NOTA DAS AUTORAS:

Ju:


FINALMENTE!

Chegamos finalmente à um dos lemons mais fofos que eu já tive o prazer de escrever. T.T Eu AMO esse capítulo. Amo MESMO.

Se vocês pensaram que ia ser um lemon do Dite com o Carlo... PÉÉÉÉ. Resposta errada. Ainda vai demorar bastante para que esses dois patetas finalmente se entendam.

Porém... hahahaha... COF, COF.

Deixa pra lá.

Boa leitura!

Celly:

Nossa, nem preciso comentar o quanto eu gosto desse capítulo. Aliás, eu pareço uma mãe boba sempre elogiando o filho...vão l� leiam e se ele for digno de comentário, sigam em frente.

Boa leitura e não nos matem por terminarmos aonde paramos!

Até semana que vem e obrigada a todas pelas reviews!


Capítulo 24

Ju, tá pronto. - Chamou Kanon, colocando a mão na água, provando sua temperatura.

Ahn... Já vou... - E Julian se aproximou preguiçosamente.

Toma um banho quente, você tá precisando. - Ergueu-se, pronto para sair. Mas Julian pegou seu braço. - Sim?

Acho que você também...

O que- Kanon pareceu um tanto chocado. - Mas o que você quer diz...

E Julian puxou-o, beijando-o nos lábios. Kanon arregalou os olhos, surpreso.

Como agora sabia que o rapaz não estava bêbado, sentiu-se tentado à corresponder.. Envolveu a cintura dele, sentindo o outro abraçar-lhe o pescoço. Vencido, forçou a língua de leve contra os lábios macios do rapaz, e surpreendeu-se quando ele entreabriu a boca, permitindo sua passagem.

Rapidamente escorregou a língua para dentro, deliciado por finalmente poder fazer o que sempre quis. Então, provocou a língua de Julian com a sua, fazendo-o corresponder com ousadia e ferocidade.

Separam-se algum tempo depois, respirando com um pouco de dificuldade. As mãos de Julian viajaram para a camisa de botões de Kanon, que parou-as.

O que pensa que está fazendo- Perguntou, sério. Adorara o beijo, claro e obviamente. Mas, àquela altura, ele já não tinha certeza de mais nada.

Você não vai tomar banho comigo- Perguntou o outro, inocente, enquanto os olhos azuis brilhavam de malícia. No fundo, estava morrendo de medo.

Kanon revirou os olhos.

Eu acho melhor... -Kanon começou, mas Julian calou-o, os dedos pressionados contra seus lábios.

Cansei desse jogo, K... - Ele disse, aproximando-se ainda mais, os corpos quase colados. -Você me quer?

Kanon não respondeu. Tirou a blusa do pijama, jogando-a no chão. Abraçou Julian pela cintura, beijando-o apaixonadamente, fazendo com que aquela pergunta fosse respondida com gestos e não com palavras.

Julian tentava sorrir naquele beijo, mas a língua de Kanon era por demais exigente e demandava toda atenção que poderia ter. Enroscou a sua na dele, em carícias mútuas e amorosas. Sentiu sua blusa ser tirada e finalmente os corpos se tocavam. Havia sido uma longa espera e ele agora queria aproveitar-se dos braços do outro e não pensar em nada mais.

Kanon não mais lutava contra aqueles sentimentos que tinha certeza que eram correspondidos. Iria amar Julian naquela banheira quente, já havia decidido.

Ainda segurando-o pela cintura, foi caminhando lentamente para frente, empurrando Julian conseqüentemente para trás, nunca deixando aqueles lábios adoráveis livres de seu beijo.

Pararam quando Julian alcançou a borda da banheira com a perna. Só então Kanon o soltou, somente para olhar fundo nos olhos do possível futuro amante. Sorriu, maliciosamente, correndo os dedos pelos lábios do rapaz, que estavam mais vermelhos que de costume.

