Título: Abadon
Ficwriter
: Kaline Bogard
Classificação
: Lemon, sobrenatural, citações bíblicas, fic homenagem a Evil
Pares
: YohjixKen, AyaxOmi
Resumo:
De um lado estão os Weiss, de outro os cavaleiros do Apocalipse. Mas entre eles está aquele que pode aniquilar a humanidade...
AVISO: Esse capítulo contém lemon que pode soar ofensivo a pessoas puritanas. Se você chegou até aqui duvido que possa se ofender, mas em todo caso, fica o alerta.


Abadon
Kaline Bogard

CAPÍTULO VI

Ômega entrou na sala e aproximou-se de onde Alfa estava. A garota permanecia sentada ao chão, olhando compenetrada para um álbum de figurinhas, enquanto fazia anotações em um bloquinho.

(Ômega) O que está fazendo?

(Alfa sorrindo) Veja, falta apenas uma figurinha para completar a coleção! Vou escrever para meus pais adotivos e pedir que eles consigam pra mim.

(Ômega) Oh! Álbum do que?

(Alfa) As figurinhas contam a história de "O pequeno príncipe", "A vendedora de fósforos" e "O gigante adormecido".

(Ômega) E qual que falta pra você?

(Alfa suspirando) Uma do príncipe conversando com o passarinho.

(Ômega) Boa sorte!

(Alfa) Você não coleciona álbuns?

(Ômega) Não. Não vejo graça nisso, desculpa a sinceridade. Na igreja onde eu morava, preferia ocupar meu tempo com as plantas.

(Alfa) Tenho cinco irmãos caçulas! É difícil não gostar dessas coisas quando se está cercada de crianças pequenas.

Ômega balançou a cabeça e suspirou. Acabou sentando-se ao lado da gêmea.

(Ômega) Eu cresci sozinho. Não tenho irmãos.

(Alfa) Você perdeu uma ótima convivência.

(Ômega) Sente falta deles?

A garota parou de escrever e pensou um pouco.

(Alfa) Apesar de ter me tornado "Alfa", a minha consciência de Aqeel permanece intocada, e esta parte sente falta das crianças, e de meus pais.

(Ômega) Aqeel era seu nome?

(Alfa) Sim, e o seu?

(Ômega) Ogden.

(Alfa sorrindo) Combina com você.

O garoto sorriu. Depois deixou o corpo cair sobre o carpete deitando-se de costas, pondo-se a observar o teto forrado. Cruzou as mãos embaixo da cabeça.

(Ômega) Você... você...

Sentiu um pouco de receio de indagar aquilo. Alfa parecia sempre tão segura de si que Ômega não queria que ela pensasse que era um fraco.

(Alfa) Pode perguntar. Somos irmãos, e eu te entendo perfeitamente.

(Ômega surpreso) Oh...

(Alfa) Poderia ser... sobre nosso futuro?

(Ômega) Talvez... você sabe o que nos espera, não é? Não tem medo, Aqeel?

A jovem percebeu que ele se dirigira a ela pelo nome de batismo e não pelo "título" que herdara ao despertar como escolhida.

(Alfa) Claro. Sei que nascemos apenas com um propósito. Eu desconhecia nosso destino até o momento em que Alfa despertou.

(Ômega) Comigo foi assim também. No momento em que me tornei Ômega a Verdade me abriu os olhos e eu entendi que... nós... somos apenas instrumentos nas mãos de Amã e... e... vamos...

A voz falhou antes do garoto completar a frase. Mas Alfa estava acostumada a tratar de crianças e terminou por ele de modo gentil.

(Alfa) E vamos morrer. Amanhã.

(Ômega)...

(Alfa) Está escrito que amanhã Alfa e Ômega retornarão para Abadon, porque este não é o momento, a humanidade não está preparada para nós, não é isso que você sente?

(Ômega) Amã acredita que nós vamos completar a tarefa.

