Giulieta
almoçava com seus pais à mesa quando seu pai lhe
perguntou.
Como
foi o passeio filha?
Foi
ótimo pai, eu fui com o vizinho daqui do 408. - Nesse momento
sua mãe entra na conversa.
O
que mora na casa esquisita?
Ele
mesmo mãe, imagina a casa é esquisita, mas ele é
muito legal, o "pingo" estava na casa dele, ele tava
ferido e ele cuidou do "Pingo".
Ah
é filha que bom! Mas você saiu com um garoto? Você
vive dizendo que garotos são umas bestas!
Mas
ele não é, é isso que é legal nele.
E
como é o nome desse vizinho filha? Perguntou-lhe o pai.
Severo
Snape é esse o nome dele. - Giulieta falou animada.
Que
bom filha!Ainda bem que você está fazendo amigos! -
Sonia falou bem contente.
Severo desceu as escadas e foi até a cozinha onde estava a sua mãe e lhe falou.
Por que você não o enfrenta mãe? Ele faz o que quer com você! - Falou o filho com raiva.
Severo, ahhhh! Querido! Eu não faço isso por sua causa! - Falou sua mãe num tom choroso.
Minha causa mãe? Ele maltrata a mim e a você e eu só não parto pra cima dele por que ainda sou menor de idade e por pior que Hogwarts seja pra mim eu não quero ser expulso de lá. E eu sinceramente não entendo por que anos a fio você agüenta isso?
Filho! - Disse Victória no mesmo tom de choro. -Tem coisas que não são pra serem entendidas! E além do mais eu tenho a você, e isso já me basta filho! - Disse acariciando os cabelos oleosos de Severo e derramando pequenas lágrimas.
Ao anoitecer Giulieta foi até o jardim nos fundos da casa sentou-se numa rede na varanda e ficou tocando seu violino, Severo de sua janela queria ver se Giulieta estava ali no quarto dela, quando sentiu um impulso de ir para o jardim. Ele desceu devagar para não fazer barulho, pois o pai estava em casa no escritório conversando com Thomas Avery. Severo chegou ao seu feio jardim olhou para a casa vizinha e lá estava ela olhando para as estrelas e com uma calça jeans e camiseta branca. Giulieta parou de tocar e deixou o violino em cima de um banquinho quando virou-se na direção dele o viu e falou.
Ei! Vem cá! - Severo não pensou duas vezes pulou o pequeno muro andou alguns metros e foi até ela.
Senta aqui! E indicou a rede. Severo achou o objeto esquisito se ajeitou e sentou os dois ficaram balançando, quando Giulieta falou. – Nossa quanto calor, achei que aqui nesse país não era assim. - Severo concordou e falou.
É realmente esse ano está mais quente que os outros. - Giulieta sorriu e falou.
Fala mais de você Severo, o que você gosta? O que não gosta? Se já tocou campainha das casas dos trouxas e saiu correndo quando era criança? Se já tocou violino? - Ela começou a rir.
Bom é...Quantas perguntas, mas bem... Eu gosto de frio, das aulas de poções, de DCAT, de ficar no meu canto sozinho...E o que não gosto. - Severo pensou no pai, nos marotos e respondeu. – Calor, não gosto de calor e de pessoas medíocres. - Ele a olhou e viu os olhos dela brilharem como as estrelas do céu. Ela foi se aproximando dele, aproximou o rosto dela perto do dele Severo pensou "O que ela vai fazer? Será que... um beijo?" Mas ao invés do beijo ela assoprou em seu rosto.
Que foi? - Ele interpelou.
Era um besouro que tava na sua cara e eu tirei ele era pequeno provalmente você nem sentiu. - Ela passava a mão no rosto dele.
Ah! Não senti mesmo. - Ela se virou fitando os olhos dele, olhos que a dominavam.
Que foi Giulieta?
Eu tava aqui pensando no que você disse sobre as pessoas medíocres, eu também não gosto delas.
Ah é? - Ele sorriu e sentiu que cada vez mais se via envolvido e apaixonado por ela, que ela realmente não era do tipo de garota fútil.
Bem Severo se você ainda não tocou campainha e saiu correndo sugiro que faça, tocar violino também é uma boa pedida tente tocar uma nota pelo menos, isso eu me encarrego de te ensinar, Aaaahhh! Ia me esquecendo subir em árvore também é muito legal.
Quanta coisa! - Severo falou admirado e Giulieta perguntou.
E seus pais são legais?O que seu pai faz? A sua mãe? - Severo sentiu seu estomago afundar, mas ia responder.
Minha mãe é dona de casa, e meu pai...Bem...Ele trabalha no Ministério da Magia. E os seus pais? Você só tinha me dito que seu pai é trouxa e trabalha pro governo trouxa. - Giulieta se ajeitou na rede de modo que suas pernas ficaram coladas na de Severo.
Ele é Diplomata...humm! Como vou explicar? - Ela gesticulando com as mãos como fazia o pai e começou. – Meu pai representa o país dele em outro país entende?
É acho que entendi! E sua mãe? Ela que é bruxa né? Ela faz o que?
Repórter, do Profeta Diário! - E riu para ele.Uma terceira pessoa havia chegado na varanda nos fundos falando.
Julinha eu pensei que você tivesse falando sozinha. - Giulieta se virou e viu sua empregada na porta da cozinha.
Não Tina! To conversando com o vizinho. - Giulieta apontou Severo e Tina o cumprimentou rapidamente.
Ahhh! Olá prazer! - E deu um tchauzinho para o garoto e voltou para dentro.
Julinha? Seu nome não é Giulieta?
É que Julinha é apelido, é como me chamam em casa!E você tem apelido?
Não, eu não tenho. - E Severo se lembrou de seu infame apelido em Hogwarts "ranhoso".
Quando eu estudei na Venezuela as garotas e os garotos me chamavam de cabelo de palha por causa dos meus cabelos crespos e enrolados.
Que idiotas! Uns medíocres não são mesmo?
É, são medíocres mesmo, eu me lembro que xingava de volta, brigava fazia uns feitiços acabava ficando detenção! Mas como diz meu pai se você der bola pra o que elas dizem é aí que elas provocam mais, então eu passei a ignorar.
E eles? Pararam depois que você fez isso?
Sim pararam, se cansaram por que viram que eu não tava nem aí e também só fiquei um ano lá e dei Graças a Merlin por me livrar daqueles chatos.
Que horas são Giulieta?
Deixa-me ver. - Giulieta olhou em seu relógio de pulso e falou novamente são dez e meia.
Eu tenho que voltar!Tchau! - E Severo saiu correndo em direção a sua casa quando Giulieta falou.
Ei! Volta mais vezes!
Volto! - Severo entrou em casa sorrateiramente subiu até seu quarto mal acabara de sentar na cadeira em frente à escrivaninha ele escutou a porta abrir-se escancaradamente e uma voz fria lhe falou.
Amanhã quero você lá embaixo na sala farei uma grande reunião com meus amigos eles estarão aqui às duas da tarde e quero que você esteja aqui e observe como é ser um bruxo de verdade, afinal você tem que honrar o sobrenome que carrega! - Terminou sua fala e bateu a porta com violência. Severo pegou um livro sobre ervas mágicas mediterrâneas e ficou folhando quando pensou "Vamos ver quem é palerma".