Pronto para seu banho- Ele perguntou, levantando uma das sobrancelhas.

Julian sorriu-lhe, maldoso.

Eu estou... - Murmurou, sensual, colocando as mãos na cintura de Kanon. - Mas... E você?

Kanon deu um risinho, colocando as mãos em cima das mãos de Julian, conduzindo-as para baixo, a fim de retirar o restante do pijama. Notou que o rapaz corou ao fazê-lo, mas pensou que não era nada demais.

"Oh, meu Deus do céu..." - Julian pensou ao vê-lo apenas com a roupa íntima. Tinha bastante consciência de que começava a avermelhar, e não pôde deixar de imaginar o que o outro iria pensar.

Ju...- Murmurou, ao vê-lo parado na sua frente, os olhos baixos, um tanto preocupado. - Você...?

Ham? O que- E pareceu acordar. - Não, não. Não é nada. Apenas um pouco de... - Diria nervosismo, mas resolveu trocar as palavras. -de... de... ansiedade. - Falou, querendo se dar um tapa depois, ao ver a cara que Kanon fez. Um misto de comédia e desejo.

Não precisa... - Murmurou Kanon, deliciado com a reação de Julian. - Vem cá.. - E envolveu o quadril dele, trazendo-o para perto. Beijou-lhe o pescoço de maneira feroz, mordiscando-o de vez em quando. Sentiu o corpo de Julian tremer de leve.

Entendendo isto como excitação, continuou as carícias com mais ousadia, deixando as mãos apalparem o corpo dele com apreciação.

Julian não sabia mais de nada. Estava perdido em todas aquelas sensações, e sentia que poderia desfalecer à qualquer minuto.

... - Kanon traçou um caminho de beijos molhados até a bochecha de Julian. Ao chegar ali, beijou-a com ardor. Subiu até o ouvido. - Ju... - Murmurou, quente. O jeito como falara seu nome... Julian sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

Ficou imóvel quando sentiu as mãos de Kanon chegarem ao cós de sua calça. Pensou em pedir para o outro parar, mas ao vê-lo tão entregue resolveu deixílo tirar sua calça também. Enquanto isso, deslizava as mãos pelos cabelos azuis, ainda úmidos.

Kanon resolvera encurtar o tempo perdido, removeu a calça juntamente com a roupa de baixo de Julian. Sorriu ao perceber que o amigo apresentava uma ereção considerável. Achou melhor não tocíla. Ainda.

Vamos, antes que a água esfrie... - Ele disse, olhando nos olhos de Julian, segurando-o em seus braços e colocando-o dentro da espaçosa banheira, que mais parecia uma jacuzzi.

Você... não vem-Julian perguntou, incerto. Ao mesmo tempo que queria estar com Kanon, sentia-se indeciso também. Prometera a si mesmo que não abriria a boca para falar nenhuma daquelas frases de duplo sentido ou que causassem impacto no outro. Mas não adiantava, sempre que olhava naqueles olhos azuis era como se um pouco se sua sanidade se esvaísse.

Kanon sorriu-lhe, entrando na banheira no instante seguinte, livrando-se da roupa que faltava. Ficaram sentados, um olhando para o outro, analisando-se, até que Kanon finalmente resolveu tomar a iniciativa.

Cruzou o curto espaço entre eles, pressionando Julian contra a borda, beijando-lhe o pescoço, agora molhado, lambendo as gotinhas de água que escorriam de seu cabelo.

Nunca pensei... Você é lindo, Julian... Você vai ser meu hoje... - Ele disse, prendendo os braços do outro, um de cada lado, espalmados, mordendo o lóbulo da orelha dele, arrancando-lhe um gemido.

Instantaneamente, Julian travou.

Kanon notou a mudança do rapaz, e olhou-o, preocupado, ainda prendendo seus braços.

O que foi- Perguntou, suave, encantado pela visão de um Julian iluminado apenas pelas velas que levara para cima.