(Alfa suspirando) Ele é um cego que não quer interpretar as escrituras da maneira correta. Nosso caminho é curto, e a caminhada está chegando ao fim.

(Ômega) Mas... eu não queria morrer.

Alfa parou de sorrir. Abandonou tudo o que fazia e deitou-se no chão também, apoiando a cabeça sobre o peito de Ômega.

(Alfa) Todos nascem com um destino, Ogden. Você tem sorte de saber o que vai acontecer, e se preparar para isso. Muitas pessoas morrem todos os dias, e a maioria delas não queria que isso acontecesse, mas foge a nossa capacidade impedir o inevitável.

(Ômega) De que adianta ter esses poderes?

(Alfa) Você foi escolhido e não pode mudar o futuro. Temer o que está por vir vai fazê-lo sofrer muito.

(Ômega) Aqeel... você sabe que nós vamos morrer amanhã ao encontrar Morte, então porque está escrevendo para seus pais? Essa carta não vai chegar a tempo de você receber a resposta com a figurinha e completar seu álbum...

(Alfa) Ogden, eu também não queria morrer amanhã... mas... tudo o que posso fazer é continuar com isso. Sabe, vou mandar esse álbum junto com a carta. Na verdade eu to pedindo que minha mãe encontre a figurinha e complete-o por mim.

(Ômega) Oh...

(Alfa) Pense nas pessoas envolvidas nisso. Aqueles garotos que receberam o nosso toque também selaram o seu destino. Por nossa culpa todos vão morrer.

(Ômega) Existirá perdão pra nós?

(Alfa) Claro. Tudo o que fizemos foi seguir nosso destino. Não nascemos para Abadon e sim para Deus. Ele é o único que pode dar e o único que tira. Não viveremos um dia a mais se essa não for Sua vontade.

(Ômega) E amanhã... naquela catedral...

(Alfa)... temos um encontro com Morte...

Ômega apertou os olhos ao sentir sua camisa se umedecer com as lágrimas quentes da irmã gêmea. Antes que dissessem mais alguma coisa Amã adentrou o recinto, e fixou os olhos nos garotos.

(Amã) Está na hora... o policial nos espera.

oOo

Teramae passou a mão pelo rosto e respirou fundo. Estava trancado em um quarto junto com mais duas pessoas: uma moça de estranhos olhos negros e um garoto com lindos e tristes olhos vermelhos.

Nenhum dos dois falava nada, e Teramae desconfiou de que haviam sido seqüestrados assim como ele, pois levavam ambos os pulsos enfaixados.

A angústia de não ter notícias era pior do que tudo. Precisava saber como seu irmão estava!

(Teramae) Er... vocês...

Tentou puxar conversa com os dois. Foi ignorado pela menina, já o garoto voltou os olhos vermelhos para ele, demonstrando que prestara atenção.

(Teramae) Preciso usar o telefone...

(Guerra) Não pode.

O policial piscou surpreso pelo tom desanimado das palavras. Peste pareceu se interessar pela conversa, olhando para Teramae com um brilho divertido nos olhos negros.

(Peste) Nenhum de nós pode escapar. Quanto mais cedo aceitar seu destino, melhor.

(Teramae) Vocês também foram raptados?

(Peste) Não.

Ela viera por livre e espontânea vontade.

(Guerra) Sim.

(Teramae) Meu nome é Teramae. E o de vocês?

(Peste) Eu sou Peste, e aquele é Guerra. Quem será você na realidade?

(Teramae)...

(Peste) Não faça essa cara surpresa. Logo sua verdadeira consciência também vai despertar, e você receberá outro título. Nós respondemos apenas por esses nomes, e nossos passados não existem mais.

(Guerra) Sinto muito por você.

(Peste) Agora estamos em três. Ainda falta um...

(Teramae surpreso) Os quatro cavaleiros do apocalipse?!

(Guerra) E você é um de nós.

(Teramae) Não pode ser!!

(Peste) He, he, he. Você não tem escolha, Teramae. No fundo nenhum de nós teve, afinal, ninguém pode mudar o destino.

