A missão era simples, ele daria conta.

Bastaria invadir uma base de Kingdom Corporation, chamada Ice box, recuperar a mascará e vazar dali. A teoria era fácil. Abre uma fenda, entre na base, sabote a câmara, roube a máscara e vase dali! Depois só abrir uma nova fenda e sair.

Ele havia se preparado a meses para isso, desde sua primeira viagem a aquela realidade. Tinha arquitetado e estudado cada detalhe e pessoa várias e várias vezes, e hoje ele iria por tudo isso em ação.

O primeiro passo seria manipular o véu dimensional e ir até ao Icebox. Ele havia calculado o local mais seguro para um intruso aparecer de um portal azul aberto no ar, o banheiro masculino. Afinal em uma base militar cientifica onde pessoas manipulavam radianita o tempo todo, coisas estranhas aconteciam nos banheiros com muita frequência.

Pistola carregada, escudo pronto. Hora da ação.

Ele abriu a fenda e entrou nela, aquela revirada no estomago ao se teletransportar e pronto, estava em cima de uma privada em um nicho do banheiro. Ele deu sorte, o local estava vazio e pelos seus cálculos, ele estava no andar de cima da câmara da armadura, bastava acessar o corredor a esquerda e entrar no elevador. Ele olhou seu relógio, aquele programado a hora para aquela dimensão, pelo horário todos estariam no refeitório, o que significava que os corredores estariam quase vazios, seria mais fácil de passar despercebido.

Ao acessar o corredor, ele entra na primeira sala da direita, onde a placa dizia 'Laboratoria 4 – Criogenia – Dr Johnson'. Pelo que havia estudado, A sala estava vazia pois o Dr estaria de férias na ilha Breeze, havia um armário com jaleco branco que logo ele vestiu, na mesa havia vários documentos, ele não era cientista, mas não precisa ser um para entender que aquilo se tratava de pesquisas sobre mutações de humanos com radianita. "Estão mesmo criando novos radiantes... patéticos" ele sussurrou.

Procurando mais um pouco ele achou o cartão de acesso do Dr Jhonson. Aquilo seria o suficiente para liberar o elevador. Pegou uma prancheta para compor seu disfarce e saiu rumo ao elevador.

Saindo da sala ele cruzou o corredor rapidamente, a missão estava mais tranquila que esperava até então, quase chegando no corredor ele cruzou um cientista, mas imitando a postura do mesmo (apenas olhar fixamente pra a prancheta) passou quase que invisível por ele.

Ele entrou no elevador, passou o cartão de acesso no leitor e o painel acendeu o teclado, onde ele digitou o andar abaixo. Pronto, ele estava quase no fim. Agora era a parte mais difícil de sua missão. Ele teria que entrar na sala de segurança de pesquisa, despistar pelo menos dois seguranças, pegar a mascara e sair. Aquilo seria o desafio.

O Elevador parou e abriu a porta, dando visão para um hall de entrada cinza com um quadro branco, escrito o nome de alguns cientistas, provavelmente era o controle manual de entrada, o ultimo nome escrito era Dr. Paul.

A porta de segurança estava fechada, logicamente, ele primeiro visualizou pela janela de vidro, viu uma pessoa sentada com o rosto quase grudado no computador e outras dois homens próximos, mas esses vestiam uniforme de segurança.

Agora ele deveria ser rápido, seu coração estava disparado. Ele respirou fundo, tirou o jaleco deixando cair no chão, ajeitou sua jaqueta azul e suas luvas. 'É hora do show' pensou.

Passou o cartão na fechadura, a porta se abriu e toda a ação foi incrivelmente rápida e profissional.

Primeiro ele abriu a mão, um orbe azul surgiu de sua palma, ele jogou a orbe no meio da sala, a orbe explodiu em uma luz, cegando a todos. Quando recuperaram a visão, os dois seguranças viram uma silhueta correndo em direção ao cientista, não hesitaram em atirar, mas quando a bala acertou a silhueta, novamente foram cegados por uma explosão de luz. Ainda atordoados, ouviram um barulho ao lado deles, ao procurarem a fonte, viram que a câmara da armadura havia sido quebrada, e um sujeito vestido de azul, com um topete alto segurava a máscara. O som da sirene de segurança gritava por todos os lados, os dois seguranças também "Parado aí", apontando as armas para o sujeito, ele sorriu, e piscou para um deles, então em um movimento das mãos ele abriu uma estranha fenda azul no ar e entrou por ela. Antes de desaparecer por completo, conseguiu ver pro relance a imagem de uma mulher ruiva na porta da sala, e aquilo lhe chamou a atenção.

A Fenda fechou e ele estava de volta em seu quarto. Segurava uma mascara na sua mão. Aquilo seria um passo importante para descobrir sua origem. Mas não era isso eu intrigava o rapaz naquele momento. Sua mente estava na moça ruiva da porta do laboratório. Ela não estava nos seus registros do Icebox. Ela não estava nos planos... Quem era ela?