Eu... - E Julian olhou para cima, corando absurdamente. Kanon sorriu-lhe de leve.

Não fica com vergonha, Ju. - Falou, sutil. - A primeira vez de um casal é sempre a mais difícil.

E Julian arregalou os olhos.

Então, você sabe que é a primeira vez?

Óbvio, não? Que eu saiba, nunca dormimos juntos... - Deu um risinho, fazendo Julian corar ainda mais.

K... Você não... Você não entendeu...

O que eu não entendi- Perguntou Kanon, confuso. Julian suspirou.

Repete o que você falou... As primeiras coisas...

A primeira vez é a mais difícil e... - Aí, Kanon entendeu. Arregalou os olhos imediatamente, soltando os braços de Julian, sentando-se na banheira, olhando-o fixamente, enquanto o rapaz olhava para baixo, ruborizando mais à cada milésimo.

...É... - Murmurou Julian, sem saber o que falar ao outro.

Por que não me disse- Perguntou Kanon, parecendo estar com dificuldade em juntar as palavras.

Eu tive vergonha. - Falou o outro, num suspiro.

Ora, Julian, não é vergonha nenhuma. - Disse Kanon, compreensivo, erguendo a mão para tocar no rosto do rapaz. Acariciou-o com delicadeza, fazendo-o erguer a cabeça e olhílo nos olhos.

Não- Perguntou, temeroso, e Kanon sorriu, deliciado pela inocência do rapaz, que sempre se mostrava sedutor.

Claro que não. - Murmurou o outro, aproximando o rosto do rosto dele. Roçou os lábios nos lábios dele. - Eu tenho uma pergunta pra você, Ju... E eu quero que você me responda sensatamente.

Oh, céus. - Julian sentiu a respiração falhar, mas fez um gesto afirmativo com a cabeça. - D...Diga.

Você quer mesmo fazer isso- A pergunta pareceu ecoar em sua mente.

Imediatamente imagens vieram à sua cabeça, os dois crescendo juntos, um confortando o outro nos momentos mais difíceis, comemorando os fatos alegres. Sempre estiveram juntos e ele sempre soube que sentia algo maior que amizade por Kanon. Lembrou-se da foto que tiraram juntos, de Kanon segurando-o no colo, da expressão de felicidade, de amor. Naquele momento, tudo pareceu ficar pateticamente claro.

Eu... Eu quero sim, Kanon...

Está nervoso... -Kanon disse, olhando-o, compreensivo.

Por que não estaria- Ele perguntou, olhando para o próprio colo encoberto com a água quente.

Não fique... Se você tem certeza... Eu prometo ser gentil. - Kanon murmurou, aproximando-se lentamente, afastando os cabelos azuis que cismavam de cair no rosto do outro.

Eu tenho. Eu tenho certeza. -Julian respondeu, segurando a mão de Kanon, sorrindo-lhe levemente.

Então, vamos. -Kanon disse, levantando-se da banheira, esticando uma das mãos para Julian, que o olhava minuciosamente, os olhos deslizando involuntariamente para o abdômen bem trabalhado, as pernas longas e fortes. Suprimiu um gemido, Kanon era... era... não arranjou palavras.

Mas...

Eu vou te amar na minha cama. Você merece isso, meu lindo. Depois... - Ele disse, quando Julian levantou-se e abraçou-o. - ...depois eu prometo que te dou um banho caprichado... - Ele completou, repetindo as ações de antes e tomando o outro em seus braços, caminhou até o quarto escuro.

Colocou Julian em sua cama como se ele fosse cristal, e, rapidamente voltou ao banheiro, para pegar um dos candelabros. Realmente teriam romance naquela noite, tudo conspirava à favor deles. Não conseguia acreditar que estaria com Julian do jeito que só imaginava estar em seus sonhos.

