Capitulo 07

15/8/2004 23:29:27

Bem, demorei um pouco para atualizar, mas espero que gostem sintam-se a vontade para comentar o capitulo e agradeço a todos que estão acompanhando.

O efeito da droga passa rapidamente, com isso seu sentimento de culpa torna-se mais intenso, irritando-se por não lembrar como havia machucado a garota, levanta-se e esmurra a parede onde estivera encostado.

- Maldição !!!!!! – o rapaz esbravejou irritado. – Quando este inferno terá fim? –ajoelhou-se inconsolável e confuso, sua noção das coisas já não eram mais as mesmas, tinha perdido a autoconfiança e estima, encostou-se novamente na parede tornando a preparar a droga para consumir.

Sesshoumaru, tentava a dias pegar o irmão em casa mas suas tentativas foram em vão, inerte a porta de um cômodo que um dia fora um quarto.

-Como este garoto pode viver desta forma!- falou enquanto olhava a bagunça do mesmo, observou um objeto esquecido em um canto, aproximou-se do mesmo.­- Minha desconfiança agora se faz presente! – o tom de voz do homem soou triste e frustrado.

-Pelo Buda! Passou um furacão aqui?- a jovem abismada indagou, sem entrar no cômodo.

-A culpa disso tudo é sua!- o homem enraivecido falou para a jovem proxima porta.

- Minha? ­– confusa sua amada indagou.

-Sim! – ele mais irritado respondeu.

-Como assim? – sem entender ela perguntou.

­-AQUELA SUA AMIGA, ELA LEVOU MEU IRMAO AS DROGAS! – Ele gritou com sua namorada, mostrando-lhe o objeto que encontrara.

- Querido, como eu poderia saber que ela fazia uso dessas coisas? – a jovem falou com os olhos cheios de lagrimas.

- Vai me dizer que nunca desconfiou que ela usava isso? – ele indagou.

-Não, eu nunca desconfiei de nada! – magoada com ele a jovem correu para a porta da rua.

-Rim! Volte aqui! - o homem cai em si, correu atrás da jovem em fuga, a alcançou antes que cruzasse a mesma.

- Me deixe, vou para minha casa! – a jovem em prantos retrucou tentando desvencilhar-se.

-Ah meu amor, perdoe-me? –seu namorado indagou enquanto tentou abraça-la.-Sei que não teria como saber, acabei descontando em você, perdoe-me! – arrependido tornou a pedir.

.............- a garota continuou e não disse nenhuma palavra.

-Venha. – ele a conduziu até o sofá, onde ambos se sentaram e secou as lagrimas de sua amada com as costas da mão.

- Sesshoumaru, seu irmão entrou nesta vida porque quis, ninguém leva ninguém a nada! – a jovem já atinando com mais clareza explicou.

-Eu sei. – respondeu entristecido e ao mesmo tempo com raiva de si mesmo.-Por que eu não percebi antes, talvez......

- Não faça isso!- a moça o interrompeu.­ – Não se culpe, você não teria mudado nada. – justificou seu pensamento.

O casal permaneceu por um longo período em selênio, Rim não sabia como confortar seu amado, que se levantou do sofá indo até a cozinha apanhar um copo com água, enquanto toma lentamente a mesma, encostou-se na pia, pensativo. Uma lagrima escorreu pelo seu belo rosto, Rim entrou no cômodo, fazendo com que o homem disfarçasse sua tristeza.

-Esta com fome querida? -indagou mantendo-se de costas.

-Não, você quer que eu vá? – a jovem perguntou notando que seu amado estava muito triste.

-O que menos quero é ficar sozinho! – ele enfim entregou os pontos, abraçando sua amada e chorando.

Rim somente tinha seus braços a oferecer, as palavras lhe fogiam a boca, pois não sabia o que dizer a ele.

..............os dias foram se tornando meses, Inuyasha estava piorando, já a algum tempo começara a roubar pequenos objetos da casa e dinheiro de seu irmão, fazendo com que este não acreditasse mais nele.

Sesshoumaru estava na casa noturna, quase saindo do trabalhando quando o celular vibrou.

