Título: Um perdão, uma amizade...
Parte: Capítulo 3.
Autora: Rei Owan.
Classificação: livre:
Resumo: Um pedido de desculpas pode concertar um grande erro?
Notas da autora: OLA! Espero não ter demorado muito com a continuação dessa fic! Estou tão feliz por tanto motivos... mas sei que vocês provavelmente não querem saber deles "-- e sim ler a fic por isso rápidos agradecimentos: Chaly, Lú, Nitty-cha, Yoru, Ma... Meninas valeu por tudo nunca vou ser grata o suficiente! .
E gente para vocês que me mandam coments valeu mesmo um grande beijo do fundo do meu coração! Espero que um dia vocês me perdoem por não agradecer descentemente a todos vocês!
-------------------------
"Não consiga definir o que doía mais em mim: perna ou cabeça. Ah! Não podemos esquecer a barriga.
Assim que fui posto na cama da enfermaria, parei para refletir em tudo que tinha acontecido naqueles primeiros instantes do almoço. Lembrei apenas de algumas coisas, minha cabeça doía tanto que não me permitia pensar. Fechei meus olhos e deixei que o cansaço me levasse para a terra dos sonhos.
Quando acordei já não havia a luz do sol, mas sim a luz de algumas lâmpadas. Pergunto-me quanto tempo fiquei dormindo, mas como não havia nenhum relógio por perto não deu para saber. Observei que vestia um grande pijama branco e que meus joelhos estavam enfaixados e que em cima do meu olho direito tinha uma gaze.
Amaldiçoei o maldito americano pelo que tinha me feito e naquele momento a minha vontade era de ir lá e arrebentar a cara dele até que me toquei que na verdade ele não tinha culpa de nada e que a culpa era toda minha e do meu ciúme, da pressão que havia passado quando era criança."
A família Yuy sempre fora dona de grandes empresas de computador, além de dona da metade das academias de karate de todo o Japão.
O senhor Yuy era extremamente tradicional e sonhava com um menino assumindo todos os seus negócios, por isso casou-se com uma japonesa criada com as tradições antigas, mas por algum azar do destino por oito anos havia somente nascidos meninas: Kotori, Merina, Tohru, Arashi, Miaka, Yui, Asuka, Sakura e quando não havia mais esperanças nasceu Heero.
Assim que o tão sonhado menino completou 4 anos foi colocado em todas as escolas de karate que a família controlava, aos 6 anos seu querido pai começou a ensinar como controlar o dinheiro e quando fez 11 anos começou a fazer cursos auxiliares para a escola.
Fora uma grande surpresa quando Heero decidiu que não seguiria a vida que lhe fora imposta desde o seu nascimento, optando por engenharia robótica como sempre sonhou, mas ao contrario do que pensara a reação de seus pais não foram nada agradáveis e o que deveria ser um dia feliz tornou-se um desastre. Seu pai quase o desertou, mas preferiu fazer uma aposta, se ele conseguisse ser o melhor em tudo o que estava querendo teria a sua chance de seguir carreira, mas caso falhasse em um pequeno lugar seria obrigado a voltar para o Japão e assumir todos os negócios da família.
"Fechei meus olhos. Duo não havia feito nada de errado. Na verdade, ele apenas tinha dado o máximo de si e conseguiu ir mais longe do que eu. Como fui tolo"
Heero levantou e mesmo sentindo muita dor por causa dos joelhos caminhou ate a cama do americano que ficava do outro lado da enfermaria.
"Já está muito tarde, não encontrei nenhuma enfermeira por perto. Quando cheguei até a cama onde ele estava, percebi que ainda dormia serenamente, seus cabelos soltos e ainda sujos de comida, mas mesmo assim ainda com um ar angelical.
Aos poucos as ametistas se abriram encontrando-se com meus olhos, pude perceber que ele ficou um pouco tenso, mas antes que ele pudesse falar alguma coisa falei rápido para não engasgar nas palavras".
- Desculpe. Agi muito mal e peço que me perdoe por meus atos afoitos... Eu perdi o controle quando você começou a falar sobre... Deixa para lá. Eu só queria lhe dizer isso, mas acho que não faz diferença.
" Virei-me e estava pronto para voltar para meu leito quando senti sua mão no meu pulso, virei-me e vi um grande sorriso em seus lábios."
