Nos braços do amor

Cap.2

O marquês de Ryde era sem dúvida um dos homens mais ricos do país, possuía inúmeras posses em diversas cidades diferentes, e era em uma dessas propriedades que se encontrava agora...

Voltaremos para Londres esta noite? – perguntou Miroku Houshi, amigo inseparável do marquês.

Não sei. Ainda não me decidi... – respondeu o marquês

Sobre o quê?

Se devo ou não aceitar um convite muito estranho.

De quem?

Me responda uma coisa Miroku, o que você sabe sobre a duquesa de Thame?( essa duquesa é a mesma com quem Kagome foi falar, só que é "duquesa de Thame" e não de Stanton que é o sobrenome dela, porque ela mora em Thame. Então ela é a duquesa que mora em Thame! Entendido? p comentário idiota...hahaha)

Bastante, por acaso! Fico surpreso em saber que você já ouviu falar dela, ela não é o tipo de mulher puritana com quem você anda acostumado, se é que me entende. – deu um de seus sorrisos maliciosos.

Ora Miroku! Cale a boca! Não quero discutir de novo com você por causa desses assuntos. – disse já sem paciência.

T�, t�, t�, to quietinho. Agora me conte quem mandou a carta e por que seu súbito interesse pela duquesa? Não vai me dizer que foi ela que a enviou.

O marquês sentou em uma de suas poltronas confortáveis e olhou de frente para o amigo.

É isso mesmo Miroku, foi a duquesa que me mandou a carta. Vou lhe explicar o ocorrido, depois estarei ansioso e curioso para ouvir o que tem a me dizer sobre essa mulher.

Sou todo ouvidos.

Da última vez que estive aqui, dois meses atrás, Toutossai, meu agente, surpreendeu-me com uma reclamação. Informou-me que havia muitas coisas estranhas e inaceitáveis ocorrendo nas terras de divisa entre a minha propriedade e a da duquesa.

O quê? Quer dizer que as terras dela chegam até aqui? – disse estupefato

Sim, ela é dona de muitas terras, a maioria selvagem e incultas, com alguns vilarejos.

Bem, de acordo com Toutossai, os empregados da duquesa estavam se comportando de maneira agressiva em relação aos meus empregados.

Por quê?

Sinceramente não sei, e também não dei muita atenção ao caso na época, porém há duas semanas recebi uma carta de Toutossai, na qual estava relatado sobre o desaparecimento se uma jovem de no máximo vinte e três anos, segundo ele. A chácara onde a garota residia foi saqueada e também queimada por ordem da duquesa.

Meu Deus! Inuyasha, isso é muito sério.

Eu sei que é Miroku, é por isso que tenho que fazer algo a respeito. Constatei, então, que aqueles rumores eram coisa séria e resolvi escrever a duquesa, pedindo-lhe, incontinente, uma explicação.

E agora ela respondeu. – compreendeu

Exatamente! Só que...não é o que eu esperava.

Como assim?

Pelo que eu tinha ouvido falar, era uma mulher agressiva, difícil e intolerante.

E o que diz na carta?

Escreveu-me com muito charme e extremo cuidado. Convidou-me para passar esta noite em sua mansão, alegando ser mais agradável discutir o assunto pessoalmente.

E...?

Parece simples, não? Mas não condiz com o que ouvi dizer sobre sua personalidade e isso me faz ficar com um pé atrás em relação a essa mulher.

Miroku riu e inclinou-se para frente olhando-o diretamente.

Você está sempre com o pé atrás em relação a qualquer mulher, Inuyasha.

Não enche Miroku, já lhe disse que não quero me envolver com mulher nenhuma agora.

Esse é o seu mal Inuyasha, você vive no passado, acha que todas as mulheres são iguais e por isso não se envolve com nenhuma, fica com medo que te magoem como Kikyou fez.

Cale-se Miroku! Já disse para não falar o nome dessa mulher na minha frente. – brandou nervoso.

Viu é disso que estou falando, é só falar o nome daquela mulher que você fica assim. Não me admiraria nada se você ainda sentisse algo por ela. – disse calmo

O único sentimento que tenho por aquela maldita é ódio, ouviu bem.ÓDIO!

Está bem, está bem. Se você diz eu acredito. Só acho que você tem que viver mais amigo, você vive trancado em suas mansões. Se eu tivesse metade do dinheiro que você tem, estaria por aí me divertindo com muitas mulheres diferentes. – com um olhar sonhador.

Isso porque você é um pervertido e fica louco só de ver uma mulher passar.

