NOSSOS OUTROS PERSONAGENS
No Largo Grimmaldi número doze, Sirius Black sentou-se diante do pai na mesa de jantar, porém, naquela hora, tomando o café da manhã.
- Hoje o senhor vai me levar até a estação, pai?- perguntou.
- Ah, filho, me desculpe mas eu tenho compromisso...
- Droga!- explodiu o garoto- O senhor prometeu!
- Sirius, me escute... eu sei que eu tinha prometido, mas...
- Ah, é sempre assim! No meu primeiro ano você também disse que ia me levar e não me levou! Seus compromissos são sempre mais importantes que eu!
- Mas aconteceu um imprevisto!
- Ótimo! Imprevistos são mais importantes do que eu???- o garoto de doze anos já estavam de pé diante do pai, furioso.
Nesse momento, uma bruxa jovem e bonita entrou na sala.
- Filho, pôr favor, não brigue assim com seu pai.
- E você, Karina, não se meta!
- Não fale assim comigo!- gritou a mulher para o marido, jogando a bolsa no chão e sacando a varinha, a raiva destorcendo suas feições bonitas.
- Falo com você do jeito que eu quiser!- retrucou o homem, sacando sua varinha também.
- Você não tem esse direito!!!
Sirius olhava para os dois. Era sempre assim. Passara a vida inteira ouvindo as brigas dos pais. Tinha certeza de que se os dois pudessem se separar, já o teriam feito há muito tempo. Mas como isso não era permitido, eles continuavam brigando.
Furioso agora com os dois, pelo egoísmo deles, ergueu a voz e gritou:
- Ótimo, eu vou indo, e não me esperem para o Natal!
O garoto subiu as escadas rapidamente, enquanto os pais agora viravam-se um para o outro e continuavam a discutir:
- Viu, a culpa é sua, Karina!
- Minha? Ora, Theodoro, foi você que disse que não iria!
- Foi você que se intrometeu!
Sirius pegou o malão, seu dinheiro, olhou-se uma última vez no espelho para constatar se o cabelo continuava perfeitamente penteado e se suas vestes estavam alinhadas, em seguida saiu porta a fora.
Elizabeth MacKenzie estava eufórica, muito mais do que costumava ser. Naquele dia, iria para uma escola de Bruxaria!
Há um mês e meio atrás, quando descobrira que era bruxa, ela quase não acreditara, mas agora estava tão confiante com a ideia, e tão animada, que mal conseguia se lembrar de como era pacata sua vida antes daquilo.
Seus pais, Hilarion e Nara, também estavam eufóricos, e todos tinham acordado mais cedo naquele primeiro de setembro para levá-la até King Cross, onde ela tomaria um trem para a tal escola.
A garota vestia uma saia preta até os joelhos e uma blusa azul clara, além de sandálias azuis. Os cabelos estavam ao natural: loiros e encaracolados até a cintura, e os olhos verdes água.
Ela sentou-se no banco de trás do carro dos pais e logo perguntou:
- Será que vai ser legal?
- Se acalme, filha, vai dar tudo certo...
- E será que eu vou acompanhar a turma? Eu nem sabia que era bruxa...
- É claro que vai... lembra do que a Sra. Malkins disse?- perguntou o pai.
- Que muitos começam como eu, do zero...
- Nós confiamos em você, querida.
- Tenho medo de me sair mal...
- Mas é claro que você não vai se sair mal! Você vai ser tão inteligente quanto era aqui fora!
- Tomara...
O resto da viagem foi feita em silêncio...
Tiago Potter acordou com o chamado da mãe batendo na porta do quarto.
- Tiago, meu filho!!! Acorde!!! Ou vamos nos atrasar!!! Vamos!!! Acorde!!!
- Que??? Mãe... é tu?
- Sim, filho, ande, ou vamos nos atrasar... já são dez horas... o trem parte às onze...
- Certo, mãe, já vou...
O garoto levantou-se e, com um pulo, vestiu as calças jeans e uma camisa verde. Como era de hábito, levou as mãos aos cabelos, despenteando-os. Gostava de fazer isso.
Abriu a mala e rapidamente viu se estava tudo ali... os livros, as vestes, a capa de invisibilidade, o caldeirão, o telescópio, e sua vassoura... Uma Nimbus 1100. Comprada naquele verão, novinha em folha.
Logo depois abriu a porta e foic orrendo em direção à cozinha. Sentou-se e começou a comer tudo o que via pela frente sem parar. A mãe ficou olhando-o espantada, enquanto o pai que descia as escadas também o olhava de um jeito estranho...
