Confissões para um anjo

Conte-me a verdade
Me diga o que quero saber
Fale comigo
Me deixe fazer parte de sua vida
Quero conhecer sua historia
Não minta pra mim...
Por favor.

Posso sentir as lagrimas
Que a cada noite mancham meu rosto
Toda noite que te vejo
Sempre frio
Sempre distante
Me diga, quando vai olhar pra mim?
Não como um protetor, mas como um amante...
Por que cria essas barreiras, toda noite

Você me confundi tanto
Você me aparece
e depois some
Por que?
Me dirija palavras de carinhos...
Por que você não faz isso?
Chega e fala o que quer, e depois some

Me protege...
Mas nunca me ama
My Angel...
Onde você está
que não me abraça neste momento?

Em Angel?

Buffy levantou-se da cadeira onde permanecera sentada, em passos lentos, que quebravam o silencio da madrugada nebulosa, caminhou ate a janela. Olhou para a rua, com dificuldade graças a neblina que pairava em sua casa. Fechou os olhos e apertou delicadamente o colar em seu pescoço, podia sentir naquele crucifixo a proteção que Angel sempre lhe dava. Uma lagrima escorreu pelo seu rosto. Sim, proteção, mas não amor. Pelo menos era isso que pensava, não tendo idéia de quanto estava enganada.

Olhou para a mesa em seu quarto, em cima o poema que acabara de escrever. Sentiu os olhos pesarem de sono, já havia feito a ronda e seus deveres escolares, decidiu deitar-se.

Logo adormeceu.

Uma figura apareceu a janela. Por mais que esta tivesse aberta, só pode deslumbrar-se da paisagem de vê-la dormir de longe, afinal, ainda não havia sido convidado a entrar, não era apenas inapropriado entrar no quarto daquela jovem de 16 anos sem ser convidado, seria impossível, sendo ele quem era.

Um vento forte passou por ele entrando no quarto. Logo após voltando, mas carregando para perto do rapaz algo, uma carta. Não, ao ler viu que não se tratava disso, tratava-se de um poema, escrito em segredo, e que nunca deveria ter sido entregue pelo destino - ou seja, lá o que provocara aquele acontecimento – em suas mãos.

Mas ele recebera.

E ele lera.

Não pode segurar o sorriso, ela lhe correspondia, correspondia aquele nobre sentimento. Mas não devia. Afinal, ele era um vampiro, ela era sua caçadora, apresar de desconhecer tal fato.

Ele era Angel, ou Ângelus, tal como preferir.

Ela era Buffy.

Nunca poderia dar certo, nunca aquele amor poderia se concretizar.

Deixou o poema preso na janela, para que a jovem o encontrasse quando acordar. E desapareceu pela noite, ainda tendo em mente as palavras escritas naquela folha de papel, e a bela paisagem do rosto de Buffy ao sonha naquela madrugada nebulosa.

espero q tenham gostado dessa historia minima...

bjus DarlaD