- Na verdade faz muita diferença. Eu gostaria de saber o que te incomoda em mim, porque desde que nos conhecemos você me olha como se eu fosse um monstro ou algo do tipo.
" Nunca tinha visto uma pessoa como ele, apesar de termos quase matado um ao outro, ele me perdoou como se eu simplesmente tivesse tido um palavrão ou algo do tipo."
– Porque não se senta? Assim podemos conversar melhor, garanto que você deve estar tão doido quanto eu! Mas nossa, onde você aprendeu a bater? Se você não tivesse cometido alguns erros eu não teria te acertado um golpe sequer.
" Dei um pequeno sorriso antes de responder, me sentei em sua cama, enquanto ele se encolhia para dar espaço para nos dois."
- Fiz karate minha vida inteira e treinei judô e algumas coisas mais.
-Bom pelo menos quando eu sair com você vou estar bem protegido.
" Eu havia sido pego de surpresa e fiquei meio pasmo com o que ele havia dito, ele me sorriu e eu apenas sorri de volta, bom na verdade eu devo ter dado é um meio sorriso muito do sem graça, mas eu não sabia fazer mais que isso."
Agora me conta o que eu disse que te chateou.
-Quando você falou dos seus pais...
" Ele me olhou meio surpreso e aguardou minhas palavras. Porem eu não sabia se devia contar. Quer dizer... poucas pessoas sabiam o que realmente havia acontecido comigo, mas por algum motivo completamente desconhecido eu simplesmente confiava nele. Era como se pudesse colocar minha vida em suas mãos e não duvidar que ele faria de tudo para salvá-la. Era um sentimento estranho que nunca havia sentido, mas simplesmente adorei. Pela primeira vez pude sentir que não era uma maquina e sim um ser humano..."
– Sabe eu não tive pais que se preocupassem comigo ou com o meu bem estar e eu só estou aqui porque fiz uma aposta com meu pai...
"Contei tudo cada detalhe que eu pude me lembrar da minha infância e adolescência até aquele momento. Cheguei a contar que já havia me envolvido com muita coisa ruim somente para chamar a atenção. Assim que terminei senti os braços dele em volta do meu pescoço, mas tudo tinha acontecido tão rápido que eu não esperava e acabei caindo, a sorte era que a cama era grande e caí ainda em cima do colchão. Quando me dei conta vi que ele ainda me abraçava e que chorava, pois as gotas que escorriam de seu rosto molhavam meu pijama na altura do ombro."
-Bom, saiba que a partir de agora você tem um aliado contra seu pai e um amigo que pode confiar. Quando você quiser desabafar é só me chamar!
" Ele levantou e sorriu. Apesar de ter o rosto coberto por lagrimas."
-Obrigado... – disse voltando a abraçá-lo.
"Muitas pessoas olhariam isso com reprovação, mas eu pergunto se era errado querer um conforto nos braços de um amigo?"
-Bom, volte para sua cama descanse porque amanha algo me diz que estaremos encrencados.
"Assenti com a cabeça, levantei-me assim que o coloquei em sua cama e o cobri."
-Desculpa... mais uma vez!
"Ele não disse nada apenas deu um fraco sorriso e voltou a fechar os olhos. Sai dali e voltei com um pouco de dificuldade para minha cama. Assim que deitei senti que as áreas que os braços e corpo do americano havia encostado estavam formigando era como se meu corpo sentisse a falta de seu calor de sua presença, resolvi não pensar nisso e dormir, mas não consegui, fiquei apenas olhando para o teto branco, até que fechei os olhos e não os abri mais. Não lembro o que sonhei, nem mesmo quanto tempo demorou aquele sono, só sei de uma coisa... aquela foi minha melhor noite de sono."
-E quando eles terão alta?
-Saberei depois de ver os estado deles hoje, mas acho que serão liberados ainda esta tarde com a recomendação de não fazerem esportes físicos por pelo menos uma semana.
- Pelo menos não perderão nenhuma aula. Mas ainda não sei o que fazer para castigar aqueles dois, não posso deixar isso impune eles não são mais crianças!
"Acordei com a conversa de Une com a enfermeira, sabia que Duo ia ser punido a toa, estava pensando em algo enquanto tirava aquela gaze de meus olhos, pude ver pela janela que havia atrás da minha cama que nada demais havia acontecido aos meus olhos e que só havia uma pequena marca roxa embaixo deste, minha barriga não doía mais, mas minhas pernas ainda pareciam duras e doíam quando dobrava meus joelhos. Maldita hora em que cai de joelhos me cima de um dos pratos."
