Nos braços do amor

Cap.4

Os convidados soltaram gritos de surpresa e alguns instantes depois, uma pesada cortina de veludo vermelho situada do outro lado do aposento, se abria.

Algumas lâmpadas, ocultas pelos ramalhetes de flores e vasos, iluminaram o palco, e em seu centro via-se um quadro humano.

Numa rápida olhada Inuyasha pode reconhecer uma postura do Kama Sutra, representado por duas mulheres e um homem completamente nus.

Depois de alguns segundos os atores começaram a se movimentar. Aquele espetáculo era tão repugnante que, se não o deixasse doente, deixá-lo-ia, no mínimo, desgostoso.

Sempre odiara obscenidades e nem mesmo gostava de piadas picantes, que considerava muito vulgares.

Imaginava o que poderia acontecer se simplesmente se levantasse e se retirasse da sala, quando uma vozinha trêmula e assustada ao seu lado, falou...

-Eles estão...nus! Como po..podem...essas mulheres...aparecerem...assim...sem roupa e dessa maneira tão...indecente?

Ela não olhava para o palco, e sim para suas mãos trêmulas serradas sobre o colo.

Kagome estava pasma, nunca pensara que veria uma cena daquelas em toda a sua vida. "Como aquelas mulheres podem se prestar a tanto. Não se dão ao respeito? E aqueles homens mas parecem animais...ai meu Deus! eu preciso sair daqui, mas como?"

-Pelo jeito não estava esperando por isso.

-Esperando! Como poderia esperar algo tão vil dentro da casa de uma "lady"!

Kagome parecia tão horrorizada que por uma breve fração de tempo Inuyasha achou possível ela estar sendo sincera.

Colocando o cotovelo em cima da mesa, de modo a bloquear-lhe a visão do palco, ordenou...

-Olhe para mim, garota!

Ela hesitou como se temesse enxergar alguma coisa, ergueu os olhos bem devagar, fitando-o diretamente.

Ele constatou que ela estava muito pálida e seus olhos castanhos expressavam terror e asco. Não, aquela expressão não podia ser falsa!

-Por favor! – disse suplicante, quase num sussuro. -, por favor...Deixe-me ir embora. Deixe-me ir...Não posso ficar! É errado, e agora sei que aquelas histórias que ouvi são verdadeiras!

-O que acontecerá se demonstrar que está chocada e sair da sala?

-Não posso...não posso dizer, eu prometi...prometi a duquesa que ficaria com você e o divertiria, e se, isso o diverte, então não a nada que eu possa fazer.

Observou que a mesa, alguns casais se beijavam e alguns deles já se retiravam para um lugar mais reservado, foi ai que teve uma idéia.

Voltou os olhos para Kagome, esta tinha fechado os olhos e mexia os lábios como se tivesse rezando.

"Não seja tolo, uma mulher como ela não reza." Disse a si mesmo.

-Escute Kagome tem um jeito de sairmos daqui sem levantarmos suspeita.

Ela parou de falar e abriu um pouco os olhos, ao perceber que o marquês lhe tampava a vista, com o próprio corpo.

-O único jeito é fazer com que pensem que estamos indo para um lugar mais reservado, entende?

-Sim, mas como faremos isso?

-Vou passar o braço por seus ombros, apertá-la perto de mim, e depois puxarei você até a porta. Nossa anfitriã deve pensar que estou bêbado, por isso fingirei estar mal das pernas, tudo bem?

-Sim, eu compreendo agora vamos sair daqui imediatamente!

-Tudo bem. Vamos começar a cena...

Inuyasha enfiou seu rosto nos cabelos de Kagome, fazendo com que quem os olhasse pensasse que ele os estava beijando, quando teve certeza de que alguns dos subordinados da duquesa tinha visto a cena, abraçou a garota e disse em voz alta e pastosa...

-Que tal irmos para um lugar onde possamos ficar a sós?

Sem esperar resposta ele se levanta com Kagome, tomando o caminho em direção a porta.

