Nota das autoras:

Ju:

Olá, pessoas!

Muitíssimo obrigada pelos comentários! Ficamos extremamente felizes em saber que vocês estão gostando do nosso fic. Estamos trabalhando muito (Noites e noites no AIM escrevendo sem parar) para conseguir fazê-lo ficar bom.

Eu adorando saber que estamos conseguindo atingir a nossa meta.

Comentários e críticas são sempre muito bem vindos, viu? '' Eles ajudam muito. Estimulam a gente a escrever, além de mandaram nosso querido ego às alturas.

Ah, sim! Dessa vez, resolvemos fazer uma surpresa. Dois capítulos de uma vez!

Mas não se acostumem, heim? XD

Além de agradecer à todos os reviewers, tenho de agradecer à minha amiga Celly. Não sei como ela me agüenta, meu Deus... Te adoro, moça!

Boa leitura.

Celly:

Faço minhas as palavras da Ju, horas direto no AIM têm sido maravilhosas só pra receber os comentários, indicações e mais bate papo ferrenho no MSN já valem à pena. Não me canso de dizer que vocês são demais!

Yoru no Yami, Lili Psiquê, Bellia Lokki, Ia-Chan, Terezinha Fleur, Shining Light, Calíope, Pipe e Scorpion Lyra --- obrigada a todas as reviews, paciência por esperar pelos próximos capítulos e acima de tudo, por fazerem, com as suas reviews, o Inferno uma fic tão gostosa de se escrever.

Ah sim...e eu é que não sei como a Ju me agüenta....sim, porque eu sou aquela que aparece com idéias pra deixar o povo sofrendo ainda mais. Fico feliz porque ela me acompanha nas maldades! Beijos, fofa, te adoro também, essa parceria ta dando mais que certo!!

Boa leitura e até o próximo domingo!

---------------------------------------

CAPÍTULO 04 - Antes da Tormenta

Soltou um longo suspiro, sendo abraçado pela doce Diana, que mexia em seus cabelos com uma calma singular. Beijou-lhe a testa com sutileza, estalando os lábios rosados.

-Obrigada, Di...

-Não tem de que, Dite. - Sorriu. - Nossos apelidos combinam, não é demais?

E Afrodite permitiu-se sorrir.

-Vai se apresentar hoje à noite, ou não tem energia pra isso? - Perguntou ela, pegando-o pela mão e conduzindo-o para fora. Imediatamente, olhares preocupados foram lançados à ele, que não pode deixar de se sentir bem, sabendo que aquelas pessoas se preocupavam com ele.

-Eu posso dançar. - Falou Afrodite, rapidamente, quando June abriu a boca para dizer algo.

-Acho melhor você não arriscar, Dite. - Falou Shina, surpreendendo a todos pela seriedade com a qual falou. - Depois do pequeno incidente, não acho que seria uma boa idéia. Pelo menos por enquanto.

-Mas... Mas... - Até tentou argumentar, mas Marin parou-o.

-Por favor, Dite.

E, resignado, ele suspirou.

-Tudo bem, tudo bem... Mas na segunda-feira eu estou de volta, ok? - Falou, cruzando os braços. Todos concordaram. -...Cadê o Milo?

-Foi lá pra fora. Kamus foi falar com ele.

-Vou até lá... Vamos voltar para casa, tá bom? - Falou, olhando para Diana, que assentiu com a cabeça. Dando um último abraço na amiga, e despedindo-se de seus companheiros, foi em direção à porta.

---------------------------

-Milo... Pára... - Falou Kamus, quase fechando os olhos. O ousado rapaz em seus braços beijava-lhe o pescoço com sutileza, ainda abraçado à ele. Aquela era sua maneira de agradecer pela ajuda.

-Shh, não precisa dizer nada... - Murmurou Milo, parando de beijar seu pescoço e olhando em seus olhos. O olhar desceu, passando para os lábios do francês.

-Milo, eu não... - Mas toda sua vontade de empurrar o outro sumiu ao ver que este fechava os olhos e começava a aproximar os lábios dos seus. Ansioso, fechou os olhos, à espera de um contato maior.

-Milo? - Afrodite abriu a porta. Os dois, desconcertados, se largaram, mas Afrodite pôde entender o que estava se passando. Envergonhado, tentou entrar, mas Milo chamou-o.

-Melhor, Dite? - Falou, seco.

-Sim... Milo, olha, eu...

-Eu sei, a culpa não foi sua... Certo? - E Afrodite assentiu com a cabeça. - Resolvido... Por enquanto.

-Eu vou pra casa, tá? - Disse o rapaz de cabelos claros, virando-se para ir, mas Milo segurou seu braço.

-Vamos juntos, de carro. É mais seguro. - E se virou para Kamus, tendo a consciência de que corava. - ...Até hoje à noite, Kamus... - Não notou o duplo sentido da frase que fez o outro ruborizar.