Teramae ia responder, quando ouviu passos no corredor.

oOo

(Yohji) Então eles foram levados para o centro de Tokyo?

(Omi) É possível acompanhar a trajetória da limusine graças as câmeras de segurança.

(Hugo) E o que faremos agora?

(Aya) Vamos até lá.

(Lucas) Aya, você não pode sair daqui!

(Aya)...

(Omi) Padre Lucas está certo, Aya. Temos que protegê-lo de qualquer maneira.

(Aya) Não preciso de proteção.

(Yohji) Vamos logo! O tempo está contra a gente...

(Ken) Yohji tem razão. Precisamos de uma estratégia, e Aya vai ficar aqui na catedral.

(Aya)...

(Yohji) Faremos assim: padre Lucas e eu vamos até o centro de Tokyo, Ken e padre Hugo vão até a Koneko e ficam de guarda por lá. É possível que os inimigos tentem ir atrás de Aya. Omi fica aqui com ele.

(Omi) Ótimo.

(Ken) Perfeito!

Os padres se entreolharam e acabaram concordando, apesar de nenhum deles querer se afastar do assassino ruivo... apenas não tinham opção nesse caso.

(Hugo) Tem café pronto na cozinha, e alguns pães caseiros. Fiquem à vontade.

(Omi) Obrigado.

(Yohji) Já é tarde. Não creio que eles tentem vir atrás de Aya sem despertar Teramae. Pelo menos teremos tempo até amanhã.

(Lucas) Vamos aproveitar cada segundo...

Trocou um olhar significativo com padre Hugo, mas apenas o assassino ruivo captou aquele olhar percebendo que as coisas estavam cada vez mais suspeitas.

Yohji e padre Lucas se afastaram, sendo seguidos por Ken e padre Hugo. Omi e Aya observaram eles irem embora. Depois o espadachim fixou os olhos ametistas em seu jovem amante.

(Aya) Tem alguma coisa me incomodando...

(Omi preocupado) São seus pulsos?

(Aya)... não...

(Omi) Oh, Aya! Não vou deixá-lo sozinho!

O ruivo sorriu e depositou uma mão sobre os macios cabelos loiros. Calou-se não querendo preocupar o arqueiro ainda mais...

Porém a verdade é que não se sentia nem um pouco confortável ao lado daqueles padres. Sentia como se eles tivessem escondendo algo.

(Aya pensando) Talvez seja apenas impressão...

A porta do quarto foi aberta dando passagem a Amã e os gêmeos. Entendendo a intenção dos três, Guerra e Peste ergueram-se e foram embora, deixando Teramae sozinho com seus raptores.

(Amã) Decidiu-se?

A palavra saiu áspera e fria. Pelo visto o nicolaíta estava impaciente com a proximidade da realização de seus sonhos.

O policial observou bem a face daquele homem. Depois analisou os gêmeos sabendo que aqueles garotos tinham algo de sobrenatural que lhe causava uma sensação de impotência muito grande.

Não estava diante de uma fraude nem de coisas sem sentido. Suspirou desanimado enquanto aceitava o que parecia inevitável.

Alfa e Ômega deram um passo a frente sem mesmo esperar que Teramae se expressasse em voz alta. O brilho que iluminava os olhos estreitos estava diminuindo, e esse era o sinal de que a terceira batalha estava ganha.

(Ômega) Chegou o momento para o qual você nasceu.

(Alfa) Vamos trazer Fome até nós...

Teramae ficou em pé, notando sem surpresa alguma que seus pulsos começavam a sangrar.

oOo

Omi terminou de lavar as xícaras em que ele e o amante haviam bebido café. Secou as mãos em um pano e dirigiu-se ao quarto que dividia com Aya.

(Omi) Aya, você não quer...

Calou-se ao ver que o aposento estava vazio. Deu meia volta se perguntando onde o Weiss ruivo poderia estar.

Procurou na sacristia e nos banheiros. Depois foi ao salão paroquial.

