Nota das autoras:
Ju:
Hao!
Pelo visto, nós tivemos reações bem interessantes ao lance das 50 reviews 2 capítulos... Gostei. Vou começar a fazer chantagem sempre. XD (Ironia? Não, dessa vez é sério mesmo.)
Esse capítulo tem um lemon MUITO interessante... Na verdade, esse é um dos meus favoritos... hehehehehehe... risada maléfica e impactante
Aff, quanta palhaçada... Bem, de qualquer maneira...
Boa leitura. (E lembrem-se do apoio moral! XD)
Celly:
Definitivamente, a Ju vai ficar responsável pela propaganda do fic. Desde que ela disse que a cada 50 reviews publicaríamos um capitulo novo, algumas pessoas começaram a postar seus comentários. Um em especial, da Ilia Chan foi bem engraçado....perca a vergonha, menina...pode falar à vontade...nós realmente não mordemos...MUITO...
Sim, o capítulo tem lemon, um lemon bem gostoso, com uma coisa que eu adoro de paixão. Vocês precisam ler pra acreditar no que eu tô falando. Mas sim...sem muitos rodeios, vamos ao capítulo e obrigada, como sempre à todas as reviews.
PS: um obrigado especial à Pipe pelo post sobre mim lá no MIPS. Foi muito importante saber que o que eu escrevo é bem aceito. Obrigada, Mestra fofa!
Boa leitura!
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Capítulo 19
Foi, decidido, em direção ao apartamento do rapaz. Enquanto caminhava, as dúvidas martelavam sua cabeça. Iria ouvi-lo? Iria quebrar seu nariz? Iria espancá-lo até a morte? Tinha muitas idéias sobre o que Carlo iria fazer com ele quando o visse... E nenhuma delas era agradável.
-Sim ou não? - Parado na porta, questionou-se pela milésima vez. Deveria? Colocou a mão na maçaneta, mas tirou-a logo em seguida. A porta estava aberta, pois quando puxou a mão, pode ouvi-la estalar.
Tirando forças do próprio orgulho, colocou a mão novamente e abriu-a de uma só vez, antes que perdesse a coragem novamente.
Escuridão.
-...Carlo...? - Sussurrou, se xingando depois. Nunca iria ouvi-lo com aquele tom de voz insignificante. Virou-se para fechar a porta e teve vontade de quebrá-la em pedaços porque a mesma fez um barulho alto ao ser fechada. - Carlo? - Aumentou o tom, mas ainda era baixo demais.
Decidiu-se por ligar a luz, assim seria mais fácil. Lembrou-se do dia em que ficaram juntos, e tentou lembrar em que lugar ficava o interruptor. Era à esquerda da porta, no canto da parede. Tateou-a, rezando para não esbarrar em nada. Enquanto os dedos deslizavam mudos, ele teve a certeza de ouvir uma respiração descompassada. Como julgava-se sozinho, pensou ser sua própria. Então, ignorou.
Quando finalmente achou o interruptor, acendeu-o de uma só vez, ouvindo uma exclamação atrás de si. Virou-se, e a cena que presenciou o fez querer morrer.
Carlo estava no sofá, agarrando-se com uma mulher devassa.
-...O que faz aqui? - Perguntou o outro, grosseiramente. Uma lágrima rolou do rosto de Afrodite, que secou-a rapidamente.
-Nada. Vim aqui pensando em encontrar o homem da minha vida. Vim aqui pensando em lhe esclarecer tudo. Mas já vi que ele virou um sapo. - Falou, irônico, virando-se para sair. Carlo jogou a moça para um canto e aproximou-se de Afrodite, pegando-o pelo braço antes que ele saísse.
-Cansei, quer saber? Você não tem direito de fazer isso! Você está namorando o Kanon!
-Eu NÃO ESTOU namorando o Kanon, seu idiota. - Falou, rangendo os dentes, puxando o braço com força.
-Ah, não, imagine. Estão apenas curtindo com a minha cara, certo?
-Ninguém te colocou na história, Carlo. - Falou, seco. - Se não acredita, melhor pra mim. Pensei que você gostasse de mim, mas eu já tinha perdido as esperanças ontem à noite.
-Ontem... à noite?
-É, sim, senhor. - Ironizou. - 'Sinto tesão por você.', não é? Fico feliz em saber que fui útil, mas eu não quero alguém assim. Passar bem e até nunca mais.
