Claro que a gente não podia começar mais um capítulo sem antes agradecer primeiramente à todas que estão lendo. As reviews têm sido tão deliciosas de ler quanto escrever esse fic. Obrigada mesmo!
Celly:
Daphne Pessanha: rói os cotovelos não, menina....isso faz mal! HE HE....mas sim....a reação do Carlo promete....só digo isso...podes crer que os espasmos da Ju foram os mesmos quando você recebeu review da Pipe e eu também! Valeu pelos comentários!
Lili Psique: já disse pra você não roer as unhas não...até o final do fic já vai estar sem os dedos... Celly maldosa . Mas sim...Carlo descobrindo que Dite não é moça....afe, ele é muito desligado!!
Ia-Chan: quê isso, menina.....Dite e Milo..na na ni na não...eles são praticamente irmãos....vai ter nada perverso entre eles não...e quanto ao Kamus...ele é um maldoso mesmo, coração de gelo, mas mesmo assim eu o adoro!
Pipe: nós é que dizemos menos, moça....olha a modéstia Celly segura uma faixa dizendo 'Pipe é demais!' ....mas sim...não ficou fofo o Milo com o Dite? Adoráveis mesmo...e que bom que você gostou....agora, quanto à reação do senhor todo poderoso Carlo...não sei bem....Shaka vai parar de apanhar, pode deixar....a culpa é toda do Mu....ele que bate no loiro, tadinho!
Yoru no Yami: sim...Milo e Kamus são lindos mesmo, já deixamos isso oficializado agora. Super casal 20 do Santuário. Olha, todo domingo vai ter atualização, então é só vir aqui nesse dia que vai ter capítulo novo! Valeu pela review!
Trabalho cumprido! Espero que vocês gostem desse que muitas esperavam vão acontecer...até semana que vem!!
Ju:
Ah, meninas... Vocês não imaginam o quanto essas reviews nos deixam felizes... Mandem se puderem, viu? - Iremos adorar!
Agradeço à Daphne Pessanha, Lili Psique, Ia-Chan, Pipe, Yoru no Yami, Nala e Shining. Obrigada por estarem acompanhando nosso fic. É muitíssimo especial para nós.
Não posso deixar de agradecer à minha querida companheira Celly. Obrigada por tudo, moça! Espero que vocês gostem desse novo capítulo.Até semana que vem!
Ah! E boa leitura!
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Capítulo 03 - Revelações
Amanhece...
Sentiu algo descer e subir por suas costas. Abanou-se sutilmente, ainda virado na cama, de barriga para baixo, pensando ser um mosquito. Mas abandonou essa hipótese ao notar que, absolutamente, era grande e pesado demais para ser um reles mosquitinho. Sonolento, virou o corpo para cima de leve e pôde identificar um Milo sorridente, com uma bandeja nas mãos.
-Olá, Bela Adormecida. - Cumprimentou, sorridente, quando o amigo sentou-se na cama, ainda meio perdido. - Dormiu bem?
-É, bastante... Só tenho de reclamar de uma coisa...
-Do que?
-Onde já se viu Bela Adormecida sem beijo do príncipe? - Ergueu a sobrancelha, falando num tom malicioso. Milo deu-lhe um tapinha no braço, e se deixou rir.
-Você é um tarado, Dite... Depois Kamus diz sou eu...
-Você é o culpado por isso, Milo. Eu aprendi com você. - Falou, dando uma leve coçadinha no nariz, antes de bocejar contidamente. Milo ajeitou a bandeja na frente de Afrodite, o cheiro de café fresco impregnando o quarto e despertando os sentidos do rapaz.
-Prefiro nem responder isso, Dite. Come. - E, pegando uma torrada, colocou-a junto ao lábio inferior do amigo, que entreabriu-o.
Milo riu, deixando a torrada entre os dentes de Afrodite, que fez uma careta. - Não adianta fazer charme logo cedo... - E o rapaz começou a comer a torrada, com uma cara hilária.