-Hai moshi moshi!....Hã, eu já vou para ai!- o homem responde preocupado, sendo abordado pelo patrão.

-O que houve Sesshoumaru? – o senhor indagou.

-Rim está no hospital, sentiu-se mal depois do trabalho sendo levada para lá!- o homem explicou ao seu chefe.

-Então ande logo! – o pequeno senhor mandou.

-Mas senhor Myuga ainda falta meia hora para fechar a casa? -ele questionou a ordem.

-Nada que eu não possa resolver, agora se você não ir logo, eu mando que um dos seguranças te acompanhe para fora!- o velho nitidamente alterado impõe, pois gostava da garota.

- Hai, irei agora mesmo! - ele agradeceu partindo para seu destino.

Ao chegar, o homem encontrou a sua amada na enfermaria, ela estava muito pálida e ao mesmo tempo nervosa.

-Sesshoumaru! – são as únicas palavras que a jovem pronunciou antes de começar a chorar.

-Calma querida! – ele diz enquanto a abraçava, tentando fazer com que se acalmasse.

-Senhor, o médico gostaria de lhe falar. – uma das enfermeiras o chamou, acompanhando-o até o mesmo.

-O senhor é o acompanhante da jovem? – o médico indagou, a resposta que obtivera foi um aceno. – Senhor a jovem esta grávida, mas se ela não se cuidar ela pode perder o bebe. – o homem vestido de branco terminou sua explicação.

-Mas doutor, agora estão bem? -Sesshoumaru preocupado perguntou, mas a condição de sua amada não era segredo para ele.

-Sim, mas a moça terá que se poupar, não pode passar nervoso e nem fazer nenhum esforço físico!­ – o médico advertiu.

O belo homem retornou para junto dela, que se encontrava pronta aguardando-o, porém sob efeito de sedativo, suas palavras não passaram de desencontros não fazendo nenhum sentido, o homem a colocou no veiculo partindo para casa.Ele a carregou no colo deixando-a deitada na cama, enquanto preparou algo leve para comer, ao entrar no quarto segurando a bandeja assusta-se por não encontra-la na cama.

-Rim?- preocupado a chamou, depositando a bandeja sobre a cômoda, ouve murmúrios da jovem no banheiro. A jovem estava sentada no vaso chorando inconformada pela situação lhe imposta.

-Eu não queria, juro que não foi minha intenção! – dentre soluços explicou ao ver seu amado parado na porta do cômodo.

-Eu sei querida, não se preocupe cuidarei de vocês, agora venha comer algo e se acalme. – enquanto a conduziu até o quatro.- Não fique nervosa, eu quero este bebe, e já sabia que ele existia antes de você só estava aguardando que me desse a noticia. – ele disse em tom divertido.

-Nani? – a jovem confusa indagou.

­-Deixa para lá, depois eu explico com calma.

Depois daquele dia a jovem mãe fora morar com seu amado e o cunhado, com o passar do tempo sua pequena barriga começou aparecer, cuidando de pequenos afazeres domésticos como uma esposa fazia.

Inuyasha já havia sumido ha uma semana, seu irmão estava preocupado tentando entender o que poderia estar acontecendo, apesar dos acontecimentos ele gostava do irmão.

Inuyasha retornou para a sede da gangue, para se reunir com o resto do grupo, estranhava, pois todos os membros estavam presentes a não ser o casal que há muito tempo não participava das reuniões, de repente Narak é anunciado perante a turma que se silencia com sua presença

- É chegada a hora! Vamos tomar de volta o que é de direito! -o youkai gesticulava fervorosamente os braços, enquanto a multidão delirava com suas palavras.

-Vamos acabar com os Guerreiros de kouga! - um componente gritou, deixando a gangue mais agitada.

-Morte a todos!- o Narak bradou de cima do palanque, com um sorriso satisfeito estampado em seu rosto.- A vingança é um prato que se come a frio! – murmurou.

Inuyasha permaneceu inerte olhando a turma alvoroçada, não dando a mínima para as palavras do youkai. Os participantes saem lentamente, porque eram muitas as pessoas ali presentes, seguindo para o local sugerido, deixando o jovem para tras que é abordado por um dos integrantes.

