Título: Abadon
Ficwriter: Kaline Bogard
Classificação: Lemon, sobrenatural, citações bíblicas, fic homenagem a Evil
Pares: YohjixKen, AyaxOmi
Resumo: De um lado estão os Weiss, de outro os cavaleiros do Apocalipse. Mas entre eles está aquele que pode aniquilar a humanidade...
Abadon
Kaline Bogard
CAPÍTULO IV
(Ômega) Esta é Peste. Ela será uma das companheiras que lutará ao seu lado, Hiroki, durante o fim do mundo. Sabe qual é o poder dela?
(Alfa) Com um toque, ela pode destruir toda a vida ao seu redor.
E para provar o que os gêmeos diziam, Peste aproximou-se de um vaso de flores e tocou com o dedo indicador, fazendo a plantinha murchar no mesmo instante.
(Hiroki) !!
Perdeu a voz ao ver aquilo. Aquela garota era mesmo dotada de um estranho poder... e tinha o pulso direito enfaixado, assim como Hiroki... qual seria a ligação entre eles?
O jovem estudante fora levado para uma grande mansão, de propriedade de Amã, localizada no coração de Tokyo. Estava apreensivo com o que acontecia, mas não podia escapar da vigilância.
Neste exato momento ele estava preso em um quarto, na companhia dos gêmeos e daquela garota chamada de 'Peste'. Os três tentavam convencê-lo a entrar para o grupo, mas ele relutava bravamente.
(Alfa) Hiroki, se você não aceitar se tornar um de nossos soldados, amanhã Peste irá ao seu colégio, e vai tocar na caixa d'água que abastece o prédio. Sabe o que significa? Todos naquela escola vão morrer. Seus amigos, seus professores, os funcionários... todos!
(Ômega) E será sua culpa, se isso acontecer.
(Hiroki)...
(Alfa) De qualquer jeito o destino da humanidade é perecer. E você tem que estar ao nosso lado. Se recusar, pessoas que você ama vão morrer mais rápido do que seria necessário...
(Ômega) E podemos fazer com que seja muito doloroso...
(Hiroki) Porque fazem isso?
(Alfa) Fazemos o que nascemos pra fazer. Não nos enganamos como você tenta se enganar. Essa marca de morte em seu pulso direito é a prova decisiva.
(Ômega) Você não tem escolha, Hiroki. Mais cedo ou mais tarde você será nosso. Porém enquanto você se recusar, pessoas vão morrer.
(Alfa) Muitas pessoas, garoto...
(Ômega) E será tudo sua culpa...
Hiroki estava sozinho no quarto, sentado sobre a cama macia. Os braços descansavam sobre as pernas entreabertas, e a cabeça estava baixa.
Os gêmeos voltariam dentro de alguns minutos. Haviam lhe dado tempo pra pensar e considerar a oferta.
O estudante não tinha muitas opções... a ameaça daqueles estranhos estava gravada em sua mente, lembrando-o da responsabilidade que pesava em seus jovens ombros.
Pessoas vão morrer...
(Hiroki) Por minha culpa...
Uma lágrima escorreu por sua face, indo pingar no chão frio. E foi a primeira de muitas...
oOo
Omi ouviu o sinal tocando e saiu da sala praticamente voando. Geralmente não tinha tanta pressa assim em ir embora, mas dadas as atuais circunstâncias, desejava chegar logo em casa para tomar conta de seu adorado amante.
Não queria que nada acontecesse a Aya, e ter que ir a escola era uma verdadeira tortura. As horas custavam a passar e ele não conseguia se concentrar nas explicações dadas pelos professores.
Felizmente o período acabara, e ele podia ir pra casa. Antes deu uma passada pela sala do primeiro ano. Pretendia desmarcar um compromisso com um dos kohai, depois daria um jeito de compensar Hiroki. Felizmente o novato era muito compreensivo e aceitou o cancelamento numa boa.
Omi foi um dos primeiros a sair da escola. Surpreendeu-se ao ver que em frente ao colégio havia uma limusine muito bonita estacionada. Talvez estivessem esperando alguém.
