4. Fugindo da detenção
"Quinta-feira,
15 de Setembro
Nome: Virgínia Molly Weasley 5º
ano
Grifinória
Matéria: Poçõ..."
Gina
estava começando sua pesquisa de Poções sobre os
efeitos do líquido de uma escrofulária na Poção
Espanta-Insetos, quando ouviu Colin entrar na sala comunal com seu
irmão, Dênis.
- Oi, Gina. – ele falou chegando mais
perto da mesa dela.
- Olá, Colin. Você já fez
essa pesquisa? – ela perguntou normalmente.
- Já comecei,
mas não atingi os 80 cm ainda...
- O Snape é
realmente um mala, quase um metro de pesquisa... Ele quer matar a
gente de escrever... – Gina reclamou. – Nossa, o que aconteceu
com o seu irmão? – a garota agora reparara que Dênis
estava enlameado dos pés à cabeça.
- Guerra
de Bombas de Bosta... Coisas da idade, mas eu já vou ajudá-lo
a se limpar... – falou meio tedioso – Ah! Eu fiquei sabendo que
vocês fizeram o tal teste de Quadribol, né?
- Foi,
sim... Eu até que fui bem, mas o Harry e o Rony deram azar
mesmo... – comentou Gina recordando.
- Que pena... Mas tomara
que você consiga então! – ele falou animado.
- Não
sei... Muita gente boa nos outros times também... Ah, deixa
pra lá...
- Tá bom, eu vou limpar esse bobão
aqui, até mais.
- Até. – e o garoto subiu com o
irmão para os banheiros.
-
DRAQUINHO! DRAQUINHO!
Pansy vinha correndo no corredor de encontro
a Draco.
- O que foi, Pansy? – ele perguntou meio sem
interesse.
- Você! Você conseguiu! – disse a
menina afobada dando-lhe vários beijinhos.
- Para com
isso! – Malfoy a afastou um pouco – Consegui o quê?
-
Vem aqui! – Pansy o pegou pelo braço e começou a
puxá-lo para a Sala Comunal.
Chegaram lá e Pansy foi
direto na direção do quadro de avisos. No canto
superior tinha um aviso da Comissão de Quadribol de Hogwarts,
que dizia o seguinte:
Parabéns!
Os
dois alunos escolhidos pela Comissão de Quadribol de Hogwarts
para o pequeno serviço à escola são:
Draco
Malfoy – Sonserina - 6º ano; e
Virgínia Molly
Weasley – Grifinória – 5º ano.
Parabéns à
esses dois talentosos jogadores de Quadribol. Os escolhidos ganharam
automaticamente 30 pontos cada um para a sua casa. Pedimos aos
ganhadores que compareçam à sala da Profª. Minerva
McGonagall, neste próximo sábado, às 18:30 para
esclarecimentos a parte.
Gratos, Comissão de Quadribol de
Hogwarts.
Draco
terminou de ler e fez uma cara convencida.
- É claro que
seria eu... – falou.
- Você conseguiu, Draquinho! –
cantava Pansy se pendurando no pescoço do garoto.
- Menos,
Pansy, por favor... – ele disse arrogante, e depois completou com
cara de nojo – Por que a Weasley? Droga...
-
E... Eu... Eu con... consegui...
Gina estava surpresa com o recado
no canto do quadro de avisos.
- É isso aí, Gina!
Parabéns! – disse Hermione contente.
- Mas... Por que o
Malfoy? – perguntou Rony emburrando.
- O quê! – Gina
não havia reparado nesse ponto do aviso. – Ah, não!
Ah, não! Por que comigo? Tinha de ser o Malfoy? – começou
a lamentar.
- Ainda é tempo de desistir... – sugestionou
Rony esperançoso.
- Rony! – reclamou Mione – Claro que
a Gina não vai desistir! Ela não precisa ligar para o
que o Malfoy fala, ele é um idiota e todos vocês sabem
disso.
- Não é sempre que se tem uma oportunidade
assim de privilegiar a Grifinória. – comentou Harry.
-
Ok, ok! Mas se ele encostar um dedo em você, Gina, pode vir
falar comigo que eu...
- Que você não vai fazer nada,
porque eu não sou um bebê! – completou Gina.
Rony
soltou um resmungo e se virou novamente para o seu pergaminho na
mesa. - Se vocês me dão licença, eu vou jantar. –
disse Gina sorrindo para Harry e Hermione.
E saiu pelo retrato da
Mulher-Gorda.
"Malfoy
estúpido! Ele não podia ter sido escolhido!" pensava
Gina saindo do Salão Principal depois da janta. Quando ia
virar num corredor começou a escutar:
- Vem, Draquinho.
Vamos comemorar que você foi escolhido... – falava a voz de
uma garota melosa, que Gina reconheceu como Pansy Parkinson.
-
Não, Pansy. Eu tô cansado, vai pra Sala Comunal que
daqui a pouco eu vou. – falou a voz de Malfoy com um pouco de
irritação.
- Ah... Vem comigo, Draquinho. Eu to
carente de beijos seus... – ela insistia melosa.
- Não,
Parkinson! – ele falou começando a ficar bravo – Vai na
frente, depois eu te encontro!
- Ai! Tá bom então...
– e ela saiu emburrada.