-Tchau... - E Afrodite fez um gesto com a mão, enquanto Milo enlaçava seu braço com o dele, indo em direção ao carro de ambos. Ao entrarem, Afrodite, sentado no banco do carona, permitiu-se exclamar. - VOCÊS SE BEIJARAM!

-Cala a boca, Dite. - Resmungou Milo, rodando a chave. - Não conseguimos, na verdade. Você apareceu na hora.

-Opa, desculpa...

-Ah, sem problema... - E olhou para o marcador, fingindo interesse. - Foi melhor assim...

-Milo...?

-Sim?

-Eu senti uma certa tristeza?

-Pois é... Ridículo, não acha? - Fez uma cara frustrada. - Apaixonado pelo cubo de gelo. Ironia maldita.

-Por que não fala com ele?

-Ele mesmo disse que eu não sou o tipo dele, uma vez.

-Você sabe que foi brincadeira...

-Você acha que eu devo, Dite?

-Ele estava quase te beijando, Milo, por Deus! Do que mais você precisa?

-...

-É bom tomar uma atitude.

-É... - E, virando a esquina, Milo suspirou. - Uma bela atitude...

-----------------

Ligou, esperando que Diana atendesse.

-Inferno, bom dia. - A voz dela recepcionou-o.

-Mau dia, Diana, péssimo. - Disse Carlo, seco. Ela suspirou.

-Eu já sei o que houve. Carlo, quantas vezes eu te disse para não mexer com meus dançarinos?

-SEUS? Perdão, querida, mas quem os paga sou EU. EU te dou o dinheiro para manter essa espelunca aberta. Você apenas administra o que EU te dou.

-Ah, é? Duvido que o Inferno ainda estivesse aberto se você estivesse aqui! Ou já teria virado um bordel!

-Seria melhor do que uma boate onde um viadinho dança como mulher!

-DOBRE A LÍNGUA ANTES DE FALAR DO DITE, CARLO!

-Viu isso? Você está hipnotizada por ele, Diana! Eu quero que você o mande embora!

-Eu NÃO vou mandá-lo embora! Isso é ridículo!

-Prefere que eu mande fechar a boate?

Ela travou. Kamus, que estava do seu lado, ouvindo a conversa, preocupou-se.

-Diana...? - Mas ela ergueu a mão, pedindo que ele não falasse.

-Você não teria coragem... - Ela falou, amarga. Ele apenas riu, do outro lado.

-Não mesmo?

-Carlo, deixe-o ficar.

-Mande-o embora. Não quero essa praga trabalhando aí.

-Mas...

E Carlo desligou, deixando Diana à beira das lágrimas.

-O que foi? - Perguntou Kamus, espantado.

-Dite... Ele vai ter que ir embora... - Falou, sufocando um soluço. - Carlo disse que vai fechar a boate se ele não for...

E todos emudeceram.

-------------

Chegaram no apartamento, tirando os casacos pesados. Dite permitiu-se cair no sofá e ligar a TV enquanto Milo preparava a banheira para um bom banho. Procurando algo que prestasse na programação, logo desistiu e rumou para a cozinha para adiantar o almoço.

Não demorou muito e Milo chamou-o, dizendo que a água já estava quentinha e o banho pronto. Ele deixou a salada pronta em cima da bancada da cozinha, os filés de frango já temperados prontos para serem fritos e água fervendo para uma macarronada rápida.

Dentro da banheira, tentou relaxar ao máximo, falhando com uma facilidade incrível. Era impressionante como no pouco tempo que teve sua vida mudada para melhor, acabava sentindo-se tão pequenininho toda vez que cruzava com os olhos maliciosos de Carlo. Sim, porque aquele era o nome de seus problemas. O italiano durão, desde o beijo que trocaram, melhor, desde o beijo que foi forçado a corresponder, não saía de seus pensamentos, de seus sonhos e por que não, de seus pesadelos também.

Nem percebeu quando Milo entrou no banheiro, tocando levemente em seu ombro, avisando-o que o almoço estava pronto.

- Sonhando acordado?

- Antes fosse. Tive um pesadelo esquisito. - Afrodite disse, esfregando os braços, que Milo percebeu que estavam arrepiados.

- Enquanto tomava banho? Meio estranho, né? -ele tentou fazer piada.

- É sério, Milo. Me vi discutindo com o Carlo. Foi horrível.

- Shhh..não pense mais nele. Se eu conheço bem a Diana, ela vai arrancar o couro dele. Agora vamos almoçar que o franguinho tá esfriando. Fiz aquele molho quatro queijos pro macarrão.

- O meu preferido? Você é um anjo!! -Afrodite disse, beijando de leve os lábios de Milo. Malicioso, comentou. -Desculpa, não posso mais fazer isso.

- Por que diabos não? -Milo pareceu não entender.

- Kamus pode não gostar.... -ele respondeu, fazendo uma força incrível para não rir.

- Afrodite!! -Milo gritou, empurrando a cabeça do amigo para baixo da água, fingindo tentar afundá-lo. -Olha o respeito!!