-Você é mau, Milo. - Falou o jovem, antes de beber um pouco de seu café.
-Quando terminar, Dite, se arruma.
-Pra quê? - Perguntou ele, a sobrancelha levemente alterada.
-Esqueceu? Diana vai voltar hoje. As meninas combinaram de mostrar pra ela a dança nova.
-Você vai ter participação especial de novo? - Perguntou, malicioso.
-Pára, abusado... Senão, vou achar que você tá interessado. - E puxou as cobertas de Afrodite, sob um protesto deste. - Anda, termina logo!
-Credo, que pressa! - Reclamou, sorvendo todo o conteúdo da xícara e se levantando para trocar de roupa, com uma torrada na mão. Ao colocá-la entre os dentes e virar-se para o armário, à procura de trajes adequados, Milo suspirou, lembrando-se do um conselho que Shaka lhe dera.
"Pergunte-lhe o que houve, mas não pressione. Ele vai acabar dizendo... Ou mostrando."
-É bom você estar certo, lourão. - Pensou em voz alta, e Afrodite encarou-o sem entender.
-Como é?
-Ahn? Nada, esquece.
E o rapaz deu os ombros.
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Espreguiçou-se na cama de casal, com lençóis de seda e travesseiros de pena de ganso. Afrodite não saíra de seu pensamento por um segundo sequer. O beijo que lhe dera... Mesmo que tenha sido um tanto quanto forçado, fora de tirar o fôlego. Balançou a cabeça.
-Nem pensar. - E rodou na cama novamente, ficando de bruços. Nunca pensara em alguém depois de já ter conseguido o que queria, ou uma parte disso. Mas, com 'ela', era estranhamente diferente.
Tendo uma idéia, pegou o telefone ao lado de sua cama e ligou para a boate. A voz de Kamus atendeu o telefone, com um mal-humor visível.
-Inferno, boa madrugada, desgraçado.
-Nossa, pra sua sorte, sou eu.
-Ah. O que quer, Carlo?
-Quando a Diana volta?
-Hoje. Ela disse que ia chegar às dez.
-Estarei aí.
E desligou o telefone na cara de um Kamus irritado, desde a noite anterior. Milo realmente sabia como estressá-lo.
Rindo sozinho, olhou para o teto e, como se Afrodite estivesse ali, disse:
-Foi apenas o princípio, amore...
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- Ninguém trabalha nessa espelunca mais não? -Diana chegou, tirando os óculos escuros e reparando nos presentes. As meninas, todas fazendo as unhas, June falava animadamente ao celular; Aldebaran jogava cartas com Milo e Kamus ajudava Afrodite no bar, com alguma mistura que saía uma suspeita fumaça.
- Diana!! -todos falaram ao mesmo tempo, com a exceção de June, claro.
- Como está sua tia? -Afrodite foi o primeiro a perguntar, preocupado.
- Melhor. Foi apenas um alarme falso. Mas sim, já que cheguei e vocês, -ela disse, apontando para as garotas. - me fizeram acordar cedo pra vir até aqui, poderiam começar logo o trabalho.
- Claro que sim, patroa...a gente vai lá dentro rapidinho! -Marin disse, puxando Shina pelo braço e desligando o celular de June.
O humor de Kamus não havia melhorado muito desde que Carlo havia ligado. Pelo contrário, piorara, tudo porque Milo resolvera chegar com aquele inabalável bom humor característico. E o escolhido da vez para suas piadas havia sido justamente ele. Se estivessem em algum outro lugar que não o ambiente de trabalho, provavelmente o outro já estaria no mínimo muito ferido. Ele detestava ser provocado quando estava de mau humor.
Afrodite salvava sua pátria às vezes, mas naquele dia também contribuía para que ele ficasse ainda mais irritado. O novato, como era chamado só de provocação, estava mais desligado que o de costume e havia cismado que queria aprender a fazer drinques exóticos. Porém, sempre errava nas doses e estava causando perda de bebida e principalmente da paciência do francês.