"É tão bom abraçá-la! " – Inuyasha se repreendeu pelo pensamento, não podia pensar essas coisas de uma mulher como ela, já foi enganado uma vez por esse tipo de garota não se deixaria levar novamente.

Kagome estava rígida e assim que chegaram a porta, Inuyasha percebeu que ela queria se soltar, a abraçou mais forte e sussurra...

Por precaução nos soltamos no corredor, lá é mais escuro e ninguém nos verá.

Ela apenas acentiu com a cabeça. Chegando no corredor Kagome se solta dos braços fortes do marquês. Sabia que era errado, mas não pode evitar de sentir um certo frio ao se ver livre do abraço. Um barulho no corredor chama a sua atenção, em uma das portas se encontrava Yume espionando o jovem casal.

-Ai, meu Deus! É a Yume. – sussurra, mas não suficientemente baixo para que Inuyasha não escute.

-Quem é ela?

-Uma das criadas da duquesa, se ela cont...

Kagome é interrompida por Inuyasha, que a prença em uma das paredes da mansão com o peso de seu corpo e passando as mãos em seus cabelos, para logo após sentir novamente a fragrância deles.

-O que...o que... está fazendo? – suas palavras mal saíram de um sussurro. Seu rosto estava quente e deu graças a Deus por não ter muita luminosidade no corredor.

-Despistando, não era isso que era para fazer? – disse não dando muita importância a garota. – Agora venha vamos antes que mais alguém apareça.

Puxando-a para um abraço Inuyasha a levou até seu quarto.

Após se certificar de que a porta estava bem trancada ele se endireitou e virou-se para a garota.

-Acho que me deve uma explicação. – disse com a sobrancelha arqueada, mas ela não respondeu estava maravilhada demais com o quarto.

-É, como pode ver estou muito bem instalado. – disse impaciente.

-Mas...este é o seu quarto?

-Óbvio que sim. – disse em tom de deboche.

-Mas...onde eu vou dormir?

-Pensei que fosse óbvio também.

-Não!

Ela correu para a porta, mas, lembrando-se de Yume, não chegou a girar a maçaneta. Aflita correu para a janela mais próxima, puxando as cortinas para poder ver a altura.

"Oh não, é alto demais!" – pensou aflita

Inuyasha pegou em um dos braços de Kagome e a puxou para longe da janela.

-Poderia me explicar, o porque de todo esse desespero? – disse seco, se aproximando ainda mais dela.

-Me solte, por favor...tente compreender, quando prometi a duquesa que faria tudo que me mandassem não me passou pela cabeça uma coisa dessas. – disse tentando se soltar, porém Inuyasha prendia seu braço cada vez mais forte.

A moça parecia tão trêmula e desamparada que Inuyasha reconheceu que estava dizendo a verdade. Por fim soltou o braço da jovem.

-Eu não sabia o que o senhor me pediria, mas...mas é errado duas pessoas...dormirem na mesma cama se não são casadas. – disse trêmula enquanto acariciava o braço onde antes o marquês pressionava.

O nobre passou as mãos pelo cabelo e foi sentar-se na cama. Mas Kagome estremecia ao pensar que estava sozinha com um desconhecido no mesmo quarto e, por um momento se sentiu acuada por aqueles olhos dourados que a fitavam com tanta persistência.

Inuyasha a olhou bem, parecia mais um animalzinho assustado prestes a ser devorado por algum predador. Este pensamento fez com que um pequeno sorriso surgisse de seus lábios, a garota podia até ser uma vadia, mas que era linda, isso ele não podia negar.

-Pois bem garota, pode começar com a explicação. Sugiro que se sente aqui e tente não ficar muito assustada. – disse dando tapinhas na cama para que ela entendesse aonde deveria sentar.

-Não...não precisa se incomodar eu estou bem em pé.

-Ora, não se preocupe garota. Eu não mordo! – o sorriso debochado do marquês era no mínimo angustiante, quem ele pensava que era para tratá-la daquela forma, durante todo o jantar fingiu não ter visto e ouvido as caras feias e os sons debochados e frios que ele usava ao se dirigir a ela, mas agora era diferente, se não tinha revidado antes era pela presença da duquesa, porém agora estavam sozinhos e não deixaria ele falar assim com ela de novo. Toda o medo e insegurança que assolavam seu coração foi substituído por uma fúria cortante.

