Cap 2 O gato fujão.

Severo começou a tratar das feridas do gato, jogou uma poção que limpou o sangue e estancou a ferida e enfaixou a perna do gato, ele reparou que o gato tinha uma coleira e um uma espécie de pingente que trazia um nome "pingo", Severo pensou que se tratasse de um gato abandonado. A mãe de Severo entrou em seu quarto e perguntou.

Severo que esse gato tá fazendo aqui? E onde você o achou? - O gato estava deitado na cama de Snape ronronando alto e lambendo sua pata esquerda.

Estava no jardim mãe, ele machucou a perna e eu tratei dele, acho que devem ter abandonado o coitado.

Ele é bonitinho! Vou botar uma água pra ele. Os dois desceram, Severo estava com o gato no colo, Victória arrumou um potinho com água e deu para o gato beber, " pingo" rapidamente bebeu toda a água, depois roçou e miou nas pernas de Snape.

Eu vou ficar com ele já que não tenho nenhum animal de estimação por causa daquele...- Severo falou raivoso para a mãe.

Aí filho! Eu também gostaria que ele ficasse, mas você sabe o seu pai, ele só gosta daquela coruja velha dele a "fedora", e ele não ia querer gato aqui.

Eu fico com ele escondido, mãe!Escondo bem e levo pra Hogwarts, ele nunca vai ficar sabendo. - Severo ainda falou de modo raivoso.

Severo então que esconda bem mesmo, eu não quero ver seu pai...- Victória tomou ar e com a voz embolada continuou. – Te machucar.

Giuleta já tinha virando a casa do avesso estava o procura de algo, voltou até a cozinha onde estava Tina, sua empregada e fez novamente a mesma pergunta.

O "pingo" voltou? Perguntou preocupada.

Não Julinha, nós não vimos mesmo o "pingo".- Falou Tina

Eu o procurei no jardim todinho, na sala, no escritório do meu pai, no meu quarto, na casa toda! Ele não é de sumir assim!.

Mas Julinha você sabe que os gatos são assim mesmo, eles gostam de sair por aí. -Disse Tina.

Giulieta subiu para seu quarto, foi abrir a janela por causa do calor viu a mansão Snape, e sua aparência assustadora uma casa com paredes cinza e árvores retorcidas no jardim, do seu quarto via um quarto quase como o seu com uma sacada do lado de fora e uma janela alta, uma janela que funcionava também como porta, nesse quarto viam se as cortinas escuras que o cobriam. Giulieta teve um "click" e pensou "Credo e se o pingo tiver lá, aí meu Deus", foi interrompida em seus pensamentos pela mãe que chegou de repente em seu quarto causando em Giulieta um susto.

Ahhh! Mãe é você, que susto mãe!

Filha que foi? Assustou-se por que?

Ah, mãe tava pensando numas coisas aqui.

Por causa do "pingo"?

É, a Tina te falou?

Que ele sumiu, e que você ficou revirando a casa toda atrás dele? Sim Julinha, ela me falou, mas filha fica calma uma hora ele aparece você tá cansada de saber que gato é assim mesmo.

É mãe, mas e se ele foi parar no vizinho? E apontou para o lado direito da janela.

Ué filha que tem o vizinho?

Mãe olha a casa aqui do nosso lado direito, mãe olha! - Giulieta apontava seu braço esquerdo freneticamente em direção à janela.Sonia foi até a sacada e olhou a casa.

Realmente é bem estranha. Ninguém de bom senso colocaria essas árvores tão feias no jardim.

Então mãe, se ele foi pra lá imagina o que devem ter feito com ele, não gosto nem de pensar!- Giulieta falou num tom choroso.

"Pingo" já estava bem melhor, Severo passou praticamente a tarde toda brincando com o gato.Para Severo era agradável ter a companhia dele, afinal "pingo" não ria dele, não o chamava por nomes como "ranhoso", e não gritava com ele e disse ao gato.

