Título: Velha Infância
Disclaimer: Infelizmente HP não me pertence, caso contrário Pontas e Almofadinhas eram meus também...E nem a música, que é dos Tribalistas
Fanfic: by Marismylle, especial para o Dia dos Pais
Era um quarto de bebê, na verdade, um bebê bruxo. As paredes eram revestidas de papel de parede na cor azul clarinho, com vários quadrinhos de pelúcios que se mexiam, flâmulas de um time de quadribol chamado Pudlemere United, e um móbile pendurado na parede com motivos de quadribol: pomo, vassouras e balaços pareciam flutuar acima do berço a um canto. Portanto, o bebê era um menino bruxo.
Esse bebê estava sendo acalentado por seu pai, um bruxo alto, moreno, de cabelos espetados e olhos castanhos. Thiago Potter era um auror muito respeitado no mundo bruxo. Havia feitos incríveis de sua autoria. Mas, no momento, ele estava tendo dificuldades em uma outra missão: fazer o pequeno Harry dormir.
-Ai filhote, dorme. Amanhã papai precisa acordar bem cedo para ir trabalhar.
Mas em vão. O pequeno não queria saber de dormir tão cedo. Parecia estar rindo das caretas de sono de seu pai.
-Caramba, Harry. Você só judia de mim! Ontem a sua mãe te colocou rapidinho para dormir. Por quê eu não consigo? Já te dei mamadeira, você já arrotou, já te troquei as fraldas, já contei uma história, que mais eu posso fazer? Ah, já sei! Que tal uma musiquinha?
Thiago pegou Harry no colo, aninhando-o bem em seu peito e perante a cara de indagação do pequeno, começou a cantarolar uma canção trouxa que lembrava a Lilly:
Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Thiago fazia carinhos na testa de Harry, brincando com os fios ainda ralinhos, enquanto o bebê colocava o dedão na boca, aconchegando-se ainda mais no colo de seu pai.
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
Thiago passeava por todo o quarto, como se estivesse numa coreografia imaginária, onde o único expectador era seu filho, seu grande tesouro. Harry começava a ficar com sono, mas a sua teimosia era incrível.
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
De a gente brincar
Da nossa velha infância
Os olhos do pequeno Harry piscavam com mais intensidade, e suas mãozinhas já balançavam ao lado do corpo, molemente, indicando que o sono estava vencendo a grande batalha naquele quarto.
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Depois da última estrofe, Harry finalmente dormiu. Thiago colocou-o no berço, cobriu-o com a pequena manta azul, deu um beijo no filho e disse:
-Durma bem, meu filho.
-/-/-/-
-Nossa, Harry! Parece que você acordou de tão bom humor hoje! Aconteceu alguma coisa? Ah, já sei! Sonhou com uma menina, acertei?
-Errou feio, Rony! Eu sonhei que meu pai cantava uma música para eu dormir.
-Só isso? Pensei que fosse algo mais interessante.
-Seu bobo! Para o Harry, isso é muito importante, esqueceu?- disse Mione.
-Ah, ta, desculpa aí cara.
-Que nada.
Bom, uma singela homenagem para o dia dos pais. Espero que tenham gostado.
Feliz Dia dos Pais
Marismylle
(14/08/05)
