Nota das autoras:
Ju: Cá está o segundo...
Espero que gostem! o/
Celly: mais um...não fiquem acostumadas, ta? ;-)
Boa leitura!
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Capítulo 08 – Vingança
- Isso aqui tá tão sem graça...... -Shina falou, olhando para o relógio, que marcava impiedosas 8:30.
- Concordo....que tal a gente ligar pro Dite e pedir pra ele vir aqui? -June sugeriu, penteando os cabelos.
- Ficou doida? A Diana mata a gente e o Carlo mata a Diana e depois mata o Dite...vai ser um banho de sangue.... -Shina comentou.
- Exagerada... -Marin disse, reprovando as duas.
Estavam sentadas em uma mesinha reservada perto da entrada dos camarins. Naquela noite, em represália à dispensa de Afrodite, Diana dissera que as meninas não precisavam dançar. Parecia que até os clientes percebiam que havia algo de errado, estavam quietos, controlados. Aquele nem parecia o Inferno de antigamente.
Um barulho chamou a atenção das três. Kamus mais uma vez deixava uma garrafa escapulir de suas mãos. Ele, que era o mais concentrado, desde o fim de semana passava o tempo livre olhando para o espaço, como se procurasse pro alguma coisa. Elas estranharam aquilo tudo e pensaram em ir até o bar, mas a atenção delas foi desviada para os dois homens que abriram a porta do bar.
Ambos vestidos de preto, destacavam-se pela diferença física: um, com cabelos cacheados e castanho claros, olhos verdes parecia extremamente incomodado naquele lugar, mas era incrivelmente seguro de si. Tirou a jaqueta preta, mostrando que usava apenas uma regata da mesma cor por baixo. Marin e June entreolharam-se, com um sorriso nos lábios, prontas para atacá-lo. Foi quando Shina apontou para o outro homem, de cabelos compridos e azuis. Ele era ainda mais sexy, a combinação do azul dos olhos dele com o tom do cabelo, as feições delicadas e rudes ao mesmo tempo. Era um perfeito e letal exemplo de homem.
As três caminharam apressadas, ajeitando os trajes mínimos. Tropeçaram em Hyoga, que quase derrubou a bandeja em cima de alguns clientes. Shun chamou June, mas ela ignorou-o completamente. Quando estavam próximas de tocá-los, Diana, como que por mágica, materializou-se à frente delas.
- Meninas.....estavam tão quietinhas, aconteceu alguma coisa? -Diana perguntou, já sabendo o que elas queriam.
- É que...bem....olha....hum..... -elas tentavam dizer, lançando olhares discretos aos dois homens, que estavam atrás da patroa.
- Ah, poderia esquecer? Rapazes, tenham a bondade... -ela disse, puxando os dois pelos braços, colocando-os na frente das três. De perto eles eram ainda mais bonitos.
- Olá....é....você é a June, certo? E você deve ser a Shina. E por fim....Marin... - o quase loiro falou, deixando-as ainda mais envergonhadas e atônitas.
- Certíssimo, Aioria. -Diana falou, sorridente. -Meninas, estes são Aioria e Saga. -ela abraçou Saga com mais firmeza. -Saga é o meu namorado.
Shina pareceu murchar.
-E o Aioria? Seu cunhado? - Perguntou June, arriscando.
-Não, não. - Aioria mesmo respondeu, com um risinho. - Sou apenas um amigo.
-Ah, sei.... - E June olhou para ele, com um sorrisinho malicioso. - Será que poderíamos nos conhecer, amigo?
-Sinto muito, June. - Marin precipitou-se, puxando Aioria pelo braço, delicadamente. - Vai trabalhar aqui?
-Vou... Diana me disse que Milo saiu...
-Você o conhecia? - Perguntou Shina, erguendo uma sobrancelha.
-Claro! Milo estudou comigo. Foi ele quem me apresentou a Diana e o Saga.
-Ah, legal. - Marin falou, conseguindo uma brecha para entrelaçar seu braço com o dele. - Vamos passear, Aioria?
-Ahn? - E olhou para Diana, que deu um risinho e fez um gesto afirmativo com a cabeça. - ...Tudo bem, Marin....
Ela arrastou-o para fora, sob olhares aborrecidos de June e Marin.
-Não liguem, vocês encontram alguém um dia. - Falou Diana, sorridente, antes de puxar Saga para sair.
