O Caminho que eu Escolhi
Anastácia Tamman saiu da janela e olhou-se no espelho. Encarou seus olhos azuis, seus cabelos negros, suas feições. Finalmente, um sorriso percorreu seu rosto.
Então, a Lupin acha que pode conquistar ele...
Tocou-se de costas na cama.
Ela não imagina como está enganada!
Riu alto. Tinha Voldemort a seu lado, tinha o Partido das Trevas inteiro ao seu lado. Não iria perder. Não naquele jogo.
Samara entrou no quarto silenciosa. Havia ficado conversando com o irmão por horas, até achar que as amigas já estariam dormindo, para não Ter que ficar dando explicações.
Assim que havia vestido a camisola (a mesma que usava quando beijara Sirius) tocou-se na cama e foi surpreendida pela voz de Lily:
O que você e Sirius tanto conversaram?
Ué... muitas coisas!
Logo Samara estava cercada pelas amigas.
Não nos minta!
Conta aí!
Samara ficou séria.
Primeiro eu pedi desculpas por Ter batido nele ontem. Aí ele desculpou. Logo depois começamos a conversar e a rir como se nada tivesse acontecido...
E?
E o que?
Ele não tentou nada?
Samara fitou o teto.
Não. Só conversamos... agora... eu tô com sono... deixem eu dormir...
Cada uma voltou para sua cama, deixando Samara sozinha com seus pensamentos. A voz dele ecoou em sua mente... "tem tanta coisa mais, tanto pra ver, pra descobrir, pra aprender..."
Virou-se na cama. Pela janela, podia ver a luz brilhando. Um grande globo de prata que parecia lhe sorrir. "Mas há a parte negra da lua", pensou ela, "e não sabemos o que há lá".
Lágrimas enxeram-lhe os olhos. "É como a vida. Ela é linda, é maravilhosa... mas tem Voldemort... tem Voldemort..."
Uma única lágrima escorreu de seu olhar. Revirou-se novamente na cama. Estava agitada demais para dormir. "Somos tão insignificantes... tão insignificantes..."
Ela sentiu uma saudades repentina dos pais. Imaginou os dois sozinhos na chácara, com as galinhas, as vacas... com os cachorros... sentiu saudades deles também. Lembrou-se que quando era pequena tinha um que costumava jogá-la para cima, fazendo-a rir muito.
Pensou em Sirius, e o coração bateu mais rápido. "Meu Deus, eu tenho quinze anos... não posso deixar de aproveitar a vida por causa dele..." Virou-se novamente na cama. "Voldemort não pode destruir a minha vida..."
Levantou-se de um salto e saiu do quarto silenciosamente. Sentou-se no Salão Comunal e ficou olhando para o fogo, enrolada em um cobertor. Em pouco tempo, já estava com frio, mas não se importou.
Lentamente, seus olhos foram fechando-se. O fogo ia se consumindo. Então, ela adormeceu profundamente.
Sirius observou por um tempo Samara dormindo diante da lareira apagada, com cobertor envolto no corpo, a cabeça pendendo para um lado. Aproximou-se dela silencioso. o sol ainda não nascera lá fora, e a neve caía lentamente. Tocou com carinho aquele rosto tão doce, tão perfeito, e sentiu-o gelado. Ela estava congelando!
Saiu correndo e voltou alguns segundos depois com mais um cobertor grosso. Cobriu-a com cuidado, e sentou-se no sofá diante dela, onde ficou observando-a.
Olhou para aqueles cabelos castanho claros caindo para todos os lados da almofada, a boca semi-aberta que sorria levemente, fazendo-a parecer um anjo. Sentiu uma vontade incontrolável de aproximar-se mais dela. De tocá-la, beijá-la, abraçá-la, mantê-la perto de si para sempre.
Afastou aquele pensamento da cabeça. Não podia se apaixonar, não podia gostar de verdade de uma garota. Era Sirius Black. Era o maior conquistador da história de Hogwarts.
Ele encarou-a uma última vez antes de seguir escada acima. Quando estava fechando a porta do dormitório, voltou correndo para a frente da lareira. "Droga", pensou, "vou acabar me viciando nela". Riu e ficou observando-a.
Quando o dia havia nascido completamente, ele ainda olhando para Samara, completamente perdido em pensamento, ela finalmente acordou.
Ai... nossa... quer torcicolo!
Abriu os olhos e...
Sirius?
Bom dia, Samara!- disse ele, dando um beijo na bochecha dela- Congelando?
Um pouco.
Eu botei mais um cobertor. Você ia literalmente congelar aí!
Obrigado! Eu estava com insônia, vim pra cá e peguei no sono...
Dormiu bem?