Carlo tentou segurá-lo, mas Afrodite bateu a porta antes disso.
-Esse é o tal Afrodite? - Sheyla perguntou.
-...Sim...
-Realmente, ele é bonito. - Falou ela, colocando os pés em cima da mesinha. - Bom, onde estávamos?
-Em lugar nenhum. Vá embora.
-De novo isso, Carlo? Se eu sair, nunca mais venho.
-Problema é seu. - Disse, seco, indo para seu quarto. Sheyla suspirou, se levantando, ajeitando as roupas e indo em direção à porta.
-Você merece morrer sozinho, Carlo Di Angelis. - Falou ela, antes de sumir.
-Mereço morrer, querida. Mereço morrer.
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-Milo....por Deus, o que está fazendo?
-Brincando... -ele respondeu, sorrindo, tirando um objeto de dentro do bolso da calça preta. Kamus sentiu seus braços serem imobilizados, mas não pelas mãos de Milo, mas sim por algo frio.
-O que...o que é isso?
-Meu novo brinquedinho... -ele disse, um clique sendo ouvido. -Gostou das minhas novas algemas? Agora você não me escapa.... -ele completou, beijando Kamus nos lábios.
Kamus suspirou profundamente. Não poderia tocá-lo e não poderia vê-lo. Era tortura demais. Esperara por tantos dias para estar novamente ali com seu amante e ele lhe aprontava uma daquelas. Não estava certo.
-Ah, Milo...me solte...
-Humm... -ele disse, pensativo. -Eu acho que não...vamos continuar isso em outro lugar.
Kamus sorriu, pelo menos no quarto eles estariam mais confortáveis e ele poderia convencê-lo a soltar-lhe.
-O quarto está uma bagunça... -Kamus disse, deixando-se ser guiado por Milo.
-Quarto? Não...vamos continuar nossa brincadeira em outro lugar. Desde que saí aqui da sua casa, senti que estava te devendo um banho...o que acha? -ele perguntou malicioso, mordendo o pescoço do outro ligeiramente, fazendo com que a pele se arrepiasse por completo.
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O restaurante, àquela hora da madrugada estava com poucos clientes, provavelmente insones como Kanon e Julian, que comiam tranqüilamente, sem trocar muitas palavras. Eles trocavam sim, muitos olhares, especialmente aqueles de esgueira, dedicados quando um não estava prestando muito a atenção no outro.
-Mas então, você e o Dite se conheceram?
-Não gostaria de falar sobre esse assunto, se você não se importa...
-Tudo bem...mas sobre o que quer falar então? -ele perguntou, tomando um gole de vinho.
Kanon sorriu, como se esperasse por aquela pergunta. Julian estremeceu.
-Me fale sobre você. Acho que vai ser muito mais interessante...
-Sobre mim? Kanon, você me conhece...
-Costumava conhecer... Será que conheço agora?
-Quer quer dizer com isso?
-Digamos que você mudou muito. Mostrou-me isso hoje mesmo.
-Ah, K, você sabe que eu fiquei fora de mim... - Suspirou, triste. - Eu não sou assim.
-Tem certeza mesmo?
-Por que tanta dúvida? - Cortou Julian, olhando-o nos olhos.
-Apenas quero entendê-lo, Ju.
-Entender-me? Para que precisa me entender, K?
-Como vou ser seu amigo se não entendê-lo?
-De onde tirou tudo isso, Kanon?
-Quando você me chama pelo nome inteiro, é porque está ficando irritado.
-Não estou irritado. Apenas confuso.
-Fale de você, e sua confusão vai terminar.
-O que quer que eu fale?
-O que você é, o que sente...
-Digamos que eu seja um idiota apaixonado. - Falou, num impulso. Tapou a boca em seguida.
-Apaixonado? - Kanon sorriu-lhe. - Interessante.
-Olha, acho bom pararmos com essa conversa... - Tentou mudar de assunto, mas Kanon não permitiu-lhe.
-Quem?
-Quem... Eu...
-Sou seu amigo ou não?
-Sempre foi, mas acho que você não pode saber disso.
-Por que? - Perguntou, aproximando o rosto de leve, como se estivesse curioso. Julian virou o rosto para o lado, afim de não encarar o rapaz belo que chamava sua atenção. - Ju?
E o outro não respondeu. Kanon, delicadamente, puxou seu queixo, a fim de poder olhar-lhe nos olhos.