Iluminando fracamente o quarto com as velas, deparou-se com Julian deitado no meio de sua cama, as pernas abertas, um olhar sedutor e apreensivo ao mesmo tempo. Era convidativa aquela visão e ele policiou-se para não se jogar na cama e agarrílo. Ao invés disso, sentou-se displicentemente na ponta da cama e tocou aquele rosto tão conhecido e tão amado.

Ju... Meu Ju... - Ele disse, arrancando uma risada de Julian. - O que foi?

Não sabe há quanto tempo eu esperei para ouvir isso... - Ele disse, de olhos fechados, absorvendo aquelas palavras.

E você não imagina quanto tempo esperei para ouvir você dizer que esperava que eu lhe dissesse o que sempre quis dizer. - Falou, com a voz doce. Julian apenas riu novamente, enchendo o quarto com sua risada divertida. Kanon sorriu-lhe, chegando perto para deitar ao seu lado.

Ah, K... - Julian suspirou, abraçando-o de lado, juntando-se à ele. - Eu te amo tanto...

Aquilo fez Kanon quase perder os sentidos. Respirou fundo, levando a mão até os cabelos de Julian, acariciando-os com carinho. Ouviu o rapaz suspirar.

Também te amo, Julian... Muito... - Murmurou. Não teve tempo de dizer mais nada. No instante seguinte, seus lábios eram tomados em um beijo doce... Mas fogoso.

Logo Julian estava sentado sobre seu ventre, prendendo seus braços abertos (como outrora ele fizera na banheira) e provando-lhe os lábios com uma ousadia fenomenal.

Kanon soltou um silvo ao sentir o rapaz ajeitar-se sobre seu colo, esfregando o corpo no dele com leveza.

K... - Murmurou Julian, junto ao ouvido dele, parecendo perdido. Kanon conseguiu soltar os braços das mãos dele e virou-o rapidamente, sorrindo depois ao vê-lo deitado, com os cabelos azuis espalhados pela cama, num desenho angelical e devasso.

Ju... Você é lindo... Demais... - Murmurou, abaixando-se para beijar não os lábios, mas sim o pescoço do rapaz, que deu uma inspirada profunda de ar, fazendo Kanon quase rir. Sabia que era a primeira vez do rapaz, por isso, teria de ser compreensivo com as reações dele, já que tudo seria novo demais.

Olha quem fala... - Ele ainda teve tempo de ironizar uma frase, antes de soltar um gemido. A língua de Kanon agora fazia um perigoso percurso, passando pelo pescoço, e parando em seu coração, que batia descompassado.

À Kanon coube sorrir e continuar as carícias, dessa vez descendo mais um pouco, alcançando um dos mamilos rosados de Julian, que recebeu primeiro lambidas e, logo em seguida, mordidas leves. Julian tirou as costas da cama, aquilo havia sido bom demais. Não sabia se agüentaria por mais tempo.

K, eu quero...

O que você quer? Fala pra mim, Ju... Fala que eu faço... - Ele disse, subindo novamente, equiparando seus olhos com os do amigo, acariciando aquele rosto lindo com as costas da mão.

Você. Eu quero você agora...

Mas, Ju... - Ele estava assustado e desapontado. Pretendia provocar mais o futuro amante, mostrar à ele as coisas boas de uma noite de amor, mas aquela declaração era como um banho de água fria.

K... - Ele disse, apoiando-se nos cotovelos, olhando-o fundo nos olhos. - Esperei muito por você. Só seria com você, com mais ninguém. Deixemos as preliminares de lado... Me ame agora... - Fez uma pausa. - Ou então...

Ou então o quê-Kanon perguntou, afastando-se daquele corpo tentador.

...perca-me para sempre. -ele disse, confiante.

"Oh...golpe sujo, Julian Solo...muito sujo...", Kanon pensou, aproximando-se novamente do outro, dessa vez, empurrando-o de encontro à cama de novo.

Assim não vale...mas quem sou eu pra discutir diante dessas opções-ele perguntou, tomando os lábios do outro para si novamente.