Aham! Mas me deu um torcicolo!
Quer massagem?
Ela olhou-o e ele disse:
Vira de costas.
E logo ele massageava levemente as costas na amiga, e o pescoço. Alguns minutos depois e disse:
Nossa! Obrigado! Estava muito bom!
Agora suba lá e troque de roupa!
Ah?
Está nevando! Temos que fazer uma guerra de neve!
E anjo na neve!
E anjo!
Os dois riram e Samara subiu correndo escada acima. Logo gritou:
Meninas! Está nevando!
Meia hora depois, Sirius, Tiago, Remo e as loucas estavam no pátio. Samara estava tão encasacada que mal conseguia se mexer.
Pra que tanta roupa?- disse Sirius, ao lado dela, rindo.
Credo, amo neve mas sou muito friorenta!
Quantas blusas?
Ela começou a mostrar.
Uma Segunda pele, uma básica de lã, mais uma básica de lã, um blusão do meu irmão, a jaqueta do meu pai e esse casacão que também é do meu pai! E uma meia calça, mais uma corsário com uma meia levantada e essa calça de lã- riu- Duas luvas, a touca e o cachecol.
Nossa! Eu só estou com um blusão e esse casacão! Você deve ser maluca!
É claro que sou!- ela riu- Ainda tinha alguma dúvida sobre isso?
Os dois caíram na risada. Logo estavam os nove fazendo uma violenta Guerra de bolas de neve.f oi quando Hagrid se aproximou.
Nossa! Que Guerra divertida! Posso me juntar a vocês?
Ele ficou do lado dos marotos, que estavam sendo truicidados pelas malucas. Mas quando Dorcas foi derrubada com uma bola do tamanho de uma mesa, todos se uniram contra Hagrid e passaram o resto da manhã ali se divertindo.
Matt Tamman olhou-se no espelho, observando lentamente seu estado deplorável. Os cabelos despenteados, as olheiras profundas, os arranhões pelo rosto, a palidez que denunciava sua doença.
Ele tocou-se na cama, respirando longamente.
Preciso ver a Lily- sussurrou.
Pegou um pergaminho e sentou-se, para logo depois começar a escrever.
Lily
Como você está, meu amor?
Estou com saudades, e me cuidando muito.
Hoje trabalhei o dia inteiro.
Vou começar a fazer um curso semana que vem. Ainda vou escolher qual.
Quando souber a data da próxima visita a Hogsmeade, me avise, para nos vermos.
Te amo.
Com amor,
Matt
Ele enviou a carta.
Logo depois, foi tomar banho.
Quando olhou-o no espelho e viu aquela Marca Negra em sua pela, sentiu-se totalmente sujo. A visão de Lily surgiu-lhe, e perguntou-se como conseguia fazer aquilo com ela.
Precisa dela para viver, não de Voldemort. Porque não abandonava Voldemort, as Trevas, as mortes e as torturas? Seria tão mais fácil viver ao lado dela, acordar todo dia de manhã com aquela ruiva ao seu lado... só precisava deixar Voldemort.
Odiava o momento em que entrara para o partido das trevas. Odiava estar do lado de Voldemort, Ter que torturar inocentes, assassinar pessoas que não haviam feito nada para ele. Tinha pesadelos à noite com os rostos mortos de quem matava. Mas não podia fazer nada.
Entrou debaixo da água fervente e deixou que ela lavasse seu corpo.
Queria tanto tê-la para sempre, tão linda, tão sincera, aqueles olhos verdes lindos brilhando, aquelas mãos a acalmarem-no, aquele sorriso tão natural, tão perfeito.
"Preciso fazer alguma coisa".
Foi quando lembrou-se. O medalhão. Era só tê-lo nas mãos, era só descobrir como manuseá-lo, para ver o futuro e descobrir o que fazer. Queria ficar com ela, mas precisava Ter certeza...
De pijama preto, ele segurou o medalhão. Olhou com atenção para a pedra azul, brilhando estranhamente. Ela cintilou, e logo depois foi como se o quarto tivesse explodido.
Dorcas Meadowes sentou-se ao lado de Remo.
O que você está pensando?- perguntou.
Em como Voldemort está ganhando poder.
Ela olhou e respondeu, um toque de mágoa e rancor na voz...
E daí? Remo, temos quinze anos! Não vamos desperdiçar nossa vida por causa dele!
Ele abraçou-a.
Desculpe... não vamos brigar...
Ela afastou-se dele.
Remo, você não pode desperdiçar sua felicidade por causa da Guerra...
Remo olhou para as estrelas lá fora.
Eu já decidi lutar há muito tempo, Dorcas.
Uma lágrima escorreu pelo rosto dela.