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-Eu realmente adoraria fazer isso, Milo... Mas não me sentiria bem com isso... - E movimentou as algemas, fazendo um leve barulhinho metálico.
-Você já tentou antes? - Perguntou, e Kamus pode ouvir um certo desânimo na voz do outro.
-Nunca, mas...
-Tudo bem, se você não quer... - E, abraçando-o, escorregou as mãos até as algemas.
-Milo, não. - E o escorpiano sorriu, vitorioso. Ninguém resistia à ele. Era só fazer um charminho que o mundo de jogaria aos seus pés.
-Te amo... -Milo disse, beijando os lábios do outro com firmeza, abrindo a porta do banheiro logo em seguida.
Kamus sorriu abertamente, estava esperando ouvir aquelas palavras há algum tempo e mesmo pronunciadas ali, diante de uma situação de extremo desejo para os dois, valia como uma vitória.
-Me deixe ver você pelo menos, Milo...por favor...
Milo sorriu, maquiavelicamente.
-Gosto de te ouvir implorando...espere um minuto.
Milo segurou Kamus por uma das mãos apoiando-o na pia do banheiro. Seguiu para o chuveiro e para a banheira, onde afastou a cortina que separava-os do resto do cômodo. Sorriu.
-Agora eu posso tirar a sua venda... -Milo disse, enquanto prendia a algema de novo em Kamus dessa, vez passando-a pelo cano de metal que prendia a cortina.
Kamus observou, maravilhado o homem à sua frente. Milo estava nu, vestindo apenas um sorriso safado. Ele sentiu-se corresponder àquele corpo desnudo e também sorriu. Teria muito prazer em ser abusado pelo escorpiano naquela noite.
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-Então foi isso o que aconteceu...nossa, pelo barulho, achávamos que era algo pior...um ladrão...
-Desculpa acordar vocês dois...
-Não tem importância, Dite...estamos aqui pra ajudar os amigos...então, tudo acabou mesmo?
-Nem começou, Mu...nem começou. Eu já deveria saber, foi como o Shaka disse.
Mu olhou para Shaka com a expressão que lia-se claramente "O que foi que você disse?".
-Mas...e agora?
-Eu continuo trabalhando no Inferno, não quero mais vê-lo, se bem que isso vai ser difícil, ele está lá sempre.
-Mas e se ele quiser, não sei, ficar com você?
-Shaka!! -Mu falou, repreendendo o namorado.
-Ele tem razão, Mu...eu tenho que pensar nisso. Mas eu não sei, Shaka...não sei mesmo, acho que vou ignorá-lo. Não posso viver minha vida em função de alguém que nem sabe quem é...
-Eu concordo, Dite. Mas você tem que pensar em uma coisa: e se ele estiver confuso? Não é fácil para um homem como ele desistir de tudo pra encarar uma nova realidade, que, convenhamos, não é das mais normais...
-Então você acha que eu deveria dar uma outra chance à ele?
-Shaka!! -Mu falou pela segunda vez, no mesmo tom. -Se Carlo realmente gostasse de Afrodite, ele o teria assumido. Desculpa, Dite, mas você sabe que isso é verdade também.
-Eu sei... -Afrodite disse, encolhendo-se no sofá.
-Bom, eu acho que você deve seguir tua vida. E se o Carlo quiser alguma coisa com você, ele que te procure e não o contrário. Você é bom demais pra esse homem, Dite! -Shaka falou, arrancando a aprovação de Mu.
-Obrigado, rapazes. Eu vou seguir os conselhos de vocês...mas é que...tá doendo tanto... -ele disse, chorando, por fim. Aos amigos, restou apenas abraçá-lo até que ele se acalmasse.
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-Ju...
-O que... o que é, K? - Perguntou, tentando ficar o mais calmo possível.
-Quem é?
-...Por que te interessa tanto saber?
-Quem sabe você não é correspondido?
-Você nem ao menos sabe quem é... Como pode dizer isso com tanta certeza?
-Ju...
-...
-Sou eu, não sou?
E Julian arregalou os olhos, saindo de perto de você... Quem te disse que...
E Kanon sorriu.
-Eu tinha certeza, Ju... Certeza absoluta... - E aproximou-se para beijá-lo. Julian testou seu alto-controle, pulando para o lado, fugindo dos lábios do rapaz. - Mas...