(Omi)... será que...

Só então ele percebeu que a portinhola de acesso a catedral estava entreaberta. E o único local que faltava verificar era a própria catedral.

Ainda com alguma dúvida, o chibi avançou e invadiu a igreja.

(Omi) Aya...?

A voz saiu meio baixa, mas mesmo assim causou um leve eco, que foi a única resposta obtida pelo Weiss.

A catedral parecia vazia, no entanto o instinto de Omi lhe alertou para o fato de que não estava sozinho naquele local. Observou bem o interior da igreja. Havia três colunas de bancos de madeira a esquerda e três a direita, separados por um longo corredor, coberto com um tapete vermelho.

Era um local muito bonito. O teto alto fora ilustrado com cenas religiosas da história do cristianismo, assim como as paredes impecavelmente brancas. Por um segundo o jovem hacker apenas observou. Depois se lembrou do motivo que o levara aquele lugar.

(Omi) Aya?

Dessa vez a voz saiu mais forte e confiante.

(Aya) Omi...

Foi um alivio ouvir a resposta da pessoa que tanto amava. Parecia que o líder da Weiss estava atrás do altar, e o jovem hacker caminhou até lá.

(Omi) Aya, o que houve? Porque está aqui?

O espadachim sentara-se atrás do altar, observando atentamente o grande crucifixo afixado na parece.

(Aya) Não sei... apenas segui uma intuição.

(Omi) Uma intuição?

(Aya) Omi... não há mais tempo...

(Omi)...

Assustado, o loirinho viu que Aya apontava para o próprio pé. O espadachim havia tirado o sapato do pé direito.

(Aya) Isso acabou de aparecer.

(Omi) Oh, Aya!

A meia branca estava manchada de sangue no exato local onde surgira o terceiro estigma.

Omi pegou o celular e discou os números do playboy.

Assim que desligou o celular, o jovem hacker colocou os olhos em seu amante e acabou sentindo um apertou no coração: Aya parecia sofrer um bocado.

(Omi) Oh... Aya...

(Aya) Preciso de você, Omi...

O chibi abaixou-se e permitiu que Aya o tomasse num abraço apertado.

(Omi) Sempre estarei ao seu lado, e não permitirei que nada de ruim aconteça.

Ambos se fitaram longamente, trocando juras de amor apaixonadas onde não havia a necessidade de palavras. Por um instante pareceu que suas almas entraram em perfeito entendimento, unindo-se de uma maneira dificilmente alcançada por outros serem humanos, e logo seus corpos sentiram a necessidade de entrar em tão perfeita harmonia...

Aya abaixou a cabeça e capturou os lábios de Omi, tomando-os num beijo longo e profundo. O chibi reagiu com surpresa, mas logo se recuperou correspondendo de modo mais calmo, porém intenso, onde as línguas se tocavam, e se exploravam, trocando muito mais que sensações, sentimentos...

Sem interromper o beijo, Aya levantou-se erguendo Omi, e depositou o loirinho gentilmente sobre o altar.

O chibi esticou a mão e tocou a face do líder da Weiss, com tanto carinho que chegou a comover seu amante. Aya colocou a própria mão sobre a de Omi, apertando de maneira confiante.

(Aya) Omi...

O ruivo sorriu e ia novamente abaixar a cabeça para beijar seu amante, quando o Weiss mais jovem mexeu-se de maneira desconfortável, e franziu as sobrancelhas. Observou algo acima do ombro do espadachim.

(Omi) Ei... Aya... não acha melhor ir para o quarto?

(Aya) Por que? Aqui não está bom?

(Omi) É que...

Omi olhou para cima mais uma vez, observando o enorme crucifixo pregado acima do altar onde estava deitado. Havia vários santos e anjos ao redor, e todos pareciam vigiar os amantes atentamente. Era uma situação bem desconcertante.

(Aya) Ignore.

(Omi)...

