Nota das autoras:

Ju:

Salut, amigos.

E lá vamos nós, com mais um capítulo. Um capítulo pequeno, dessa vez. Mas é bonitinho.

Realmente não tenho muito o que dizer. Acho que a única coisa que devo dizer é Muito Obrigada. Estamos quase chegando ao fabuloso número de 200 reviews, algo que, nem em sonhos, esperávamos que fosse acontecer.

Simplesmente, muito obrigada à você. Obrigada por criticar, apoiar, ajudar e dar força. Muito Obrigada mesmo.

E é isso. Até a semana que vem.

E boa leitura!

Celly:

Como posso definir esse capítulo? Acho que apenas dizendo que as coisas esquentaram de vez. Aproveitem a leitura!

Comentários à parte, um agradecimento especial à Ju, que foi responsável por colocar essa fic no papel. Às vezes, precisamos apenas de um empurraozinho, e ela simplesmente o fez. Por isso, obrigada por tudo, querida!

E claro, às leitoras ávidas, curiosas, inigualáveis. Vocês também são muito especiais, como eu não canso de dizer! Beijos e agradecimentos isolados à Dark Wolf03, Calíope, Elfa, Faye, Carola, Camis, Pipe, Ada, Mystik e Lilili. Atendendo aos pedidos da minha beta #2, cenas do próximo capítulo no final desse! Beijos e até semana que vem!


Capítulo 27:

Milo entrou logo atrás de Afrodite, que de tão irado que quase quebrava a mobília dos locais por onde passava.

— Calma, Dite. — Pediu Milo, com delicadeza, enquanto reforçava suas palavras fazendo gestos.

— Calma! Aquele canalha, aquele cretino, aquele calhorda, aquele... — Afrodite controlava-se para não lançar toda sua boa educação para o espaço e começar a gritar palavrões vergonhosos.

— Dite, relaxa. — Falou Milo, mais severo dessa vez. Dite soltou um longo suspiro, sentando-se no sofá com aborrecimento. — Sei que ele foi muito bruto e tal... Mas eu tô achando uma coisa... Aliás, eu não acho, eu tenho certeza absoluta.

— Certeza? — Afrodite ergueu a sobrancelha. — Certeza de quê?

— De que você adorou.

— MILO! — Berrou, aborrecido, colocando as mãos na cintura.

— Ah, não mente, Dite. Você é louco por ele. — Suspirou o outro. — Por menos que eu queira, é claro.

— Milo, você tá doente. — Falou Afrodite, incrédulo. Aquilo realmente era difícil de engolir.

— Kamus também já disse isso. — Falou, desgostoso, enquanto fazia uma careta. — Eu acho que... que...

— Que...? — E, agoniado pela enrolação do rapaz, tentou apressá-lo. — Que o quê, Milo? Fala logo!

— Eita, que saco! Ok, ok! Venceu! Você tem de dar uma chance a ele. Pronto, falei.

— Que bicho te mordeu? — Perguntou o outro, num tom elevado e insano, fazendo Milo virar os olhos.

— Não sei, mas foi algum bicho raro. Eu fiquei maluco. — Disse, frustrado. — De qualquer maneira, pense bem.

E virou-se para sair, deixando um perturbado Afrodite jogado no sofá.

Caminhou de volta ao bar, onde o namorado o esperava.

— Antes que pergunte, amour, eu não disse que ele é um abusado ou tentei assassiná-lo.

— Mon ange, é melhor você voltar pra casa... Tenho a ligeira impressão que você ingeriu muita espuma ontem... — Disse, malicioso, fazendo Milo rir.

— Nenhum problema com a espuma. — Falou, maroto. — Acho que bati a cabeça ao cair da cama hoje.

—Ah, entendo. — Falou, lembrando de colocar as bebidas em outra bandeja. — E o que você falou pra ele?

— Eu estou o apoiando se quiser dar uma chance ao Carlo.

— Como é? — E Kamus realmente começou a ficar preocupado.