-Seu falso! - Rosnou, deixando o amigo confuso.
-Mas, Ju, o que...?
-Você está namorando o Dite, esqueceu? Como tem coragem de fazer isso, Kanon? Nunca pensei que você fosse tão... Tão sujo!
E se levantou, irado, deixando um Kanon atordoado sentado na mesa.
-Droga... Eu tinha esquecido disso...
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-Vem cá... - E chamou-o com o dedo, provocante, dentro da banheira. Kamus grunhiu, tendo problemas em aproximar-se. - Hum...? Ooh, sim, como me esqueci... - Fingiu distração, e Kamus virou os olhos. Em poucos segundos, sentiu-se sem as calças e foi derrubado dentro da banheira por um Milo que ria alto.
-MILO! - Reclamou, franzindo o cenho. A expressão de Milo mudou, tornando-se triste.
-Não gostou...? - Perguntou ele, debruçado sobre o peito do francês, encarando-o com os olhos falsamente entristecidos.
-Não me olha com essa cara que eu te conheço bem, Milo...
-Droga, Kamus...não dá pra brincar com você...devia ter te deixado vendado...
-Ah, sim...porque desse jeito você conseguiria me manipular com mais facilidade, não é mesmo? -Kamus perguntou, mexendo-se um pouco na banheira, sua ereção roçando na de Milo.
-Estraga prazeres... -Milo disse, fazendo biquinho.
-Mon Dieu...um escorpião sem veneno... -Kamus brincou. -Mas você não acha que isso é bom?
-O que?
-Eu saber o que você pensa só de olhar no teu olho. Isso quer dizer que somos feitos um pro outro.
Milo sorriu por alguns segundos, mas logo se recompôs. Jogou os cabelos para trás, aproximando-se mais dos lábios do francês. Sem tirar os olhos dos olhos do outro, ele disse:
-Eu não quero romance hoje, Kamus. Acha que pode me agüentar?
Kamus apenas sorriu, os olhos brilhando maliciosamente.
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-Mas que droga, aonde será que ele foi? Será que voltou pro Inferno?
Kanon havia pago a conta e dirigia seu conversível, procurando por Julian em cada rua próxima do restaurante. Passou na frente do bar, mas o Inferno já estava fechado. Pensou em tentar outros bares, mas desconfiava que Julian não estaria em nenhum deles.
Reprovava-se mentalmente por não ter contado logo a verdade para o outro. Aliás, reprovava-se, em primeiro lugar, por ter contado aquela mentira sem sentido. E logo agora que descobrira que tinha os sentimentos correspondidos. Saga tinha razão quando o chamava de parte atrapalhada dos gêmeos. Perto do irmão ele era realmente um inconseqüente.
Voltou pra casa. A governanta já o esperava, com uma cara de preocupação. Ela pegou o casaco e os sapatos de Kanon, que ia perguntar algo à senhora, mas ela o interrompeu.
-O menino Julian chegou. Pedi que ele ficasse no quarto de hóspedes. Vocês se encontraram?
-Sim... -ele disse, triste.
-Ah, menino Kanon...ele estava tão triste...vocês brigaram?
-Algo do tipo. -ele respondeu, suspirando.
-Trate de fazer as pazes com ele. Esse menino me parece muito sensível e muito especial também. -ela disse, acariciando os cabelos dele, como se fosse sua mãe. Kanon sorriu, subindo as escadas que levavam aos aposentos da casa.
Abriu cuidadosamente a porta do quarto de Julian. Ele estava deitado de costas para a porta, o lençol cobrindo parcialmente suas costas. Kanon aproximou-se, pé ante pé. Não queria acordá-lo.
Ficou observando por incontáveis minutos as feições do amigo, que ele queria que fosse muito mais do que aquilo, a respiração controlada, os lábios rosados, as sobrancelhas bem feitas. Tudo nele era perfeito. Censurou-se mais uma vez por ter sido ele o culpado de tanta dor que mesmo com os olhos fechados, ele sabia que o outro sentia. Prometeu a si mesmo que pela manhã resolveria tudo com ele.
Saiu do quarto, não sem antes, acariciar os cabelos dos outros, depositando um carinhoso beijo em sua cabeça.
Assim que ouviu a porta ser fechada, Julian abriu os olhos, deixando uma lágrima contida, finalmente fazer seu trajeto.