Ainda desconfortável, Omi balançou a cabeça disposto a tentar ignorar a sensação de ser observado por estátuas de barro.

(Aya) Relaxa.

(Omi sorrindo) Vamos queimar no inferno por isso...(1)

O ruivo não respondeu. Tratou de desabotoar as camisas do loirinho, aproveitando que o amante estava mais a vontade.

Aya segurou um suspiro ao ver o corpo esbelto, quase adolescente. Passeou a mão pelo tórax firme, de pele macia.

(Omi) Ohhh... Aya...

As mãos experientes cobriram os mamilos, apertando os botõezinhos sem qualquer aviso, pegando Omi de surpresa com o prazer que lhe assolou. Sorrindo, Aya abaixou a cabeça, e afastou uma das mãos, começando a deslizar a pontinha da língua pelo mamilo.

Omi mordeu os lábios e apertou a toalha branca do altar com força. Aquele era um dos seus pontos sensíveis, e Aya sabia muito bem disso.

Enquanto a língua brincava com o botão enrugadinho, as mãos se uniram no esforço de desabotoar e tirar a calça do Weiss mais jovem assim como a cueca apertada. Livre da prisão, o pênis despontou ereto, provando que as brincadeiras de Aya haviam dado resultado.

Sem perder mais tempo o líder da Weiss abocanhou o membro do loirinho, e tratou de sugá-lo com força, parecendo desesperado para proporcionar-lhe prazer.

Omi começou a gemer, baixinho no princípio, enquanto levava as mãos a cabeça de Aya, entrelaçando os dedos nos cabelos ruivos e macios. Mais uma vez a língua experiente entrou em ação, e Aya se pôs a deslizá-la por toda a extensão de pele, fazendo o chibi gemer mais alto.

(Omi) Ahhnnn... Aya... A...ya... Não... agüento...

Aya ignorou o desabafo, continuando a trabalhar com a língua, para cima e para baixo, vez ou outra passando a pontinha pela glande inchada e vermelha, por onde gotejava o liquido que abria passagem para o gozo.

Apesar de querer agüentar um pouco mais, Omi não resistiu, e gozou fundo na garganta de Aya, num jato abundante de sêmen. Aya sorveu toda a semente do amante, e ainda lambeu o pênis do mais jovem, disposto a recolher cada gota resultante do prazer de Omi.

(Omi) Oh... Aya...

O loirinho relaxou, preparando-se para continuar com o ato de amor, quando seu celular tocou.

(Aya) Não atenda.

(Omi) Mas... pode ser importante...

Rolando para o lado, Omi desceu do altar e remexeu na calça que estava jogada no chão até encontrar o aparelho.

(Omi) Pronto. Oh, padre Lucas... não! Entendo... na geladeira? Oh, confie em mim.

Desligou o telefone e voltou os grandes olhos azuis para o amante.

(Aya) Omi...

O ruivo não gostou nada da expressão preocupada que se apossou das belas feições do Weiss arqueiro.

(Omi) Oh... Aya... eles estão vindo para cá... padre Lucas acabou de avisar e disse que...

Aya estendeu a mão e colocou o dedo indicador sobre os lábios de Omi, silenciando-o de maneira carinhosa.

(Aya) Shhhhiiii. Não diga nada. Isso não importa agora. Vamos fazer amor, Omi. Permita que eu o possua mais essa vez sem me preocupar com o que possa acontecer.

(Omi) Aya... eles podem chegar a qualquer momento...

O ruivo tirou a camisa, e em seguida as últimas peças de roupa, ficando igualmente nu, sendo vigiado por seu amante.

(Aya) Quero correr esse risco, mas não se afaste de mim, Omi... não agora...

O loirinho deixou o celular cair no chão, e estendendo as mãos tocou em ambas as faces de Aya, fitando-o com lágrimas a brilhar nos cantos dos olhos azuis.

(Omi) Eu jamais faria isso...