-Um deles já acordou. Bom dia senhor Yuy. – disse Lady Une.
"Não gostei nem um pouco do olhar que ela lançou, mas eu nada podia fazer. Ela estava redondamente certa em me punir."
-Bom dia.
-Como o senhor esta?
-Melhor, creio.
-Então você não teria problemas em me dizer o que deu em vocês para quase se matarem no meio do colégio.
-Na verdade...
"Não podia deixar Duo levar a culpa por um erro meu. Ele era muito esperto e merecia a chance de brilhar na vida. Esta seria uma das poucas chances que ele teria, por isso eu estava a fim de contar a verdade, mas claro que não entraria em detalhes. Antes que começasse uma voz foi escutada vinda do outro lado da enfermaria."
-Na verdade a culpa foi minha, eu o provoquei e ele acabou perdendo a cabeça.
"Deixei que minha boca caísse um pouco, o que ele estava pensando fazendo aquilo? Não o ajudaria ele se sacrificar por mim e porque mentir...?"
-Então ambos tem uma parcela de culpa...
"Une me olhou e sorriu um pouco, fechei minha boca e coloquei de volta o meu olhar frio e compenetrado."
– Vocês dois terão que ficar depois das aulas extras fazendo trabalhos que determinarei, o que me dizem rapazes?
-Por mim..ótimo!
"Pude ver Duo com um sorriso se re-encostando nos travesseiros. "
-Ok.
" Não podia acreditar no que estava acontecendo. Esperei que as duas saíssem para correr ou pelo menos tentar fazê-lo, já que minhas pernas não me ajudaram muito, até sua cama."
-Você ficou maluco. Quer dizer, você não fez nada, fui sou o responsável.
"Ele sorriu de novo e eu me perguntei 'será que ele não fica com uma terrível dor nas bochechas de tanto rir daquela maneira?'. Toda vez que o vejo ele esta sorrindo ou falando, bom pelo menos não fala durante o sono..."
-Na verdade. Eu te provoquei involuntariamente...
-Mas foi involuntariamente...
-E daí? Não posso deixa-lo carregar a culpa sozinho, me deixa dormir mais um pouquinho. Porque não é todo dia que eu posso dormir ate mais tarde sem me sentir um idiota por perder as aulas...
-Não... vou ficar aqui e te impedir de descansar! – " disse sarcástico enquanto me retirava devagar, apesar de não ter feito muita força senti uma fisgada em meu joelho e me apoiei na cama ao lado."
-Heero... você ta bem?
-Do dia para noite passei de Yuy para Heero, nossa...-
" Sentia minha perna começar a tremer, mas não podia deixar de zoar um pouco com a cara dele, mas eu não esperava que ele fosse ficar vermelho por causa disso."
– Mas não, não me sinto bem. Minha perna...
"Ele não me deixou terminar a frase e correu, passando meu braço direito sobre suas costas e me ajudando a caminhar até a cama onde havia me apoiado. Neste pequeno trajeto que fizemos pude sentir sua pele macia sobre os meus dedos, seus cabelos ainda soltos presos pelo meu braço e cada fio parecia com a mais fina seda. Apesar de ser uns 10 centímetros mais altos que ele minha cabeça ficou ao lado de seu rosto e pude sentir sua respiração em minha orelha e não pude impedir meu coração de bater mais acelerado."
-Vou chamar a enfermeira...
-Não... Não estou tão mal assim –" disse enquanto segurava seu pulso.
Ele se inclinou, passando a mão pelos meus cabelos e dizendo de modo bem calmo se eu tinha certeza. Apenas acenei com a cabeça, mesmo que estivesse na beira da morte não o deixaria. Não sei porque, mas sua presença me acalmava e seu pequeno toque me fazia estremecer, me parecia tão familiar, era como se eu o tivesse sentido toda a minha vida.
Nesse momento fomos interrompidos com a chegada de nossos amigos. Duo foi para sua cama antes que eles completassem o percurso. Não entendi muito bem o porque disso, mas sabia que esse não era o momento de falar sobre isso.
Trowa veio falar comigo, enquanto Wufei e Quatre ficaram conversando com Duo."
-O que deu em você?
-Não sei, Trowa, simplesmente não sei...