-O que você tem contra mim, em? Não me deu uma resposta séria durante todo o jantar. Você poderia pelo menos ser mais educado e tratar as pessoas como elas deveriam ser tratadas.

-Mas eu trato as pessoas como deveriam ser tratadas. – disse em tom de desdém.

-Se as trata como deveria, por que não me deu uma resposta decente durante todo o jantar? Por que fica sempre com esse tom de deboche quando me dirige a palavra?

-Ora, eu só trato você como merece ser tratada, ou acha que vou estender um tapete vermelho toda vez que vejo uma puta passar.

Kagome estava espumando quem aquele almofadinha pensava que era pala difamá-la daquela maneira. Em um golpe rápido lhe acertou a face com um tapa.

-Nunca mais ouse me difamar dessa forma. Você acha que só porque é rico pode falar das pessoas assim, você nem me conhece direito e já vem tirando essas conclusões? Você não passa de um filhinho de papai que acha que todos são inferiores a você... – foi interrompida pela voz gélida do marquês.

-Nunca mais ouse me bater garota, ou eu posso muito bem te matar com um golpe só... – sua voz era baixa e ameaçadora. Seus olhos estavam estreitos e sua aparência era de um animal pronto para dar o bote a qualquer sinal de ataque do inimigo.

Quem aquela garota achava que era para dar-lhe um tapa, nunca em toda a sua vida alguém ousou levantar um dedo só que seja em sua direção e não seria uma vadia que chegaria a tanto, e ainda por cima o chamou de "filhinho de papai", ela é que era uma vagabunda, que não sabia o seu lugar. Ah, mas ele iria dar uma lição naquela garota, ah se ia...se levantou e deu uns passos em direção a ela.

Apesar de assustada pela aproximação do marquês, Kagome decidiu revidar...

-E você nunca mais ouse me difamar dessa maneira...

-Difamar? Ah garota poupe-me desse seu dialogozinho puritano, pois se acha que isso me deixara com mais tesão está muito enganada. Esse joguinho de menina ingênua pode funcionar com os idiotas com quem você anda dormindo, mas comigo as coisas não funcionam assim eu...

Foi interrompido pela tentativa de um tapa, o qual impediu com uma de suas mão, usando a outra para evitar um novo ataque, chegou mais perto da garota e disse ao seu ouvido, antes de jogá-la com tudo em cima da cama...

-Acho que lhe avisei para nunca mais levantar a mão para mim, garota. – sua voz era fria, mas não o suficiente para que Kagome não revidasse.

-E acho que lhe avisei para nunca mais me chamar de prostituta. – massageando os pulsos que se encontravam levemente vermelhos graças a grande pressão feita pelo marquês àquela região. Sua voz era igualmente fria e em seu olhar podia se encontrar fúria

-E como quer que lhe chame, garota?

-Pelo meu nome é claro!

-Ora, uma vadia que gosta de ser chamada pelo nome? – disse não contendo a ironia

-Já disse que não sou vadia!

-E o que você é então? Uma donzela? Faz me rir garota, misturada com toda aquela escória da sociedade, sendo minha "acompanhante", você acha mesmo que tem o direito de ser intitulada de donzela?

-Mas é claro que sim, pois é isso que sou! Não sou como nenhuma daquelas mulheres lá embaixo senhor marquês. Se estou aqui nessa mansão lhe fazendo companhia não é porque sou uma prostituta como o senhor insiste em afirmar e sim uma ingênua por ter acreditado que a duquesa tivesse algum tipo de compaixão e devolvesse o cargo de pastor ao meu tio sem nenhum preço alto, e uma tonta por ter ignorado todos os sinais que me eram oferecidos, além do mais se estava tão incomodado com minha presença no jantar porque não me avisou logo ao invés de ficar quieto e descontar toda a sua frustração agora? – disse nervosa.