- Tiago, meu filho... não coma tanto...
- Que?- ele parou a torrada a meio caminho da boca- Ah, certo, vamos lá, Hogwarts, né?
- Isso mesmo, vamos lá...
Ele sentou no banco de trás do carro dos pais e sorriu.
- Então... é o meu segundo ano em Hogwarts...
- E eu espero- disse James, o pai- Que você se controle e não exploda nenhum banheiro...
- Pai, eu nunca explodi um banheiro!
- Bom, mas você e o tal Sirius Black...
- Vamos achar explodir um banheiro uma grande ideia!
- Tiago! Pôr favor, tenha um pouco de responsabilidade!
- Tem razão... acho melhor explodir primeiro uma sala de aula, ou um dormitório... pai, sua ideia foi genial.
Lílian Evans saiu do chuveiro e vestiu um vestido florido que ganhara da madrinha no aniversário, uma semana atrás. Penteou os longos cabelos ruivos e ficou encarando-se no espelho com seus olhos verdes muito vivos.
- Lílian!!!- sua irmã, Petúnia, berrava pôr trás da porta- Tem uma coruja idiota aqui!!!
Lily, como os amigos a chamava, saiu do quarto e segurou a coruja que Petúnia segurava com as pontas dos dedos.
- Essa coruja não é IDIOTA!
- Pôr favor, Lílian, não venha dizer que ser bruxo não é ser idiota...
- Cala a boca, Petúnia!
- Não calo não, sua anormal! ABERRAÇÃO!
- Sua TROUXA!!!
- ABERRAÇÃO!
- MONGA! Você é só mais uma comum!
- Grande coisa que você é!!! Bruxa...
Nesse momento a Sra. Evans surgiu no fim do corredor e separou as duas irmãs.
- Petúnia, vá para o seu quarto, você não tinha nada que ficar perturbando sua irmã...
- Ah, como sempre, eu sou a culpada...
- Nem mais um pio, Petúnia. Anda!
Ela esperou que a filha mais velha entrasse no quarto para olhar para Lílian.
- Eu sei que ela provocou, mas você não precisava Ter dado ouvidos. Você sabe que sua irmã tem ciúmes. Não provoque-a.
- Certo, mãe. Desde que ela não faço o mesmo comigo...
- Tudo bem, eu falo com a Petúnia durante o ano. Agora, vamos descer, tomar café e ir para King Kross...
- Ah, mãe, eu vou morrer de saudades de ti de novo...
- Tu não é a única, querida...
E, no meio do corredor, mãe e filha se abraçaram.
Frank Longbotton acordou cedo na manhã de primeiro de setembro. Depois de um banho rápido, vestiu-se e alinhou-se perfeitamente. Penteou os cabelos com cuidado e, pôr último, prendeu o distintivo de "MONITOR" nas vestes bruxas. Analisou sua imagem no espelho e sorriu.
Tinha cabelos castanho claros lisos que penteava para trás num jeito que, segundo a irmã caçula, fazia-o parecer um galã de novela. Seus olhos também eram castanho claros e o que mais gostava em si era as feições parecidas com as do pai. Tinha quinze anos completados há três meses, e estava feliz, muito feliz...
Ele saiu do quarto e foi até a cozinha, onde encontrou os pais sentados à mesa, lendo juntos o profeta diário. Antes que ele se sentasse, a Sr. Longbotton falou:
- Frank, vá chamar a sua irmã.
O garoto foi até o quarto em frente ao seu e bateu na porta, entrando logo em seguida.
Marlene Longbotton, de doze anos, estava sentada em sua cama, penteando os longos cabelos castanho claros como os seus, olhando-se no grande espelho do armário. Já vestia as vestes de Hogwarts e quando o irmão abriu a porta olhou para ele surpresa.
- Já estou atrasada?
- Sim, papai e mamãe já estão na mesa do café da manhã.
- Droga. O que eu posso fazer?
- Pentear menos os cabelos?
Os dois se entreolharam e riram. Quem olhasse para um teria certeza absoluta que eram irmão, pois se pareciam muito. Eles se abraçaram e desceram as escadas de mãos dadas, rindo e falando animadamente sobre a volta à Hogwarts.
Andromeda Black, cujo pai era irmão mais novo do pai de Sirius Black, sentou-se à mesa do café da manhã sorridente. No dia anterior, recebera permissão para aparatar. Com dezoito anos quase completo, Andromeda era, assim como Sirius, o filho menos preferido do pai, mesmo sendo primogênito (certo, no caso dela, filha, hehehe). Porém, era impossível negar que ela não fosse bonita.