-Bom, mas tentou concertar?
-Sim e acho que agora, esta tudo bem. – "disse fechando os olhos." – mas que horas são?
-Ainda não começaram as aulas. Viemos aqui ontem à noite, mas vocês estavam dormindo e por isso resolvemos vir mais cedo para conversarmos com vocês.
"Me surpreendi com a frase de Trowa, não que tivesse alguma coisa errada com ela, mas pela quantidade de palavras que havia nela."
-Você esta falando mais que normalmente o que te aconteceu?
-E você esta mais feliz do que normalmente o que te aconteceu?
"Sempre odiei essa cosia de jogar a pergunta de voltar, mas isso foi esquecido quando Amy e sua amiga entraram na enfermaria. A tal menina de cabelos loiros se dirigiu rapidamente para onde Duo estava, enquanto Amy vinha fazendo a trança em seu cabelo e bocejando."
-Como você esta Heero? –" perguntou ela assim que terminou o bocejo."
-Vou bem, talvez a gente tenha alta ainda hoje.
-Isso me deixa feliz!
"Ela rapidamente acordou e me deu um sorriso muito bonito. Coincidentemente muito parecido com o de Duo."
– Mas e o que vai acontecer a vocês, quero dizer, tipo castigo?
" Ela deu um grito bem alto, fazendo com que todos a olhassem."
-Teremos que fazer algumas tarefas, mas nada de demais. – respondi.
-Que bom que não é nada mais grave!
"Ela se encaminhou para a cama de Duo e falou alguma coisa que o irritou, enquanto Quatre vinha para minha cama."
-E ai? Duo me falou que você é um verdadeiro atleta e que é um ótimo lutador... o que me diz quanto a isso?
"Ele me olhou como se esperasse que eu fosse elogiá-lo também ou que fosse fazer a maior das revelações do mundo"
-É a opinião dele.
" Quatre me olhou de forma desapontada, ainda me pergunto o que queria que respondesse. Depois ele começou aquelas perguntas normais do tipo: 'como você está?', 'Quando tem alta?' e o castigo. Até que Chang veio falar..Minto. veio gritar comigo. Porque se aquilo era falar somente os imensos auto-falantes dos shows de rocks poderiam ser gritos."
-O QUE DEU EM VOCÊ? TAVA MALUCO?
"Pude ver que Duo não gostava muito daquela discussão. Não queria me estender, muito menos falar dos meus problemas para aquele mane."
-Não sei.
-COMO ASSIM NÃO SABE?
"Juro que se ouvisse mais um grito, o próximo que estaria em uma cama todo quebrado seria aquele chinês idiota, mas antes que eu pudesse fazer algo Amy se colocou entre nos."
-Muito bem. Continuem com essa conversa civilizada e daqui a pouco quem estará naquela cama vai ser Wufei e você, Heero, fora do colégio.
"Todos olharam para ela por alguns minutos, ninguém sabia o que dizer e pude perceber que o chinês estava embaraçado"
– Wufei, foi ruim o que aconteceu com Duo e Heero, mas eles já se entenderam. Certo?
"Ela olhou para mim e eu pude reparar que tinha um pequeno brilho triste em seus olhos, concordei com a cabeça"
– Não somos grandes amigos porque nos conhecemos apenas alguns dias, mas se tentarmos...tenho certeza de que podemos ser amigos. A realidade é dura e eu tenho quase certeza de que daqui a três anos cada um de nos vai para um lugar diferente, fazer uma faculdade diferente e que talvez nunca mais vamos nos falar. Então, por favor, vamos fazer estes três anos inesquecíveis para que possamos nos lembrar desta época com saudade e lembrar de piadas, palhaçadas e risadas e não de tentarmos nos matar...
"Ninguém falou nada, porque nunca tínhamos parado para pensar no que Amy disse. A menos fossemos para a mesma faculdade e para a mesma cidade a probabilidade era de nos separarmos e nunca mais nos falar de novo e somente esse pensamento fez com que o meu peito doesse tanto. Eu não queria deixar de ver o Duo, com aqueles sorrisos, o Trowa, com poucas mas sabias palavras, o Quatre, com aquele jeito dele de ajudar as pessoas, da Amy e do fato dela ser observadora e sempre estar nos ajudando de alguma maneira e até mesmo do Chang... Todos estavam tão absortos em seus pensamentos quanto as palavras de Amy que ninguém percebeu que a jovem morena havia simplesmente desaparecido... O sinal bateu nos impedindo de falar alguma coisa, todos saíram, provavelmente foram tomar café para depois irem para as aulas.