Gina pôde ouvir Malfoy resmungando
alguma coisa sobre a Parkinson, e se perguntou, se eles eram
namorados, por que Malfoy agia assim?
Ele deu alguns passos e
virou o corredor, dando de cara com Gina.
- Olhe quem temos
aqui... – começou Malfoy – a "talentosa" jogadora que
foi escolhida comigo.
- Para, Malfoy, eu to avisando... –
alertou Gina.
- Você vai pedir ao Dumbledore um salário
pelo serviço que vamos fazer à escola? Quem sabe assim
você consegue sustentar sua família.
- Não
coloque a minha família na discussão! – bradou Gina –
E aliás, Malfoy, você pode me responder a uma pergunta?
Quanto você pagou para a comissão para ser escolhido? Ou
será que você apenas os ameaçou com alguns
comensais?
- Olha, Weasley, ao contrário de você, eu
até poderia pagá-los. Mas eu usei a minha experiência
em quadribol para ganhar, e não uma dancinha cheia de voltas e
alguns arremessos que por sorte entraram nos aros.
- Agora você
falou duas novidades: primeiro, que eu saiba, não se tem sorte
em quatro arremessos seguidos; e segundo, desde quando você tem
alguma experiência em...
-Shh! – Malfoy tapou com tudo a
boca de Gina.
- Sinto falta dos velhos castigos dessa escola... –
ouviram Filch resmungar se aproximando deles.
Os dois se
entreolharam. Gina, vendo que Malfoy não iria fazer nada,
pegou forte no braço dele e começou a puxá-lo na
direção oposta à de Filch.
- Ai! – ele
reclamou baixinho.
- Shhh! Fica quieto! Vamos sair daqui! –
Gina murmurou para ele.
Os dois viraram mais um corredor e
pararam. Olharam para os lados e o lugar mais seguro que viram foi a
sala escura de Transfiguração, que estava entreaberta.
Gina ainda segurava o braço de Malfoy quando deu um
empurrãozinho na porta. Ele se desvencilhou dela um pouco
corado. A porta se abriu e não havia ninguém lá
dentro. Entraram rápido e fecharam a porta. A sala estava
levemente clareada por alguns lampiões acesos.
- Por que
você fez isso? – perguntou Malfoy irritado.
- Shhh! –
Gina o silenciou.
Ouviram Filch passar resmungando e Madame Nora
junto com ele.
- Pronto... – suspirou Gina.
- Por que você
fez isso! – repetiu Malfoy bravo.
- Você preferia ter
ficado lá? – perguntou a garota irritada.
- Não,
mas você não precisava ter me puxado daquele jeito!
-
Se eu não tivesse feito isso, você ainda estaria lá
parado com cara de bobo.
Gina sentou em uma carteira, enquanto
Malfoy, de pé, a observou. De repente começou a dar
risadinhas irônicas.
- A propósito, Weasley, você
só me trouxe com você por que tem medo de ficar sozinha,
ou por que você não resiste a ficar muito tempo longe de
mim? – zombou o garoto.
- Cala a boca, seu ridículo! –
Gina falou ficando vermelha. – Eu preferia estar com um trasgo do
que com você!
- Sério? – ele perguntou provocando
ela – Então por que você simplesmente não me
largou lá e fugiu sozinha?
Gina corou mais ainda.
- Pode
dizer que você não resiste aos meus encantos, eu vou
entender...
- Seu convencido! Foi só porque você me
ajudou no primeiro dia. – ela disse irritada.
- Do que você
tá falando...? Quando foi que eu te ajudei, cabeça oca?
– ele zombou meio confuso.
- Você me levou na enfermaria
depois que acertaram a pedra na minha cabeça. – ela disse
corada. – Ou não foi você? – perguntou ela
esperançosa. "Diz que não foi. Diz que não
foi."
- Como você sabe disso! – ele perguntou assustado
e corando.
- Ué, a Madame Pomfrey te viu saindo de lá.
"Mas
que droga! Eu podia jurar que ela não tinha visto! Agora a
Weasley tá achando que eu ajudei ela! Mas... eu ajudei ela.
Não, não, e não! Eu odeio ela, eu fiz aquilo sem
pensar direito! É isso!" pensava Malfoy.
- Aliás,
Malfoy, por que você me ajudou? – ela perguntou mais calma.
-
Esquece isso, Weasley. Eu não te ajudei, você não
me ajudou! – ele falou nervoso e muito corado agora.
- Tudo bem,
pense como quiser. Agora eu vou sair daqui antes que dêem por
minha falta lá na Sala Comunal.
- Eu também vou
embora, antes que a muita convivência com você faça
eu pegar sua burrice. – riu-se Malfoy saindo na frente dela.
- E
eu a sua arrogância! – falou Gina brava indo para o lado
oposto.
"Malfoy... Hunf!" pensou ela.
"Weasley... Tsc,
tsc." pensou ele.
N/A: Que bonitinho, os dois se odeiam... Mas, confessando, nenhuma garota resistiria ao encanto do Malfoy (hihihi... brincadeirinha!)! Mas esses dois não podem admitir que se ajudaram, então acabou ficando por isso mesmo... O próximo capítulo é emocionante de tão tedioso, apesar de fofinho, é bem tedioso. Por favor, comentem e deixem seus reviews, nem que sejam críticas. Obrigada, Ten-Ten.