Um dos vidros estava abaixado, e o loirinho viu uma garota esquisita, com cabelos curtos prateados e olhos muito claros. Tal moça não notou que era observada por Omi.
(Omi surpreso) Que menina... diferente... deve ser cantora!
Sem perder mais tempo tomou a direção da Koneko.
As coisas na floricultura iam muito bem. Nem parecia que uma ameaça de morte pairava sobre os Weiss, a não ser é claro, pela presença dos sacerdotes Hugo e Lucas, fato que não poderia ser considerado normal...
Aya e Yohji atendiam as clientes, enquanto Ken fora cuidar do almoço.
Depois de se certificar que estava tudo bem com Aya, o jovem arqueiro tratara de ajudar Ken com a refeição. Aparentemente ia tudo muito bem.
oOo
Hiroki sentiu o sangue gelar nas veias, quando a porta do quarto foi aberta, e os gêmeos entraram no aposento. Tinham as faces inexpressivas, como se já tivessem certeza da decisão de Hiroki.
Alfa passou a mão sobre a capa do livro dos Decretos Divinos, percebendo que mais um cavaleiro seria despertado.
(Alfa) Está pronto?
O estudante de olhos azuis ficou em pé, e respirou fundo. Sabia que podia continuar a recusar aquela história toda, mas não resistiria ao sentimento de culpa, se pessoas morressem por sua indecisão.
(Hiroki) Estou.
(Ômega sorrindo) Ótimo. Alfa, ele é um dos seus soldados. Desperte-o para nossos propósitos.
Alfa balançou a cabeça, e aproximou-se de Hiroki, notando mais uma vez como o garoto era alto. Devia ter mais ou menos um e oitenta de altura... um verdadeiro gigante, perto dos gêmeos.
Espantando tais pensamentos, Alfa encostou a mão no peito de Hiroki, sobre o seu coração.
(Alfa) Eis que surge o segundo cavaleiro. Nascido do segundo selo, seu caminho é vermelho como o sangue e o fogo. É-lhe dado tirar a paz da Terra, de modo que os homens se matem uns aos outros, e você levará a marca de morte.
Ao fim dessas palavras, Hiroki sentiu uma tontura, e uma dor de cabeça violenta, parecendo que seu cérebro ia explodir. Precisou de alguns segundos para firmar a vista e recuperar a ciência das coisas ao redor.
Os olhos, antes azuis, brilhavam dominados agora por íris vermelhas como sangue, ostentando a expressão mais triste jamais vista. Tinha leve consciência de que era o portador da desgraça, e relutara muito a receber tal missão.
Agora era tarde demais. Fora tocado pelo mal, e não podia escapar. A prova disso era a marca de morte que levava em seu pulso esquerdo, um corte profundo que surgira em seu corpo, começando a sangrar muito.
(Alfa) Essa é a marca de morte.
(Ômega) O pacto está firmado entre aqueles que trazem a Verdade, e aqueles que executam a Justiça.
Hiroki fechou os olhos de íris vermelhas, e suspirou profundamente. Havia vendido sua alma, aceitando o pior acordo possível: levava nas mãos a responsabilidade pelo extermínio de um quarto da humanidade.
(Alfa) Vou apresentá-lo. A partir de hoje não terá mais consciência de sua vida como Hiroki. Serás conhecido apenas pelo fardo que carrega em seus ombros: és aquele que instiga e corrompe, aquele que propaga a chama da desavença e tem o poder de virar irmão contra irmão. Você aceitou o futuro e recebestes a espada vermelha.
(Ômega sorrindo) E responderás apenas ao nome de... Guerra.
O jovem estudante se entristeceu ainda mais. Sentiu vontade de chorar, mas não o fez. Não adiantaria, não havia como voltar atrás, por mais que seu coração se revoltasse e pedisse por ajuda.
Porém, mesmo que seus olhos vermelhos não marejassem, de sua alma brotava um pranto de agonia...
oOo
Peste estava sentada em uma cadeira, na sala de jantar. Não prestava atenção em nada, sentindo apenas como se a cada segundo que passava ela perdesse mais a consciência de que um dia fora humana. Seus olhos se fixaram no arranjo que estava sobre a grande mesa. Eram rosas amarelas.
