Capitulo 10 – A viagem

Sábado amanheceu, e Gina não tardou a acordar. Tomou banho, se arrumou, levou as malas para o Salão de Entrada, onde todas as outras estavam largadas, e então foi para o Salão Principal tomar café. Lá encontrou Draco, com seus cabelos molhados, usando uma veste negra, com o sobretudo da sonserina.

Pela primeira vez estava notando como ele ficava lindo com a roupa preta. Aliás, ele fica lindo de qualquer jeito. Sentou-se então na mesa da grifinória, e encheu a barriga com tanta comida gostosa que tinha.

Assim que terminou, se levantou e foi ao encontro de Draco. Ele a esperava ao lado da porta principal do Salão, com os braços cruzados e o corpo levemente encostado na parede.

¬Bom dia, meu anjo. Que horas parte o trem? – Gina perguntou dando um selinho. Ele descruzou os braços e a abraçou.

¬Daqui a quinze minutos. Vamos pegar nossas coisas, e ir para o Centro da Estação de Hogsmeade.

¬Ok.

E saíram. Menos de quinze minutos se passaram e logo chegaram na Estação. Gina avistou seus amigos e irmão entrando no trem. Colocou então suas coisas e de Draco no bagageiro e logo em seguida entraram. Procuraram uma cabine vazia. Acharam e por milagre, não era a última. Se arrumaram nos bancos e ficaram conversando nas primeiras horas de viagem.

Gina começou a se cansar, então deitou no colo de Draco e tirou um cochilo. Este aproveitou que não tinha nada para fazer, e resolveu terminar de ler o livro: "O meu eu mágico, de Gilderoy Lockhart".

O restante da viagem foi tranqüila. Chegaram em Londres ainda de dia. Desceram na plataforma ¾ , despediram-se do trio, e foram procurar um local para dormir no Beco Diagonal. Acharam um hotelzinho razoavelmente bom, porém era só para uma noite. Draco e Gina resolveram dar uma volta no local, para tomar uma cerveja amanteigada. Depois, por volta das 20:00h, já estavam extremamente cansados e decidiram dormir mais cedo.

A noite foi tranqüila. Dormiram em camas separadas. No dia seguinte, ao acordar, o sonserino viu, pela primeira vez, sua namorada dormindo. Parecia uma anjinha, com uma expressão tão serena em seu rosto. Sentiu até pena de acordá-la, então resolveu preparar um café da manhã bem gostoso.

Desceu na recepção, e perguntou ao recepcionista.

¬Por favor, onde fica o restaurante?

¬Logo ali, Sr. Malfoy. Gostaria de fazer algum pedido e que levássemos até seu quarto?

¬Não, obrigado. Eu mesmo faço isso. Obrigado.

"O que será que aconteceu com o Sr. Malfoy? Está até simpático comigo hoje" o recepcionista pensou enquanto seguia o loiro com o olhar até a frente do restaurante.

Draco, assim que chegou, pegou uma bandeja, dois pratos médios e colocou algumas frutas fatiadas, pães, queijo, manteiga, e dois copos com suco de laranja. "Acho que ela vai gostar" pensou enquanto voltava para o seu quarto.

Assim que chegou, avistou sua pequena menina, que continuava dormindo. Sentou-se ao lado dela, beijou-lhe a testa, fazendo-a acordar.

¬Bom dia, bela adormecida.

Ela sorriu e murmurou um "bom dia" bem rouco.

¬Trouxe o nosso café. Levanta, vamos comer! Precisamos estar bem alimentados, para que viajemos bem.

Gina esfregou os olhos e sentou na cama. Não ligava nem um pouco para as olheiras que deviam estar estampadas em seu rosto, muito menos seu cabelo todo bagunçado. Começou a comer e sempre fazendo um "hummm, está muito bom" com boca cheia. Draco ria. O que ele mais gostava nela, era a simplicidade e todo o carinho que ela tinha por ele. Minutos depois de comerem e se arrumarem, o loiro perguntou.

¬Podemos ir agora?

¬Sim, mas antes, acho que devamos passar no Banco Gringotes e trocar nossa moeda pelo dinheiro brasileiro. No Brasil, se eu não me engano, eles utilizam o... real! Lembrei, real.

¬Ah... então ta, vamos?

¬Vamos.

Desceram as escadas, e Draco foi pagar a diária. Assim que terminou, saíram de mãos dadas e com todos de dentro do hotel seguindo-os com os olhos. "O que será que aconteceu com o Malfoy para namorar uma Weasley? Será que ele a ama tanto assim? é ... o amor transforma as pessoas mesmo." Cada um pensava a sua maneira a mesma coisa.

Rapidamente, o casal foi ao banco, trocaram as moedas e finalmente estavam livres para viajar. Draco olhava atentamente um mapa brasileiro. Deveria ir somente pelos lugares habitados por bruxos, pois como nenhum trouxa é acostumado a ver pessoas voando em vassouras, deveriam se prevenir.

¬Pronta? – Perguntou guardando o mapa. Ele fez um feitiço de memória para que não se esquecesse dos pontos mais importantes e habitados por trouxas.

¬Com certeza. – Respondeu sorrindo e emitindo muita alegria.

¬Então vamos, mas antes... – Draco pegou a varinha e lançou um feitiço para que a mala diminuísse e coubesse no bolso de um dos dois.

