Não tardou a amanhecer e Draco acordou resmungando.
¬Droga... é hoje o primeiro dia.
¬Primeiro dia do que, meu amor? – Pansy perguntou parada na porta do dormitório masculino. Lançava um olhar malicioso para o loiro.
¬Pansy! – Draco gritou olhando para ela, e num desequilibro, caiu da cama. A garota começou a se aproximar dele, que estava todo enrolado da cintura para baixo com o cobertor. Estava sem blusa, mostrando seu belo "tanquinho".
¬Pansy sua idiota, saia de perto de mim!
Ela não obedeceu e começou a beijá-lo na nuca, deixando-o arrepiado. Irritado por não ter sido obedecido, empurrou-a para longe de si, porém sem machucar, e novamente avisou.
¬É melhor você sair daqui... Pansy... já disse a você que não tem mais volta... acabou! Por favor, me deixe sozinho agora, beleza?
¬Tudo bem! Eu não ligo. – E saiu do dormitório batendo a porta com o máximo de força que conseguiu.
Draco apertou os olhos, como reação ao barulho. Logo então, levantou, pegou seus pertences e foi ao banheiro. Tomou banho, trocou de roupa, escovou os dentes, arrumou os longos (não tão longos) e belos cabelos loiros, e ficou por um tempo encarando seu reflexo no espelho.
¬Uau! – Começou a conversar consigo mesmo. – Não existe um cara tão gato como você. Claro, não posso esquecer do toque final que deixa as meninas maluquinhas...
Pegou umdelicioso perfume masculinoe começou a espirrar gotas por todo o corpo. Sorriu.
¬Ah... – Inspirou o delicioso aroma do perfume masculino e suspirou. – Eu sou tudo de bom. Sinto até vontade de me dar um beijo.
¬Eu heim! – Goyle riu entrando no banheiro e se deparando com a cena de Draco com o rosto colado no espelho. – Virou veado, heim Draco?
Este ruborizou mas não perdeu a postura.
¬Não Goyle, estava me admirando!
Ambos caíram na gargalhada e começaram a sacanear até que Goyle comentou:
¬Se apresse então, bonitão, Dumbledore quer fazer um discurso sei lá sobre o que!
¬Ta, to indo então! Adios!
Draco saiu e foi para o Salão Principal. Chegando lá, viu os professores e alunos nos seus respectivos lugares e foi se juntar com a turma na sua mesa. Dez minutos passados e todos se levantaram e cessaram a conversa. Com o ambiente calmo, o diretor pôde começar seu habitual discurso.
¬Bom dia a todos em Hogwarts!
¬Bom dia. – Responderam.
¬Eu gostaria de avisar a todos para que mantenham a calma, pois não vou demorar muito neste discurso. Pois bem... ontem alguns alunos com a mente perturbada, resolveram fazer uma brincadeira de mau gosto no qual acabou levando um garoto para a enfermaria. Malcom Phillip Darling, novato sonserino, foi vitima do feitiço "Cruciatus", e graças aos delicados cuidados da nossa tão dedicada Madame Pomfrey, ele sobreviveu.
Houve uma salva de aplausos de muitos presentes. Dumbledore salvou também, e logo em seguida levantou suas mãos brancas e enrugadas, a pedido de silêncio.
¬Obrigado. Bom, alunos do coral, juntamente com a professora Beth, cantarão uma musica para agradecermos a Merlim pela vida de Malcom.
Todos se sentaram, menos alguns alunos, dentre eles, Gina Weasley, seguiram rumo à mesa dos professores. Draco estava sentado na ponta do banco, praticamente ao lado dos cantores. Pensou por um instante como seria estar entre eles hoje... "eca... Cantar junto com essa pobretona... que horror!"
¬Estão todos prontos? – Beth perguntou aos cantores, que assentiram com a cabeça. A professora então começou a mexer a varinha, sendo a maestria e começaram a cantar.
"Há uma luz, está muito claro para mim. Foi a magia de Merlim que salvou e salva a todos, todos os dias. Bendito seja Merlim, por ser o Mago Branco. Sua magia avisa a todos que está tudo bem. Eu sei, pois o brilho é intenso!"
De repente, os cantores pararam de cantar, deram dois passos para trás, e Gina continuou parada no mesmo lugar, pois agora, cantaria um solo.
"Aqui estou eu, fazendo agradecimentos ao belo mago Merlim! Bela luz branca, seja perfeita sempre. Abençoe a vida deste menino que sobreviveu. Eu acredito na paz!"
Durante sua cantoria sozinha, olhava distraidamente e ingenuamente para Draco, que por sua vez, também a encarava, porém não pelo fato da musica, mas por descobrir a bela voz que a garota possuía. Quando parou de cantar, Draco sentiu como seu um jato de água tivesse sido jogado sobre ele, e então despertou, batendo palmas e olhando a todos com arrogância.