-Você não vai? – o homem indagou ao passar por ele, que começou a caminhar seguindo a multidão.

Ao chegar em seu destino, a peleja já estava instalada gerando um completo caos nos arredores, pessoas corriam tentando se esquivar de seus atacantes, algumas eram brutalmente massacradas por pedaços de pau, esfaqueadas ou até mesmo devoradas por alguns integrantes youkais.

Inuyasha estava em meio ao caos sem saber o que fazer quando fora atacado pelas costas por um grande youkai, que ao golpeá-lo lhe fizera um grande ferimento na barriga, com uma das mãos sobre o ferimento virou-se firmando seu olhar em seu agressor, revidando o ataque rapidamente com poucos golpes, ele estraçalhou o mesmo.

Lentamente o jovem esgueirou-se para um beco ali perto, tentando não ser notado pelos outros, seu ferimento doía muito fazendo com que mal parasse ereto, deixando-o vulnerável ao ataque.

Ele cambaleava a cada passo até o fundo do mesmo, escondendo-se atrás de um contêiner que havia ali, sentando-se até que o combate acabasse. Após um tempo ele estava prestes a perder a consciência, entre seus momentos de lucidez pode ver uma pessoa se aproximar com algo em punho, logo a seguir sentiu um peso sobre seu corpo fazendo com que ele abrisse os olhos. Surpreende-se ao ver uma figura conhecida retirando o indivíduo que esta sobre ele.

-Venha amigo eu te levo para casa. –o homem de médio porte resmungou ao levantar Inuyasha.

-Miroku o que você ta fazendo aqui? – o rapaz agora mais lúcido indaga ao amigo.

-Ora estou salvando sua pele! – o rapaz responde irônico. - Se não quer minha ajuda, posso lhe deixar aqui a mercê dos chacais? –agora ele responde irritado com a soberba do ex-companheiro.

Inuyasha sabia que não estava em condições de recusar ajuda, calando-se diante do rapaz que lhe estendera a mão em auxilio. Miroku carrega o enfermo para um veiculo parado na quadra seguinte, fazendo com que o jovem a sente-se no banco do carona, que nota as vestes do amigo agora sujas de seu sangue, ele vestia um terno bem acabado azul, com as calças da mesma cor e uma camisa branca com a gravata ornando com o conjunto, fazendo com que o viciado reflita sobre sua condição de vida.

Parte do caminho até a casa de Sesshoumaru, os dois permaneceram calados parte do trajeto Miroku chegou a achar que o amigo havia desmaiado.

-Inuyasha? – Preocupado o motorista indaga.

-Sim? O que você quer? – arrogante o rapaz sentado ao lado responde.

-Nada, só queria saber se estava consciente.- indiferente replica, prosseguindo a conduzir o veiculo.

-Acho que não era bem essa sua intenção, talvez você quisesse me levar ao necrotério, assim não daria mais trabalho a ninguém?

O motorista ignora o comentário, coloca a mão no bolso do paletó retirando o celular, com um toque em uma das teclas faz com que o aparelho disque o numero desejado.

- Gomem...Da hora, mas tenho uma péssima noticia...Seu irmão está comigo muito ferido, levo ele para sua casa ou pro hospital? ........-Hai! Esperarei você chegar!- o rapaz coloca o aparelho no local onde estivera anteriormente, seguindo o rumo determinado.

Sesshoumaru levanta lentamente da cama, com o intuito de não acordar Rim.

- O que aconteceu querido? – a jovem indagou enquanto levanta-se da cama.

- Não se preocupe, descanse. –o homem tenta disfarçar sua preocupação, enquanto muda de roupa.

-Você não precisa tentar me enganar sei que seu irmão esta em apuros, vá e não se preocupe comigo, ficarei bem!- a moça tenta tranqüiliza-lo enquanto entra no banheiro.

-Eu não demoro, se precisar de qualquer coisa me ligue.- rapidamente ele sai do cômodo atravessando a casa, partindo para seu destino.