Ficamos alguns momentos sozinhos, mas nos não nos atrevíamos a falar um com o outro parecia que o peso daquelas palavras ainda estava sobre nos, impedindo que qualquer coisa fosse proferida...
A enfermeira me assustou quando entrou com duas bandejas na mão e me perguntou o que estava fazendo ali, fez uns rápidos exames e disse que ambos estávamos prontos para deixarmos a ala hospitalar, sobre o acordo de que deixaríamos de praticar qualquer atividade pelas próximas semanas e que a visitaríamos para fazermos pequenas revisões. A enfermeira me pediu para evitar andar rápido por causa dos meus joelhos. Agora entendo porque sempre que eu andava doía, eu sempre tava apressado para atravessar a ala. Une trouxe nossas roupas e livros, tomamos o café da manhã, nos trocamos e saímos de lá, quando chegamos na sala todos pararam e nos olharam por alguns momentos antes de começarem a fofocarem. Vi Amy acenar para mim e Relena para Duo, elas tinham guardado lugar para nos dois?
Aproximei-me, sentando ao lado de Amy, o que pareceu deixar Duo um pouco nervoso."
-Liga não! È que a Relena gosta do Duo, mas não tem retorno...
-Classe. Espero que estejam preparados, porque depois dessa nossa pequena aula eu darei um teste surpres. Veremos o que vocês tem estudado... – a turma deu um grande grito de terror.- bom depois desse grito já sei que ninguém estudou nada. Mas pensem pelo lado positivo, a matéria ainda é pouca e o teste é em dupla.
"Ela entregou apenas uma folha por mesa. Não sei o que ELA estava pensando quando disse para pensarmos pelo lado positivo, porque eu tinha estudado e graças a Deus Amy também, então aquele teste não era nada misterioso, mas para aquelas pobres almas que nada tinham estudado, aquilo deveria estar muito difícil.
Eu e Duo terminamos ao mesmo tempo e saímos da sala com nossas duplas, a professora pediu para ficarmos nos corredores esperando o fim da aula. Por isso já pegamos nossas coisas e ficamos lá parados esperando o sinal bater."
-Prova fácil não?- perguntou Amy a Relena.
-Não sei o que tinha de fácil naquela prova, mas tudo bem... AH! Preciso falar com vocês – disse Relena apontando para Amy e Duo- sobre a nossa saída no shopping para quando vai ser?
-Não sei... melhor em um domingo ou sábado a tarde... – a jovem de cabelos pretos pensava enquanto olhava para o teto.
-Sim, mas quando, este final de semana? – pergunta o jovem de longos cabelos.
-É, senão os professores vão acabar esquecendo.- disse Relena.
-Certo, vou falar com Quatre hoje no almoço.
-Amy preciso falar com você a sois...- disse Relena puxando a alemã para o que parecia ser o banheiro feminino.
-Mas eu quero ficar conversando aqui Relena...
-Mas é muito importante!
-Ok, mas seja breve.
"Ficamos sozinhos naquele corredor e eu não sabia o que dizer, foi ele que começou a conversa com a coisa mais idiota do mundo."
-Você é um ótimo jogador de basquete onde aprendeu?
-Com a vida.
-Sério?
-É, posso dizer que a física me ajudou um pouco. – "disse meio constrangido."
-Sabe você parece um robô, quando diz isso, quer dizer quem usa física na hora de jogar, é meio engraçado!
"Isso não foi muito legal, não porque seja uma ofensa, mas é que eu passei anos tentando me convencer de que era um ser humano e não uma maquina que meu pai havia programado, mas sempre que eu chego nos lugares, principalmente quando ainda estava no Japão, sempre ouvia um comentário como aquele que arruinava a minha terapia mental..."
– Você não ficou chateado ficou?
-NÃO... não, na verdade todos me dizem isso... – uma tristeza repentina correu pelos olhos azuis.
-Desculpe, às vezes eu falo coisas sem medir as conseqüências!
"Não deu para responder mais nada, porque o sinal tocou e os corredores ficaram cheios de alunos e nos acabamos esquecendo o assunto e nos dirigimos para a próxima aula.