Julian aconchegou-se na cama, abraçando Kanon com as pernas, enquanto passava os braços pelo seu pescoço, aprofundando o beijo.

K... - Murmurou Julian, quando os lábios se separaram.

Ju... Calma... - Pediu Kanon, delicadamente, passando a mão pela cabeça do rapaz, como se ele fosse uma criança. Julian suspirou, e Kanon pôde vê-lo ganhar uma cor mais avermelhada, mesmo com a luz fraca da vela.

Desculpa... - Falou Julian, num tom baixo.

Desculpa...? Por que- Murmurou Kanon, acariciando seus cabelos com delicadeza.

Eu estou meio... meio... perdido... - Confessou, dando um suspiro logo em seguida.

Não se preocupe... - Murmurou Kanon, carinhoso, erguendo o corpo levemente, ajeitando as pernas esbeltas do rapaz em sua cintura.

Julian respirou fundo, fechando os olhos com leveza, preparando-se para algo que não veio. Abriu um olho, como se fosse uma criança esperando palmadas. Viu o outro rapaz o encarando com um sorriso.

O... O que foi- Perguntou Julian, levemente aflito.

Confia em mim, Ju... - E colocou uma mão nas costas do rapaz. Suspirou, deslizando-a para baixo, até que ela parou perto da pequena área procurada. Julian fechou os olhos de leve novamente.

Com delicadeza, Kanon tentou colocar-lhe um dedo. Mas tinha medo de machucílo. Reunindo forças, o fez, mas sem perder o carinho e a lentidão prometidas. E características.

Julian sentiu-se ser invadido por uma dor, misturada com prazer, que ele nunca havia sentido antes. Apertou os olhos com força, tentando convencer-se de que aquilo era normal. Mas estava difícil, muito difícil, por mais carinhoso que fosse Kanon.

Relaxa, Ju... Eu sei que dói... Mas vai passar, eu te prometo... -Kanon disse, o tempo todo beijando a testa de Julian. Decidiu que palavras não bastariam. Tomou a liberdade de ir mais longe: Tocou o tentador membro ereto de Julian, cadenciando sua exploração com o dedo, com movimentos lentos e sensuais.

Deus... Como isso é bom... - Ele murmurou, já não mais sentindo tanta dor, sendo invadido pelo desejo, um sentimento que ele podia controlar com mais facilidade.

Kanon aproveitou aquela declaração para adicionar mais um dedo, explorando ainda mais o interior de Julian. Queria que ele sentisse o mínimo de dor o possível, não suportaria vê-lo sofrendo. Mas parecia que aquele movimento havia sido por demais inesperado por Julian. Ele soltou um grito incoerente, assustando Kanon, que rapidamente removeu os dedos de dentro dele.

Ju...

K... Por que...?

O quê?

Por que você parou? Estava tão... bom... - Ele disse, respirando com dificuldade.

Kanon sorriu e voltou às suas ações anteriores, dessa vez movimentando os dedos dentro de Julian, num vai e vem cadenciado que, pela reação dele, estava sendo muito bem recebido.

Mais... Mais, K... - Ele ouviu o outro murmurar num dado momento, quando já tinha três dedos dentro dele. Ele já tremia ligeiramente, a pele arrepiada a qualquer toque.

Ju... Eu... -Kanon não sabia como dizer aquilo.

Sim... Eu quero você agora... Estou pronto... - Ele disse, beijando-o lentamente.

Kanon respirou fundo, tirando os dedos com pesar, mas adorando o chorinho de protesto do rapaz. Puxou de leve as pernas esbeltas que ainda estavam em sua cintura, posicionando-se sutilmente na entrada do rapaz.

Mantiveram-se daquele jeito por alguns minutos, um olhando para o outro com uma cumplicidade emocionante. Então, Kanon quebrou o silêncio.

Tudo ok?

Sim...Tudo... - E Julian respondeu com um sorrisinho.

Kanon sorriu de volta, puxando-o para cima, surpreendendo o rapaz. O fez sentar sobre seu ventre.