"Pingo" mas que nome feio pra um gato você devia ter um nome melhor. – Você vai ficar comigo, vou levar você pra Hogwarts! - Severo tirou a atadura que tinha colocado no gato, pois a perna dele já estava melhor. Ele deixou o gato andando pelo seu quarto, quando se levantou para fechar a janela do quarto, que estava soltando um rangido barulhento por causa do vento algo lhe chamou a atenção na janela entreaberta.De seu quarto se avistava um dos quartos de hospedes dos Lestrange, mas parece que ali não era mais um quarto que ficava constantemente vazio, viu dentro dele uma garota, negra que usava sandálias altas uma saia e uma camiseta curta, "a mestiça" pensou e viu a garota com a varinha nas mãos arrumando algumas coisas no quarto e parecia triste.Severo a olhou e começou a sentir seu coração acelerar e um repentino calor lhe subir, ficou observando-a andar pelo quarto. Só parou de olhar quando a garota saiu do quarto então de repente ele se lembrou das conversas que ouvia dos Sonserinos no Salão Comunal ouvia eles falarem sobre as garotas com quem tinham saído na escola. E se lembrou de uma história que Ed Marple do sétimo ano e capitão de Quadribol da Sonserina havia contado pra quem quisesse ouvir no Salão Comunal "Mestiças e Trouxas são todas umas vagabundas só servem pra farra mesmo" e pensou "Ela não parece ser uma vagabunda". - Severo nunca havia namorado, afinal na escola não era popular. As garotas da escola não ligavam para ele nem as da sua própria casa, que tinham as filhas das famílias bruxas mais tradicionais. As garotas sonserinas saiam ou sonhavam em sair ou com Ed Marple ou com Rodolfo Lestrange, os dois eram considerados pelas Sonserinas os mais bonitos da casa.Severo voltou os olhos para dentro de seu quarto e viu que o gato não estava mais lá, ele desceu as escadas e perguntou a mãe que estava na sala.

Mãe você viu o gato?

Não Severo não vi não. - Victoria estendeu a varinha e voltou a arrumar uma prateleira.

Ele sumiu, droga!. - E Severo fez uma cara chateada e saiu em direção a uma saleta onde o pai costumava ficar mas não teve coragem de entrar lá.

Filho procura direito, e procura logo antes de seu pai chegar por que já tá anoitecendo e daqui a pouco ele chega aí você já sabe. Victória avisou.

Eu sei mãe, eu sei!. Severo procurou o gato em outros lugares da casa, não achou o gato resolveu voltar pra dentro de casa, pois já estava na hora do pai chegar.

E aí achou filho?

Não. - Severo Falou triste.

É filho dizem que gatos são assim mesmo eles gostam de sair, não se preocupa que ele volta tá?

Giulieta estava em uma sala menor que a principal vendo TV, quando viu uma bola de pelos vir em sua direção e sentar a seu lado.

"Pingoooooo"! Onde você tava?Sumiu o dia todinho faz mais isso não! Vem cá! Giulieta pegou o gato abraçou-o forte. - Seu danado!Vem você deve estar com muita fome. Giulieta pegou o gato foi até a cozinha e lhe deu comida, na cozinha Tina terminava de preparar a janta enquanto o gato comia num canto e Sonia a mãe de Giulieta apareceu na cozinha.

Ahhhh! Olha aí filha não precisava você se preocupar.

É ele voltou mãe! - Falou Giulieta feliz.

E como você pode ver ele está normal.Nesse momento chegou Giorgio da cozinha ouviu – se a sua voz grave.

Buona Notte! Sonia saiu da cozinha em direção a sala chegando lá abraçou Giorgio e o beijou.

Querido! Como foi o primeiro dia de trabalho?

Foi legal!Muito legal! Eu gostei muito da equipe aqui. Girgio falou articulando as mãos.

Que bom meu bem! Acho que você logo vai se tornar embaixador. Sonia abriu um sorriso para o marido.

Mas conta de você minha bela como foi lá no jornal?

No Profeta Diário, Giorgio! Disse Sonia rindo, Giorgio quase sempre confundia o nome das coisas. Giulieta e a mãe achavam que isso era feito de propósito. – Ah! Lá foi legal, hoje já peguei uma matéria muito braba.

Julinha me contou na hora do almoço, você chegou agora benzinho?

Sim me dispensaram mais cedo.