Capitulo 14 – A descoberta de Dumbledore

"Ah Merlim... que será de mim sem Gina? Por favor! Que Dumbledore tenha alguma solução!". Draco pensava angustiado enquanto corria para Hogwarts. Assim que chegou, entrou pela porta principal e lá encontrou Dumbledore, que apenas levantou a mão ao ver que Draco abrira a boca para falar.

- Sr. Malfoy, me acompanhe por favor até o meu escritório.

- Claro. – Respondeu silenciosamente.

Subiram as escadas e chegaram em frente à estatua da sala do diretor.

- Ahn... qual é mesmo a senha? Acho que é... "Lesmas gelatinosas"?

A estátua virou-se e apareceu uma escada em espiral, que levava até a sala. Subiram, e Dumbledore conjurou uma confortável poltrona para Draco sentar-se. Começaram a conversar.

- Então Draco, como ela está?

Ele estava cabisbaixo, com as mãos entrelaçadas. Respondeu fungando o nariz a todo o momento.

- Péssima. Acho que ela não vai conseguir sobreviver. E eu... não conseguirei viver sem ela... que que eu faço, Dumbledore?

Dumbledore juntou as pontas dos dedos, e começou a falar.

- Já descobriu qual é a gravidade do problema?

- Já, é grave mesmo, é um tumor maligno... no pulmão. Pensei que o senhor já soubesse disso...

- Eu sei... eu sei... mas gostaria de ter a certeza.

- E... ? Só isso que o senhor tem pra me dizer?

- O que você quer que eu diga, Draco?

Num impulso de raiva, Draco levantou da poltrona e sem querer gritou.

- Como assim o que eu quero que o senhor diga? Depositei toda a minha esperança numa resposta para a solução do problema de Gina, e o senhor me pergunta uma coisa dessas?

Dumbledore olhava serenamente para o loiro, que estava roxo. Este ficou envergonhado com o desequilíbrio, sentou-se e pediu desculpas. O diretor sorriu.

- Calma Draco. Em momentos como esse, precisamos manter sempre a calma.

- Eu sei, mas como consigo manter a calma, sabendo que a qualquer momento, Gina pode estar morta, e eu aqui, parado...

Dumbledore abaixou a cabeça. Draco mexia em seus fios dourados levemente, procurando pensar em algo. De repente, o diretor se levantou e foi até o loiro.

- Temo que estou achando uma solução... talvez... quem sabe?

- O que? Serio? Diga-me Dumbledore!

- Bom... até onde você está disposto a ir para salvá-la?

- Eu morreria por ela.

- Ótimo. Continue sentado que vou explicar tudo.

Draco estava eufórico. Finalmente conseguiu sorrir após todo o tumulto.

- Anda logo Dumbledore! Estamos perdendo tempo.

- Ok. Você se lembra, no primeiro ano, que apareceu a pedra filosofal aqui em Hogwarts?

- Sim.

- E se lembra também que a pedra é para transformar uma pessoa mortal em imortal?

- Verdade! Onde está a pedra? Diga-me! Eu vou até o inferno procurá-la.

- Calma. – Dumbledore abaixou os oclinhos meia-lua. – A pedra foi destruída.

- Droga... e os criadores da pedra? Onde vivem?

- Morreram...

- Caramba! Então qual é a sua fantástica idéia de salvá-la se a pedra foi destruída e os criadores estão mortos?

- Calma Draco. Eles têm um filho... que mora no Japão, perto do Monte Fugi.

- E... é muito longe daqui?

- Bom... demora quase 2 dias de vassoura...

- Não posso aparatar?

- É muito arriscado... no Japão quase não há bruxos.

- E como você espera que eu chegue sem chamar a atenção de vassoura?

Dumbledore começou a andar em círculos dizendo "Você tem razão", e então, de repente diz.

- É claro. Como não pensei nisso antes... O Harry pode te emprestar a capa de invisibilidade dele!

Draco enrugou a testa. Estava com medo de ir sozinho, porém estava disposto a arriscar tudo para salvá-la.

