Seja bem-vindo ao mundo encantado do SLASH! Não gosta? Vai passear então, meu anjo! Quem perde é você!

Tem mais de 18? Quer ficar? Ok então, mas vou logo avisando, a coisa vai ficar séria aqui...

Os livros de Harry Potter pertencem, porra, todo mundo sabe a quem eles pertencem... Eu só estou sugerindo uma visão mais picante da coisa.

Adorarei receber reviews... Espero que gostem!

Cella Monny


Cap. 1 - "Perversão"

O sol estava prestes a nascer quando Lucius Octavius Malfoy, um dos mais ilustres membros da alta sociedade bruxa aparatou nos jardins de uma de suas propriedades. O homem, que estava por volta de seus trinta anos, tinha a expressão cansada e tensa, e não era costumas que ele chegasse aquele lugar, seu refúgio, de outra forma.

Caminhou até o portão da majestosa mansão de pedra, a passos firmes e imponentes, que escondiam a dor ainda pungente no joelho esquerdo, conseqüência de uma ação na noite anterior.

Lucius, um homem de muitas vidas, de muitas faces.

Ele sorriu débil ao se aproximar do portão. De todos os mundos que habitava, o que havia por trás daqueles muros, era sem dúvidas o seu preferido. Ali ele não era apenas um bem nascido de sangue-puro, não era o marido acostumado ao tedioso casamento de cinco anos, administrador de uma fortuna, seguidor fiel e submisso do grande Lord das Trevas, ali ele era o próprio...

- Milord! – Se curvou em reverência, um homem bem vestido, quando a enorme porta de madeira rústica, abriu-se para sua passagem. – Que bom que chegaste. – Disse esse quase eufórico, antes de se aproximar para tirar e guardar o casaco de Lucius.

– Eu o trouxe como o senhor ordenaste. Está no salão a sua espera. Será mais um aos seus pés, meu amo. – Comunicou.

A mão pálida se ergueu e com a parte externa da mesma, Lucius acariciou gentilmente o abnegado homem, que cerrou os olhos em delírio com aquele simples toque.

– Bom trabalho Vicenzo, você será recompensado por isso. – Falou achando graça da comoção do outro que agora sorria. Depois removeu a mão abruptamente. – E os outros? –Perguntou seco.

- Todos a sua espera, desde ontem Milord, como animais obedientes. Estão lá em cima, quando os quiser... – Falou.

- Mais tarde... – E saiu em direção ao salão. Podia sentir a adrenalina invadir seu corpo, como um experiente caçador a abater mais um caça.

Encontrou, a andar de um lado para o outro do salão, um outro homem, ao menos uma década mais velho do que ele, por volta dos quarenta era provável. Ao vê-lo entrar o homem parou e o encarou com um misto de ansiedade e raiva no olhar. No enorme salão havia apenas uma poltrona e Lucius se sentou, se regozijando daquela visão.

- Olá Andrews, espero que não o tenha feito esperar muito. – Falou em tom de ironia, sabia que o outro havia passado a noite a sua espera.

- Chega de rodeios Lucius, afinal o que você quer comigo? – O outro estava alterado o que fez Lucius sorrir, acompanhado de Vicenzo, que agora estava de pé na entrada do salão.

- Você acha isso engraçado não é? Tem se divertido as minhas custas não? – Gritava.

- A verdadeira diversão ainda está para começar Andrews, não tenha tanta pressa. – Encarou o homem, que pode sentir frio com aquele olhar. – Vi, onde está meu drink? – Perguntou irritado.

- Ah sim, perdão Milord. Eu me distraí por um instante. – Disse o lacaio imediatamente erguendo sua varinha e fazendo aparecer em suas mãos uma bandeja e um copo com uma dose dupla de wisky.

Lucius pegou o copo que lhe foi oferecido e bebeu sem pressa um gole.

- Mantenha-se mais atendo Vi. Você não quer me ver irritado, quer? – Ameaçou o outro.

- Não Milord, isso não voltará a acontecer.

- Agora, saia de perto! – Empurrou-o. – Onde estávamos mesmo? – Perguntou para o outro que parecia um tanto incomodado com o que tinha presenciado. Estava acostumado a ver tamanha submissão partir de elfos domésticos, não de pessoas, ainda mais de alguém como Vicenzo McPhibes.

- Me diga de uma vez o que você quer de mim, o porque de todas aquelas ameaças. – Falou, mas agora com os olhos em Vicenzo que voltara para seu lugar na entrada do salão.

- Ora, não seja exagerado, não foram ameaças, foram avisos. – Pontuou.

- Ande Malfoy, acabe de uma vez com isso, me diga o que você quer!

- Eu não teria tanta pressa em seu lugar, mas já começo a me entediar desse joguinho... Vi, traga-me os documentos para o ilustre Inspetor conferir.

Vicenzo obedeceu, sumiu por entre os corredores mas em poucos segundos voltou, agora com uma pasta preta nas mãos, que entregou diretamente nas mãos do homem de pé.

- Isso é só uma parte. E são cópias é claro. Incrível como pessoas aparentemente moralistas podem ser tão corruptas, gargalhou. Andrews folheava os inúmeros documentos na pasta sem acreditar no que estava vendo.