Tinha cabelos cacheados disciplinados pôr várias poções para cabelos longos e castanho escuros, olhos castanho escuros também e um rosto delicado mas com traços firmes. ((leia-se que estou falando de Juliana Paes, hehehehe, quer dizer, imaginem ela)). Já os traços de sua personalidade fugiam totalmente às regras Blacks. Estava sempre rindo, era extrovertida, divertida, engraçada, não tinha nada contra nascidos trouxas e, o que mais deixava os pais aborrecidos, não tinha nada de fria e impessoal. Assim como o primo Sirius, ela não tinha medo de demonstrar seus sentimentos e, para desgosto geral da família, não fora para a Sonserina, mas sim para a Grifinória. Apesar disso, continuava sendo uma Black, e uma Black maior de idade, bruxa formada e a irmã mais querida das três que o casal tinha.
O Sr. e a Sra. Black logo sentaram-se à mesa com a filha mais velha, e logo depois as duas filhas mais novas entraram na sala. Narcisa, que puxara pela irmã e era igualmente linda com seus quatorze anos e cabelos lisos escorridos até a cintura e os mesmos traços da irmã, e Bellatriz, que, todos diziam, iria superar as irmãs com certeza no quesito beleza, para fazer jus ao apelido de Bela, apesar de Ter apenas onze anos. Mas uma diferença criava um abismo gigantesco entre as duas mais novas e Andrômeda. As duas eram o oposto da primogênita, eram fechadas, frias, impessoais, não demonstravam seus sentimentos, apenas um: que amavam a irmã mais velha mais até do que os pais.
- Bom dia, papai. Mamãe. Mana.
- Bom dia pra todo mundo.
A refeição começou. Ficaram em silêncio.
- Quem vai nos levar até King Cross, papai?- perguntou Bellatriz, curiosa.
- Andrômeda irá fazê-lo. Tenho um compromisso urgente no Ministério.
Narcisa olhou para Bellatriz e seu olhar dizia exatamente "como sempre". Bellatriz sorriu tímida, como quem diz "desculpa". E Andrômeda riu silenciosa. A Sra. Black reclamou que o café estava fraco e Narcisa voltou a olhar para Bellatriz e seguiu-se a mesma cena de "como sempre" e "desculpa".
Andrômeda olhou para um relógio com doze ponteiros e levantou-se da mesa.
- Vamos, irmãs? Já são dez horas... se querem pegar um lugar bom no trem, é melhor nos apressarmos...
As duas irmãs levantaram-se ao mesmo tempo e foram para cima pegar seus malões.
Numa casinha simples, mas bem cuidada e aconchegante, mais para fora da cidade, com um grande campo onde a família cultivava, Remo Lupin acabava de se levantar. Estava se sentindo feliz. Dali a algumas horas, estaria se reencontrando com seus grandes amigos: Sirius, Tiago, Pedrinho e Lily. Tomou um banho e trocou de roupa, logo depois indo até a cozinha onde o pai já lia o jornal e a mãe preparava o café da manhã cantarolando uma música.
- Bom dia pai, bom dia mãe!
- Bom dia filho!- responderam os dois ao mesmo tempo.
O garoto sentou-se na mesa esperando a mãe colocar as comidas na mesa e ouvi-a dizendo:
- Você vai vir para o Natal esse ano, Remo?
- Se não for lua cheia, com certeza que vou.
- Que bom!!!
A Sra. Lupin abraçou-o com força e pôr fim teve que se afastar, quando o garoto comentou que estava prestes a morrer sufocado, o que provocou risos do pai do garoto.
- Então, vamos fazer uma ceia bem bonita. E quem sabe toda a família poderá de reunir. As irmãs de seu pai... meus pais... seus primos... o que você acha, filho?
- Você é que sabe, mamãe!
- Ah, você é tão adorável!!!
- Não precisa me abraçar de novo- disse ele rapidamente, e o pai riu mais um pouco.
No instante seguinte se levantou e abraçou o filho, abraçando logo depois a mulher. E a família abraçou-se, sorrindo, feliz...
Na Mansão dos Bones, escondida dos trouxas pôr parecer uma Mina Trouxa "Desativada e com Alto Risco de Desabamento", as duas irmãs estavam brigando furiosamente.
- Me dá a escova, Alice!
- A escova não é sua, Amélia!
- Mas eu preciso me pentear!!!
- Não está vendo que eu estou me penteando???
Naquele momento a porta abriu-se e a Sra. Bone exclamou, brava:
- Já brigando, garotas?
