Oi gente

Pat- você acha mesmo que a promessa de Molly foi em vão, eu tenho quase certeza. Fico feliz que continues lendo essa fic.

Remo notou algo entrar na casa mas nem seus instintos e muito menos Gina deixariam ele levantar para verificar.

Após realizar todas as suas vontades e as da moça, levantou e desceu olhando tudo ao redor e com a varinha em punho. Rapidamente encontrou uma prova e que não estava imaginando coisas, a mesinha estava deslocada e com todos os bibelôs virados um de frente ao outro e não como ele havia deixado tudo.

A moça desceu ainda enrolada no lençol.

'O que houve?'

'Está vendo a mesinha?'

Ela estranhou a pergunta e então olhou o móvel.

'O que tem, Remo?'

'O que tem que quando subimos não estava assim.'

'Mas, amor, quem entraria aqui e por quê?'

'Não sei!'- ele já tinha algo em mente que o levava certinho na direção de quem teria sido, mas a moça não precisava saber.

Colocou o móvel no lugar e ficou admirando sua namorada. Ainda se perguntava o que a ruiva vira nele, logo nele que nem o tipo dela fazia, sem saber que tal pergunta passava pela cabeça dela também.

Molly ainda não se conformava com a situação e muito menos com a promessa que fora obrigada a fazer para o marido, amava Arthur profundamente e ouvir dele que preferia se separar a ficar com a mulher com quem dividira a vida só por causa de uma bobagem era muito doloroso. Batia uma tristeza nela mas algo tinha que ser feito ou aquilo ficaria ainda mais grave, era hora de usar seu último recurso, o mais sórdido de todos com certeza:

O amor que ela sabia que Tonks nutria pelo lobisomen.

Sabia que um dia a moça de cabelos cor de rosa serviria para algo além de quebrar coisas por descuido.

Decidida a acabar de vez com aquela relação estranha, Molly despediu-se da família anunciando que iria comprar coisas que faltavam na cozinha. Toda a ala masculina Weasley nem imaginou que em 25 de dezembro o mercado não abriria e os gêmeos estavam muito ocupados em um novo invento para lembrar de certos detalhes.

A ruiva acabou aparatando em frente a um prédio onde sabia que Tonks residia.

Entrou no lugar e perguntou a um homem estranho parado em frente se ele sabia em qual apartamento ela morava, descreveu a moça e quando chegou nos cabelos cor de rosa viu ele abrir um sorriso e indicar-lhe uma porta no final do corredor do primeiro andar.

Ela bateu e foi recebida pela garota ainda de camisola.

'Oi Molly, o que a tras aqui a essa hora?'

'Tonks, Feliz Natal, posso entrar um pouquinho?'- ela parecia carinhosa como uma mãe e recebeu um sorriso e a passagem livre para entrar no bagunçado apartamento.

'Mas diga, Molly, o que a trás aqui?'

'É, minha filha, Gina.'

'O que Gina, ou melhor, o que eu tenho a ver com ela?'

'A menina quer se impor como toda a adolescente, até ai, tudo bem, mas ela está usando Remo Lupin para isso. Está brincado com os sentimentos de um homem solitário e carente.'- Molly falava como se Gina fosse um monstro.

'O QUÊ?'- Tonks levantou e ficou encarando a mulher.

'Gina e Remo estão dormindo juntos na Holanda, você o ama tanto que dá para ver em seus olhos então eu te peço, faça algo. Lute por esse seu amor reprimido, essa é a hora. Arthur prometeu me deixar se eu fizer algo, eu amo Arthur assim como você ama Remo então saberá o que fazer.'

'Remo deve amá-la, uma vez eu, depois de uma cerveja a mais, propus de dormirmos juntos, sem nenhum compromisso e ele disse que só fazia sexo por amor'- Molly por um segundo pensou em desistir mas não poderia.

'É muito fácil para um homem solitário a tanto tempo amar uma jovenzinha bonita como Gina, eu queria que você mostrasse a ele como é ser amado por uma mulher.'

Tonks sorriu sempre a chamavam de menina, agora ao menos alguém a via como o que realmente era, uma mulher adulta.

'Tudo bem, vou ver o que posso fazer, mas a essa hora não tem muito a ser feito.'

'Você me consegue algumas coisinhas de cozinha, eu disse ao meu marido que iria ao mercado.'

'Eu tenho bolachas, só isso porque eu como comidas prontas.'

'Pode ser.'

Molly pegou uns seis pacotes de bolacha e saiu.

A moça ficou pensando, porque esperar agiria agora mesmo.

Tonks aparatou em frente a casa que era da vó de Remo, ela bateu e para sua sorte foi atendida por ele.

'Lupin, Feliz Natal.'- Tonks disse animada.- 'Me convida para entrar?'

'Claro.'

Entrou e sentou no sofá da sala e ele sentou ao lado da moça.

'O que a trás aqui?'

'Ah minha mãe está viajando, me senti só e fiquei sabendo que estavas aqui, daí eu vim te dar um oizinho e um feliz natal, por que não deveria Ter vindo? Você não está sozinho, não é?'

'Não estou sozinho mesmo, estou com minha namorada- ela arregalou os olhos- mas isso não quer dizer que você não é bem vinda.'