- Isso é mentira! Você forjou tudo isso. – Gritou.

- Não seja tolo! Você poderia conferir isso em poucos instantes... Lamento se seus parentes eram tão amadores. – Riu. – Não me entenda mal, eu até admiro tudo isso. Faria o mesmo se não tivesse já nascido no topo. Mas sabe que até mesmo meus ancestrais tiveram que cometer certas, digamos, infrações, para fazer de meu sobrenome o que ele é hoje...Só que eles não deixaram rastros. Eu sei, eu mesmo investiguei.

- O que você pretende fazer com isso? – Perguntou o outro o medo já tomando conta de si. – Eu tenho família Lucius, por favor, isso destruiria a vida dos meus filhos, meu pai já é um homem doente, ele não pode ser preso...

Lucius o olhava indiferente.

- Eu te dou o que você quiser, todo meu dinheiro, tudo... – Se desesperou.

- Pois bem, aqui chegamos. Eu não me canso dessa cena. – Falou para ninguém em especial.

- Me diga o que você quiser e eu farei, mas por favor, não divulgue nada disso. Seria o fim – Ele sacudia a pasta em agonia.

- O que eu quiser, Andrews? – Repetiu apreciando cada segundo. – Você não pareceu tão solicito a um ano atrás quando eu precisava apenas da sua assinatura para expandir meus negócios...

- Então você está se vingando de mim, por isso? Eu não tinha como autorizar aquilo Lucius, eu perderia meu emprego...

- Não, não se trata de vingança propriamente...Se trata apenas de te colocar no seu devido lugar, seu inspetorzinho de merda! - Gritou, mas logo retornou ao seu tom normal. – Você não faz idéia do prazer que me gerará acabar com você e com sua familiazinha...

- Por Merlim, Lucius. O que você quiser...Apenas peça... – O sujeito já estava a beira das lágrimas.

- Vocês são todos uns fracos mesmo! – Desprezou. – Mas eu sou uma pessoa muito generosa. Talvez eu possa aceitar sua proposta...

- Por favor. Eu faço qualquer coisa.

- Qualquer coisa, Andrews?

- Qualquer coisa. – O homem confirmou.

- Ótimo. Tire a roupa! – Ordenou.

O homem espantado reagiu. – O que?

- Eu vou dizer apenas uma vez meu caro. Se você realmente não quer que essas informações venham a público, daqui pra frente, você me servirá de todas as formas que eu desejar, na hora em que eu desejar. Eu farei o quiser com você, te ensinarei a ser mais humilde. E eu posso te garantir que será muito agradável, para mim é claro. – Sorriu. – É isso, ou papai na cadeia, as filhinhas expulsas e desprezadas, mulherzinha se suicidando, ouvi dizer que elas tem umas tendências... – Comentou Indiferente. - O que vai ser?

O homem sentia-se vivendo um pesadelo, um experiência extra-corporal, olhou para Vicenzo ainda imóvel na porta e tudo fez sentido. Cerrou os olhos por um instante, tentou pesar as duas coisas e decidiu. Entre a desgraça de seus entes tão queridos e se tornar um refém, um escravo dos desmandos de Malfoy, só havia uma única escolha possível.

- Eu escolho lhe servir. – Aquilo não podia ser chamado de escolha.

- Como eu disse, são uns fracos, tolos... – Falou sem se surpreender. – Pois então, voltemos para onde paramos. Dispa-se, quero ver minha nova aquisição. - Ordenou.

- Sim senhor. – Falou o humilhado e agora trêmulo homem, enquanto começava a tirar o cinto, sob os olhares pervertidos e curiosos de Lucius.

- Vi, meus sapatos. – Falou e Vicenzo se ajoelhou imediatamente a seus pés a fim de desamarrar sua botas. Lucius sentiu novamente o joelho doer quanto o outro ergueu sua perna, mas não disse nada.

Servir ao inominável mestre da escuridão não era uma função que permitisse frescuras. Pensou nisso e sentiu por um instante o corpo gelar, logo sentiria o braço queimar e deveria se apresentar perante seu senhor para prestar explicação sobre o fracasso da última ação. Lord detestava não ver suas ordens cumpridas, alguém certamente seria punido.

- Mais alguma coisa, Milord? – Vicenzo trouxe sua atenção de volta ao salão.

- Sim, mande uma coruja a minha casa, diga a Narcisa que cheguei bem a qualquer lugar... Depois, vá aquecer minha cama... – Sorriu malicioso – Esse aí não saberá me satisfazer... – Comentou enquanto observava cada parte do homem nu em sua frente. Tomou mais um gole de seu drink, largou o copo nas mãos de Vicenzo que não tardou em ir cumprir satisfeito as novas ordens, e caminhou até Andrews que involuntariamente deu um passo para trás.

Lucius sorriu. – Você vai acabar descobrindo meu caro, que a melhor coisa é aprender a gostar.


Ah o poder, quem pode, pode... Juro não demorar muito para postar outro capítulo, mas eu preciso saber se alguém vai querer ler isso ou não. Comentem! Cella Monny