Ora Inuyasha! Assim você me ofende. – disse com uma cara de coitado.

Se ofende com a verdade! Nossa, isso para mim é novidade. – disse num tom debochado.

Idiota- sussurra

O que disse? – ameaçadoramente.

Nada, nadinha...

Acho bom mesmo.

Eí...aí esquece(suspira), t�, voltando a conversa tu vai ou não vai?

Aonde?

Ora, onde mais você iria? Falar com a duquesa, é claro!

Não sei o que você acha?

Eu acho que você deve ir, é só uma noite, você vai poder se distrair e ver se tudo que dizem dela é verdade. Além do mais dizem que as festas da duquesa são muito interessantes...– olhar malicioso

E quem falou em festa, pervertido?

Francamente Inuyasha, se ela está te convidando para passar a noite l�, é claro que terá uma festa ou recepção de boas vindas, como queira chamar.

É você está certo, tenho assuntos a resolver com a duquesa e uma festa não será de todo mal, não acha?

Então você vai?

Aham, só espero que com isso possa resolver esse impasse das terras.

Partirá agora?

Não, partirei após o almoço, assim chegarei no horário estipulado.

Cavalgando sozinha por entre os pinheiros mas próximos da mansão, Kagome experimentava uma certa sensação de temor. Havia conseguido convencer seu tio, argumentando com veemência que a duquesa não seria a pessoa má que todos a pintavam. Agora, no entanto sentia um frio percorrer-lhe a espinha, como um mau presságio.

A medida que o bosque ia terminando podia-se ver imponente a majestosa mansão dos Stanton, já ouvira comentário sobre ela, mas nada se comparava ao que via. A mansão devia ter uns três andares, os detalhes da construção eram em pedra, á frente havia um enorme parque gramado, não era muito bem cuidado, mas não menos belo.

Continuou a tocar o cavalo com lentidão até chegar a entrada principal da mansão. Quando chegou à porta principal , à qual se tinha acesso por meio de cinco ou seis degraus de pedra, olhou em torno, incerta do que fazer com o corcel. No mesmo instante, porém, um criado veio correndo ao seu encontro, tomando-lhe as rédeas do animal.

Muito obrigada...Por favor poderia aguardar alguns instantes antes de lev�-lo para o estábulo? Não avisei que viria, e talvez a duquesa não tenha tempo para me receber.

Pois não senhorita, esperarei.

Rapidamente desceu do cavalo e subiu os degraus da pequena escada que levaria a porta principal. Antes mesmo de tocar a campainha, a porta se abre revelando um lindo hall de mármore, com estátuas e vários quadros como decoração.

Bom dia Srta.! Em que lhe posso ser útil.

Bom dia! Gostaria de falar com a duquesa, se for possível.

Sua graça a espera?

Não, mas poderia informar-lhe que se trata de um assunto urgente?

Por aqui Srta. Entre!

Kagome foi levada a um amplo salão, não menos decorado que o hall. Suas paredes tinham uma tonalidade vermelha escura e os móveis caros eram estrategicamente colocados no ambiente dando a ele uma ar requintado e exuberante.

Seu nome Srta.? – disse o mordomo que a havia recebido

Ah?

Perguntei seu nome.

Ah sim, desculpe. Me chamo Kagome, Kagome Higurashi.

Sente-se Srta. Higurashi, irei informar a duquesa de sua presença.

Obrigada, mas prefiro ficar em pé.

O homem se inclinou e saiu. Kagome olhou em torno, estava deslumbrada, nunca vira quadros tão magníficos como os que via naquela sala. Estudou-os devagar, interessada, e em virtude do conhecimento que adquirira nas aulas de artes pode identificar vários artistas.

Logo reconheceu um Turner e quase bateu palmas, deliciada. O que tio Miuga diria se soubesse! Do outro lado também havia um legitimo Van Gogh, e lamentou não ser capas de descrever ao tio toda a beleza do quadro. Era uma tarefa impossível!

Só teve tempo de ver mais uns dois quadros até ser interrompida pelo mordomo.

Pode fazer o favor de me acompanhar? Sua graça dedicará alguns segundos ao seu problema, e deve se sentir lisonjeada em ser recebida sem ter sido previamente anunciada.

Oh sim, fico-lhe muito grata!

Teve a nítida impressão que ele estava repetindo as palavras da duquesa, mas achou por bem deixar para lá.

O mordomo conduziu-a por um largo corredor forrado por um lindo tapete vermelho, suas paredes tinham uma leve tonalidade alaranjada, com uma decoração muito elegante em estilo rococó.