Dessa vez quem tomou a iniciativa do beijo foi Omi, que depositou os lábios macios sobre os de Aya, abrindo passagem com a pontinha da língua quente. O líder da Weiss entreabriu a boca, retribuindo o beijo de forma ardorosa.

Aproximando-se novamente do altar, Aya deitou-se sobre ele, puxando Omi junto de si. O arqueiro entendeu as intenções do amante, e sorriu.

Quando se arrumou numa posição mais confortável, o espadachim estendeu as mãos e segurou a cintura de Omi, ajudando-o a se equilibrar. Sem pensar duas vezes o loirinho foi baixando o corpo, encaixando-se perfeitamente no membro de Aya, que o esperava ereto e túrgido, receptivo aos prazeres que sabia iria encontrar naquele corpo apertado.

O grande pênis encontrou muita resistência, já que não havia lubrificante, nem nada que pudesse ajudar na penetração. Com muito cuidado, Aya ajudou Omi a desceu um pouco mais, fazendo a glande inchada entrar devagar. O loirinho fechou os olhos com força, tentando não gemer pela dor, mas foi inútil. Um lamento escapou-lhe dos lábios.

(Omi) Ahn...

(Aya) Omi... desculpe...

Apesar da dor, o hacker sorriu. Sabia que logo aquela sensação seria substituída por outra melhor, tão logo Aya o penetrasse por completo.

Com paciência o loirinho foi abaixando-o corpo, sendo auxiliado pelo amante, até que finalmente seu corpo apertado engoliu o membro de Aya por completo. Pararam um segundo para se admirar. Ambos suavam e ofegavam pelo esforço. As mãos do espadachim começaram a apertar a cintura do amante, num sinal que Omi entendeu muito bem. Em resposta o chibi ergueu e desceu o quadril iniciando um movimento de vai e vem.

Aya o auxiliava na medida do possível, já que prazer de sentir seu membro deslizando para dentro e para fora daquele corpo tão acolhedor era de enlouquecer qualquer um.

Os gemidos foram aumentando, aumentando, seguindo o ritmo imposto pelo loirinho, que dominava completamente a situação, apenas balançando os quadris naquela dança do amor.

O ruivo perdeu-se no momento em que seu membro estocou mais fundo, sendo engolido pelo canal apertado e quente, acariciado pelas paredes macias que se moviam de forma involuntária. Sem agüentar mais Aya gozou, inundando o loirinho com seu fluído abundante.

Ao sentir-se preenchido, Omi se rendeu, atingindo o êxtase do orgasmo poucos segundos após o amante ruivo. Exausto, o chibi desabou sobre o tórax de Aya, respirando fundo, sentindo o próprio sêmen grudar no corpo de ambos.

Pouco a pouco foram se acalmando, satisfeitos e saciados. Aqueles segundos após o orgasmo sempre davam a Omi uma profunda e verdadeira sensação de aconchego, daquele jeito que só é possível quando se está com alguém muito amado.

Aya respirou fundo e passou a mão pelos cabelos do amante, num cafuné preocupado.

(Aya) Você está bem?

Omi balançou a cabeça concordando enquanto deslizava a mão pela lateral do corpo do espadachim.

(Omi) Melhor impossível...

(Aya sorrindo) Ei... pare com isso...

(Omi)...

O loirinho sorriu maldoso, enquanto sua mão descia cada vez mais baixo, passando pelas coxas do ruivo. Se continuasse assim Aya iria ter uma nova ereção...

(Aya) Omi...

(Omi suspirando) Você está certo. Precisamos dar um jeito nessa bagunça... acho que sujamos a toalha do altar... oh, Aya...

O momento de descontração se foi. Imediatamente Omi levantou-se, com cuidado, sentindo enquanto o pênis de Aya deslizava pra fora de seu corpo. Haviam coisas a serem feitas, precauções a serem tomadas...

Precisavam correr e ajeitar tudo, antes que os inimigos, ou mesmo os padres chegassem com os outros Weiss.

oOo

(Yohji) Este é o endereço que Omi nos forneceu.