Sua mente não parava por nenhum momento, chegando a pensar que a morte do rapaz lhe causaria algum alivio, odiando-se a seguir pelo pensamento enquanto estacionava o veiculo.

Miroku encontrava-se no saguão aguardando-o, enquanto o rapaz era atendido. Recordando-se dos momentos que tivera naquele mesmo local, cerca de um ano praticamente passara desde aquele dia e sua vida mudar completamente.Havia largado a gangue, conseguiu um emprego melhor que por conseqüência mudara-se para outro bairro, vivendo confortavelmente em um apartamento, no bairro vizinho da empresa onde agora ele trabalha, e ao mesmo tempo vendo a derrocada de seu amigo.

Sesshoumaru atravessa o saguão olhando diretamente para o rapaz, que esta olhando em sua direção, mas perdido em seus pensamentos.

-Miroku? – o homem diz ao estar próximo bastante para ser ouvido.

-Chegou rápido. – o rapaz que cai em si ao ouvir a voz dele.

-E como ele esta?- o irmão indaga esperando o pior.

-Estável, quando chegamos Inuyasha estava praticamente inconsciente, mas assim que foi colocado na maca começou a se debater, precisaram ceda-lo. – o jovem responde.

-Miroku, agora eu cuido disso vá descalçar... e obrigado por ter trazido meu irmão para cá.

-Vou ficar mais um pouco, se não se importar é claro? -preocupado o moço replica.

Sesshoumaru não lhe responde, seguindo para fazer a ficha de seu irmão, que ficará internado por uns dias........Miroku parte para sua residência, deixando o homem com seus afazeres.

Ao longo dos dias que se sucederam ao ocorrido, o rapaz sempre era visitado pela cunhada, que lhe trazia frutas e tentava conversar , mas a jovem era repelida o rapaz mesmo sob efeito de drogas para a abstinência se mantinha arredio. No dia da alta Sesshoumaru foi busca-lo, mas antes que entrasse no quarto para ajudar o irmão a sair o medico lhe chama.

-Sr. Sesshoumaru não adianta tentar forçar o rapaz a parar com as drogas, a única forma de faze-lo é por si só.-o homem de cabelos grisalhos e jaleco adverte.

-Hai eu entendo, mas não existe nenhuma forma para que possa ajudar ele tomar tal decisão?- o irmão indaga, esperando uma resposta positiva.

-Não, infelizmente ele tem que tomar a decisão, não existe uma formula mágica para isso. – o senhor de vestes branca termina a frase, sendo abordado por uma enfermeira que pede sua presença em um dos quartos do andar.

O homem se dirige ao quarto onde o seu irmão se encontra, ao entrar deparou-se com um rapaz cabisbaixo e ansioso pela partida.

-Vamos Inuyasha? – o homem indaga aproximando-se do caçula.

­-O que você acha, por acaso imagina que quero ficar aqui? – o rapaz responde irritado com a papelada que lhe deram na mão.

Sesshoumaru estreita os olhos para o rapaz, recolhe os pertences do mesmo e partem para a casa.Ao chegarem em seu destino é ajudado pelo irmão a subir as escadas que dá acesso ao quarto, adentram o mesmo, seguidos pela jovem mãe que exibe orgulhosa sua barriga de sete meses e meio de gestação.

O enfermo deita-se na cama , ajudado pelo irmão que se encontra hesitante quanto a decisão de traze-lo novamente para casa.

-Inuyasha, você esta com fome? –a moça indaga.

-Não! Só me deixe em paz! – o rapaz responde ríspido.

-Inuyasha não seja grosso, não irei admitir que a maltrate! – o homem que ainda se encontrava no cômodo esbravejou, virando-se ameaçadoramente para o rapaz na cama, Rim segura seu amado para que ele não o ataque.

-Tudo bem! Vamos deixa-lo quieto.- a jovem calmamente responde, enquanto faz com que o marido saia do cômodo, juntamente com ela.Neste dia Sesshoumaru não trabalhou, resolveu que deveria ficar para ajudar sua esposa a cuidar do enfermo.

Já era tarde quando terminaram de cuidar do rapaz, que teimava em ser arredio, tomando forçado o remédio que o medico mandara.