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-Tenho certeza de que posso, Milo... - Murmurou Kamus, olhando-o demoradamente. - Mas e você, petit? Tem certeza de que agüenta o tranco?
-Metido... - Falou Milo, com um risinho. - Vamos ver se você é tão bom quanto pensa... - E aproximou o rosto do dele, beijando-o.
Milo sentiu a língua de Kamus em seus lábios, pedindo para entrar em sua boca. Entreabriu-os, deixando que o rapaz o explorasse de leve.
Porém, segurou a língua de Kamus entre seus lábios e sugou-a delicadamente, enquanto escorregava as mãos pelo corpo do rapaz, ainda com a blusa (encharcada). Kamus resmungou quando a camisa foi rasgada.
-Milo... - Murmurou, hipnotizado pelo rapaz à sua frente, que lhe sorria, malvado.
-Vamos começar, então? - E puxou uma esponja.
-Mas, hein? - Kamus ergueu uma sobrancelha. Milo sorriu, malicioso.
-O que se faz num banho, Kamus? - Falou, num tom malvado.
-Oh, céus...
E, enchendo a esponja de sabonete líquido, deslizou-a pelo corpo de Kamus, que apenas soltou um silvo.
Milo deslizou lentamente a esponja pelo peito de Kamus, deliciando-se com a expressão de puro deleite do outro. Mordeu o lábio inferior para não gemer quando, tentando sentar na banheira, Kamus forçou seu membro contra as nádegas dele.
Quando cansou-se do peito, ele sentou-se na ponta da banheira, passando a esponja, agora, pelas pernas de Kamus, "esquecendo-se" de ensaboar outra parte que o francês estava ansiando.
-Milo, eu quero... -Kamus disse, não agüentando mais aquela tortura.
-Vamos, Kamus...vire de costas. Eu te ajudo. -Milo ignorou o pedido.
Continuou ensaboando as costas perfeitas de Kamus, afastando os cabelos longos, que estavam molhados, transformando-os em uma bela cascata. Chegou à parte inferior das costas, onde beijou-o carinhosamente. Kamus reagiu imediatamente, forçando os braços, como se tentasse se soltar das algemas. Milo gargalhou.
As nádegas perfeitas, redondas e empinadas de Kamus mereceram atenção especial. Milo primeiro acariciou-as delicadamente, depois, alternou beijos com leves mordidas, que atiçavam ainda mais o francês, que já não reagia. Estava totalmente inerte, os braços presos na algema, haviam sido tirados do ferro das cortinas, e agora estavam apoiados na parede de azulejos pretos do banheiro.
-Vire-se, vamos tirar esse sabão todo... -Milo ordenou. Ao ver que Kamus não obedecera, ele o puxou pelos cabelos, arrancando um gemido do outro.
-Milo....
-Eu estou no comando hoje, Kamus...e acho bom que me obedeça... -ele disse, pontuando a última frase com um beijo apaixonado nos lábios do amante.
Esperou sentir a língua quente de Kamus contra a sua, mas isso não aconteceu. Pensando outra coisa, forçou a língua contra os lábios do outro, pedindo passagem, de maneira quente. Kamus ignorou seu apelo, sem sequer abrir a boca. Milo, preocupado, ergueu o rosto bonito, fitando o rapaz sério à sua frente, de maneira incrédula.
-Por que não me beija? - Perguntou, estranhando-o.
-Senão...?
-O que? - Milo não entendeu. Piscou diversas vezes, enquanto Kamus sorria maliciosamente.
-Você disse 'é bom que você me obedeça'... Senão?
-Kamus, você é um pervertido.
-Eu? Quem comprou algemas?
Milo riu-se.
-Respondendo a sua pergunta... - Aproximou-se, deixando a esponja cair sobre o colo de Kamus. - Você vai ficar preso aí... Até amanhã... - E Kamus sorriu, safado. - Sozinho.
-Milo! - Franziu o cenho. O outro riu, escorregando a mão até a esponja, friccionando-a com força contra o membro de Kamus, que gritou. - Milo... Faça...
-Implore.
-Oh, não! Agora você tá passando dos limites! - Falou o outro, sério.
Milo, erguendo uma sobrancelha, debruçou-se sensualmente sobre Kamus, colando corpo no dele, que, desesperado, tentou se soltar das algemas novamente, na esperança de poder tocá-lo. Milo apenas sorriu diante do esforço do outro, colocando as mãos nas costas dele e explorando-as com as unhas.