Mas adiante havia uma porta dupla, por onde o mordomo a conduziu até chegar a sala da duquesa.

Srta. Higurashi, duquesa! – anunciou o mordomo com voz solene.

Extremamente nervosa Kagome viu-se num enorme salão ricamente decorado em diferente tonalidades de vermelho. Perguntou-se internamente se a duquesa tinha um feitiche por vermelho ou era só mesmo naquela parte da casa. Reparou na duquesa, com certeza era uma mulher muito bonita, não devia ter mais que trinta anos, tinha o corpo esguio e pose imponente, seus cabelos eram curtos e estavam amarrados em um ornamentado coque, seus olhos vermelhos eram frios e emanavam vibrações negativas. Vestia um rico vestido preto com detalhes prateados no corpete e na barra da saia, usava muitas pérolas e diamantes o que ostentava suas posses e seu grande renome.

Quem é você e o que quer? – perguntou a duquesa numa voz seca e dura.

Como se despertasse de um transe, Kagome se lembra de fazer uma pequena reverência.

Agradeço-lhe muito por me conceder essa audiência, duquesa. – balbuciou tentando ao máximo parecer calma, sendo quase meio impossível quando alguém fica te encarando como se você fosse um lixo.

"Tenho que ficar calma", disse a si mesma. "Há muita coisa em jogo."

Quem é você e o que quer? – tornou a perguntar a duquesa.

Me chamo Kagome Higurashi, Sua Graça. Sou sobrinha do reverendo Miuga Higurashi que acabou de receber uma carta, instruindo-o para que deixasse seu emprego, alegando que estava velho de mais para o cargo.

Sim, é verdade. Não há necessidade de ter gente velha em minha propriedade. – disse em tom de desdém .

Mas...

Se era isso que tinha a me dizer pode ir embora.

Penso que Sua Graça talvez não saiba das nossas reais circunstâncias.

Não sei e nem quero saber. Agora por favor se retire de minha residência.

Duquesa, é muito importante para minha família esse emprego, meu tio contraiu uma dívida muito alta e só com o que recebo não conseguiremos saud�-la. Por favor eu lhe imploro volte atrás em sua decisão...

Minha decisão está tomada e não a modificarei, agora se retire dos meus aposentos ou mandarei meus guardas tirarem-na a força. – disse com a voz decidida.

"Como alguém podia ser tão mesquinha" – pensava Kagome

Estava absorta em pensamentos, quando a porta é escancarada e por ela passa uma das criadas. Pelos trajes que usava Kagome concluiu que deveria ser uma criada mais qualificada. Esta entrou num rompante e se dirigiu à duquesa sem a menor cerimônia. Puxou a nobre senhora de lado como que se não desejasse que a moça escutasse a conversa.

Não adianta duquesa, ela está com febre muito alta e não há possibilidade para que desça para o jantar dessa noite!

Maldita vagabunda! Bela hora para ficar doente! – gritou a duquesa furiosa.

Não há nada que possamos fazer. Se eu a colocar de pé será pior.

Então que diabos vamos fazer? Já mandou Naraku procurar uma substituta?

Já sim duquesa, mas ele afirma ser impossível tal proeza a essa hora, o lugar mais perto para arranjarmos outra é em Londres, mas é impossível voltar a tempo.

Se há uma coisa que me tira do sério é quando meus planos não dão certo!

Sei disso duquesa, mas não pudemos fazer nada. Asseguro-lhe dizer que a garota está mal mesmo.

Pois ficará pior quando eu acabar com ela!

Ao ouvir tais palavras Kagome estremeceu e deu um passo inconsciente para trás esbarrando em um dos utensílios de decoração da casa, chamando assim a atenção das pessoas que estavam na sala.

Já não lhe avisei para ir embora e dizer...

De repente ela parou, seus olhos se estreitaram, dando-lhe a felina expressão de um animal pronto para o bote.

Kagome abaixou a cabeça desolada, compreendendo que havia perdido a batalha, teria que resolver esse problema da dívida sozinha. Seu tio estava certo, não valera a pena ter ido l�, e fora muito tola em esperar clemência e compreensão daquela mulher.

Pelo menos, sairia de cabeça erguida. Agradeceria à duquesa por tê-la recebido e iria embora.

Desamarre o cabelo!

Era uma ordem. Kagome ergueu a cabeça atônita.

Não ouviu o que eu disse? Tire esse laço para que possamos ver seu cabelo!

Percebendo que não era bom desafiar aquela mulher, fez o que foi pedido.

Bom, muito bom. O que você acha? – disse a duquesa analisando Kagome.

