Capitulo 3 – O Povoado das Montanhas de Devilrein

Lotania estava ficando vazia, num fim de dia agitado, muito comum no local, porém, a agitação provocada pelo crime no beco fez com que Lotania ficasse vazia o mais rápido possivél, todas as lojas haviam fechado muito antes do previsto, as pessoas saíram mais cedo de Lotania, além de ter provocado muita discórdia, o assassinato provocara mais duas coisas que ninguém talvez tivesse notado, o medo, medo que agora todos os dias as pessoas deveriam enfrentar para viveram, e se o assassino estivesse na minha cidade? Fora, que muitas pessoas deixaram de irem para Lotania, isso provocara um grande problema econômico em Shucrufan, e logo depois, mais três assassinatos foram feitos em Lotania, que fez Shucrufan inteira, virar um caos, um caos nunca vivido antes, um caos que parecia não ter fim, definitivamente, era Trevas, a era da perdição.

Romam precisou agir abertamente, decretou estado de alerta para toda Shucrufan, não poderia mais deixar as coisas assim, a segurança em Lotania e nas outras capitais, dobraram, provocando o maior numero de salários, e com isso, muitas famílias tiveram que se escravizarem, para povoados distintos, como o povoado das montanhas de Devilrein.

As montanhas de Devilrein, para alguns, eram amaldiçoadas, diziam escritas antigas, que naquelas montanhas, havia um mundo horrível, um mundo de dor, no qual ninguém se intitulado "gente" gostaria de morar, mas, por incrível que pareça, essas montanhas ficavam cada vez mais ocupadas, mas nunca alguém se atreveu a chegar perto de mais do vulcão que lá havia, dizia uma antiga lenda, que naquele vulcão, fora queimado o corpo de um "homem" que virou um Deus Maligno, Devil, ele foi o único que conseguiu subir no vulcão, e montar, sozinho, o seu palácio, quando morrera em uma guerra, os deuses Sathira e Galok levaram ao seu castelo e jogaram o corpo dele, na lava "verde" e assim dizem que a alma dele ainda esta lá, no fundo do horror do vulcão, porém, nesse dia, havia uma "coisa" andando pelo vulcão, mas parecia um carro de vendas com um monte de coisas cobertas por um pano sujo, logo, podia notar, que o carrinho possuía um carregador, estava com uma capa negra, cobrindo todo o seu rosto, nas costas, tinha uma espada, com quase um metro de comprimento, ele andava pelo vulcão, por uma estrada de terra, que o levaria ao topo, mas, já havia alguém lá em cima e parecia que para a pessoa que carregava o carrinho, não seria novidade.

Quando finalmente chegou ao topo, e viu o alguém que lá havia, deixou o carrinho de lado, abaixou a capa e se curvou, quando pelo menos abaixou a capa, qualquer um que estaria ali, perceberia na hora, que ele não era um Humano, Duende, Orc e nem um Elfo, era muito parecido com um humano, exceto que possuía uma pele muita branca, olho grandes e vermelhos, possuía apenas quatro dedos muito compridos nas mãos, seus dentes eram compridos também, escuros, uma boca larga, e a pele muito enrugada, era uma raça que quase fora extinta, era um Mortífero.

O outro alguém também era um Mortífero, mas, era mais forte e maior do que o homem que acabara de chegar, levantara de um espécie de cadeira e se virou para o outro.

- Bom você demorou, não aturo incompetência, você já deveria saber...

- Perdão meu senhor, eu fiz o que você disse, voltei ao estoque e peguei mais desses itens.

- Pelo menos isso você fez bem, um furto estupendo...

- Obrigado, mestre.

- Bom, espero que o exercito fique pronto rápido vamos ter uma noite de colheita.

- Mas, mas, mestre, as noites de colheita são apenas nas luas cheias, hoje não é lua cheia.

- Não importa, prepare logo o exercito, vamos invadir um vale de Duendes nômades, eles estão ao norte de Lotania, eles possuem alguns guardas, chame Broton também, ele pode ser me útil...

- Sim mestre Klondor...estou indo

Algum tempo depois, havia um bando de Mortíferos correndo em direção a uma vila pequena, com Duendes dormindo, Broton, era um Mortífero enorme, possuía uma armadura de salgueiro, e um machado do tamanho de um pinheiro pequeno...

Alguns Duendes perceberam o movimento, e então um deles atirou, porém, nada acertara, Klondor empunhou uma besta e quatro flechas com uma caveira de rato com um liquido verde dentro, atirou, e acertou quatro guardas de uma vez só, foi uma coisa horrível, os guardas começaram a se contorcerem no chão, um dos dedos das suas mãos caíram, a boca ficava mais larga, os dentes apodreciam, os olhos ficavam cor de sangue vivo, a pele se enrugava, e todos estavam pálidos, tinha se tornado Mortíferos.

Klondor e Broton começaram a atirar uma rajada de flechas nas casas, enquanto os outros Mortíferos destruíam a cidade, em busca de ouro, e outras coisas que poderiam ser úteis.

Para Klondor, fora uma noite ótima, não perdera nenhum soldado, pelo contrario, ganhara um novo exercito, durante o caminho de volta, eles transformaram alguns animais em Mortíferos também, todos depois, se instalavam nas montanhas, Klondor voltara para o topo do vulcão seguido pelo Mortífero do carrinho, durante o caminho os dois conversavam.

- Mestre, por que estamos fazendo isso?

- Por vingança, caro escudeiro, vingança das outras raças, nos baniram, isso, nós Mortíferos não vamos deixar quieto, você libertou Trevas naquele dia em Lotania, aquilo, não deixara nenhum rastro, de que nós estaríamos por trás disso, afinal, uma das habilidades que nós temos, é mudar a nossa forma física, com um exercito forte podemos fazer com que Trevas vire no meu mais sonhado dia.

- E qual é mestre?

- Pense, pense, com um exercito forte, iremos derrubar qualquer uma das raças primeiro, iremos ter um poder maior, depois do poder ficara ainda mais fácil destruir as outras três, e depois que eu me tornar o presidente de Shucrufan, ordenarei que todos busquem o coração perdido!

- E o que é esse coração perdido, mestre?

- O coração perdido, é uma pedra, em forma de coração de cristal negro, dizem as lendas do nosso povoado, que nele a alma de Devil, o meu único senhor, se encontrarmos o coração perdido, e encontrar logo depois o templo, Devil irá recussitar, e assim Trevas estara em seu auge!

- Mas, Devil, como ele morreu? Ele não era um herói?

- Devil? Herói? Não me faça rir, Devil executara esse plano quando havia cinco raças no poder, Humanos, Elfos, Duendes, Orcs e nós Mortíferos, porém, depois que ele descobriu o plano de Devil, fomos banidos, por mal tratar o legado da paz de Shucrufan, e então, depois de uma invasão que tentamos em Lotania, mataram Devil, e os deuses jogaram ele no vulcão...

- E quem é ele?

- Deletriu, o profeta, tenho certeza que se Devil renascer, ele ira matar o profeta, e vai ser uma grande vitória para nós.

- Mestre, e se descobrirem o seu plano?

- Bom ai todos terão o direito de nos banir de Shucrufan, ou seja, vão nos deixar em extinção, vão matar um por um, e acabar conosco.

- Mas mestre, os boatos em Lotania, dizem, que Romam, chamou Deletriu, ele está ativo novamente.

- O QUÊ?