inimagináveis!Mas, vamo combinar, na situação dela eu acho q procuraria até dentro da privada!rs... Que bom que você conseguiu vizualizar a cena, meu objetivo foi alcançado (ariba!) Rs se Deus quiser, esse ano vai ter melhores notas!LOL a coisa do "nervos da cor da pele" foi uma amiguinha minha muito especial que me deu várias dicas de como arrasar seu mínimo português trocando expressões, cujo o nome não vou nem citar porque num deixou review rsrsrs... XxX!
Boa Leitura! ;-)
Ao acordar, John sentiu a presença sutil de alguém perto de si.Sorriu e se aconchegou mais àquela gostosa temperatura sem mesmo abrir os olhos.
"...Tive um pesadelo horrível" Interrompeu a fala bruscamente quando sentiu no toque de seus dedos em uma diferente curva de cintura com que estava acostumado. O cheiro que exalava não era o de sua mulher. Abriu os olhos confuso e os arregalou vendo Taiza ao seu lado, olhando-o desconfiada.
"Luzia!" Exclamou assustado.Depois balançou veemente a cabeça em sinal negativo. "Desculpe senhorita Taiza, não queria me aproveitar da situação, ainda estava sonhando e.."
"Não, tudo bem" Disse Taiza devagar ainda observando-o de cima em baixo. "Entendo.. A comida vai vir daqui a pouco, é melhor acabar de acordar".
John levantou-se ainda zonzo.Não havia sido apenas um pesadelo, aquilo tudo era real e fora do comum. "Parece que não dormi nada".
"É o cansaço, eu também não dormi bem".
"Nem poderíamos".
Eles estavam sós naquela parte da caverna.Os outros estavam na entrada. Logo, um deles trouxe duas tigelas contendo um pão em cada.Ele deixou as vasilhas e saiu rapidamente, estava com um semblante preocupado, parecia estar discordando algo com o grupo.Taiza olhou aquele único pão em sua tigela com certo desânimo.
"Não espere mais do que isso, e ainda agradeça por termos algo que comer". John disse já pegando sua vasilha rapidamente.
Ela suspirou cansada examinando o pão na tigela sem toca-lo.Logo começou a comer o pão, tentando ignorar as náuseas.
Depois da pequena refeição, John notou que a mulher estava um pouco inquieta. "Isso está me machucando" Queixou-se das amarras nos pulsos.
"Molhe-as numa dessas poças d'água. Elas amolecem e afrouxam o suficiente pra não incomodar".
Taiza molhou as amarras e tentou afastar mais as mãos.Sentiu um certo alívio, mas aquilo ainda sim doía.
"Obrigada" Sorriu agradecida e John meneou a cabeça.
Cinco minutos passaram-se e os três vieram caminhando em suas direções. "Estamos com sede". Disse John rapidamente, antes que não quisessem ouvir.
Enquanto os outros recolhiam os restos de suas pequenas bagagens, George, o mais velho, encarou John. "Quando estivermos saindo daqui, vocês parem na queda e bebam o suficiente para um dia inteiro em um deserto. Agora levantem".
Ele ajudou os dois a se levantarem e cortou as amarras dos pés de ambos.John olhou a sua volta, mas os capangas ainda os observavam, não havia como tentar escapar àquela hora.Pensou consigo mesmo "A hora certa chegará".
Marguerite acordou com um meio sorriso nos lábios.Virou-se e tateou o lado ao seu da cama.Estreitou as sobrancelhas e então abriu os olhos.Sentou-se, calçou seus chinelos e caminhou ainda sonolenta para fora do quarto.
Arrastando os pés até o banheiro, abriu a porta e parou ali de olhos fechados.Sorriu "Bom dia".
Marguerite não sentiu a inquietante presença dele ali, fazendo a barba ou lavando o rosto e abriu os olhos assustada.No mesmo momento todas as cenas e pensamentos cruéis e insanos em sua mente das últimas 24 horas vieram à tona.
Ao fim daquele turbilhão que a levou para outra dimensão e a jogou de qualquer jeito ali, deparou-se com um semblante cansado e com os olhos avermelhados olhando sua própria imagem ao espelho.
A realidade caiu sobre seus ombros como um raio em uma árvore.
Marguerite estreitou os olhos inchados e doloridos e começou a chorar baixinho olhando suas próprias lágrimas.Arrastou-se pela parede até cair no chão em prantos, ainda mantendo a direção do seu olhar.
Nesse instante a porta se abriu, e Maribel entrou ainda descabelada no banheiro.Quando viu sua mãe ali, chorando e abatida, abaixou-se rapidamente.