Tivemos mais um dia agitado e todos os professores resolveram nos avaliar, alguns com testes como os professores de historia e química outros como o de matemática, espanhol e biologia preferiram fazer perguntas.
Mal acreditei quando aquele dia terminou, por causa dos meus ferimentos ainda não posso fazer nenhum esforço físico, mas hoje era o dia da aula de informática. A aula foi interessante, apesar que dormi em alguns pedaços e tive que pedir ajuda ao Duo... Alguma coisa estava errada e eu podia sentir isso, algo de muito ruim estava prestes a acontecer.
Na saída da aula de informática Duo me pegou em um canto."
-Heero, você não ficou chateado com o que eu falei não?
-Não, Duo. Eu so estou com um mal pressentimento, somente isso.
"Conversei com Duo enquanto nos encaminhávamos para o refeitório, tentei convencê-lo de que não havia ficado chateado com o que ele havia dito, apesar de que lá no fundo eu tinha ficado um pouco magoado por saber que o meu pai falava era realmente verdade...
A noite veio rápida e aquela sensação não me abandonou, tentei dormir, mas não consegui... rolei na cama até não poder mais. Vi que já iria amanhecer e de que de nada adiantaria eu tentar dormir, sai sorrateiramente já que não queria acordar meu companheiro de quarto.
Vejo as estrelas ainda no céu e me sento no alto de uma arvore e as fico apreciando até que escuto uma voz muito baixa a me chamar."
-Duo? – Duo da um sorriso e ao ver a cara de confusão de Heero.
-Não o fantasma da opera... claro que sou eu, agora desce daí!
"Pulo da arvore e vejo Duo me olhar com uma cara surpresa... Acho que ele ainda acha que estou machucado ou algo do tipo."
-Heero você é o super homem?- "o olho de novo de modo estranho, como assim o super homem?"- porque somente o super homem pularia daquela altura machucado e andaria como se nada tivesse acontecido!
-Certo! Então agora eu sou esse cara! – "dei um sorriso ao ouvir ele contar que era fã desse seriado e se eu era o super homem ele seria a jornalista que é apaixonada por ele, sorri ao ouvir isso..."
-O que? Você acha que não posso ser ela?
-Não... quer dizer... sim...- Heero ainda ria com todas as suas forças – ai... Duo. Nunca ri tanto na minha vida.
-Então se prepare porque a partir de hoje você vai viver como se estivesse em um circo! Tentarei deixar seus dias os mais felizes possíveis.
"Ficamos sentados em dos enormes jardins apenas conversando ou apreciando a companhia um do outro, olhando as estrelas. Ele, por incrível que pareça, conhecia muitas as estrelas, tanto quanto eu. Trocamos informações e confidencias. E assistimos o melhor de todos os por dos sois que poderia existir.
Nos encaminhamos para o refeitório, assim ficaria mais fácil de nos encontrarmos os outros e de ninguém desconfiar de que passamos a noite sozinhos, imagina os boatos que iriam rolar...
Assim que chegamos no refeitório foram nos entregando nossa correspondência. Fiquei branco ao ver que haviam 10 cartas para mim, mais branco ainda de ver que uma das cartas era do meu pai..."
-heero... Heero.. HEERO? – "olhei para Duo ainda incrédulo, não esperava que fosse tão rápido, não pensei que me cobririam tão rápido... tentei me acalmar e falar com Duo, mas não deu tempo, pois os outros haviam chegado e não queria lhes contar a historia inteira para entenderem o porque deu estar naquele estado."
-Então vocês estavam ai? – falou o árabe enquanto se aproximava dos amigos. – Wufei já estava quase morrendo por não ter encontrado Duo no quarto.
-Wufei... eu não sou feito de porcelana, sabia? – "duo e wufei ficaram alguns minutos discutindo, mas de repente os dois se calaram para ouvir o que Trowa tinha a dizer."
- Mas o que vocês dois faziam já fora da cama?
-Eu e Duo acordamos mais cedo e nos encontramos aqui. – "disse calmamente, apesar de não ser uma mentira não era a verdade completa. "
-Muito estranho! Saiba que estou de olho em você Yuy. – "disse Wufei mirando um olhar frio em mim."
"Quase fiz uma brincadeira, mas sabia que o meu amigo moreno iria estranhar e isso levaria a muitas perguntas que não queria responder. Escondia a carta na mochila que carregava comigo desde que saíra ontem a noite, ou hoje de manha nem sei mais.