Os afazeres domésticos eram divididos com uma senhora de meia idade, já fazia alguns meses que a ajudava, mas ela sentia um carinho pela jovem mãe.

-Srta Rim, levarei o café para o menino Inuyasha. – a senhora avisa a dona da casa.

-Sra Kaede espere, é melhor que eu vá junto! – Rim pede com medo que seu cunhado a maltrate, a jovem termina seu café enquanto a velha acaba de arrumar a bandeja, seguindo logo que terminaram seus devidos afazeres.

-Inuyasha? –a jovem indaga ao bater a porta.

-Entre Rim. – o rapaz pede sem se mover da cama.

-Bom dia! Como se sente hoje?- a jovem entra no cômodo indagando, com a bandeja em suas mãos.

-Feh. Como acha que estou....- o rapaz para de falar ao ver a figura da velha parada a porta, lembrou-se claramente das palavras de seu irmão.

-Pode ir sra kaede, depois eu lhe chamo para levar a bandeja.- Rim a dispensa ao notar o desconforto causado ao seu cunhado ao ver a velha.

-Quem é essa velha? – o rapaz pergunta enquanto se arruma na cama para tomar seu café.

-Ela me ajuda com os afazeres da casa. – a moça explica enquanto deposita a bandeja em seu colo.- Quando terminar é só chamar estarei no quarto de hospedes. -a jovem começa a caminhar em direção a porta.

-Rim espere! – o enfermo pede.

-Você quer mais alguma coisa? – a jovem mãe indaga.

-Sim, quando for a hora de comer é só me chamar que eu desço, não precisa trazer a comida aqui, ainda tenho força suficiente para andar. – o rapaz avisa, ela não se vira para o enfermo, acena com a cabeça afirmativamente saindo do quarto.

Rim entra no cômodo que agora fora transformado em um quarto de bebe, nele já continha um berço marfim com a cômoda e o guarda-roupa acompanhando, as paredes estavam pintadas em tons de amarelo, uma faixa com motivos de ursos rodeavam o cômodo acompanhando a cor do cômodo, a jovem estava arrumando as ultimas aquisições para o bebê na cômoda, sentou-se ao sentir uma leve pontada em seu ventre levando sua mão sobre ela, a jovem fecha os olhos recostando-se apreensiva, deixa que uma lágrima percorra seu rosto.

Inuyasha termina de tomar seu café, deposita a bandeja ao lado da cama decidindo tomar um banho, lentamente o rapaz levanta e cambaleia até o cômodo ao lado, não demora muito termina o que se propusera a fazer retornando ao local origem, veste uma muda de roupa aproximando-se da janela, fita o horizonte pensativo...

Após um breve momento resolve caminhar pela casa, ao passar pela porta de seu quarto apoiando-se nas paredes notou a Rim no aposento quase em frente ao seu sentada chorando alheia a sua presença, ele adentra onde a jovem se encontra.

-Rim você está se sentindo bem? – o rapaz indaga enquanto admira a decoração do local.

-Ah sim, mas o que fazes de pé? – a jovem responde surpresa com a sua presença, passando rapidamente o dorso da mão no rosto tentando inutilmente disfarçar suas lagrimas.

-Não seja ridícula, você esta passando bem? – o rapaz indaga novamente ficando irritado com a evasiva da jovem.

- Foi uma dor que senti, mas já passou. –Rim explica e leva seus olhos para seu ventre enquanto o acaricia.

-Você esta preocupada com o bebê? – o rapaz indaga enquanto se senta no tapete do quarto próximo a jovem.

-Eu temo que ele não sobreviva...- a jovem mal termina suas palavras, começou a chorar.

-Calma Rim, você ficar triste não ajudará o bebê. – o rapaz ajoelha-se a abraçando tentando conforta-la, sentiu o feto mexer-se ao encontrar-se encostado no ventre da jovem mãe.- Posso? – o tio desfaz o abraço fazendo o gesto de colocar a mão sobre sua barriga.

-Claro! – a moça segura a mão dele colocando-a exatamente onde o bebê resolvera chutar.

