Capitulo 5 – A Surpresa de Deletriu
As montanhas de Devilrein, não possuíam sempre a visão agourenta da morte, sua parte sul, era muito bonita, possuía flores de vários tipos, criaturas graciosas, o sol deixava sempre mostrar que ali não seria um lugar tão ruim para viver, havia poças enormes, parecidas com lagos, que deixavam um cheiro bom de orvalho o dia todo, pássaros de diversas espécies se encontravam, colorindo o céu, e quase sempre, acompanhados de um arco-íris.
Porém, em uma tarde um pouco nublada, tinha uma coisa estranha, havia uma mulher, uma elfa, com arco e flecha empunhados, a procura de algo, estava muito séria, mas sem ela notar, havia uma outra pessoa seguindo-a, um homem, humano, usava uma capa negra, e segurava um cajado, andava lentamente, atrás da elfa.
O humano continuava seguindo a elfa, respirando lentamente, para ela não notar que estava sendo perseguida, e elfa parara de andar, mas não parecera que havia percebido que estava sendo seguida, o humano se escondeu atrás de uma pedra, e a elfa começou a olhar ao seu redor, não vira nada, e então começara a arrumar sua luva, o humano aproveitara o momento, saiu de trás da pedra, levantou seu cajado, e começara a andar um pouco mais, mais então, pisara num galho que havia no chão.
Rapidamente, a elfa se virara e atirou uma flecha, o humano pulou, fazendo com que a flecha passasse por baixo dele, a elfa, rapidamente, começou a atirar várias flechas, o humano correra, desviando de todas, e se escondera atrás da pedra novamente, mas não iria desistir, pulara por cima da pedra, levantou e mirou seu cajado para a elfa:
- BOMBA DE VENTO!
Uma bola de ar forte saiu da esfera do cajado do humano, e acerta em uma velocidade estupenda, o peito da elfa, que caiu para trás, derrubando o seu arco, o humano pousara mirara o seu cajado para o arco agora:
- BOMBA DE VENTO!
Outra bola de ar forte saiu da esfera do cajado, fazendo com que o arco voasse longe, fora do alcance da elfa, que se levantou, e empunhou uma adaga de sua bota, a adaga era muito fina e comprida, extremamente afiada, então, a luta não tinha acabo.
A elfa, ligeiramente, recolhe um escudo de suas costas, e joga a bolsa com resto das flechas no chão, os dois se encarando muito.
O humano, tira a capa, então, faz um movimento com as mãos:
- ATIVAR ESPINHOS!
Em seu cajado, acabara de nascer, vários espinhos, longos e afiados, que provavelmente, poderiam causar mais estragos do que a adaga da elfa.
Cada um corre em direção ao outro, o humano levanta o cajado e da um golpe, a elfa se abaixa, dá um giro rápido, com a adaga e faz um corte na perna esquerda do humano, que recua, depois, o humano da outro golpe, acertando a elfa, os espinhos causaram vários cortes no peito da elfa, que sangrava muito. O humano não da trégua, acerta agora a mão da elfa, que larga a adaga, e percebe, que era a hora de correr. O humano mira o cajado contra a elfa:
- BOMBA DE VENTO!
A elfa vira, tenta se defender com o escudo, mas nada adiantara, ela voa, bate de costas numa rocha, sentia muita dor, mas então, olhara para o lado, e reencontrara seu arco.
Levantara-se, pegara o arco, e iria pegar suas flechas, mas lembrara que tinha deixado a bolsa no chão. Começara a correr, daria meia volta, pegaria as flechas e daria uma surpresa no humano. Ela então, subiu numa pedra, e vira o humano, iria procurá-la onde ela tinha caído, descera da pedra, e recuperou suas flechas, empunhou três de uma vez, tinha uma idéia em mente.
Começara a seguir o humano, as três flechas empunhadas, e então, o achou, num lugar perfeito para seu plano.
- ESPIRITOS DO VENTO! VENHAM PARA MINHAS MÃOS!
O humano se virou, mas a elfa fora mais rápida, atirou as três flechas, enfeitiçadas pelos espíritos do vento que bateram em uma velocidade estrondosa no cajado, que voara da mão do humano, continuando o curso, as flechas se prenderam numa pedra, junto com o cajado, que agora, estava preso.
- Te peguei agora! – falou a elfa
A elfa chegara perto do humano, dera um chute no estomago do humano, que caiu, a elfa empunhou uma flecha, mirou para a testa do humano, pronta para dar o ultimo golpe.
- Ganhei de você! – disse a elfa
Porém, atrás da elfa, um outro homem chegara, pulara, e corta o arco da elfa em dois, com sua espada, chutara a elfa que caiu ao lado do humano, o homem então, mostrou que havia pegado a adaga da elfa, mirou a espada para o humano e a adaga para a elfa.
- Peguei os dois! – disse ele
- Ah, de novo, Grifin, você sempre ganha!
- Não posso fazer nada... – disse Grifin
- Pare de reclamar Lina, nós sabemos que o Grifin é melhor do que nós – disse o humano, retirando as flechas de seu cajado.
- Não sou, vocês são muito ruins – disse Grifin devolvendo a adaga e os restos do arco para Lina
- Olha o que você fez com o meu arco Grifin! – disse Lina, tristonha
- Ah, numa luta de verdade, valeria fazer isso – respondeu Grifin, enquanto guardava sua espada.
- Infelizmente, o Grifin tem razão – disse o humano
- Nossa, obrigado pelo apoio Marik – disse Lina
Houve um silencio, os três estavam prontos para retornarem a Lotania, foi um dia de treino muito cansativo, porém, antes de derem o primeiro passo, ouviram o barulho de palmas, mas quem seria?
Grifin se virou, e lá estava, sentado em uma pedra, Deletriu, o profeta. Sorria para os três, desceu da pedra, ainda sorrindo, parecia estar muito feliz.
- Ótimo! O treinamento acabou, vocês estão prontos! – disse apertando a mão de Grifin
- Por que o senhor sempre chega assim? – disse Marik
- Gosto de dar sustos, precisamos ir ao um lugar, subam! – disse Deletriu
- Subam? Onde? – perguntou Lina
- Em mim! – disse, de repente, duas asas negras saíram das costas de Deletriu, houve um barulho estranho, e então, quando as asas se abriram, não tinha mais Deletriu, e sim, um Grifo.
- Vamos ter que montar em você? – perguntou Lina
O Grifo fez um sim com a cabeça.
- Então Vamos! – Grifin pulou na garupa do Grifo
Marik subiu em silencio.
- Nossa, nunca vou esquecer que montei no meu mestre! – disse Lina, pulando por último, que logo depois, o Grifo começou a voar, batendo as asas lentamente, subindo cada vez mais e mais, e então, todos viram, uma torre, muito fina e muito alta, que mais parecia um pilar enorme, era tão alta, que alcançava as nuvens.
O Grifo começou a descer, descer e pousou.
Todos desceram, e as asas cobriram o Grifo, que logo, era Deletriu novamente.
Mas, havia duas pessoas na porta da torre, as duas pessoas brilhavam, usavam mantos brancos, de tecido leve, possuíam jóias de ouro puro, asas muito brancas, cada um segurava um cajado de prata. Eram os deuses Sathira e Galok.
- Surpresa! – disse Deletriu