(Lucas) Estranho... parece que está vazio.

O ex-detetive teve que concordar com o padre. A grande mansão estava toda escura, e um silêncio profundo tomava conta do lugar.

(Yohji) Vamos saltar esse muro...

(Lucas) Certo.

Deram a volta na propriedade e sem problema algum escalaram o grande muro que circulava o terreno.

A mansão era mesmo esplendorosa, grande e bem cuidada, ao estilo oriental. A parte de trás era enfeitada por um belo e florido jardim.

Yohji fez um sinal para padre Lucas e ambos avançaram em silêncio, alcançando a porta sem maiores dificuldades.

(Yohji) Está trancada...

Evidenciou o que já suspeitavam.

(Lucas)...

(Yohji) Espere, tenho uma arma que pode abrir sem problemas...

Começou a vasculhar os bolsos, mas padre Lucas virou os olhos, em sinal óbvio de impaciência e erguendo o pé acertou um chute violento contra a porta.

(Yohji) !!

(Lucas) Assim é mais rápido.

(Yohji suspirando) Oh, claro... tínhamos essa opção: agir como assaltantes de quinta categoria e fazer o maior escândalo... por que não incrementou e começou a gritar "Estamos aqui!! Fujam enquanto podem!!"

Padre Lucas não se preocupou em responder a provocação irônica. Entrou na casa, percebendo que a porta arrombada levava a área de serviço. Permanecia tudo às escuras. Acabaram relaxando, e com menos precauções revistaram todos os outros cômodos, confirmando mais uma suspeita: a casa estava vazia.

Voltaram para a sala principal.

(Yohji) Acho que eles já foram.

(Lucas) Atrás do Aya?! Sem despertar o terceiro cavaleiro?

(Yohji) Melhor ligar para Siberian e deixá-los de sobreaviso na Koneko.

(Lucas) Espere, é melhor...

O celular do playboy tocou, cortando a frase do jovem padre. Yohji atendeu, reconhecendo o número de Omi.

(Yohji) Bombay, os pombos levantaram vôo. É, a casa está vazia... vou ligar para Siberian e... O QUE?! TEM CERTEZA?! Er... sei, é claro que você tem certeza, não é? Desculpa... não se preocupe, tudo vai ficar bem! Vou atrás de Siberian.

Desligou o telefone e encarou padre Lucas, notando o quanto o sacerdote estava curioso pra saber o porque de sua exaltação.

(Yohji suspirando) Apareceu o terceiro estigma.

(Lucas) !!

(Yohji) Nosso tempo está se esgotando! Merda!

(Lucas) Eles têm pressa... realmente o dia esperado se aproxima.

(Yohji) Vou ligar pro Ken agora mesmo!

(Lucas) Espere! A Koneko não é o cenário.

(Yohji confuso) O que? Como assim?

(Lucas) Sabíamos que as coisas aconteceriam dessa maneira desde o começo. Por que acham que insistimos para que fossem àquela catedral.

(Yohji surpreso) Então o alvo desde o começo era a catedral e não a Koneko?!

(Lucas) Precisávamos chegar até Amã. Ele é a verdadeira ameaça.

(Yohji) Mas se eles alcançarem Aya...

(Lucas) Ligue para Ken e peça que ele e padre Hugo se dirijam a igreja. Temos tudo sobre controle! Só não podíamos prever que eles agiriam tão depressa.

(Yohji) Não gosto nada disso!

(Lucas) É para o bem de seu amigo.

O ex-detetive suspirou, sentindo que não tinha muitas opções no momento. Não podia se dar ao luxo de perder tempo. Ainda desconhecia se os gêmeos estavam mesmo indo ao encontro do Weiss ruivo, e era melhor se precaver.

Pegou o telefone e discou para o amante.

(Yohji) Siberian? Ouça com atenção: temos mudanças nos planos!!

Enquanto Yohji explicava tudo ao jogador em poucas palavras, padre Lucas também pegou o celular e discou alguns números.