- Dite, a gente já vai a música aí, Kamus!! -June gritou do cantinho onde ficava antes de entrar para a apresentação.
Afrodite, afobado com a chamada e com um copo cheio de uísque nas mãos, acabou por trombar com Kamus, derrubando o conteúdo parcialmente em sua camisa branca e o resto no francês, que o fuzilou com o olhar.
- Desculpa, desculpa...foi sem querer, juro!! Ai que meleca, isso fede!! Não vou dançar com isso! - Afrodite disse, apressado, desabotoando a camisa e ficando apenas com a calça jeans clarinha.
- Ninguém merece.....nada poderia ficar pior hoje.... -Kamus resmungou, tirando a camisa também.
A música começou e a performance também. Afrodite fez os mesmos gestos de antes, especialmente a parte em que chamava Milo com o dedinho, pedindo para que ele subisse no balcão. Quando este o fez, passou por Kamus com um sorriso malicioso nos lábios.
- Como você é gostoso, Kamus...deveria ficar assim mais vezes.... -ele sussurrou, passando delicadamente os dedos pelo tórax do francês, que suspirou profundamente.
"Realmente, poderia ficar pior. E ficou. O que esse enfant quer comigo?", Kamus pensou, observando pela segunda vez, fascinado, a sensual dança de Afrodite e Milo.
Diana parecia estar muito animada com aquilo tudo. Afrodite realmente tinha sido uma ótima aquisição para o bar, não só em termos lucrativos, mas em se tratando de relacionamentos também. Todos o acolheram com muito carinho, especialmente Milo.
Afrodite, talvez pela proximidade e pelo fato de estarem entre amigos, aproveitou na dança com Milo, abraçando com mais vontade, tocando-o ainda mais. Sem camisa, Milo explorava as costas de Dite, ora puxando os longos cabelos azuis claros para a frente, ora arranhando-o lentamente.
E foi desse jeito que Carlo encontrou Afrodite: em cima do palco, de costas para a entrada, abraçado à Milo. As meninas dançavam ao lado dele, mas ele ignorou-as totalmente. O que importava era que Dite estava ali, sem camisa. Era melhor do que ele poderia imaginar. Ficou encostado na porta, tentando não pensar muito no que faria com aquela bela mulher. Sorriu abertamente quando percebeu que a dança estava para terminar e que ela viraria. Queria ver sua reação quando o visse ali depois de tudo o que acontecera na noite anterior.
E Afrodite o fez, com um belo sorriso, olhando para Diana. Por um momento foi ofuscado por uma luzinha ao longe, que só identificou como sendo da cruz de ouro que Carlo sempre usava no pescoço, quando encontrou aqueles olhos da noite anterior, mirando-o. Rapidamente seu sorriso se esvaiu. Desceu do palco e correu para os fundos do bar. Milo levantou os olhos para tentar entender o que tinha acontecido, mas não entendeu nada. A porta principal havia acabado de se fechar.
Do lado de fora do bar, um agitado Carlo andava de um lado para o outro. Ainda queria acreditar que o que vira havia sido uma miragem, um pesadelo. Torcia as mãos, dando tapas às vezes, como se quisesse acordar de um sonho ruim. Não. Era verdade mesmo. Afrodite era....
"Um homem. Não posso acreditar.", ele pensou, enquanto entrava em seu carro e saía em disparada dali.
No 'camarim', Afrodite estava em choque. Olhando-se no espelho, a boca semi-aberta, não queria acreditar. Tudo bem, um dia teria de vê-lo de novo. Mas não queria que fosse tão cedo. Principalmente porque o filho-da-mãe esteve presente em seus pensamentos e sonhos desde que tomara a liberdade de beijá-lo.
-Foi isso, então?
E virou-se bruscamente, para ver Milo na porta. Encostado nela, suspirou.
-Por que não me contou, Dite? Eu sabia que não tinha nada a ver com 'os caras' que você encontrou.