Por favor- ela sussurrou- Não vamos deixar de ser felizes... eu não quero ficar com medo... eu não quero virar paranóica... não quero achar que posso ser assassinada a qualquer momento... preciso que você me ajude... meus pais estão sendo ameaçados... eu não sei se eles vão sobreviver por mais muito tempo... mas eu não quero deixar de ser feliz por causa disso...
Ela limpou outra lágrima.
Mas eu preciso que você me ajude!
Ele abraçou-a e deixou que a namorada chorasse em seu ombro. Então, ele sussurrou:
Eu vou te ajudar.
Naquele momento o salão comunal, até aquele momento deserto, foi invadido pelo resto das loucas. Lily vinha na frente, discutindo com Tiago, para variar um pouco, e logo depois vinham Marlene, Alice e Amélia, rindo de alguma coisa, e por último Samara e Sirius abraçados, rindo de alguma coisa também.
O que está rolando entre a Samara e o Sirius?- perguntou Remo.
Eu não sei...
Ela limpou as lágrimas apressada e, pouco depois, juntaram-se ao grupo, e ficaram rindo e conversando até altas horas da madrugada.
Matt Tamman olhou para o quarto assustado. Não era mais seu quarto. Era uma outra casa. Uma cama de casal, roupas de bebê sobre a cama. Um carrinho no chão.
Uma voz soou do andar de baixo...
Muitas coisas que não eram para acontecer, aconteceram...
Quem está aí?- bradou ele, mas não obteve resposta.
Saiu do quarto. Estava num corredor longo. Logo depois eram as escadas. Desceu as escadas apressado, ouvindo vozes animadas e risadas e choros de crianças.
Deparou-se com uma família sentada numa mesa. Reconheceu Lily, envelhecida, ao lado dele próprio, mais velho, e duas crianças. Um garotinho de quatro ou cinco anos e uma menina de um ano, numa cadeira alta, toda suja de papinha.
Ele não entendeu. Foi quando ouviu a conversa. A voz de Lily era fria, cortante.
Você precisa fazer alguma coisa, Matt.
Estou fazendo tudo o que posso.
Mas não é o suficiente.
Não posso fazer nada!
Quero sair daqui! Odeio essa casa! Odeio essa prisão!
Ele soube que alguma coisa não estava bem. Naquele momento a campainha tocou. Ele viu a si mesmo, mais velho, ir abrir a porta. Viu Remo Lupin entrar.
Lily, você precisa se esconder- ele disse- Já pegaram o Frank e a Alice... e agora pegaram...
Quem?- perguntou a ruiva da mesa.- Quem desta vez?
O Tiago.
Matt viu lágrimas rolando pela face da mulher que amava.
Isso quer dizer...- ouviu seu "outro eu" dizer- Que todas as esperanças acabaram?
Remo fez um leve aceno afirmativo com a cabeça.
"Que esperanças?", pensou Matt.
Nunca tivemos muitas esperanças- disse o Matt mais velho.
Mas a única que tínhamos morreu. Tiago morreu- disse Remo- Não deixou herdeiros. Era o último Potter.
Lily levantou-se da mesa e segurou a filha, que chorava.
Está tudo bem, Melanie, vai ficar tudo bem...
Virou-se para Remo.
Então, quer dizer que não importa o que façamos... todas as esperanças já acabaram... vamos todos morrer...
Sim. Trago-lhes o conselho de Dumbledore. Se esconder e esperar que o fim chegue mais tarde. Mas não há esperanças.
Lily sentou-se e Matt pode ver lágrimas rolando pela face dela, e ele próprio mais envelhecido consolando-a. Remo segurou o filho dos dois e disse:
Não sei o que vocês vão fazer, mas façam logo. Dumbledore não sabe quanto tempo ainda temos. Talvez minutos, horas...
Ele abraçou Lily e apertou as mãos de Matt, logo depois, saiu da sala.
O Matt "pai" olhou em volta e finalmente disse:
Vamos logo. Você ouviu, Lily... não temos muito tempo...
Ele viu a si próprio subir as escadas, mas não foi atrás. Aproximou-se de Lily. Ela estava chorando. Cobriu os olhos com as mãos e soluçou baixinho. A criança em seu colo fez alguns sons como quem diz "o que houve, mamãe?". Lily sussurrou, então:
Alguma coisa está errada... não podia ser assim... Voldemort não podia Ter vencido... o Tiago não podia Ter falhado...
A porta escancarou-se com o vento. Matt teve que fechar os olhos. Sons confundiram-se. Ele sentiu-se rodopiando, sendo levando para longe. Mas não podia ir...
"Preciso ficar", pensou, "não posso abandoná-los..."
Abriu os olhos, e estava de volta ao seu quarto.