(Lucas) Omi? Tenha cuidado, os gêmeos estão indo até vocês... nós preparamos um... chá com água santificada para proteger Aya. Faça com que ele beba, antes dos inimigos chegarem aí. Confie em mim, é para o bem de todos nós...

Desligou o celular e suspirou. Aquele plano tinha que dar certo!

oOo

A limusine preta estacionou em frente à catedral. Todos os passageiros desceram, e observaram a imponente construção.

(Ômega) Ainda não está na hora.

(Alfa) É preciso soar as badaladas de um novo dia.

(Amã) Mas...

(Alfa) Enquanto isso não acontece...

(Ômega) Peste...

A garota deu um passo à frente e inclinou a cabeça.

(Alfa) Dirija-se ao extremo norte de Tokyo, onde a cidade termina, e os primeiros campos florescem. Ali será o local onde realmente seu poder despertará. Os campos do Começo... ou... do Fim.

(Ômega) Fome...

Teramae avançou um passo. Seus olhos estreitos haviam adquirido um tom de azul ainda mais claro que os olhos de Alfa. À distância ele parecia desprovido de visão. Tornara-se uma figura depressiva e desanimada, mas não tanto quanto Guerra. Ambos sofriam visivelmente com os acontecimentos que se aproximavam.

(Alfa) Dirija-se ao extremo sul de Tokyo, onde a Terra é mais fértil e forte. Ali será o local onde o fim chegará com o despertar de seu poder. A terra, local onde tudo se inicia... ou onde tudo se acaba.

(Ômega) Guerra...

(Alfa) Você deve ficar com a gente. É o que tem o poder de separar irmãos, por isso permanecerá com Aqueles que não poderão ser separados jamais. O poder supremo de um coração que se preocupa: é assim que tudo se inicia... ou tudo se finda.

(Ômega) Morte...

(Alfa) Chegou o momento de nos encontrarmos com Ela.

(Ômega) Este é o sinal dos tempos: o Começo e o Fim de tudo, no local onde supostamente o Amor deveria ser mais forte e a Verdade mais correta.

O sino da igreja começou a badalar, anunciando a temida meia-noite. Como se fosse o sinal, Fome e Peste entraram novamente na limusine, que partiu, rumo ao extremo norte cumprir as ordens de Alfa e Ômega.

O soar da décima segunda badalada trouxe consigo um silêncio profundo como nunca ouvido antes, anunciando o momento mais esperado e o mais repudiado: um encontro com a morte, para o Bem ou para o Mal. Se o plano de Amã desse certo ou falhasse.

Qualquer que fosse o desfecho daquela história, a Morte estaria presente...

Continua...


(1) Whuahauhauhhhhauhuauhauuhauh...


¬¬"" Naum se preocupe, chibi. Não serão os únicos! Se bem que ver o Aya queimar no inferno seria um prazer inigualável... e tornaria uma eternidade de danação mais suportável... n.n Seria quase desejável... tipo um... PRÊMIO DE GUERRA

Lemon de oferenda (da fic de presente de aniversário) à Mestra Suprema Evil. Tai, moça... espero que você goste de lê-lo mais do que eu gostei de escrevê-lo...

T.T Mestra Evil, depois deste lemon será que sua INFINITA misericórdia e paciência poderiam perdoar meu terrível deslize em "Dia de los muertos"...

Dessa vez me empenhei em fazer um lemon melhorzinho... sei que ficou estranho, mas o que vale eh a intenção, não é? T.T

O.O"""

EI!! Lemon no altar?! Acho que perdi o juízo e a vaga no purgatório... depois desta serei chutada direto pro quinto dos infernos ó.ò

Fica a dica: nunca bebam chá de cogumelo com Red Bull... ou as conseqüências podem ser extremamente comprometedoras... você pode perder a sua alma.

BHUHAUAHUAHUAHUAHAUAHAUHAUHAUAHAUHAUU

Eu já não tinha muito o que perder mesmo... ¬¬