Um amor pra viver e recordar
Capitulo 1 - Brincadeiras PerigosasEra tarde da noite. Hogwarts inteira já estava dormindo, exceto zeladores e alguns sonserinos. Draco Malfoy, Crabbe, Goyle, Pansy e Emília, estavam na antiga sala escondida, mais conhecida como a câmara secreta. Esperavam o novo aluno sonserino. Draco demonstrava profunda irritação.
¬Por Merlim! – Resmungou. – Nós marcamos com aquele panaca para estar aqui as 23:00h, será que ele esqueceu?
De repente alguém responde, logo atrás do loiro, com uma voz um tanto asqueroso e antipática, bem típico de sonserino.
¬Não Draco. – Malcom havia chegado e se aproximava do mesmo. Todos os presentes já estavam no 7º e último ano escolar.
¬Está atrasado! Vá logo, não temos o tempo todo. Se você quiser desistir... ta aí sua chance. – Crabbe comentou com o sonserino.
¬E por acaso tenho cara de alguém que desiste de qualquer coisa? Eu já estou aqui... falem logo o que preciso fazer.
Draco riu baixo sem que ninguém percebesse, a não ser Pansy, que não desgrudava do loiro. Este já meio irritado, respondeu ao novato.
¬Beleza... vou te explicar as circunstâncias... Se quiser se juntar ao nosso grupo, você terá duas opções de tortura, afinal todos nós já passamos por isso, por que não você?
Riram. Draco se segurou e continuou a explicação, fingindo estar sério.
¬Você pode agüentar 5 minutos recebendo o feitiço "Cruciatus" ou o mesmo tempo no lago congelado da Lula Gigante. Você escolhe!
Malcom olhava ao redor do local. A noite estava muito fria, todos vestiam grossos casacos com o emblema da sonserina. "Droga, as duas opções são horríveis... será que vale mesmo a pena comprar a amizade deles, ter a fama, com a minha vida? Ah, to nem aí... afinal eu sou um sonserino ou não? Acho que vou escolher..."
¬Ah... está muito frio agora... boto fé que eu prefiro receber... o feitiço... – Respondeu hesitando um pouco. Draco percebeu que o garoto estava nervoso, então passou o braço em volta do ombro dele e o "acalmou".
¬É isso aí! Isso prova que você é um verdadeiro sonserino. Vamos começar!
¬Quem vai lançar o feitiço?
¬Eu, é lógico... Quando estiver pronto, me avise!
¬Ah, eu já estou pronto. Vamos acabar logo com isso!
Draco levantou uma sobrancelha e olhou para o restante do grupo, com um sorriso irônico estampado em seu rosto. Percebeu então, que Emilia comentou com seu namorado, Goyle, sobre o perigoso 'teste'.
¬Quietos. – O loiro alarmou o casal. – Vão assustá-lo... vocês já receberam isso, e sabem que não aconteceu nada. – Disse piscando um olho. – Bom Malcom, já que você já está pronto, vamos logo!
Um silêncio assustador tomou conta do local por alguns segundos, então rapidamente, sem pestanejar, Draco balançou a varinha e invocou o feitiço, ensinado por seu pai.
¬Cruciatus!
Uma luz colorida saiu de sua varinha, que atingiu ao novato. Este nunca havia recebido uma maldição antes e começou a se contorcer, gritando de dor.
¬Alguém coloque alguma coisa na boca dele para abafar os gritos... Se nos descobrirem, seremos expulsos, isso se não formos mandados para Azkaban primeiro. Rápido! – Draco ordenou. Pansy tirou um lenço e colocou parte na boca do garoto.
Nem havia se passado nem 2 minutos e todos que assistiam, perceberam que ele parou de se contorcer, gritar e até mesmo de respirar.
¬Por Merlim, Draco... PÁRA! – Pansy gritou desesperada. – Ele morreu?
Draco também se assustou e desfez o feitiço. Correu até o garoto estatelado no chão, tirou o lenço da boca dele e começou a balançar seu rosto, tentando reanimá-lo.
Malcom tinha os olhos vermelhos, e suas costelas pareciam ter se quebrado e perfurado o pulmão. De repente, todos ouvem um barulho. Assustados, começaram a correr, menos Draco, que fazia de tudo para o garoto voltar a respirar. Depois de alguns segundos, percebeu que Malcom continuava vivo, então assustado, começou a sair correndo também, deixando o sonserino desmaiado no chão, sozinho.
¬Tem pessoas dentro da câmara! Chamem Dumbledore! – Algum professor acordou com o barulho e tinha ido checar o local.
Desesperado, o loiro começou a correr como louco, e se escondeu atrás de uma estátua num longo corredor. Percebeu que o professor que gritou por Dumbledore era Remus Lupin, de Defesa Contra as Artes das Trevas, e que este começou a examinar o local. Por um momento, o sonserino pensou que havia se safado, porém ouviu alguém gritando.