¬Obrigado Beth, e aos cantores. Tenham todos um ótimo dia e juízo. – Dumbledore deu o ultimo aviso e sentou-se novamente.
Draco e sua turma foram os primeiros a saíram e foi até o campo de quadribol conversarem.
¬Hei Draco, você viu a pobretona weasley cantando? – Crabbe perguntou.
¬Vi... pelo menos alguma coisa de bom a família deles tem.
Todos o olharam, espantados e Pansy, por sua vez, reclamou.
¬Bom? Como assim bom? Já está de olho na feiosa Grifinoriana?
¬Feiosa? Eita, olha o ciúme heim Pansy... além do mais, por que você pergunta? Já está tudo acabado entre nós, não é?
¬Então é verdade! – Crabbe falou se dirigindo ao loiro. – Você está mesmo de olho nela! Draco... você é um sonserino... um Malfoy... e...
¬E antipático, rico... e etc... você acha mesmo que eu iria me "encantar" com uma grifinoriana? Fala sério... puts... – Olhou para o relógio e percebeu que estava para se atrasar. – Preciso ir galera... detenção!
E se retirou deixando-os no campo. Demorou uns 5 minutos para chegar na sala e quando entrou, percebeu que todos o encaravam, inclusive Gina.
¬Está atrasado, Sr. Malfoy! – Informou a professora Beth.
¬Eu sei... foi mal aí! – Respondeu como se não tivesse acontecido nada, e na sua habitual arrogância, levantou uma sobrancelha.
¬Muito bem! Vamos começar.
Todos os alunos se acomodaram nos assentos. Os componentes eram: Gina, Luna, Denis, Colin, Kate (aluna nova), e Draco.
¬Bom dia alunos. Acabei de receber um pedido de Dumbledore.
"Credo! Só falta aquele velhaco 'gaga' ter inventado mais alguma breguice para apresentar." Draco pensou soltando um longo suspiro demonstrando impaciência.
¬Algum problema, Sr. Malfoy? – Beth perguntou incomodada.
¬Problema? Comigo? Nunca há problemas comigo. Pode dizer a maravilhosa idéia de Dumbledore. – Ironizou.
¬Pois bem! Como falta mais ou menos 6 dias para apresentação.. se não estou enganada, é sábado agora né? Bom, pois bem... eu, particularmente adorei a idéia do diretor. Esses dias, ele passou em Londres e assistiu a um filme trouxa: O fantasma da ópera!
¬Filme trouxa? – Draco indagou. Beth o lançou um olhar de reprovação e continuou a falar.
¬Uma das músicas deste filme, se chama: All I ask of you, e pensamos no dueto, ou melhor, um homem e uma mulher que tenham belas vozes... Entramos num consenso, e decidimos que os cantores serão...
Todos, exceto Draco, ficaram nervosos para saber se seriam escolhidos, então Beth deu-lhes a tão esperada resposta.
¬Virginia Weasley, e... não acredito…!
Um breve silêncio tomou conta da sala, porém logo foi quebrado, sem exaltação.
¬Draco... Malfoy...
¬O quê? – Berrou ao ouvir seu nome. – E-eu não posso, eu não consigo, eu não canto!
Ruborizou. Todos riam, e de repente Beth passou-lhe a mão nos ombros.
¬Calma Draco! É por isso que você está aqui nessa classe, para aprender a cantar... afinal tem um "porém"... você não se esqueceu que está cumprindo detenção, não é mesmo? Você vai conseguir!
Draco afundou na carteira e podia ouvir cochichos sobre ele para Gina.
¬Coitada, vai ter que ensaiar com ele?
Gina olhava carinhosamente para a amiga, Luna, e respondeu.
¬Não me preocupo. Falta menos de uma semana... e os ensaios não serão de longa duração. Vai passar rápido.
Ambas sorriram e tornaram a ficar em silêncio.
¬Muito bem, Gina e Draco, vocês não apenas cantarão, como também deverão fazer algum tipo de improvisação na movimentação, isto é, se vocês não inventarem alguma coreografia e ensaiarem juntos. Fui clara?
¬Sim. – Responderam.
Bom, o restante será com uma segunda música...
¬Não professora! – Denis contestou. – Acho que ficaria melhor uma única apresentação, afinal o povo vai querer beber, dançar... e nem todos gostam do nosso coral... então acho que seria melhor para todos nós, aproveitássemos melhor a noite, não acha?
Beth sorriu amigavelmente e logo respondeu.
¬Interessante sua visão, Sr. Denis, pois bem... que assim seja. Estão de acordo, todos?
¬Sim. – Responderam todos, sem exceção.
"Quanto mais cedo isso terminar melhor..." Draco pensou.
¬Pois bem, está decidido. Draco, Gina... não se esqueçam de ensaiarmos amanhã, viram? Estão dispensados.
Draco saiu correndo de foi até o campo de quadribol encontrar seus amigos.