-Não devo satisfações à você, garota. E sabe de uma coisa, não estou mais com ânimo para discutir com você. Vou dormir e se você tiver um pouco de inteligência nessa sua cabeça oca faria o mesmo.

-Está fugindo senhor marquês? – disse em tom irônico.

-Não só evitando de me descontrolar e acabar arruinando esse lindo rostinho. – disse em tom de deboche.

-Ora seu...

Inuyasha achou melhor ignorar, tirou seu sobre tudo e se deitou na cama, ao lado dela. Kagome ficou espantada. Ele pensava em dormir na cama? Mas e ela onde dormiria?

-O que pensa que está fazendo?

-Me preparando para dormir, é claro. – disse como se aquela fosse a coisa mais óbvia do mundo.

-Mas, na cama?

-Por certo que sim, o quarto é meu, queria que dormisse aonde?

-No chão, é claro.

-Hahaha, acha mesmo que vou dormir no chão do quarto que foi destinado a mim?

-Mas e eu onde vou dormir?

-Se quiser sedo um espaço da cama à você.

-Mas...

-Se não quiser sempre a o chão. – disse fazendo pouco caso.

Kagome se levantou da cama emburrada e se dirigiu ao chão, porém não conseguiu dormir e achou melhor se dirigir a cama.

-Pode deixar não vou te agarrar durante a noite. Não tenho nenhum interesse em você. – disse despreocupado.

-Acho bom que não tenha mesmo, mas só para prevenir vou dividir a cama com essas almofadas e para o seu próprio bem não ouse ultrapassar.

-Como se eu tivesse medo de você.

A noite foi longa para ambos, já que não conseguiram dormir direito. Por fim vendo que o sol nascia Kagome se levantou da majestosa cama em que dormira e se dirigiu a porta. Vendo que não havia mais movimento na casa, pois era muito cedo, decidiu que era a hora perfeita para ir embora. Não ficaria nem mais um minuto com aquele grosso do marquês. Estava pronta para sair do quarto quando ouve uma voz grossa vinda da cama...

Inuyasha não havia pregado o olho a noite toda, ficava se perguntando se o que a garota dizia com tanta convicção era verdade, e se era então o que ela estaria fazendo ali?

Foi tirado de seus devaneios por movimentos ao seu lado da cama, seguido pelos sons de passos, abriu os olhos e deparou-se com Kagome andando de um lado para o outro pelo quarto, porém quando esta estava pronta para escapar decidiu intervir.

-Aonde pensa que vai?

-Para a minha casa. Não fico nem mais um minuto nessa mansão.

-Você não vai a lugar nenhum antes de me explicar o que você está fazendo aqui, já que afirma tão veemente que não é uma prostituta.

-Não devo explicações à você! – disse mal humorada.

-Ah, deve sim! Ah não ser que queira que eu conte a duquesa sobre o nosso pequeno desentendimento. Se é que me entende? – disse com um sorriso cínico.

Kagome ficou rígida. Como fora burra por contar que algo de ruim aconteceria, caso a duquesa descobrisse que ela não cumprira o trato.

-Eu não posso contar. São ordens de Sua Graça!

-Eu não conto que você me falou. E então vai contar?

-Está bem, estou na mansão porque vim pedir um favor a duquesa.

-Um favor?

-Sim, meu tio recebeu uma carta de Sua Graça solicitando que se retirasse do cargo de reverendo...

-Reverendo! E deixou você vir a esse lugar?

-Mais ou menos, tive que insistir muito. Mas nas nossas atuais condições financeiras não poderíamos nos dar ao -luxo de desperdiçar tal oportunidade.

-E por que ele não veio?

-Por que sou a única naquela casa que tem coragem de enfrentar os problemas de cara, se não fosse por essa covardia do meu tio não estaríamos ruindo em dívidas.

-E é por isso que está aqui, veio dar uma de prostituta para ver se ganhava dinheiro? – disse desdenhoso.