O que foi- Perguntou Julian.

Nada... Assim é melhor... - Murmurou Kanon, entreabrindo sutilmente as pernas de Julian e pegando-o pela cintura. Ergueu-o, posicionando-o. - Relaxa... - Murmurou.

E forçou um pouco. Ao primeiro sinal de dor, Julian reagiu jogando o corpo para trás. Mas Kanon segurou-o, trazendo-o de volta ao lugar de antes. Aquela era uma reação mais do que normal. Esperou alguns segundos para que Julian se tranqüilizasse e retomou a ação, continuando a abrir caminho por entre o estreito canal. A expressão de Julian mudava periodicamente, variando entre dor e prazer.

Ao estar por completo dentro do outro, esperou o rapaz acostumar-se com aquilo. Notou, então, que a respiração dele estava ofegante. E teve a certeza de que a sua também estava.

Ju... - Murmurou, ouvindo o outro suspirar.

K... - A voz dele causou-lhe arrepios indescritíveis.

Ainda ficaram por alguns segundos aproveitando aqueles momentos de total entrega. Foi Julian, sempre ele, quem tomou a iniciativa, mexendo-se levemente no colo de Kanon, como se estivesse mandando um sinal à ele, que prontamente foi atendido.

Kanon puxou Julian para perto de si novamente, beijando-o nos olhos, na ponta do nariz e, por fim, em seus lábios. Segurou-o, então, pelos quadris, forçando-o lentamente para cima, para que saísse de seu colo e conseqüentemente de cima de seu membro.

Julian protestou com um gemido de dor aquela temporária ausência, só para logo em seguida ser preenchido novamente por Kanon. Aqueles movimentos o estavam enlouquecendo, tanto pela dor inicial, quanto pelo prazer que estava lhe causando. Sentia seu membro comprimido entre ele e Kanon e tinha vontade de pedir ao outro para fazer alguma coisa, mas sentia-se subitamente enfraquecido pelo que o amigo lhe fazia.

Kanon estava em outra dimensão. Segurava os quadris de Julian com força, tendo certeza de que deixaria marcas mais tarde, enquanto começava a aumentar o ritmo da penetração, percebendo que Julian correspondia àqueles estímulos de maneira intoxicante. Ao subir uma das mãos para o rosto de Julian para aproximílos, tocou de leve no membro do outro e ouviu um gemido rouco. Só então percebeu o que havia negligenciado.

Mordendo os lábios, ele fitou um Julian extasiado. Sorriu ao deparar-se com aquela visão, que nem em sonhos lhe parecia tão perfeita. Ainda olhando-o, ele desceu sua mão até o membro do outro, tocando-o lentamente, diferentes das estocadas intensas que também aplicava. Concluiu, feliz, que era aquilo que estava faltando para que Julian se sentisse satisfeito.

Ouviu gemidos altos por parte de Julian, que parecia entregue ao máximo. Era simplesmente irresistível. Sorriu-lhe afetadamente.

Aumentando o ritmo das duas coisas que fazia, sentiu o corpo do rapaz sobre si tremer com uma força estrondosa, enquanto sentia espasmos se apossarem do próprio corpo, conseqüência da exaltação do moço em seu colo.

KANON- Então, feliz, ele ouviu o grito. A voz, mergulhada em luxúria, amor e prazer, quase o fez gritar também.

No instante seguinte, constatou, com um imenso sorriso, que sua mão estava absolutamente suja e encharcada, assim como seu abdômen.

O rapaz ainda teve forças para se empurrar contra o outro mais uma ou duas vezes, antes de também ser tomado por uma força maior. Julian e Kanon exclamaram seus nomes, ao mesmo tempo.

Kanon perdeu as forças, deixando o corpo cair para trás. Julian foi junto, completamente esgotado.

Meu... Meu Deus... - Murmurou Julian, ofegante.