Um dia ela adorara essa qualidade de flores. Parecia que fazia muito tempo, mas fora apenas ontem...
Nesse momento ela sentiu algo escorrendo por seu braço esquerdo. Ergueu-o observando atentamente a segunda marca de morte que surgira em seu corpo sem qualquer aviso.
O pulso esquerdo fora marcado por um estigma, e sangrava...
(Peste) Então aquele garoto é Guerra...
Peste teve uma intuição. Estendeu o dedo indicar, com intenção de tocar nas pétalas, mas antes mesmo disso acontecer todas as rosas murcharam e morreram. A garota arregalou os olhos de modo surpreso, entendendo o que acontecera.
(Peste) Há, há, há...
Estava ficando mais forte.
oOo
Os Weiss haviam acabado de fechar a Koneko, em presença vigilante de padre Hugo, enquanto padre Lucas tomava conta da rua.
Aya terminou de fazer as contas e suspirou. Estava tudo em ordem.
Passou a mão pela face, em um gesto cheio de cansaço, quando sentiu uma súbita dor de cabeça, e uma tontura muito forte. Perdeu o equilíbrio, e ia cair no chão, se Ken, que estava ao seu lado, não fosse dono de reflexos invejáveis, e o amparasse a tempo.
(Ken) Aya!
Os outros foram alertados pela voz urgente do jogador e se aproximaram, pra verificar o que se passava.
(Omi) Oh, Aya! Você... você...
Horrorizado, o jovem hacker apontou para o pulso esquerdo do amante, que sangrava, ao ter recebido um novo e assustador estigma.
(Hugo) Céus! Despertaram o segundo cavaleiro!
(Omi) Aya!
Abraçou o amante, sentindo o medo frio de não conseguir controlar a situação. Não podia ver quem tanto amava sofrer!
(Yohji) Esses caras não perdem tempo!
(Hugo suspirando) Temos apenas mais uma pessoa, antes que venham atrás desse garoto.
(Omi) NÃO!
(Ken) Você está bem Aya?
Tão rápida quanto viera, a dor se fora. Não sobrara nada daquelas sensações estranhas, a não ser o corte no pulso esquerdo.
(Aya) Hn.
(Hugo) Felizmente o óleo que usei em sua testa ontem era forte o bastante para impedir que sua... nova personalidade se manifestasse.
(Aya) Como assim?
(Hugo) A cada cavaleiro despertado, a consciência humana vai diminuindo e os poderes sobrenaturais aumentando. A essa altura a primeira pessoa que foi tocada pelo mal praticamente não se lembra mais da vida que levava antes.
(Yohji) Então...
(Hugo) Não há salvação para essa pessoa.
(Ken) Oh... e mais um foi tocado pelo mal nesse exato momento?
(Hugo) Infelizmente sim. E como eu disse antes, aqueles que são tocados pelo mal perdem a redenção e suas almas.
Decididamente não permitiriam que os inimigos se aproximassem do líder da Weiss. Podiam não ser católicos, mas acreditavam na ameaça que rondava o companheiro, esperando apenas uma chance...
(Omi pensativo) Se não fosse aquele óleo...
(Hugo) Teríamos mais um contato com a Morte que se abriga no corpo de Aya.
(Yohji) Isso é muito sinistro!
(Omi preocupado) E não podemos fazer nada além de esperar?
O padre Hugo passou a mão pelos cabelos, enquanto pensava muito naquela pergunta. O tempo estava contra eles, e era óbvio que Amã não queria enrolar com preliminares, atacando os escolhidos diretamente e sem rodeios.
Se continuasse assim, Aya estaria na mira muito em breve...
(Hugo) Nesse ritmo talvez eles nos ataquem amanhã mesmo...
Tal pensamento fez os Weiss se entreolharem. Precisavam de um bom plano de defesa...
(Hugo) Acho que é hora de levarmos Aya para um lugar seguro...
Sem dizer mais nada o padre pegou o celular e discou alguns números.
oOo
Amã suspirou, observando o pôr-do-sol. Na sua opinião Tokyo era uma cidade extremamente feia! Preferia muito mais sua bela terra natal, totalmente o oposto daquela metrópole barulhenta, suja e super-populada.