— Relaxa, eu sei o que tô fazendo. Pede pra Shina levar as bebidas pra mesa cinco pra mim, por favor. — E saiu correndo na direção de Carlo, que bebia um copo de uísque do outro lado. — Carlo?

— Olha, se vai me dar bronca, já aviso que...

— Eu não vou te dar uma bronca, até mesmo porque você já é bem grandinho. — Falou, colocando as mãos na cintura. — Eu quero dizer que eu quero ajudar você.

— Tá de sacanagem comigo, né?

— Ai, Deus... Quando a gente quer ajudar...

— Tá bom, Milo, o que você pode fazer?

— Eu te ajudo a fisgar o Dite de novo. Vai ser bem difícil, mas podemos tentar.

— Por que vai fazer isso?

— Eu quero vê-lo feliz. Faz muito tempo que não vejo um sorriso como o de quando ele estava com você. — Disse, com um suspiro. — Não me agrada vê-los juntos, para ser sincero, mas não sou quem decide isso.

Ignorou a última frase.

— Ok. O que vamos fazer?

— Vamos pensar... Sentou-se ao lado dele. — Afrodite é sensível. Gosta de rosas, música e sutileza.

— Isso eu já sei faz tempo. — Disse, impaciente.

— Oras, então, pra que precisa de ajuda?

Suspirou, aborrecido.

— Tudo bem, tudo bem... O que você quer que eu faça?

— Surpreenda-o, faça-o se sentir amado.

— Mais do que eu tento fazer?

— Ora, vamos! Você pensa que vai fazê-lo se sentir querido dando em cima de um monte de mulheres e armando planinhos como o de hoje? Caso você queira saber, ele ficou indignado.

— Ficou? — E sentiu o estômago afundar. — Mas ele pareceu gostar tanto...

— E realmente gostou. — O rosto do outro se iluminou. —...Mas não gostou do jeito com o qual você o tratou.

— O que eu fiz?

— Joguinhos de sedução. Caso você não tenha notado, ele já está cansado deles.

Antes que pudesse dizer algo, uma voz feminina chamou por seu nome. Olhou para trás.

— Mandy? — Perguntou, reconhecendo a mulher de cabelos pintados de louro.

— Como vai, lindinho?

— É... Milo deixou... Você gosta dele... Ele te quer... Então... Por que não tentar, certo? — Perguntou para o próprio reflexo. Puxou uma escova de dentro da bolsa, escovando os cabelos com rapidez. Ao terminar, balançou-os, avaliando a aparência no espelho. Suspirou, virando-se para a porta com rapidez. Saiu correndo.

Atravessou-a, indo em direção ao bar. Do jeito que Carlo bebia, só poderia estar lá. Sua surpresa foi vê-lo conversando com uma mulher com um microvestido branco, enquanto Milo parecia entediado do outro lado.

Sentindo o sangue subir à cabeça, saiu pisando forte em direção a eles, abrindo caminho por entre as pessoas do local, empurrando algumas, lançando outras longe.

— Não estou mais nessa vida, entende? — Falou para a moça, pela décima vez.

— Ah, Carlo, o que aconteceu com você? Você costumava gostar tanto de mim...

— Não que eu não goste, apenas não quero mais nada daquele tipo. Tenho direito de fazer isso.

— Mas...

— Muito bonito, não é? — E olharam para Afrodite, que, irado, os encarava com as mãos na cintura, enquanto batia o pé com força.

— Quem é ela? — Perguntou Mandy.

— Ele é...

— Primeira coisa: Eu sou homem. Segunda coisa: Sou Afrodite. Terceira coisa: Carlo, você é um canalha.

— Eu? Mas... O que eu fiz? Além da dança, é claro.

— Já tá dando trela pra qualquer uma!

— Ei, pera aí! Eu NÃO sou qualquer uma! Eu sou Mandy D'upont, você não pode falar assim comigo!