"O que foi mama?Dodói?".
Foi só então que Marguerite notou a presença da menina assustada. "Sim" Disse em meio de soluços "dodói aqui" apontou para o próprio coração.
Maribel ficou observando, mas não conseguia ver nenhum arranhão nem sangue. "Qué emédio ruim?".
"O único remédio que pode curar isso é um abraço seu, Bel" Marguerite estendeu os braços a filha que atendeu o seu pedido ainda coçando os olhos sonolentos.
"Não chora mama, eu to ablaçando a mama agola, não dói mais não".
A frasesinha dita tão carinhosamente pela preocupada Maribel não fez o efeito desejado, ou melhor, fez, mas ao contrário.Mas ao mesmo tempo Marguerite dava graças a Deus por tê-la perto de si naquele momento tão difícil.
Caminhando sob o sol de mais de 40 graus John e Taiza pareciam sucumbir aquele árido ambiente.John olhava para o sol, tão reluzente e tão brilhante que parecia cegá-lo.Minuto a minuto o calor parecia aumentar e tinha a impressão de ver coqueiros e muito mato alguns metros.Mas quando olhava novamente num passe de mágica aquelas visões sumiam.
"O deserto pode matar" Murmurou Taiza. "O deserto mata".
"Não, o deserto não mata. A falta d'água sim". Disse George passando por ela e tomando a frente do grupo.
"Hipócrita" Disse ela baixinho.
"Eles só querem nos cansar, nos testar, pra terem certeza de que não vamos fugir". John disse despistadamente.
"Como sabe?".
"Eles querem nos testar e ao mesmo tempo nos mostrar que não temos pra onde correr, ao menos que nós quiséssemos morrer".
Taiza concordou.Havia um pouco de razão em suas palavras.Ficou admirada por ele ter conseguido ter este raciocínio diante daquele ar seco e quente enquanto ela nem conseguia ver por onde iam direito.
O dia da visita da assistente social à casa dos Bolitos chegou.
Entrou pelo pequeno portão que dava direto na pequena varanda.Observando o local, fechou o portão atrás de si e depois de alguns passos já estava na porta tocando a campainha.
"Ol�, eu sou...".
"Ah, oi, mas a senhora pode passar depois, é que hoje eu to de saída, e..".
"Mas temos uma hora marcada senhora..." Olhou em sua prancheta "senhora Vera de Lourdes Bolitos"
"Como é que você sabe meu nome? O seu pastor me conhece?".
"Pastor?".
"Você não é uma daquelas pessoas que batem de porta em porta querendo ler a bíblia?".
A mulher ficou parada olhando para Verinha que a observava com a expressão confuso.De repente, ela arregalou os olhos e puxou a mulher pra dentro de casa.
Fechou a porta e empurrando a mulher até que ela caísse sentada no sof�, foi até a cozinha, pegou uma xícara de café e trouxe tremendo para a assistente que olhava-a assustada.
"Me – des- cul-pa" Disse pausadamente percebendo quem era aquela mulher. "P-p-p-pen-ss-ei q-q-que fo-fo-fosse aquele-les evangé-géli...".
"Tudo bem senhora Vera de Lourdes". Disse a assistente.
"Pode me chamar de Vera. Verinha! É, me chama de Verinha, hehe".
"Tudo bem, Verinha" Vera riu nervosa "Pode me chamar de Carol".
"Ta".
"Bom, antes de começar a entrevista, onde está o seu esposo?".
"O que você quer com ele eihn?" Disse Vera desconfiada estreitando o olhar.
"Não se preocupe, é que preciso dos dois para começar a entrevista".
"Ham.." Respirou aliviada "Com o mundo de hoje em dia não pode bobear com homem não".
A mulher corou-se e sorriu.
"O Zé deve ta vindo aí, foi comprar madeira pra fazer um carrinho-de-rolimão pros meninos brincarem".
"Rolimã?Oh sim, bem se ele não vai demorar podemos ir fazendo outras coisas enquanto ele não chega". A moça sorriu mas ficou sem graça ao ver Vera olha-la desconfiada.
"Moça, eu sou casada".
"A senhora não me entendeu... bem, coisas do tipo, a senhora pode me mostrar o local?".
"Local? Não tem ninguém com esse nome aqui não".
"Eu me refiro à casa, preciso ver as condições em que as crianças se encontram.Entendeu?".
Vera demorou um minuto para responder que sim.Em seguida levou a mulher por toda a casa falando de todos os detalhes, falando e falando.
Continua...
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