(Amã) Falta pouco...
Deu um último trago no cigarro, depois o jogou no chão.
Estava parado na frente de um conjunto de casas muito simples. Local onde segundo o evangelho de São Pedro, vivia um dos cavaleiros do apocalipse.
(Amã) Aquele garoto alto será quem? Já temos Peste... talvez ele seja a Morte. Espero que os gêmeos já tenham despertado sua verdadeira consciência.
Amã era um fanático por seus ideais. Era um nicolaíta desde o nascimento, fora iniciado na doutrina da seita por seus pais, também adeptos fiéis do seguimento religioso.
O líder dos nicolaítas acreditava estar executando a vontade de Deus, ao despertar os cavaleiros do apocalipse, e encontrar os gêmeos que eram o Alfa e o Ômega, e os únicos que podiam empunhar o livro dos Decretos Divinos e quebrar os Sete Selos. Tais crianças nasceriam apenas uma vez na Terra, antes do momento certo.
Cabia aos nicolaítas aproveitar a chance e acabar com a corrupção da alma humana, enviando os contaminados para o abismo onde habitava o temido Abadon.
Tirou um livro muito velho do bolso da calça: o evangelho de São Pedro. Folheou-o e procurou por um trecho grifado anteriormente. Mas antes mesmo que terminasse de ler o versículo, um movimento na calçada do outro lado da rua chamou sua atenção.
Um homem ainda mais alto que Hiroki, dono de cabelos castanhos espetados, e olhos verdes estreitos vinha caminhando apressado, com fisionomia preocupada e urgente.
(Amã)...
Era um homem muito bonito. Devia ter cerca de vinte e três anos, e vestia uniforme policial. O traje era novo, mostrando que o rapaz se formara de pouco tempo, mas não foi isso que despertou o interesse de Amã.
O líder dos nicolaítas sorriu abertamente ao notar que aquele homem do outro lado da rua apertava com força o pulso esquerdo, e que o mesmo sangrava, manchando a manga longa da camisa.
O jovem policial também levava a marca de morte.
(Amã) Vou avisar os gêmeos. Aquele é o nosso terceiro soldado...
Procurou decorar o número da residência em que seu alvo entrara. Iria capturar o policial no dia seguinte.
oOo
(Yohji pensativo) Mas é muito estranho estar aqui...
Observou o local onde estavam: uma catedral, localizada em um dos bairros nobres de Tokyo. Padre Hugo os levara até ali, afirmando que seria muito seguro, pois a Koneko seria revistada em primeiro lugar pelos nicolaítas.
(Ken) Tem razão...
Nenhum dos Weiss estava a vontade, mas fariam qualquer coisa para garantir um tempo a mais, em que pudessem se organizar.
(Hugo) Padre Lucas foi cuidar dos aposentos. Temos quartos no subsolo desta catedral, ela foi preparada para eventualidades assim.
(Yohji) Ah, sei, vocês esperam malucos querendo o fim dos dias pelo menos uma vez por semana...
(Hugo suspirando) Não deboche de minhas crenças, garoto.
(Yohji)...
(Ken) Pega leve, Yotan.
Aya e Omi permaneciam sentados em um dos bancos duros de cadeira, apenas ouvindo a conversa, mas sem participar dela. Aya não tinha animo pra bate papo idiota, e Omi por que queria apenas fazer companhia ao amante.
(Omi baixinho) Você está bem, Aya?
(Aya) Hn.
O chibi suspirou e passou as mãos pela cintura de Aya, abraçando-o e puxando-o de encontro ao seu corpo. O ruivo correspondeu ao carinho, escondendo o rosto nos cabelos loiros e macios, respirando fundo.
(Omi baixinho) Aya, não vou deixar que nada aconteça com você, ouviu? Não tenho as mesmas crenças que padre Hugo, mas sinto que algo ruim está mesmo prestes a acontecer...
Aya apertou ainda mais os braços, querendo dizer com isso que havia entendido a intenção de Omi.
(Aya baixinho) Eu ainda não me dei por vencido.