-Implore... - Murmurou, esfregando o corpo contra o corpo do outro, fortemente. Kamus trincou os dentes, sentindo seu membro ser comprimido de maneira enlouquecedora.
-Milo... Por... Por favor... - Murmurou, cerrando os olhos, enquanto Milo ria baixinho, deliciado com a cena.
Depositou um beijo na ponta do nariz de Kamus e continuou a masturbá-lo, lentamente. Kamus tentava se controlar, mas percebia que o que Milo desejava era exatamente o oposto. Forçou mais uma vez as algemas, que, impiedosamente, mantinham-se fechadas.
Sentiu seu corpo ficar dormente, uma excitação que ele sabia que não iria poder controlar, mas de repente, as mãos de Milo pararam os movimentos. Gemeu alto, mais por frustração do que por prazer.
-Vire-se. -Milo disse, friamente, num tom muito parecido com o que Kamus usava às vezes. Ele o fez, imediatamente, olhando para os azulejos novamente.
Sentiu pela milésima vez naquela noite, a língua quente de Milo tocá-lo, dessa vez, suas costas eram agraciadas por aquela carícia. Milo fez o trajeto, seguindo sua espinha, não só beijando, como lambendo-o, como se quisesse secar seu corpo molhado de suor e água.
-Você vai deixar, Kamus??? -ele perguntou, ainda ajoelhado atrás do amante.
-Deixar...deixar o quê? -ele perguntou, quase sem voz.
-Eu te amar essa noite? Vai deixar?? -ele perguntou, pontuando-as separando as nádegas do outro com uma das mãos, introduzindo lentamente um dos dedos.
Kamus pareceu parar de respirar, e Milo temeu que tivesse dito algo que não deveria, apesar de não demonstrar.
-...Eu nunca fiz isso, Milo... - Confessou, fazendo o rapaz sorrir, contente por demais.
-Eu posso ser seu primeiro... - Murmurou, no ouvido dele. - E único. Por que não experimentar?
Então, Kamus suspirou alto. Milo entendeu-o, e, sorridente, beijou-lhe o pescoço, aprofundando o toque com os dedos delgados. Sentindo o amante tenso, Milo acariciou-lhe os cabelos com a mão livre, sentindo a respiração dele falhar.
-Calma, lindo... - Murmurou no ouvido dele, com carinho. - Eu vou ser gentil, ok?
A cena lhe pareceu tão familiar que ele sentiu o coração apertar. Virou o rosto, alcançando os lábios do namorado.
-Eu confio em você.
E Milo sorriu-lhe, ficando com os olhos marejados. Beijou-o, enquanto começava a se preparar. Ao terminar o beijo, sorriu-lhe, retirando o dedo suavemente.
-Amo você.
-Também te amo...mais do que a mim mesmo... -Kamus disse, encontrando-se nos olhos de Milo, que sorriu.
Milo retornou suas ações anteriores, posicionando-se atrás de Kamus, o queixo apoiado no ombro do amante, uma das mãos segurando seu próprio membro na entrada do outro. Sabia como era aquilo e queria ser o mais gentil o possível, por isso, enquanto forçava passagem, tocava o membro de Kamus suavemente, com movimentos ora rápidos, ora lentos.
-Milo... -Kamus suspirou, mas pelo prazer do que pela dor que sentiu ao ser penetrado pelo amante.
-O que foi, meu amor? -ele parou imediatamente, não sem antes mentalmente pensar que não teria forças para parar caso Kamus assim o quisesse.
-Se...se você...
-Diga... -Milo encorajou-o.
-Se você continuar com isso... -Kamus disse, tocando desajeitadamente, a mão de Milo, que estava em seu membro, com a sua. -Eu vou gozar...eu quero...eu quero fazê-lo com você...por favor...
Milo sorriu, aliviado. Então ele queria apenas a dor e não o prazer? Seria difícil, mas ele iria fazer o que Kamus queria. Tirou a mão do membro dele, posicionando-a nos mamilos dele, que receberam um beliscão forte, logo depois uma carícia.
-Ai...cacete...isso dói... -Kamus reclamou.
-Você quis assim, mon amour... -Milo disse, sorrindo.
-Grunf. - Kamus grunhiu. No instante seguinte, soltou um pequeno gritinho quando Milo ocupou-o completamente. Sentiu o rapaz respirar algumas vezes, as mãos cravadas em sua cintura, esperando para que pudesse começar a se mover.