Sinceramente duquesa, a acho muito magra, mas dará pro gasto.

Você tem razão.

Kagome estava boiando literalmente, não compreendia o súbito interesse da duquesa por sua aparência, mas achou melhor não comentar nada.

Você disse que sua família está com problemas financeiros ou estou enganada?

Não senhora, estamos passando por uma terrível crise, meu tio gastou todo o nosso dinheiro em jogatina e se não pagarmos a dívida que ele contraiu graças ao seu vício, perderemos nossa casa.

Interessante... Tenho uma proposta a lhe fazer mocinha.

Uma centelha de esperança se apoderou do coração de Kagome, seria possível, a duquesa os ajudariam...

Que tipo de proposta duquesa? Se me permite perguntar, é claro! – dizia Kagome mal contendo seu entusiasmo.

Coisa simples, você só terá que passar a noite aqui e em troca devolverei o cargo ao seu tio e quitarei a dívida. E então aceita?

Oras mais que pergunta é claro que aceito. – dizia entusiasmada.

Ah! E é claro terá que fazer exatamente tudo que lhe mandarem, sem questionar uma só palavra. E então ainda aceita.

É claro que ficarei! Farei tudo que me mandarem se a senhora puder nos ajudar!

Eu ajudarei, mas você tem que me jurar, por tudo que é mais sagrado, que fará exatamente o que lhe ordenarem.

Juro! – respondeu Kagome solene.

Muito bem! Yume você não terá muito tempo para instruí-la, mas faça o possível, sim?

Pode deixar comigo!

Ah! E só mais uma coisa, quero que ela use o vestido azul enfeitado com bordado de flores. É um belo modelo para as mais sofisticadas.

Sim duquesa, nunca lhe falhei e não será agora que isso acontecerá.

Assim espero.

Duquesa, só mais uma coisa. Pretende mesmo cumprir com o combinado e devolver o cargo ao velho e pagar a dívida? – disse em meio a sussurros para que Kagome não escutasse.

Você é tão ingênua Yume, é claro que não cumprirei com o trato, amanhã mesmo irei enxot�-la daqui de casa. – disse rindo com uma expressão não muito agradável. Mas Kagome estava muito feliz para escutar ou reparar nisso.

Kagome estava no céu havia resolvido seus problemas e a única coisa que teria que fazer seria passar a noite no castelo e servir alguns convidados, pois pelo que deu para entender parecia que uma das criadas havia adoecido e teriam que arranjar uma substituta, e era ai que ela se encaixava. Nunca fora de desejar o mal a ninguém muito pelo contrário sempre fora uma garota religiosa e tentava afastar ao máximo esses pensamentos, mas estava a ponto de agradecer a garota por ter ficado doente.

Agora mocinha, me acompanhe. – disse Yume saindo da sala, não antes de prestar uma pequena reverência a duquesa.

Muito obrigada, duquesa, não tenho palavras para lhe expressar o quanto sou grata.

Demonstre sua gratidão cumprindo o trato.

Kagome fez uma reverência rápida e correu atrás da outra mulher, que já alcançara a porta.

Espero que saiba como se portar a mesa , mocinha. Não tenho tempo para ficar te explicando coisas tão triviais! – disse a empregada.

Ora, que pergunta! É claro que sei me comportar a mesa. Minha mãe me ensinou tudo que uma dama deve saber nessa sociedade. – vociferou indignada.

Assim espero. Não quero reclamação por parte do cavalheiro que irá acompanhar essa noite. Isso seria muito humilhante para Sua Graça, então se comporte direito, e nenhuma palavra sobre sua vida sim? – disse em tom de desdém

Em primeiro lugar eu recebi educação em casa, senhora, pode deixar serei uma excelente companhia a esse cavalheiro e não falarei nada sobre minha vida a ninguém. – bradou revoltada.

Que bom que entendeu. Agora venha não temos muito tempo. – disse a mulher pouco afetada pelo seu discurso.

Kagome seguiu a mulher com uma cara não muito boa, se perguntava quem essa mulherzinha achava que era para trat�-la dessa forma.

Foi levada até um amplo salão todo ornamentado em tons pastéis, ao centro do aposento se via uma enorme banheira em mármore, por todo o cômodo se encontrava luxuosos móveis que davam ao ambiente um ar requintado. Após levar Kagome a sala de banho Yume se retira deixando-a sob os cuidados de outras empregada.

Kagome havia sido conduzida até a imensa banheira, que estava cheia de espuma e perfumada com óleo de violetas.