- Ok. Eu vou até lá amanhã. Por favor, o senhor pode ver com Harry, mas não diga o por que. Não quero que fiquem preocupados, porque eu sei que vou conseguir.

- Fique tranqüilo, Draco. Bom, tem mais alguém por aqui que está disposto a ajudá-lo.

- Quem?

- Olhe para a lareira.

Draco gritou. Estava vendo a cabeça de Lucius flutuando entre as chamas. Ele tinha ouvido toda a conversa.

- Dumbledore, posso aparatar?

Sem responder, assentiu com a cabeça e em fração de segundos, Lucius estava entre eles. Dumbledore dirigiu-se até a porta, abriu-a e olhou para trás, dizendo.

- Acredito que devo deixá-los a sós, pois tem muito que conversar.

E saiu. Draco olhava para o chão, seus olhos cheios d'água. Lucius se aproximou dele, porém nada falou. Draco começou a conversar.

- Encontrei com seu primo hoje.

- É... eu sei. Ele me avisou do estado de Gina, e me chamou para conversar com você.

- Conversar o que? Não tenho nada o que conversar. Estou atrasado. Talvez não chegue a tempo de salvar a pessoa que mais amo nesse mundo.

- Vai salvar. Eu... estou pagando o tratamento.

- Vo-você o que?

Draco agora chorava compulsivamente. Michael tinha razão, seu pai estava mudando. Mas, o que falar?

- Eu entendi agora, qual o verdadeiro significado da vida. Entendi que o poder não é tudo... se não temos alguém para cuidar, para amar, não tem graça. Eu sei que você deve estar pensando. Eu era o pior comensal da morte, o mais desalmado... mas... não sei se Michael te disse... mas a nossa ligação Draco, é muito forte. Você sempre se espelhava em mim... agora é a minha vez. Eu quero te ajudar, Draco. E sei que você vai conseguir.

Um silêncio triste se formou no ar. Ficou assim por quase um minuto, até que Draco finalmente levantou sua cabeça e encarou os belos olhos de Lucius. Realmente, seu olhar agora demonstrava profunda sinceridade. Num impulso desesperador, abraçou o pai.

- Obrigado. – Sussurrou entre soluços.

Lucius o abraçou com força. Abraçou-o de uma maneira que nunca abraçara ninguém antes. Queria dividir sua força, sua alegria, sua vida com seu filho.

- Perdão filho... perdão por nunca tê-lo feito feliz. Prometo que agora tudo será diferente. Acredite. Nunca te dei uma razão para acreditar em mim, mas agora aqui está uma. Sua Gina será salva, e vocês dois viverão juntos para sempre.

Logo após o abraço, sorriram e Lucius entregou um saquinho para seu filho.

- Aqui estão alguns galeões caso precise. Agora vá dormir. Amanhã de manhã parta, e vá o mais rápido que puder. Estarei tomando conta de tudo por aqui.

- Obrigado... pai. Amanhã eu vou querer dar um oi para Gina antes de partir... mas não diga nada a ela.

- Ok. Mas e se com o passar dos dias ela perguntar por você?

- Ah, você é ótimo em inventar desculpas... diga algo convincente. Bom... mais uma vez... valeu... pai!

- Quanta coisa eu perdi... quantos momentos como esse eu perdi... ouvir você me chamar de pai...

- Verdade... mas ainda não é tarde. Bom, boa noite!

- Boa noite... filho.

Draco se retirou, sorriu sozinho, e foi para a sua torre arrumar suas coisas e sua vassoura. Suspirou ao lembrar do rosto de porcelana de sua namorada. Sorriu e pensou "Me espere, Gina... eu vou conseguir. E nós seremos felizes para sempre!"

Terminando de arrumar as coisas, deitou-se e dormiu, pensando "pai... finalmente... pai..."

N/a: Gente, mil perdoes por ter ficado tanto tempo sem atualizar! Eu estava viajando, e quando voltei, não tive mais nenhuma idéia... mas agora aki estão mais dois capítulos e todo o comentário, critica, é mto importante para o meu desenvolvimento! Desde já agradeço a todos por estarem lendo e comentando. É um grande incentivo para mim! Um beijo para todas!