-O que eu te diria, Milo? - Falou, surpreso por estar soando irônico. - 'Ah, esbarrei com o Carlo num beco!' ou 'Duh, Carlo me beijou!'?
-ELE TE BEIJOU?!
-Oh, meu Deus! - E colocou as mãos na boca, censurando-se por ter deixado escapar tamanha informação. - Milo, eu...
-DESGRAÇADO! - E virou-se, colérico, batendo a porta com força. A única reação de Afrodite foi apoiar-se na parede e chorar.
Milo foi em direção aos amigos, a face vermelha, as mãos em punhos... Realmente estava irritado, e isso era algo raro.
-O que houve com ele, Milo? - Perguntou Diana, preocupada.
-Pergunte ao Carlo. - Falou, seco. - Ele deve saber.
E atravessou o bar imediatamente, pisando forte.
-Mas o que diabos...? - E Diana mandou um olhar à Kamus, que suspirou.
-Vou falar com ele. - Disse, com um muxoxo aborrecido. E foi.
Do lado de fora, Milo estava encostado na porta, um cigarro aceso pendurado na boca delicada.
-Milo, o que houve? - E o rapaz olhou-o com raiva, soltando fumaça com impaciência.
-O desgraçado beijou o Dite.
-O QUE?!
-É isso mesmo. O filho da mãe beijou o Dite.
-Mas que canalha! - E Kamus franziu o cenho, para depois ficar com uma expressão neutra. - Milo...
-O que? - Perguntou, olhando para ele, o cigarro preso nos dedos trêmulos.
-Por que você está tão preocupado assim por causa de um beijo? - E Milo foi reclamar, mas Kamus apressou-se em completar a frase. - Quer dizer, eu sei que o Carlo é um galinha e tudo o mais... Mas por que você está tão preocupado assim?
-Que pergunta idiota, Kamus...
-Você... Você tá gostando dele?
E Milo riu, soltando fumaça novamente.
-É claro que não, Kamus! Mas ele é meu melhor amigo - E, ao ver a cara de desagrado do outro, completou. -...junto com você, o Shaka e o Mu... É natural que eu fique preocupado, não acha?
-Mas não acha que é exagero?
-Não. Eu não quero que ele sofra, droga! - E Kamus se surpreendeu ao ver os olhos marejados de Milo. - É tão difícil entender assim? Não quero que o Dite seja mais um, não quero!
E Kamus, chocado, tirou o cigarro da mão de Milo, que até pensou em reclamar, mas que se calou ao sentir os braços do outro o envolvendo carinhosamente, aninhando-o em seu peito, enquanto uma das mãos perdia-se por entre os fios desembaraçados da nuca. Milo ficou imóvel, tentando reagir, fazer algo impactante. Mas o máximo que conseguiu fazer foi juntar-se ainda mais àquele corpo malhado, mas leve e bem estruturado, e deixar algumas poucas, mas significativas lágrimas rolarem pelo rosto bonito.
-Kamus...
-Shhh, não fala nada, não. - Sussurrou, deliciado com a sensação de estar junto ao rapaz, de formas tão suaves e tão delineadas. Deliciado com a sensação de estar colado ao adorável (Um tanto safado, mas adorável, ainda assim) rapaz de cabelos longos. - Deixa eu falar...
-...
-Primeiramente, não fuma. Você é bonito demais pra isso. Segunda coisa: Pare de chorar, você não pode ficar assim. Terceira coisa: Afrodite é adulto, e por menos que você queira que ele sofra, ele sempre vai sofrer. Regras naturais, que não podem ser quebradas.
-...Kamus... - E fechou os olhos, erguendo a cabeça e beijando de leve o pescoço do rapaz, como em um agradecimento. - Obrigado... - Sussurrou, causando leves arrepios no outro.
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- Dite....posso entrar? -Diana perguntou, abrindo a porta lentamente. Afrodite, ainda com os olhos vermelhos, estava sentado em uma enorme poltrona de couro preto.
- Claro...o bar é seu.... -ele tentou fazer uma brincadeira, mas falhou, naturalmente.