Durante a refeição fiquei pensando no que as cartas estariam falando, provavelmente minhas irmãs estariam falando algo sobre garotas novas que queriam me namorar, roupas, comprar e coisas do tipo, já minha mãe perguntando com eu estava e meu pai... bom, esse eu já não tenho muita certeza, poderia dizer qualquer coisa, ele sempre me surpreendia.
O dia de quarta feira não fora muito corrido e eu pude relaxar, principalmente porque 'a maratona do saber' como Duo tinha apelidado os pequenos testes que aconteciam e que tiravam mais da metade da aula. Não pude fazer os esportes por isso aproveitei passei na enfermaria e depois assisti o treino de futebol de Trowa, ele realmente era bom naquilo e eu pude percebe um certo loiro o observando de longe meio que escondido. Resolvi não falar nada com Trowa, mas perguntaria depois o que ao próprio o que fazia ali...
Quinta... Sexta... Sábado... Não me lembro de nada, so sei que passava as noite olhando todas aquelas cartas tentando abri-las, mas sempre desistia, não queria envolver ninguém, eu precisava fazer aquilo, mas sentia que se dependesse somente de mim, nunca abriria. Pensei em falar com Duo, mas como Wufei falou ele passou a ficar de olho e não dava para eu falar com ele um momento em particular."
-O que vamos fazer amanha? Sabe aproveitar antes que a verdadeira semana de prova comece! – disse Duo meio que roendo as unhas.
-Para de frescuras, suas notas estão ótimas e você anda dormindo durante as aulas.- disse Heero emburrado.
-Isso eu não posso negar! Quer dizer, dá uma moleza durante as aulas!
-DUO! – gritou Quatre, Amy e Wufei ao mesmo tempo.
-Isso não se faz!-" disse Quatre, que mais parecia uma mãe ao voltar da coordenação da escola. Wufei parecia mais danado por causa das notas dele não estarem tão boas assim e Amy parecia chateada pelos dois motivos... Apesar de que as notas dela estavam boas."
-Que tal irmos ao shopping?- disse Relena, que estava perto de Amy- estou doida para gastar o premio que vocês ganharam! – disse a menina loira sorrindo.
" Algo me diz que essa menina foi muito mimada, ou pelo menos adora gastar."
-Mas eles não ganharam! Ia ser chato a gente comprar e ele não!- " a loira emburrou ao ver sua idéia rejeitada."
-Que tal fazermos uma lista de coisas? Cada um da uma idéia e a gente tem que fazer! – disse Trowa. " ele me surpreendia a cada dia que passava, as frases dele aumentavam."
-Gostei da idéia!
"Sentamos e discutimos o que iríamos fazer! Duo deu a idéia de almoçarmos em forma de piquenique com direito a foto e tudo. Não gostei muito da idéia, já que sempre eu saia com cara de retardado nas fotos... Bom, mas nada que não pudesse ser superado. Amy sugeriu brincar de 'verdade conseqüência', dançar de noite com um pequeno rádio em dos jardins, assim não incomodaríamos ninguém, alem do que não poderíamos ficar até tarde ali fora.
Wufei sugeriu uma luta de espadas com a morta do perdedor... Obvio que ninguém concordou! Discutimos durante uma boa parte da tarde e no final das contas ficou decidido que Quatre, Duo e Amy fariam as tarefas."
O domingo nasceu com um lindo sol no céu, para alegria de todos os estudantes que aproveitaram aquele dia e deram algumas voltas pela cidade que existia tecnicamente em função daquele internato que mais parecia uma faculdade. No final das contas somente quem ficou no colégio naquele dia foram os seis amigos, porque Relena resolvera sair junto com algumas meninas.
" A lista começava depois do café da manhã, começaríamos conversando sobre banalidades e certo tenho que admitir que realmente conversamos de banalidades, mas fôra muito bom, pois conhecemos um pouquinho mais um do outro.
Depois de toda aquela conversa dividimos o povo em dois times e jogamos, handball, vocês devem estar se pensando porque esse jogo, bom porque era o único que nenhum de nos praticava como atividade extra. O time ficou eu, Wufei e Amy, a principio achei que a vitória era algo que não conseguiríamos, mas depois de alguns minutos descobri que não... No final perdemos por um ponto, todos estávamos mortos então cada um foi para o seu quarto se arrumou, claro que ninguém veio com um terno e uma gravata, mas estávamos todos bem vestidos, cada um a sua maneira. Almoçamos naquele piquenique maluco, acabei descobrindo que Quatre é um ótimo cozinheiro e fôra ele que cozinhara tudo."