O cunhado emociona-se ao senti-lo mexer sob sua mão, não pode conter as lagrimas prostrando na frente da jovem, admirando seu ventre e o que nele continha.

-Rim....- Dentre soluços. – Me ajude eu quero largar das drogas, quero ao menos poder estar perto deste anjo! – o rapaz coloca-se a chorar arrependido de tudo que fez. Rim por sua vez não sabia como agir, ela então recostou a cabeça do rapaz em seu colo, acariciando-o como uma criança que caiu.

Sesshoumaru decidiu almoçar em sua casa, apreensivo do que poderia estar ocorrendo, ele entra depositando sua maleta no aparador próximo da porta, furtivamente vasculha o andar onde se encontrava a procura de sua esposa, ele então sobe desconfiado que sua amada estivesse descansando, sua surpresa fora grande ao ver seu irmão recostado no colo de sua esposa e a jovem com sua mão percorrendo os cabelos dele.

Rim nota a figura estupefata a porta, ela gesticula para seu amado para que o mesmo faça silencio, desconfiada que o rapaz estivesse dormindo depois de ter chorado muito, o homem consente com a cabeça entrando lentamente no cômodo, para beijar sua amada.

-Sesshoumaru? – o jovem pronuncia repentinamente, enquanto o seu irmão se aproxima. – Perdoe-me, sei que errei? – o caçula pede enquanto se levanta rapidamente não se importando com a dor que sentira com o movimento.

.......- o mais velho não conseguiu responder só lembrar-se das palavras do médico.Rim se emocionou ao ver os irmãos abraçados, a velha Kaede anuncia que o almoço já estava pronto da porta do cômodo.

A jovem teve um pouco de dificuldade em se levantar, suas pernas adormeceram pelo longo período que permanecera sentada, com o peso da cabeça do rapaz nela, o homem ajuda seu irmão pra descer pro andar abaixo e logo retorna para ajudar sua amada.

- Querida posso saber o que esta acontecendo?- Sesshoumaru ainda confuso com o acontecido indaga.

-Itai! Como doem! - a jovem replica de sua condição.

-Onde dói? – rapidamente o rapaz indaga preocupado.

-Calma, são minhas pernas. – a jovem tenta acalma-lo.

O belo homem a pega no colo, carregando-a para onde irão fazer a refeição, ao terminarem o Sesshoumaru auxilia seu irmão a retornar ao quarto, enquanto sua esposa pega os medicamentos para fazer o curativo, assim que termina a jovem resolve deitar-se um pouco, seu marido a acompanha dando-lhe um beijo, aguarda até que adormeça e parte para o trabalho novamente.

Inuyasha encontrar-se deitado, mas algo lhe incomoda, angustiado se levanta indo para a janela, detendo-se em um ponto no horizonte, permanecendo imóvel por um longo período. O rapaz está ciente dos motivos de sua angustia, abstinência, calafrios percorrem seu corpo, enquanto o suor escorre, sente seu coração disparar momentaneamente, retomando o compasso lentamente.

- Eu tenho que conseguir! – o jovem afirma em voz baixa, respirando profundamente tentando se convencer de suas palavras, subitamente arranca a camisa que lhe cobria o tórax, secando seu rosto em seguida, sua mente repetia continuamente, como um mantra. – Eu consigo, eu consigo .....

E assim o resto do dia continua...

Rim estava na sala assistindo televisão, entediada resolve banhar-se, sobe o lance de escadas, ao chegar no corredor é abordada pelo cunhado no topo da escada.

-Rim me ajude?...- desesperado o jovem lança-se contra ela, que se encontra no topo das escadas que dão acesso ao piso inferior,fazendo com que ela se desequilibre.

A jovem tenta segurar-se em algo que detenha sua queda, enquanto isso o rapaz faz o mesmo, rasgando-lhe a blusa e arranhando a pele da jovem mãe em sua tentativa desesperada em segura-la, ele só pode ver a jovem rolar escadas abaixo, a cena transcorreu em câmera lenta, ao chegar ao andar inferior a jovem esta inconsciente, atordoado com o acontecimento Inuyasha não consegue se mover para socorrer a jovem.

Continua.......