-Não, é claro que não. Já lhe disse que se estou aqui é por que vim pedir um favor à duquesa. – disse exaltada.

-Então explique melhor essa história!

-Era o que estava tentando fazer! – vociferou indignada.

-Vamos, continue. – disse calmo.

-Vai calar a boca e deixar eu terminar?

-O que acha? – fazendo pouco caso da exaltação dela.

-Ai, eu desisto! Como já tinha dito, meu tio perdeu o emprego, e em vez de nos contar o ocorrido...

-Nos?

-Sim eu e meu irmão...tá continuando, em vez dele nos contar o ocorrido ele foi se consolar bebendo e gastando todo o dinheiro que nos restava, o que gerou uma grande dívida, da qual não temos condições de pagar...

-Então resolveu vir pedir a duquesa o cargo do seu tio de volta para que possam quitar a dívida?

-É isso ai!

-E por que você e seu irmão não trabalham e ajudam.

-Eu trabalho, mas meu irmão é muito pequeno, e de jeito nenhum vou deixar ele largar os estudos para trabalhar. Por isso a única alternativa rápida o suficiente para o nosso problema foi pedir clemência a duquesa, e esse foi meu mal, nunca imaginei que a duquesa pediria para mim fazer algo desse gênero. Quando ela disse o que teria que fazer isso nunca me passou pela cabeça.

-Então, não esperava uma festa daquelas? – disse descrente.

Estava quase acreditando na garota, mas ainda precisava ter certeza de que ela não estava mentindo. Ela era muito convincente, mas Kikyou também era, e só foi olhar para o lado que ela fugiu com outro. Mesmo depois de tudo que havia feito, a tinha tirado do prostíbulo onde a encontrara, tinha-lhe prometido mundos e fundo e na primeira oportunidade ela o traiu, a partir daí passara a desconfiar de qualquer mulher que conhecesse, a não ser que está se mostrasse de confiança.

-Como...como poderia imaginar que as pessoas eram capazes de se comportar de maneira tão vulgar?

-Tinha encontrado algum convidado antes da festa?

-Não...nem sabia que havia tanta gente aqui, até a hora de descer para o salão. As únicas pessoas que eu vi foram a Srta. Yume e as criadas que me ajudaram a por o vestido.

-Quer dizer que essa roupa pertence à duquesa?

-Sim, foi ela que disse a Srta. Yume o que eu deveria usar, alegando que esse vestido sempre funcionava com as mais sofisticadas.

Tudo começava a ter sentido, e o marquês entendeu a complicada rede que a duquesa, tecera a fim de agarrá-lo, assim como subjugara a todos aqueles idiotas lá embaixo, com bebidas, drogas, mulheres e obscenidades!

Era o tipo de coquetel que poderia seduzir muitos freqüentadores de bordéis, mas a duquesa, sem conhecê-lo, enganara-se redondamente. Não havia nada naquela casa que o atraí-se, a não ser,...Kagome.

Desde o primeiro instante que a vira, achara-a muito bonita e delicada. Jamais vira mulher tão linda quanto ela, aquele rostinho oval, com enormes olhos castanhos, faria enorme sucesso entre os homens da corte.

Porém devido as circunstâncias sob as quais se conheceram a achara uma ótima atriz e mantinha-se frio o tempo todo, mas agora ouvindo-a falar com tanta sinceridade, era impossível não acreditar em suas palavras. Resolveu dar um voto de confiança, mas se ela o enganasse, estaria muito encrencada.

-Então era por isso tanto desespero com aquelas cenas?

-Sim, mas se a duquesa descobrir que não cumpri o trato, ela vai...não quero nem pensar, depois de tudo que vi e ouvi nesse lugar nada mais me surpreenderia.

-Não se preocupe, não contarei nada.

-Bem, então já vou, preciso encontrar a Sr. Fildings e pegar minhas roupas para ir embora, não fico nem mais um minuto nesse antro. O Sr. não vai?

-Vou sim, mas só mais tarde, tenho assuntos a resolver com a duquesa.

-Então eu já vou. Adeus!

-Adeus!

Continua...