Eu estive pensando... – disse Kagome – Seria possível um mensageiro avisar meu tio que passarei a noite no castelo? Ele ficará preocupado se não voltar para casa!

Sim, tenho certeza que poderemos mandar alguém. – Sra. Fildings virou- se para uma das criadas que a estavam ajudando e disse... – Mande o Sr. Jaken avisar o tio desta jovem que ela passará a noite na mansão da duquesa...

Ah! E mais uma coisa Sra. Fildings, se não for muito incomodo. – disse Kagome

O que quer agora? – perguntou sem paciência

Poderia avisar o cocheiro para guardar meu cavalo no estábulo e dizer que não precisarei dele até amanhã?

Ayame, avise isso também, mais alguma coisa? – disse com cara de poucos amigos.

Não, obrigada. – disse um pouco receosa.

Uma das criadas lhe trouxe um par de meias de seda. Kagome ficou encantada nunca havia usado meias tão lindas, eram magníficas e se moldavam perfeitamente em suas pernas bem torneadas. As meias eram presas a sua perna por uma liga rendada e decorada com pequenas pérolas brancas. Uma outra criada apareceu a porta trazendo um lindo vestido de tule azul bebê ricamente decorado com flores brancas e prateadas.

Que lindo! – exclamou Kagome.

Rapidamente a Sra. Fildings lhe tira a toalha, deixando-a nua e embaraçada. Ao olhar em torno percebera que não havia nenhuma roupa de baixo. Constrangida perguntou...

Mas...ainda não tenho nada para vestir por baixo...

Você não precisa de nada, faz muito calor na sala de jantar e ficará mais a vontade sem espartilhos e ligas pesadas.

Não tem problema, eu prefiro passar calor com as ligas e os espartilhos. E além do mais, não precisamos só ficar no salão de jantar, na casa tem tantas coisas para se fazer...ver os quadros por exemplo, nunca vi uma coleção tão magnífica! – indagou decidida.

Não me faças rir garota, não terás tempo para ver os quadros, seu dever aqui é acompanhar o hóspede da duquesa e não reparar em futilidade. Agora ande e ponha logo o vestido que ainda temos que arrumar esse cabelo!

Quadros não são futilidade, são muito mais que isso, eles expressão como o pintor está se sentindo entre outras coisas...

T�, t�, t�, chega de papo, ponha logo o vestido antes que eu mesma enfie ele em você. – bradou nervosa

Achou melhor não questionar mais. Emburrada colocou o vestido com ajuda de outra criada.

Justíssimo no corpo, com a saia rodada, muito alva e uma renda de tules rodeando-lhe os ombros, o vestido parecia ter saído de um conto de fadas. Era muito decotado na frente, mas com certeza as costureiras arrumariam.

O vestido será erguido aqui na frente, Sra. Fildings?

Para quê? Está perfeito assim. Agora venha vamos dar um jeito nesse cabelo.

Sra. Fildings a levou até uma cadeira e começou a pentear os lindos cabelos negros de Kagome. Esta ainda tentou erguer o decote, mas estava muito apertado na cintura e não se movia nem um centímetro.

Deixe disso...está bem assim. – disse a criada, impaciente.

Mas...é indecente!

Bobagem!

Dando-se por vencida Kagome largou o decote. Bem, por ser desconhecida na festa, poderia ficar no canto e não se notada por ninguém...exceto pelo estranho que teria que acompanhar...

"Deus o que faria se ele fosse chato e debochado? E se ele se embebedasse e lhe dissesse coisas indecentes? Provavelmente iria espanc�-lo ali mesmo naquela sala, mas se fizesse isso a duquesa a expulsaria da festa e todos os seus esforços terão sido em vão, mas nem por isso iria deixar de se defender, ele que não se metesse a engraçadinho com ela."

Tratou de tirar essas idéias da cabeça quando foi avisada de que estava pronta. Se levantou da cadeira e foi guiada até a porta onde Yume a esperava.

Continua...

Ryeko-dono - Que bom que está gostando...bem, respondendo as suas perguntas,...não, essa história não se passa na época atual, ela é um AU, e é datata lá por 1898 (por aí), e na minha fic também não tem youkais, eu até queria, mas daí não fechava. Bjux!

Houshi Kawai - Obrigada pelos elogios! O fato da Kagura ser duquesa, se dá simplesmente porque eu adoro ela, e acho que ela se encaixou bem no papel...e o Onigumo é só mais um coadjuvante da fic. Agora o cena do encontro do Inu e Kag você vai ter que ler...hahaha P Bjuxx!