'Namorada? Quem é?'

'Gina Weasley?'

'Ah Remo, você poderia Ter uma mulher de verdade e vai ficar saindo com uma menina de fraudas, que feio.'

'Tonks, eu não pedi a tua opinião, Gina é uma linda mulher e é muito madura apesar da idade, eu a amo ela me ama, não tem nada de feio nisso.'

A moça se sentiu mal, mas quando viu Gina no alto da escada não pensou duas vezes, agarrou Remo e lhe deu um beijo, sentando no colo dele para com as pernas trancar os braços do homem impedindo-o de empurra-la.

Gina desceu a escadas e ao ver a cena de seu namorada sentado com Tonks no colo o beijando, deu um grito e começou a chorar instantaneamente, Remo ainda a viu subir correndo as escadas ouvindo a porta bater com força.

Derrubou a mulher em seu colo e foi correndo para as escadas.

'Deixa ela Remo, ela não te ama como eu, está apenas te usando para se impor a família dela.'

'Tonks, é melhor você ir embora, se eu perder a pouca paciência que me resta você está morta. Eu não estou brincado.'

'Você não seria capaz'- ela chegou perto e o tocou, ele se virou a esbofeteando.

'Eu estou avisando Tonks... ...para o seu bem... ...se manda.'

Ela pós a mão no rosto, deu três passos para trás de costas olhando para o Homem na sua frente, era Remo mas não tinha o olhar doce tinha fúria nos olhos.

Tonks foi embora dali, chegou em seu apartamento deitou na cama e chorou, definitivamente perdera Remo para sempre.

Ele subiu as escadas após ver Tonks sair dali. Parou em frente a porta do quarto de hospedes, onde Gina se trancou.

'Gina, abre aporta a gente precisa conversar, isso não foi nada do que você imagina.'

'Eu não imaginei nada, eu vi, sai daqui me deixa em paz.'- O tom de choro dela cortava o coração dele.

'Gina, por Merlin, abre essa porta.'

'Nem se o Merlin estivesse batendo, me deixa em paz.'- ele ouviu o barulho de algo batendo contra a porta e se espatifando no chão.

'Se acalma Gina, amanhã a gente conversa então.'

'Não tem nada para falarmos...- ele saiu indo para seu quarto quando a ouviu abrindo a porta e gritando atras dele antes de bate-la novamente- tudo entre nós, acabou.'

A última palavra caiu como uma pedra na cabeça dele, lágrimas caíram de seus olhos e o sono não veio durante a noite toda, ele andava até a porta do quarto onde ela estava, ia para a sua cama e acabou abraçado no vestido vermelho que a moça usara na noite anterior e estava jogado ali.

Amanheceu e a moça não saiu do quarto.

'Gina, abre essa porta.' –ela notou que ele chorava mas ela era orgulhosa

'NÃO, me deixa em paz.'

'Por favor, abre a porta.'

'NÃO, ME DEIXA EM PAZ.'

Ele não insistiu, desceu para preparar o café, ela sentiria fome e então seria obrigada a descer, começou a engolir a comida esperando ela e só comendo porque sabia que precisava comer algo. A moça não desceu.

Ele foi bater de novo na porta dela.

'Gina, você não come nada desde ontem a tarde, você não jantou, venha comer algo, você vai ficar doente.'

'TALVEZ SEJA MELHOR FICAR DOENTE E MORRER DE VEZ, SÓ ASSIM VOCÊ FICA COM A TONKS.'

'GINA, ISSO É RÍDICULO, SE EU QUISESSE FICAR COM A TONKS NÃO TINHA FICADO COM VOCÊ.'

Ela não respondeu, estava pensando ele estava certo mas ela não o perdoaria.

A porta abriu ela saiu e nem olhou Remo, desceu com ele logo atras sentou a mesa, comeu.

'Gina aquilo que você viu foi forçado, por favor acredita em mim- ele estava sentado na cadeira ao lado dela- você acha mesmo que eu seria capaz?'

'Quanto tempo você está com as duas?'

'Eu nunca estive com as duas, estou com você, a meio ano, o melhor meio ano que já tive. Com ela eu nunca estive e nunca estarei.'

'E nunca estará comigo novamente, eu vou voltar para casa, não me procure.'

'Não faz isso com a gente, por favor. Fica aqui, eu posso explicar...'

'Não fale nada.'

Ele tentou beijá-la, ela desviou o rosto.

'Você não vai me beijar depois de beijar outra.'

Ela subiu pegou a mala que preparou durante a noite e saiu da casa, ele ainda tentou impedi-la mas descobriu que ela já sabia aparatar.

'Gina, querida, o que houve.'- Molly via a filha destruída, o pai olhava a menina com outros olhos.

'MÃE'- ela abraçou a mulher e ficou ali chorando um tempo dizendo 'ele me traia e eu nunca desconfiei'

'Filha, chora que faz bem, vem vamos ao seu quarto.'

Remo subiu ao quarto onde ela dormira, viu um vaso quebrado perto da porta, os presentes que ele deu todos jogados ao chão, foi juntando as coisas e percebeu que faltava algo, algo que ainda brilhava no dedo de Gina, a sua esperança de uma reconciliação, o anel de noivado.