¬Eba! Brincar de esconde-esconde... e veja! Achei alguma coisa amarela professor! Viu? Eu achei sozinho! Está atrás da pilastra, ou estátua, sei lá o que é essa coisa! Eu achei! Bem feito amarelo levado!
Era Pirraça, o fantasma mais chato de Hogwarts que gritava feito louco e pulava no ar, dando cambalhotas e apontando a estátua onde escondia o loiro Malfoy. Lupin se aproximou e disse num tom seco e ríspido, onde não era como de costume.
¬Me acompanhe Sr. Malfoy, o diretor deseja vê-lo.
Sem opções, Draco saiu e começou a seguí-lo irritado, pois até conseguirem chegar ao fim do corredor só ouvia o arteiro fantasma a gritar.
¬Amarelo! Cinza! Branquelo! Detenção! Hahahaha!
Depois de uns 10 minutos de caminhada pelo castelo, chegaram a sala do diretor. Mesmo nervoso, o antipático sonserino não perdia a pose de um garoto metido a onipotente.
¬Sente-se Sr. Malfoy. Lupin, pode voltar a dormir agora, obrigado pela sua ajuda! – Dumbledore ordenou.
¬Obrigado diretor. Boa noite!
¬'Noite. – Respondeu.
Dumbledore estava com enormes olheiras e sua feição demonstrava tensão. Ajustou seus oclinhos meia-lua no enorme nariz torto, pigarreou e começou a argumentar Draco.
¬Muito bem, Sr. Malfoy. Gostaria de saber toda a verdade por meio de uma conversa amigável, sem precisar utilizar a poção da verdade. Será que consegue conversar comigo sobre o que acabou de acontecer?
¬Pode. – Respondeu no mesmo e habitual tom de seco de sempre. Sem que houvesse alteração na sua voz, começou a contar o ocorrido, e por incrível que pareça, disse somente a verdade, omitindo fatos não importantes.
O diretor, sem mudança também de expressão e comportamento, começou a analisar o acidente.
¬Bom Sr. Malfoy. – Começou soltando um longo suspiro. – Dê graças a Merlim por Malcom estar vivo, pois como sabe muito bem, utilizou uma das três maldições imperdoáveis, e como o próprio nome diz, é imperdoável mesmo, porém como está em Hogwarts e pelo que vi o que aconteceu, foi apenas um "teste" sem fundamentos lógicos... – Novamente suspirou. – A pena disso, é Azkaban, mas no seu caso, ao invés de ter que dar uma visitinha na prisão, você pagará por duas detenções...
¬Duas? – Perguntou inconformado.
¬Por quê? Achou pouco para o crime que cometeste? Pois é, também achei pouco, mas como me conhece, sou um diretor muito bonzinho, por sinal. – O diretor falou de um modo muito sarcástico para sua pessoa, e isso não assustou o aluno nem por um segundo.
¬Não professor. – Draco respondeu a pergunta. – São suficientes...
Dumbledore apertou seus pequenos oclinhos e lançou um breve sorriso de satisfação, então continuou.
¬Muito bem, suas detenções serão: dar aula aos sábados até o final de novembro, a todos os alunos que estão com dificuldade em Trato das Criaturas Mágicas... e...
¬O quê? Com aquele panaca do Hagrid? O que ganharei com isso?
¬Uma vida sem passeio por Azkaban... está bom pra você? Não responda, sei que está maravilhosamente bem! – Cansado da infantilidade do sonserino, continuou a explicar as detenções como se nada tivesse acontecido. – E como eu continuava a falar, a segunda detenção será participar do coral de outono, que será apresentado sábado que vem, mais precisamente daqui a 6 dias.
¬É só isso? – Perguntou desanimado.
¬Sim, se quiser mais, pode me procurar, pois Snape está querendo que alguém vá limpar a Torre Sul, pois está cheia de pó e teia de aranha.
Draco estremeceu ao se lembrar do seu ultimo ano, onde teve que limpar os troféus da Torre sul, e lá só havia fantasmas assustadores, que faziam de tudo para que o loiro se juntasse ao mundo deles. Dumbledore riu baixinho, e voltou a falar.
¬Bom, como de costume, mandamos uma coruja para sua família. Agora pode ir dormir, e não se esqueça que sua detenção começa amanhã, à tarde.
Sem se despedir, ou falar qualquer coisa, Draco se virou para ir embora, quando foi interrompido pelo diretor.
¬Boa noite, Draco.
Este apenas se virou e lançou um olhar de raiva e nojo, saindo logo em seguida. Voltou rapidamente para o dormitório e lá encontrou seus amigos no salão comunal. Contou-lhes tudo o que aconteceu, e então, quando terminou foi dormir. Já na cama, pensava: "Por que eu tive que dar uma de bonzinho? Eu não sou assim... eu sou um Malfoy... os bonzinhos sempre se ferram... ah, quer saber... é pouca coisa essa detenção... é melhor eu dormir logo." Virou-se e adormeceu rapidamente.