— Falo como bem quero, senhora de nome difícil. — Falou, irônico. — E me parece qualquer uma, dado o tamanho desse pedaço de pano que você ousa chamar de vestido!

— Afrodite, não briga... — Carlo pediu, mas Afrodite ignorou-o. Deliciado com os ciúmes repentinos, decidiu continuar com aquilo.

— E você cala a boca! — Afrodite disse, dedo em riste. Virou-se para a mulher de novo. —Tem vergonha na cara não? Esse bar é bem conceituado, não é lugar pra qualquer uma...

— Olha aqui, meu filho — a loira começou, mas foi interrompida por Carlo, que segurou-a pelo braço.

— Vamos lá pra fora. Já volto. — ele disse, olhando para Afrodite. Milo baixou a cabeça, dando-se por vencido.

— Burro.. -ele murmurou.

— E você! — Afrodite apontou para Milo. — Nunca mais me venha com essas idéias de dar uma chance praquele cafajeste, tá me ouvindo? — ele não esperou pela resposta e voltou para o camarim.

— É...o que você ia dizendo sobre todos os casais que você juntava não reclamavam?

— Quietinho, Kamus...eu vou trabalhar. Esses dois que se danem... — ele resmungou, pegando uma bandeja vazia.

— Viu com que eu tenho que lidar? — Kamus perguntou para Julian e Kanon, que estavam aos beijos e nem notavam sua presença.

— Você disse alguma coisa? — Julian perguntou, enrolando uma das mechas do cabelo de Kanon com os dedos.

— Deixa pra lá... — Kamus disse, sorrindo e indo para o outro lado do balcão. Encontrou um Hyoga sorrindo, encostado num dos banquinhos. — Que sorriso é esse?

— Hein? Ah...nada demais... — ele disse, sonhador.

— Hyoga...

— Droga...tá bom...é o Shun... — e ele sorriu de novo.

— Que tem ele?

—Vamos sair hoje, finalmente...estou ansioso...

— Finalmente, desde que começou a trabalhar aqui você gosta dele, não é mesmo?

Hyoga assentiu e sorriu de novo ao ver o rapaz de cabelos verdes passar por eles com um sorriso.

— Eu pensei em você e no Milo...por isso resolvi tomar a iniciativa. Então tenho que agradecer a vocês...

Kamus sorriu diante daquilo. Indiretamente, Milo juntara mais um casal. Ele ficaria contente de saber. Olhou para o bar, que começava a diminuir o movimento e tomou uma decisão.

— Pode sair mais cedo. Dê mais uma meia hora e vá pro seu encontro com o Shun. Eu cuido de tudo com as meninas, Milo, Aioria e Dite.

O loiro sorriu e pulou por cima da bancada, abraçando Kamus calorosamente. Deu um beijo em seu rosto e saiu para continuar servindo. Kamus notou que o rapaz passara por Shun e falara alguma coisa em seus ouvidos. Ele sorriu e olhou em sua direção, fazendo sinal de positivo com os dedos. "Ah o amor...", Kamus pensou.

— Olha aqui...acho bom você ficar bem longe do meu bar...

— Carlo...

— Não vou me repetir. E não ouse levantar a voz pro Afrodite outra vez!

— Carlo...

— Cala a boca! Não sei como pude um dia me envolver com uma coisa como você... — ele completou, entrando no bar novamente, não esperando por uma resposta da mulher.

Procurou por Afrodite, mas não o achou. O primeiro que cruzou seu caminho foi exatamente Milo e segurou o rapaz pelo braço.

— Cadê ele?

— Me solta...e você é um idiota. Não disse que ele tava cansado dos seus joguinhos?

— Eu fui colocar a vagabunda pra fora do bar...o que você queria?

— Que você mandasse ela à merda e saísse dali com ele. Mas acho que isso ainda é demais pra você, não é Carlo?

— Droga, Milo..eu tô tentando.

— Então tente com mais vontade. -percebeu o olhar desolado de Carlo e suspirou. — Ele está no camarim.