-K...Kamus... - Milo murmurou, segundos depois. Era maravilhoso estar ali, dentro do rapaz.Mas isso o estava consumindo. A espera estava se tornando angustiante.
-...Espera mais um pouco, Milo... - Pediu ele, olhando-o carinhosamente. Milo sorriu-lhe, acariciando os cabelos.
-Eu sei como se sente. - Sussurrou, delicado. - Dói bastante, mas a dor some depois.
-...Então...
-Relaxa, por favor. - Murmurou o escorpião junto ao ouvido dele, que sentiu-se arrepiar.
-Tentarei...
E Milo afastou o quadril de leve, tentando evitar qualquer tipo de dor que com certeza iria ocorrer. Sentiu um aperto no coração ao ver Kamus morder os lábios de leve. Retirou-se, e, no segundo seguinte, voltou, provocando um gritinho abafado no amante. Não soube distinguir se era de dor ou não, mas decidiu continuar os movimentos quando sentiu Kamus empurrar o quadril, indo de encontro ao dele.
Kamus sentiu a primeira onda de prazer sobrepor a dor em uma das estocadas de Milo. Era assim então que ele se sentiu quando amou-o naquela noite? A sensação era maravilhosa. Empurrou-se de encontro ao corpo quente do amante, enquanto sentia-se cada vez mais, se é que aquilo era possível, excitado com os movimentos de Milo, que alternavam em rápidos e lentos, tudo para levá-lo à loucura, que ele já havia se conformado.
-Milo...ah...Milo... -ele disse, quando o outro mordeu-o no pescoço, de maneira selvagem. Ele tinha a certeza de que iria ficar marcado no dia seguinte.
-Fala...meu amor... -Milo murmurou, sua consciência indo quase para o escanteio.
-Mais rápido...eu quero...
-Mas, Kamus...
-Eu quero...preciso....por favor... -ele implorou, acentuando seu pedido, empinando mais as nádegas, para que Milo pudesse penetrá-lo com mais força.
Lançando aos quatro ventos o restante da sua sanidade, Milo segurou as coxas de Kamus e forçou-se contra o rapaz por diversas vezes, numa rapidez impressionante. Kamus cerrou os olhos, puxando as algemas novamente, ansiando muitíssimo para tocar em Milo.
-Shh... Depois... - Murmurou o outro, ofegante, soltando um gemido comprido logo em seguida.
Inundou Kamus no instante seguinte. O rapaz, sentindo-se completo, não resistiu. Gritou, liberando toda a tensão que sentia e caindo para frente (Com Milo por cima!), esgotado. De repente, o corpo do rapaz acima de si havia se tornado pesado. Riu-se ao notar que suas energias haviam sido drenadas. E ele havia realmente gostado disso.
-Uau... - Murmurou Milo, retirando-se de dentro do amante. Beijou-lhe a nuca, carinhoso. - Vamos precisar de um banho de verdade, concorda?
-Concordo... - E balançou as algemas, como que para fazer Milo se lembrar que ele ainda estava preso.
Milo riu, abrindo as algemas com a chavezinha que estava em cima da bancada do banheiro. Ligou o chuveiro, a água quente batendo nos ombros dos dois, que beijavam-se apaixonadamente. Milo tocou de leve os pulsos de Kamus que encolheu-se levemente. Ele olhou-os: estavam vermelhos, marcados pelo metal. Sentiu um aperto no coração.
-Me desculpa...eu te machuquei... -Milo disse, arrependido.
-A culpa não foi sua... E, além do mais, eu quis...não teve nada de errado...não me arrependo um só minuto. -Kamus assegurou-o.
Milo voltou a sorrir no instante seguinte, pegando a infame esponja e ensaboando os dois carinhosamente. Após o banho, nenhum dos dois conseguia ficar por muito tempo de olhos abertos, tamanha a energia que gastaram.
-Milo... -Kamus chamou-o, já deitado na cama.
-...quê? -ele abriu os olhos lentamente, uma expressão infantil no rosto. Kamus pegou-se sorrindo diante daquilo. Aproximou-se do amante, aconchegando-o nos braços.
-Durma com os anjos...
-Você também... -Milo disse, a cabeça apoiada no peito de Kamus. - Je'taime...
Continua...