Olhou à sua volta, tremendo, suando, e respirou devagar, até que tivesse calmo novamente. Olhou para o medalhão em sua mão e entendeu porque a mãe não gostava de olhá-lo. Era terrível.
O que isso quis dizer?
"Alguma coisa está errada..."
Lily não parecia feliz ao meu lado...
"Quero sair daqui..."
De que lado eu estava?
"Estou fazendo tudo o que posso..."
Porque o Potter era tão importante?
"Tiago não podia Ter falhado..."
Por que?
"Era o último Potter..."
Eu não posso fazer nada...
"Muitas coisas que não eram para acontecer, aconteceram..."
Matt olhou-se no espelho.
Segurou o medalhão na mão e fê-lo girar.
Isso é ridículo... esse negócio é tão insignificante...
As palavras de Dumbledore voltaram-lhe à mente.
"As escolhas estão em suas mãos. Você deve decidir o que é melhor."
Encarou-se no espelho.
O que é melhor, hein, Matt? Voldemort vencer... ou perder?
Desviou o olhar. Estava no partido das trevas. Lutava para que Voldemort tomasse o poder. Era lógico. Essa devia ser sua opinião. E ponto. O que havia para pensar, para considerar?
Lily. Disse a vozinha em sua cabeça. Tinha Lily, mexendo com ele daquela forma, fazendo com que chegasse a questionar o que seria melhor. A marca negra cintilou no espelho.
O que seria melhor? Para mim ou para o mundo?
Analisou-se, como se pudesse, assim, encontrar uma solução para seus problemas, mas não via nada além de um homem pálido e cansado, com profundas olheiras e uma cobra saindo da boca de uma caveira tatuada no braço esquerdo. Sentiu nojo.
Meu Deus...- murmurou- Estou tendo nojo de Voldemort...
Tocou-se na cama.
Se eu fosse escolher o melhor para mim... escolheria abandonar agora o partido das trevas e me casar com Lily, chegando por fim aquele destino. Ao nosso destino...
Ele lançou o medalhão longe.
Então porque me sinto tão estranho? Porque sitno que não é isso que eu devo fazer?
Levou as mãos aos cabelos, desesperados.
Não posso fazer isso. Não posso ser tão egoísta a esse ponto. Eu quero a Lily mais do que tudo, só que não posso pensar assim...
Olhou para a foto da namorada na mesinha ao lado da cama.
É você a culpada disso tudo, não é? Se eu não tivesse te conhecido, não estaria com nenhuma dúvida agora. Mas se não tivesse te conhecido, não haveria dúvida para Ter...
Desviou o olhar, sentindo o suor brotando da testa.
Maldição! Isso é uma maldição! Só pode ser uma maldição eu amar tanto assim a Lily...
Ele olhou para o teto.
Se eu escolher mudar o destino... se eu escolher interferir... o que eu preciso fazer?
"Ele não deixou herdeiros."
Não posso arranjar uma mulher para o Potter... isso não é da minha conta...
Revirou-se na cama, limpando o suor da testa com as costas da mão, o desespero fazendo o coração bater mais rápido e mais forte.
Eu e a Lily... é isso que está errado... é isso que não era para acontecer e aconteceu...
Olhou para a foto da única mulher que já amara em toda a vida e sentiu um aperto no peito, uma dor que nunca sentira antes.
Não posso abrir mão dela... O que isso vai mudar? O que isso vai mudar o fato do maldito Potter...
Naquele momento a "ficha" pareceu cair.
Só se for pros dois ficarem juntos...
Tocou com raiva o porta retrato da namorada contra a parede. Viu o vidro quebrar-se em mil pedaços.
Se disso depender a paz... se isso depender a derrota de Voldemort...
Sentiu o lábio tremer quando pronunciou as palavras seguintes.
Eu vou abrir mão da minha felicidade...
Lily acordou sentindo-se angustiada. Não sabia explicar, mas alguma coisa estava errada. Olhou para o horizonte e disse:
O que você tem, Matt?
E aí, o que acharam?
Sarah, vlw pelo comentário, e falta pouco agora pru Tiagu e pra Lily ficarem juntos. Se prepare, vai ser mto show, hehehe!
Bom eras isso, estou tendu prova há semanas, e tenho prova agora até o final de agosto, sem um dia di prova, mas prometo q sempre ki pude vou atualizar... a fic tá quase completa, então dah pra i atualizando!
Eras isso, deixem review, hein?
Bjos!
Ah, e vc q le e n deixo review ainda (eu tb fazia isso) eh soh clicar aí em baixo nu butaum GO du ladu di submit review, hehehehe! Eu ia fikar SUPER HAPPY!