¬Pronto, agora podemos ir. Segure-se bem, viu?

¬Ok.

E partiram. A vassoura era realmente muito mais confortável que qualquer outra, embora Gina nunca tenha pegado alguma outra boa em treinos de vôos em Hogwarts. De repente, um sentimento imenso começou a tomar conta da garota. Nunca se sentira tão feliz antes. Estava voando... voando para uma viagem, com alguém que ela ama. Sentia uma vontade indubitável de gritar, porém se controlou e se deu por satisfeita apenas por beijar a nuca de Draco, deixando-o arrepiado.

A viagem era cansativa, tanto para o loiro, quanto para ela, porém, ao mesmo tempo era divertida. Sempre que começava a ficar monótono, Draco fazia uns "looping" com a vassoura, aumentava a velocidade, ora voava mais alto, ora mais baixo. Tinha vezes até que brincava de "montanha-russa".

Gina estava encantada, e Draco também. Finalmente pôde se libertar de sua família e viver a vida do jeito que ela tem que ser vivida. A ruiva começou a brincar com as nuvens. Sempre que ficava um pouco de nuvem na sua mão, tentava fazer algum formato, porém o vento sempre o levava embora ou desfazia na mesma hora na mão da garota.

Horas se passaram e finalmente chegaram a Natal. Já eram 21:00h e ambos estavam exaustos. Passaram o dia inteiro voando numa vassoura, com apenas meia hora de pouso em intervalos para almoço, ou para irem ao banheiro.

¬Ufa. – Draco falou assim que desceu da vassoura, passando a mão em seu próprio bumbum, massageando-o. – Até que enfim chegamos. Se dermos sorte, nenhum trouxa nos viu. E aí Gina, querida, o que achou?

Ela tinha acabado de sair da vassoura. Com os cabelos todo embaraçado, olhos lacrimejando por causa do vento, conseguiu apenas assentir com a cabeça, suspirando.

¬Ai ai... Foi perfeito! Que lugar lindo que é aqui!

Gina fechou os olhos e sentiu a brisa suave que passava pelo seu rosto, pelo seu corpo. Ouvia atentamente o barulho das ondas do mar se chocando com enormes pedras. Lentamente abriu os olhos, virou-se para Draco e disse.

¬Estou vivendo um sonho.

Ele sorriu e a beijou.

¬Acredite... é a realidade. Vamos lá para dentro?

¬Vamos, claro.

Assim que Gina olhou a enorme casa, ficou boquiaberta, e só exclamou um "uau". Entraram e viram que o local estava todo perfeitinho, apenas com algumas poeiras no chão e nos móveis, mas seria rápido limpar aquilo. Se o sorriso de Gina pudesse ser maior, daria voltas e voltas em torno de sua cabeça.

Foram então até os quartos, darem uma olhada. Decidiram ficar com o que era de Draco. Lá havia uma cama de casal, um guarda-roupa sem roupa, várias estantes, uma televisão de apenas 54', três abajures e uma escrivaninha sem nada em cima.

Draco desfez o feitiço da mala, que voltou ao tamanho normal, e Gina foi para o restante da casa dar uma limpada em toda aquela poeira.

¬"Pothrium Limpium" – Acionou o feitiço, então todo o local parecia que havia sido lustrado. Draco ficou encarregado de guardar as roupas. Assim que terminou foi ao encontro de Gina, que estava na cozinha, preparando algo para eles comerem.

¬O que você está fazendo?

¬Ah, eu tinha trazido junto comigo, dentro do meu sobretudo, umas comidas instantâneas que comprei no Caldeirão Furado. Estou fazendo lasanha para a gente. Qual sabor você gosta?

Draco olhou estranho para Gina.

¬O que é lasanha?

Ela riu bem baixinho e logo respondeu.

¬Você nunca comeu lasanha? São massas empilhadas com algum recheio para dar o sabor, por exemplo, lasanha de quatro queijos... bolonhesa... entendeu?

¬Ah sim. – Draco riu. – Bom... eu vou querer... a de quatro queijos!

¬Ok...

¬Hum... o que temos para beber?

Gina riu sem-graça. Esquecera de comprar a bebida. Olhou com vergonha para o namorado e falou num tom de brincadeira.

¬Ups... sabia que estava esquecendo de algo.

Draco riu, levantando uma sobrancelha.

¬Eita Gina... tudo bem... vou comprar umas cervejas amanteigadas, ta?

¬Aham... mas compra também umas garrafas de água, ta bom?

¬Ok... volto em 10 minutos.

E saiu. Gina terminou de fazer a lasanha, e foi sentar-se no sofá da sala esperar Draco. Minutos depois ele chegou com nada na mão.

¬Ufa... comprei algumas coisinhas aqui. Finite Incantatem. – Desfez o feitiço de miniatura e colocou as bebidas na mesa. – Vamos jantar? Estou morrendo de fome.

¬Vamos.

Gina se levantou e foi arrumar a mesa. Jantaram e Draco ficava elogiando a toda hora a namorada, pela comida. Minutos depois de saciar a fome, foram dormir. Estavam tão cansados, que novamente nem se importaram de dormirem juntos (também... quem importaria?).

Ambos estavam tendo uma boa noite de sono, principalmente porque se encontravam sozinhos, num lugar lindo, calmo e aconchegante. Não demorou muito para pegarem no sono e descansarem pra valer.

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