- Quer conversar a respeito?
- .....
- Já vi que não. Então deixe-me contar a história de Carlo. Depois disso tudo, se tiver algo mais a falar, vá em frente.
- ....
- Carlo e eu nos conhecemos na faculdade. Ele era o namorado da minha melhor amiga e não tinha essa fama de galinha que tem hoje. -ela começou e diante da expressão de incredulidade de Afrodite, ela apressou-se. - É, eu sei que é difícil de acreditar, mas é verdade. Naquela época, eles eram o casal mais perfeito que eu conhecia e ele era meu melhor amigo. Eles estavam de casamento marcado, convite distribuído, quando num dia ele descobriu que ela o traía a mais de um ano. Com outra mulher. Foi um choque, não só para ele. Achei que ele ia morrer, de tão mal que ficou. Sentia-se envergonhado, um inútil.
- .....
- Bom, depois de alguns meses, ele reapareceu, tinha viajado pelo mundo todo, recebido a herança de um tio que havia falecido e já era esse Carlo que a gente conhece. Nós também namoramos e noivamos, mas não era esse nosso destino. Nosso relacionamento terminou de forma pacífica, ele sempre me respeitando e eu a ele. Eu gosto de pensar que Carlo tem jeito, que ainda vai aparecer alguém na vida dele que o mudará para melhor, mas sinceramente, não consigo mais admitir isso. Infelizmente ele está fadado a vagar sozinho pela vida. Por isso, Dite, se você pensa em relacionar-se com Carlo...
- Eu não penso. -Afrodite disse, tentando parecer firme, mas não conseguindo.
- ...tenha sempre em mente o motivo pelo qual ele não gosta de homossexuais. Tenha em mente que ele conquista, usa, abusa e depois despedaça essa pessoa. E você é bom demais para estar nas mãos dele.
- Obrigado, Diana. Você é um amor.... -ele disse, abraçando-a carinhosamente.
- E agora me conte o que aconteceu, ande logo. -ela disse em tom autoritário, mas brincalhão.
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- Você gosta disso?
- Gosto...você sabe....mais rápido....
- Assim? Você é uma vagabunda mesmo.....
- Ai! Você está me machucando, Carlo...pára...assim eu não quero!
- Cala a boca, você está sendo paga pra isso!!
Carlo estocou com mais força uma última vez, até que sentiu as ondas do orgasmo invadirem-no por completo. Tirou a camisinha e jogou-a na lixeira do lado da cama, sem ao menos dispensar atenção à companhia que estava ali. Pegou algumas notas dentro do bolso do casaco verde e jogou em cima da cama, caminhando até o banheiro.
- Você foi ótimo também, Carlo...até a próxima!! -a mulher disse, ironicamente, pegando o dinheiro e saindo da casa de Carlo.
No banheiro, olhos frios refletidos no espelho, pensavam em qualquer coisa, menos na mulher que havia saído, na transa que havia tido. Era impossível não pensar em Afrodite. "Hunph....que nojo..", ele pensou novamente, pela milésima vez desde que saíra do bar. Falhava toda vez que tentava esquecer o gosto de maçã dos lábios dele, misturados ao cheiro de rosas, que deveria ser natural dele. Abriu a torneira da pia e colocou a cabeça embaixo da água gelada que corria.
Voltou a fitar-se no espelho. "Eu sou homem. Aquilo não foi nada.", ele disse, em voz alta.
O reflexo parecia mover-se, mesmo ele estando imóvel. "Você mente."
- Cala a boca!!! -Carlo gritou, jogando o vidro de perfume no espelho, quebrando-o em vários pedaços.
Saiu do banheiro, ainda nu. Vestiu a calça jeans, pegou uma regata branca e caminhou até à sala. Precisava tomar providências. Aquilo não continuaria assim. A única maneira de acabar com aquilo era cortando o mal pela raiz. E ele sabia exatamente como fazê-lo.
Afrodite não mais trabalharia no Inferno.
Continua...