(Omi baixinho) Sei disso. Mas fico mais sossegado se ficar ao seu lado cada segundo possível.
(Aya baixinho) Obrigado.
(Omi baixinho) Amo você.
Aya fechou os olhos e suspirou, adorando ouvir aquilo. Sabia que o chibi era apaixonado por ele, e os sentimentos eram correspondidos em maior ou igual escala. Porém ouvir aquela afirmação nunca era demais...
(Aya baixinho) Eu também amo você, Omi.
Paralela aquela conversa, padre Hugo e os outros dois Weiss ainda discutiam os planos de defesa. Foi então que o playboy lembrou-se de algo.
(Yohji) O casamento dos Tsubame...
(Ken) Merda! É amanhã...
(Hugo) O que tem?
(Ken) Eles encomendaram todas as flores da decoração na Koneko. Temos que entregar uma quantidade enorme de flores amanhã sem falta. E tem os arranjos também...
(Hugo) Aya não pode ir a floricultura.
(Yohji) Sabemos disso. Eu faço as entregas no lugar dele, não se preocupem.
(Ken) E eu ajudo você com os arranjos.
(Yohji suspirando) Será preciso várias viagens com aquela motoca de entregas...
(Ken sorrindo) Quer minha moto?
(Yohji)... você está tentando me matar?
(Ken) !!
(Yohji) Então está resolvido. Amanhã cuidamos da Koneko, mas apenas pra entregar as encomendas do casamento, depois voltamos rapidamente pra cá.
Padre Lucas entrou no salão neste momento, anunciando que os quartos estavam prontos. Já era noite, e os Weiss poderiam descansar se assim o desejassem.
oOo
Peste e Guerra estavam sentados em uma varanda, observando a noite escura de Tokyo. Não haviam estrelas, pois nuvens pesadas e sombrias encobriam o céu. Apesar disso provavelmente não choveria.
(Peste) Noite feia.
(Guerra)...
O garoto desviou os olhos, pondo-se a fitar um ponto qualquer do chão, evitando conversar com aquela garota de aparência sádica.
(Peste) Você é bem jovem.
(Guerra)...
Estava se irritando com aquela insistência. Será que a mulher não poderia deixá-lo em paz? Só queria sossego!
Peste observou bem o jovem sentado ao seu lado. Realmente não havia clima pra conversas. Ambos não tinham nada em comum.
(Peste pensativa) Será uma longa noite.
(Guerra)...
Muito mais longa ficaria, com a mulher falando em sua orelha sem parar. Mas ela levantou-se e passou a mão pelos cabelos. Depois alisou a roupa verde que usava.
(Peste) É... estou sobrando aqui. Só quero ver, qual é o seu poder... Guerra.
Deu as costas e afastou-se, sem notar o ex-estudante encolhendo-se na cadeira. O momento de usar seu dom era o que Guerra mais temia...
oOo
No outro dia, Yohji e Ken levantaram-se muito cedo, indo logo para a Koneko, começar com as obrigações. Deveriam ter iniciado os arranjos florais no dia anterior, mas a correria e as preocupações não permitiram.
Deixaram Aya e Omi deitados em um outro quarto, mas já acordados. Os padres também estavam de pé, vigilantes e alertas como sempre.
Enquanto Ken montava os arranjos, Yohji ia baldeando as quantidades de flores encomendadas pelos Tsubame.
(Yohji sorrindo) Gente rica é fogo! Ai, ai... que fome...
Estava na terceira viagem, e a hora do almoço se aproximava, quando parou em um sinal fechado, e ouviu seu nome sendo gritado.
Olhou para o outro lado da rua e viu um rapaz parado. O mesmo tinha cabelos castanhos espetados, e olhos verdes estreitos. Era mais alto que o playboy.
Yohji sorriu, contente ao reconhecer aquela pessoa.
Percebeu que o rapaz usava uma farda novinha em folha.
(Yohji) Ei, Teramae!! Virou policial?
Sem esperar resposta, o ex-detetive manobrou a motoca e dirigiu-se até o outro lado da rua, encostando próximo ao jovem policial, para que pudessem conversar.
Continua...
(Não pude salvar Hiroki.)
