- Capítulo dois –

Serial Killers?

- Pool, Pool o almoço está pronto meu filho.

- A sim mamãe eu já irei descer. – disse Pool esfregando os olhos.

Durante todo o almoço os dois não trocaram nenhuma palavra, quando comiam a sobremesa o telefone tocou quebrando o silêncio da casa. Pool ofereceu-se para atender.

- Sim, como vai senhora Watson? – Pool ficou uns dez segundos ouvindo ao telefone, da mesa a mãe olhava curiosa.

- Não, não esta. Ainda não chegou em casa, mas...

Após ouvir.

- Sei, o treinador disse que queria conversar com ele.

Ao fim de outra pausa.

- Então não faço idéia, não cheguei a falar com ele depois do treino.

Mais um instante a escutar, olhando para a mãe, que já estava começando a se preocupar.

- Mas se a senhora quiser, eu posso ir ao colégio ver se ele ainda está lá.

Com a mão, fazendo um gesto que mostrava que estava prestes a desligar.

- Não tem o que agradecer senhora Watson, outro para a senhora também, mande lembranças ao tio Júlio e a pequena Nina.

Ao desligar, Pool avisou a sua mãe que iria correndo ao colégio para ver se Jack ainda estava lá, pois não havia chegado em casa, e nem ligara para avisar que iria se atrasar, saiu correndo e nem esperou sua mãe dizer nada. Pool sentia que algo estranho teria acontecido, Pool desejou ter esperado Jack depois do treino. Assim ele saberia o que teria acontecido se Jack era sempre tão responsável.

Um tanto preocupado, Pool andava muito rápido como se fosse correr, ao chegar à escola, viu que Tony estava sentado nos bancos do jardim, um menino de sua turma, era muito calado, esquisito não falava com ninguém, era muito magro e tinha umas olheiras bem fundas. Porque será que ele ainda esta aqui? – perguntou-se Pool.

- Tony, Tony! – gritou ele.

Tony, porém, parecia nervoso que nem ouvia Pool gritar, ele continuou sentado apertando a mochila contra o corpo, olhava fixamente para Pool, enquanto este se aproximava.

- O que ouve?

- Na-nada!

- Escuta, você viu o Jack por ai? – perguntou Pool coçando a nuca – Ele sumiu depois do treino e ninguém sabe onde ele está.

- E-eu não sei de nada, eu não sei de nada! – gritou Tony assustado, e saiu correndo, em direção a saída da escola.

- Tony, espera! Tony! – gritava Pool - o que será que deu nele? Ele é esquisito mais nunca o vi assim, cara maluco esse! – disse Pool sozinho.

Pool decidiu ir ao vestiário, onde tinha visto Jack pela ultima vez, ao entrar lá sentiu um forte cheiro que vinha dos chuveiros, com a respiração rápida e em passos lentos, Pool percebeu que o ultimo chuveiro ainda estava ligado e que haviam manchas no chão.

- Sangue! – murmurou ele.

Viu também que tinha alguém caído no chão, cada vez que Pool se aproximava o cheiro ficava mais forte, ele suava frio, observou que tinha um canivete de bolso caído no chão sujo de sangue, tinha o cabo de madeira, quando chegou próximo ao corpo, ele não acreditou, era Jack, caído com cortes no peito, bem profundos, ele olhou mais uma vez para o canivete, lá estava à prova do crime.

- Não, não pode ser não é possível, Jack! Jack! – gritava Pool.

Se afastando do corpo, ele pos a mão na cabeça, e sentiu o banheiro girar, ate que dona Lurdes a servente os encontrou chamou a ambulância e levou Pool a enfermaria do colégio.

Ao acordar Pool viu que sua mãe muito nervosa conversava com o diretor, que por sua vez expressava os mesmos sentimentos, rapidamente ele fechou os olhos e fingiu ainda estar desacordado.

Isso não é possível, como alguém pode ser tão cruel, a ponto de matar um garoto tão inocente, ele tinha apenas 17 anos – disse encabulada dona Laura.

- É sim – disse senhor Wagner, com o indicador e polegar no queixo – mas o que me intriga, é que ele morreu da mesma forma violenta que Jorge.

- O que tem o assassinato de meu marido haver som isso? – perguntou Laura nervosa.

- Vamos Laura não seja tola, nós dois sabemos que quem matou Jorge e Jack forma a mesma pessoa, ate porque, foram assassinatos muito parecidos, ambos com arma branca, pode se tratar de um assassino em série, um Serial Killers como dizem os americanos. – disse Valter olhando fixamente para Pool.

- Creio que não, eu vou ver meu filho essa conversa esta me dando náuseas, filho? Já acordou! Como esta meu amor?

Pool já havia aberto os olhos, o seu coração estava apertado lhe dava vontade de chorar, meu Deus, meu amigo, porque será que com ele? – perguntou Pool em pensamento.