-Quatre isso ta divino! – disse Amy com a boca cheia.
-Menino, você já pode casar. – disse Duo piscando o olho para o loiro que rapidamente enrubesceu.
-DUO! –" Wufei deu um pequeno soco no seu ombro que mais parecia uma mãe falando com um filho.
Se querem saber esquecemos a lista e simplesmente nos deitamos e ficamos assistindo o por do sol, sim demoramos mais do que imaginávamos nessas nossas atividades. E antes que toda a luz do sol se fosse batemos algumas fotos, uma em que todos nos aparecíamos atrás de um carvalho outra com o Duo nas minhas costas e a Amy fazendo careta do meu lado. Wufei saiu uma com Duo e Quatre enquanto eles não viam, Trowa saiu em um momento intimo com Quatre e ficamos assim até as fotos acabarem junto com a luz...
A noite ficamos dançando ao som de umas músicas que tocavam no radio e por fim quando vimos todos os alunos voltarem nos dirigimos com sorrisos de volta para nossos quartos. Assim que entrei no meu sentei em frente em minha mesa e tomei coragem e sem mais nem menos rasguei o selo das cartas e li uma a uma... Como havia imaginado a das minhas irmãs falava apenas cosias bestas como roupa, meninas, etc. A grande surpresa foi ao abrir a de meu pai, acabei por encontrar meia dúzia de palavras, somente me perguntando como eu havia me saído e por fim a carta de minha mãe...
Respondi a das minhas irmãs rapidamente e de uma única vez e em uma única carta, simplesmente colocando alguns comentários mais betas ainda que as fariam rir, pelo menos essa era a intenção, meu pai não teve texto algum somente o resultado dos testes e a minha colocação, só esperava que isso tivesse bastado e que eu pudesse ficar aqui.
Quando chegou a fez de responder a de minha mãe me perguntei como poderia colocar de forma realmente verdadeira o que estava acontecendo aqui... sobre todas aquelas novas pessoas... Bom, deixei que minha mão escrevesse o que meu coração sentia. Talvez seja muito cedo para confirmar o que escrevi, mas eu acho que o que fiz foi contar a mais pura e simples verdade sobre os meus sentimentos quanto aquela cambada de loucos.
Deitei me alguns minutos depois da luz já ter se apagado e todo o colégio ter mergulhado naquela escuridão. E ao contrario do que acontecia na maioria das vezes fechei meus olhos e no mesmo instante dormi, com a certeza de que terei o melhor de todos os sonhos."
Queria mamãe...
Eu ainda procurava, ainda havia algo a ser encontrado. Um abraço paterno, um lugar para chamar de lar...
Um local onde todos pudessem sorrir, aquele "eu" que nunca abandonarão.
Um lugar de ternura.
Uma pessoa amável.
Finalmente o encontrei...
Se queres realmente saber se estou feliz mamãe, é somente olhar nesta foto onde estou eu e a minha mais nova família: Duo, Quatre, Trowa, Wufei e Amy. As pessoas que trouxeram paz para o meu coração.
Mil beijos do seu filho Heero...
Continua?
Somente com coments! . Brincadeirinha!
1-A câmera o qual eles tiram as fotos é aquela que a foto sai instantaneamente, ok?
Notas da pentelha da autora: Bom, foi um capítulo bem difícil de fazer e novamente eu acho que ficou uma meleca total e completa para não dizer coisa pior porque eu sou uma dama muito fina! –mentira!- Bom mas eu gostaria de saber o que vocês acharam desse capítulo, muito meloso, muito chato, muito bosta? Vocês decidem qual nome para baixo vocês usam!
Adoraria receber coments !
E aviso eu estou começando a minha semana de provas –T.T – e eu to muito ferrada em física por isso eu terei que estudar mais o que fará com que a continuação demore um pouquinho mais do que o esperando, só um pouquinho –MENTIRA DE NOVO-.
Somente mias uma coisa: Perguntinha básica, eu fiz uma pesquisa rápida e descobri um mar de possibilidades por isso decidi saber de vocês! O que vocês acham da Amy ter um capitulo contando sobre o que ela passa?
Mil beijos Rei