— Palhaçada...dane-se esse lugar, sabe? — Afrodite disse, colocando a mochila nas costas e saindo do camarim. Ia na direção da entrada, quando avistou Carlo. Rapidamente mudou o rumo e resolveu sair pela porta dos fundos.

— Afrodite espera! — Carlo disse, correndo atrás dele, já ouvindo a porta bater.

Estavam aonde tudo havia começado, no beco onde Carlo beijara Afrodite pela primeira vez. Diferente daquela noite, o tempo até que estava agradável, corria uma brisa fresca e não chovia. Afrodite esperava não ser seguido, por isso resolveu parar para respirar um pouco. Nesse momento, um Carlo afobado.

— Cara de pau. — Afrodite disse, antes que o outro começasse a falar qualquer coisa.

— Não foi minha culpa...

— Como sempre...aquela vagabunda praticamente se jogando em cima de você!

— Ela apareceu! Eu estava conversando com o Milo, pergunte a ele.

— Não vou perguntar nada! Você é um cara de pau, canalha...depois de tudo aquilo que me fez passar, me agarrando daquele jeito na frente de todo mundo...

— Você não reclamou. — ele disse, sorrindo.

— Não queria perder meu emprego.

— Acha que eu faria isso com você? — Carlo parecia chocado.

— Não sei de mais nada. Mas o caso é que você é um canalha...

— Ai meu cacete...vamos voltar nisso? Você está com ciúmes Afrodite? É isso?

— Que mané ciúmes! Te enxerga, Carlo...acha que eu ia ter ciúmes de você? Só é muita cara de pau fazer todo aquele teatro e depois sair se esfregando com uma baranga qualquer...

— Está com ciúmes...

— Que merda, Carlo...vai catar coquinho! Olha bem pra mim, por que diabos eu teria ciúmes de uma criatura como você? Hein? — ele disse, aproximando-se do outro lentamente. Carlo viu-se imprensado na parede de tijolos atrás dele.

— Eu, bom... -ele estava ficando sem palavras diante daquele ataque.

— Pois é...você é um canalha, egoísta, mentiroso, babaca, insensível, metido a gostoso, acha que qualquer um cai na sua porque você tem carro do ano, dinheiro, esses olhos azuis, esse cheiro bom, braços fortes... — ele dizia, atropelando as palavras, nem percebendo que já saíra das ofensas e partia pros elogios. —...corpo de matar qualquer um de inveja e palavras bonitas, abraço gostoso...acha é? — ele perguntou, um dos dedos perigosamente próximos do peito do outro.

— Eu...

—...cala a boca! -Afrodite gritou para logo em seguida fazer a coisa mais inesperada da noite: colou os lábios nos de Carlo, num beijo que há muito tempo ansiava por acontecer. Sentiu ser levantado alguns centímetros do chão pelos braços de Carlo, num abraço apertado. As línguas travaram um duelo nunca imaginado pelos dois, tamanha a necessidade que tinham de estar juntos de novo.

Alguns minutos depois, separaram-se buscando ar. Carlo tentou falar alguma coisa, mas Afrodite interrompeu-o, pegando a mochila do chão, só então olhando pra ele.

— Isso não muda nada...eu ainda te acho um canalha...gostoso, mas um canalha... -ele disse, saindo logo em seguida, não dando chance para Carlo falar mais nada.

Continua...

Cenas do capítulo 28:

"Não me chame de Dite." - Cortou-o imediatamente, fazendo-o soltar um longo suspiro.

"Afrodite... Eu sei que eu errei... E que o que eu vou lhe dizer agora vai parecer mentira... Mas... Eu não falei a verdade."

"Como é que é? Você não falou a verdade? Sinto muito, foi real demais para mim." - Falou, irônico. Mas o olhar terno que Carlo lhe lançou foi o suficiente para fazê-lo se derreter.

"Eu estava bêbado demais, falei aquilo por impulso... Por sua culpa. "