-...Eu vou morrer pura... - June deu um tapa na testa.
-Só porque você quer, amor... - Falou Shina, com um riso escandaloso.
-AimeuDeus...
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Suspirou, irritado. Quase havia quebrado mais uma garrafa. E dessa vez, seria um whisky escocês caríssimo. A falta de Milo realmente estava conseguindo alterar sua vida. Servir moças e rapazes bonitos já não valia a pena, já que não podia provocá-lo, mesmo à distância. Fingir não gostar de insinuações e cantadas também não tinha o mínimo valor. Nada mais parecia realmente ser importante.
-Hei, bonitão, lembra de mim?
E olhou. Viu uma jovem de olhos verdes e cabelos negros, vestida num minúsculo e provocante vestido vermelho-berrante. Lembrou-se dela. Era a insistente moça que havia lhe importunado até que ele lhe desse seu telefone. Mas não estava nem um pouco afim de aturá-la novamente.
-Lembro, o que tem?
-Nossa, o que houve? Tá tristinho?
-Não importa. - Falou, seco.
-Ora, claro que importa, amor...
E ouviram uma exclamação irritada. Kamus ergueu os olhos e arregalou-os logo em seguida, descobrindo a origem do som: Era o tal Marco, o responsável pelo estado atual de Milo.
-VOCÊ?! - Berrou Kamus, pulando pelo balcão.
-Relaxa, flor, eu não tenho nada com você.
-SEU DESGRAÇADO! - E deu-lhe um soco no cara, derrubando-o no chão da boate. Gritinhos extasiados percorreram o salão. Marco ergueu-se, irritado.
-COMO SE ATREVE?! - E partiu para cima de Kamus. Só não contava com o fato de o outro saber lutar diversas artes marciais. Além disso, estava com uma raiva tão fatídica que poderia desafiar Deus e o mundo. E sair vencedor.
Em poucos segundos, Marco estava no chão, gemendo de dor pelos hematomas e pelos dentes perdidos. Kamus ergueu o punho mais uma vez, mas sentiu-o ser segurado. Olhou para Saga, que o encarava, a sobrancelha direita erguida.
-Vai matá-lo?
-CLARO!
-Aí você vai preso.
Resignado, Kamus soltou-o. Marco, tirando forças Deus sabe de onde, ergueu-se e começou a correr desesperadamente, enquanto as pessoas o olhavam, surpresas.
-O que foi aquilo? - Perguntou Diana, séria, se aproximando.
-Foi aquele desgraçado que OUSOU encostar a mão no Milo!
-...Kamus... Você quase matou o sujeito... - Ela disse, tentando acalmar o rapaz.
-Eu deveria tê-lo matado. Não sei porque não o fiz.
-Porque você ainda tem juízo. - Disse ela, massageando-lhe um ombro. - Relaxe, tome um copo d'água e vá pra casa. Você precisa descansar.
Concordando que seu estado não estava dos melhores, afirmou com a cabeça, agradeceu-a e virou-se para ir embora. Milo fora vingado. E essa era a única coisa que realmente importava.
Mas, contrariando o que os outros haviam pedido que ele fizesse, Kamus pegou o primeiro táxi que passava na frente do bar e rumou para a casa de Milo. Tinha vontade de dizer a ele o que havia feito, que ele havia sido vingado.
Entrou no prédio com facilidade, a porta principal sendo aberta por Rania, que saía com o namorado no exato momento. Ela tentou fazer uma piada, mas ele nem deu ouvidos. Chegou à porta do apartamento de Milo e estava prestes a bater quando ouviu a voz do escorpiano. Ele parecia bem triste.
- Não Dite, não tem jeito. Eu não quero mais o Kamus...não quero mais ninguém. Preciso ficar longe de todos eles. Acho que eles me faziam mal, mesmo com toda a bondade que tinham.
- Mas... -era a voz de Afrodite agora, tentando argumentar.
- Não adianta. Nunca mais, nunca mais mesmo.....nenhum outro homem vai me tocar....
E Kamus, arrasado foi embora. De nada adiantaria ele dizer que amava o outro. Porque sim, ele o amava. Só chegou a essa conclusão quando esteve a ponto de perder Milo e agora isso parecia que realmente iria acontecer.
Nem soube como chegou em casa. Só se deu conta de onde estava e de suas ações, quando sentiu as lágrimas quentes molharem seu rosto e caírem sobre os lençóis da cama.
Continua...