- Mãe, a Alice não quer me dar a escova!!!
- Eu estou me penteando, mamãe!!!
- Amélia, espere a Alice terminar de se pentear. Depois, Alice, dê a escova para sua irmã. E, pôr favor, parem de brigar, ou nenhuma das duas vai para Hogwarts.
Alice continuou a se pentear sob o olhar de Amélia.
As duas eram irmãs como todas as outras, que em alguns momentos são melhores amigas e em outros quase se matam. Naquele momento, estavam quase se matando.
Ela eram irmãs gêmeas e opostos uma da outra. Estavam indo para o segundo ano em Hogwarts. Amélia era explosiva, ciumenta, invejosa, astuciosa, bagunceira e, segundo ela própria dizia, só não tinha ido para a Sonserina porque não era má, tendo caído na Lufa - Lufa. Já Alice era calma, paciente, controlada, observadora e estudiosa, e para seu orgulho tinha caído na casa que sempre quisera cair: Grifinória.
Finalmente Alice parou de pentear os cabelos e entregou a escova para a irmã, que começou a pentear seus cabelos.
Apesar de personalidades opostas, as duas eram idênticas. Tinham os mesmos cabelos castanho meio avermelhados que iam até os cotovelos e olhos cor de mel redondos e bonitos. Quando Amélia terminou de se pentear, virou-se para Alice e disse calmamente:
- Desculpa, Ali, eu exagerei.
Alice sorriu.
- Certo. Eu te desculpo.
E as duas apertaram-se as mãos. Lá embaixo, ouviu-se uma buzina de carro seguida pela voz da Sra. Bones:
- Garotas!!! Vamos logo!!! Seu pai já está no carro esperando!!! Não se demorem!!!
As duas riram e colocaram as últimas coisas no malão, descendo logo em seguida as escadas até a rua onde o Sr. Bones estava dentro do carro trouxa enfeitiçado, buzinando freneticamente. Já ali, estava o irmão mais velho delas, Edgar.
Catherine McKinnon acordou-se com as batidas na porta de seu quarto. Logo depois ouviu a voz da mãe chamando-a. Levantou-se e olhou seu reflexo no espelho.
A garota tinha cabelos castanho claros ondulados e olhos cor de mel. Sua pele tinha um bronzeado natural que destacava seus olhos e seus traços bonitos mas bruscos e "retos".
Ela vestiu a roupa que a mãe deixara separada na noite anterior e logo depois desceu para tomar café. Encontrou os pais e o irmão mais velho já sentados.
Matheus McKinnon tinha quatorze anos. Tinha a mesma aparência da irmã: os mesmos cabelos castanho claros (no caso dele mais loiro) meio despenteados "a propósito", olhos cor de mel e a pele meio bronzeada. Em compensação, tinha no mínimo quarenta centímetros a mais que ela (segundo o pai, ele dera uma pequena espichada durante o verão).
Os quatro tomaram café em silêncio.
Depois de uma pequena discussão sobre se Matheus podia ou não tentar uma vaga para o time de Quadribol da Corvinal, na qual o pai venceu (sim, ele poderia tentar), a família entrou num carro que o Ministério enviara e partiu em direção à Estação de King Kross.
Victória Thomas Bagnold acordou cedo na manhã do dia primeiro de setembro. Pela primeira vez em muitos dias, não sonhara com a morte de seus pais, e isso a deixava feliz.
Foi até o banheiro e tomou um demorado banho, logo depois vestindo a saia até o joelho e a blusa que a avó deixara separado para ela. Logo depois penteou os cabelos olhando-se atentamente no espelho.
Quando terminou de se pentear desceu as escadas caminhando educadamente e sentou-se na mesa dando um "bom dia, vovó", para Emília sentada na ponta da mesa tomando café e lendo o Profeta Diário.
- Então, muito nervosa?- perguntou a avó, sorrindo.
- Muito.
- Mas acalme-se. Ao contrário do conversamos ontem, eu vou ir sim te levar até a Estação. Acho que estou certa, não é?
- Obrigado, vovó, estou imensamente grata! A senhora é um anjo pra mim!
- Que é isso, Victória, estou apenas abrindo mão de meus deveres como Ministra da Magia para levar minha neta amada para embarcar no Expresso de Hogwarts. Sorria!
Eh, eu sei que está meio confuso, mas daqui a pouco tudo já vai fazer sentido... deixem reviews, please ((agora eu aceito qualquer reviews... consegui me condenar... n precisa ser cadastrados... ))
Bjinhos!!!