Meu Deus mesmo... - Falou Kanon, suspirando alto. - Olha só o estado das minhas colchas... E dos lençóis...

Julian deu um soquinho no braço de Kanon, antes de rir.

Bobo. - Falou, balançando a cabeça.

Kanon puxou-o para si, aninhando-o em seu peito.

Descansa, Ju. - Murmurou, carinhoso, acariciando os cabelos do rapaz sonolento nos seus braços.

Uhum... - Concordou o outro, aconchegando-se mais no corpo convidativo de seu melhor-amigo-recém-promovido-à-amante.


Meleca de chuva... - Afrodite resmungou, descendo as escadas, indo na direção da porta de entrada. Se não fosse sua consciência, essa hora já estaria embaixo dos cobertores, bem quentinho.

Assim que contornava o último lance de escada encontrou com Mu e Shaka, que olharam-no com uma cara desconfiada.

"Era só o que me faltava", Afrodite pensou.

Aonde vai nessa chuva, Dite- Shaka perguntou. Mu, mesmo alto por causa da bebida percebeu pela aparência do rapaz, que ele não estava para conversa.

Resolver uma coisinha. Não precisam se preocupar...

Vamos, Shaka... A gente se fala amanhã, Dite... -Mu disse, empurrando o outro na direção das escadas.

Não! Peraí, Mu! Dite, aonde você está indo?

Era inútil discutir ou mentir para os amigos. Olhou-os, temeroso.

Estou indo falar com o Carlo.

COMO- Os dois perguntaram ao mesmo tempo.

Isso mesmo que vocês ouviram. - Ele precipitou-se para a porta novamente.

Dite, você não pode fazer isso... - Shaka começou.

Vocês NÃO têm o direito de dizer o que eu posso ou não posso fazer! Que droga-ele falou, em tom alterado, saindo sem olhar para trás.

Já disse, amor... Você não deve se meter tanto na vida dos outros... -Mu disse, afastando os longos cabelos de Shaka e beijando-o no pescoço.

Fica quietinho, Mu... Vamos lá pra cima... - Um Shaka muito contrariado respondeu, ainda olhando para a porta por onde Afrodite saíra.

E se ele reclamar de alguma coisa também, vai se ver comigo... - Afrodite murmurava correndo pela chuva, tentando se proteger. Chegou até o carro de Carlo, onde ele podia ver que o outro estava de olhos fechados, encolhido, no banco do carona.

Respirou profundamente, batendo de leve no vidro, acordando o outro, que apenas olhou-o, friamente.

O que quer, Afrodite?

Volta pro apartamento Carlo... - Ele disse, não querendo parecer arrependido.

Não precisa, eu estou bem aqui. - E Carlo não tinha nenhum resquício de mágoa na voz, ele estava apenas constatando um fato.

Conversa. Isso aqui é desconfortável e fora que você pode ficar doente.

Já disse que não precisa se preocupar. Se eu morrer, pode ter certeza de que não vão te culpar. - Ele disse, sorrindo. Mas Afrodite não acompanhou o riso. Muito pelo contrário, estava furioso.

Abriu a porta do carro violentamente e puxou o outro pelo braço.

Você vem comigo.

Me dê um bom motivo para eu ir, Afrodite. Senão, não existe nada nem ninguém que vai me tirar daqui. - Ele disse, desafiador, olhando fundo nos olhos azuis claríssimos do outro.

Eu... -ele suspirou. -Apesar de tudo, não te desejo mal. Não quero ver você morto. - Afrodite constatou, caminhando de volta para o prédio.

Carlo ainda ficou alguns segundos tomando aquela chuva gostosa por um momento em seu rosto, um sorriso leve nos lábios. Logo em seguida, acompanhou Afrodite de volta ao apartamento.

Continua...


Mais uma vez, a culpa pela falta de formatação (leia-se travessões, algumas interrogações) são todas por culpa do nosso querido site...Ainda assim, esperamos que tenham gostado!