---------------

Diana chegou à casa de Carlo logo após dispensar todo mundo do bar. Resolveu que era melhor abrirem mais tarde, para não estressar mais ninguém e até porque ela ainda não sabia como lidar com a nova situação de ter que despedir uma pessoa que passara a admirar, apesar do pouco tempo de convívio.

Carlo já estava esperando por ela, sentado confortavelmente em um dos sofás de couro preto da sala, tomando uma dose de uísque. Diana nem tocou a campainha, tinha as chaves da casa, ela sempre o levava para casa quando ele enchia demais a cara, por isso ele nem se surpreendeu.

- Você não tem o direito, Carlo! Não tem mesmo!! -ela adentrou a casa, gritando, apontando o dedo para ele.

- Primeiro: você não grita aqui na minha casa. Segundo: eu tenho todo o direito. Terceiro: tá gostosa com essa roupa, hein? -ele disse, calmamente.

- Cala a boca, pára com as suas piadas, você é patético! Isso não é justo, Carlo. Simplesmente não é. -ela de repente foi abaixando o tom de voz, sentando-se em uma poltrona num canto, desanimada.

- Ah, me poupe, Di....sentimentalismo também não faz parte da sua personalidade, assim como não faz parte da minha. Eu já disse o que quero e você também. Você nem tinha motivo para vir aqui, a não ser que a vontade de me ver fosse por demais incontrolável.

- Pára, Carlo, pára. Será que você não vê quantas pessoas prejudica com esse sarcasmo e maldade? Afrodite não tem culpa de nada, você o perseguiu durante todo esse tempo, você o caçou, você pediu por isso. O erro foi todo seu!! -ela levantou a voz novamente.

Carlo levantou-de do sofá, furioso. Jogou o copo na parede, que quebrou em milhares de pedaços. Avançou na direção dela.

- Não ouse falar no nome daquele viadinho aqui dentro da minha casa!!

- Por que não, Carlo? Não era você que estava atrás dele? Qual o problema?

- O problema é....ah, Diana, me poupe.....que nojo! Aquele lá, achando que eu ia me interessar por ele...que nojo!! Já disse mais de uma vez pra você que eu abomino isso!

Diana balançou a cabeça negativamente. Pegou a bolsa que estava na poltrona e caminhou lentamente até a porta, sem olhar para trás. Só o fez quando Carlo chamou-a.

- Eu vou fazer o que você quer. Mas de agora em diante, não espere minha pela minha amizade. Seremos apenas sócios. -ela continuou andando, porém virou-se para completar. -Se quer minha opinião, eu acho que ele mexeu com você mais do que você está disposto a admitir.

Carlo não disse nada. Voltou para a sala e pegou o telefone, discando um número conhecido. Uma voz feminina atendeu do outro lado.

- É, pode mandar a Anabella até aqui. Ela é a escolhida da noite.

-------------

- A preta ou a azul? Acho que a preta fica melhor. É, definitivamente a preta. O que acha, Edith?

- O senhor tem um encontro hoje, senhor Kamus? -a bondosa senhora que limpava o apartamento do francês perguntou, já que não estava acostumada a ver o patrão preocupado com a aparência daquele jeito.

- Não, Edith....vou trabalhar. Por que a pergunta?

- O senhor vai impressionar alguém, não vai? É aquela moça bonita que trabalha no bar? A menina June?

- Edith, mon dieu! Que indiscrição! June é uma amiga muito prestativa, apenas isso. E de onde a senhora tirou essa idéia de impressionar alguém? Que coisa.

Mas Edith tinha razão. Desde que Diana havia liberado todos para chegar mais tarde no bar, ele passara boa parte do tempo pensando em Milo e no que estiveram prestes a fazer. June tinha razão quando dizia que era difícil resistir aos olhos, palavras e gestos do grego. Ele era realmente um belo exemplo de como a sensualidade poderia ser perigosa.

"Dieu, no que estou pensando?', ele disse, olhando para as camisas que estavam em cima da cama.

Milo era totalmente inconseqüente, envolvia-se com quem bem lhe interessava, procurava diversão sempre que podia e tinha o lema de que nenhuma diversão é diversão bastante se você está amarrado a alguém. Inconstante, isso sim, era o que ele era. E seria muito perigoso, eles estragariam a amizade deles com um relacionamento.

"No que eu estou pensando??", Kamus se perguntou pela segunda vez. "Relacionamento? Ora bolas...."

Aquilo estava errado. Não poderia e não iria acontecer. Milo partiria seu coração, estragaria a amizade deles. Ele queria diversão só que Kamus não estava disposto a ser seu brinquedo preferido.

Olhou mais uma vez para as camisas, apanhando as duas da cama e jogando no fundo do armário. Decidiu-se pela já surrada camisa branca e jaqueta jeans. Trabalho. Era isso o que ele ia fazer. E nada mais.

Continua...