Notas das autoras:
Ju:
Olá, pessoal.
Cá estamos. Esse capítulo é bem bonitinho... Maaas... cof, cof. Nada de spoiler.
Gostaria de agradecer imensamente às reviews. Nós ficamos sempre muito felizes por receber tanto carinho. Muito obrigada mesmo.
Obrigada, também, à nossa beta, Lili. E eu não poderia esquecer da minha amiga querida, Celly. Obrigada, moça fofa!
Bem, é só isso. Obrigada e até a semana que vem!
Celly:
Finalmente voltando às origens e postando um capítulo no domingo. Espero mesmo que gostem do mesmo. As coisas que eram complicadas, ficam um pouquinho mais. Se tudo se resolvesse fácil, que graça teria? Comentários individuais à cada review, assim como uma preview do próximo capítulo (esqueci completamente de adiciona-la!), no final do mesmo.
Mas sim, um beijo especial à beta Lili e à Ju, minha companheira inseparável nessa fic.
Boa leitura, pessoal!
31
Afrodite e Mime conversavam, não tão animadamente como pareceram estar quando saíram de Inferno. O sueco encontrou no ruivo uma pessoa sensível aos extremos e que parecia entendê-lo perfeitamente.
– Que coisa...
– Pois é... – Suspirou, bebericando um pouco de sua cerveja. – Menos de um mês depois, consegue acreditar?
– O pior é que consigo. O mundo está lotado desses tipos... Mas, se eu fosse você, procuraria alguém melhor. Você merece, sem brincadeira...
Então, Afrodite sorriu. Mime realmente era um docinho. Estavam conversando faziam horas, e ele parecia nunca se cansar de ouvir as coisas fofas que o rapaz lhe dizia.
– É, eu tenho certeza disso... – Suspirou Dite. – Mas, sabe quando você ama uma pessoa? É difícil demais esquecê-la...
– Eu sei. – Suspirou Mime. – Dor de amor não passa.
– Você já sentiu algo assim?
– Como se pisassem em cima de você e estraçalhassem sua alma?
Aquilo assustou Afrodite. Mime pareceu arrependido, depois.
– Desculpe, eu...
– O que houve com você, Mime?
– ...Eu me apaixonei pelo meu primo...
– Oh, Mi, eu sinto muito... – Afrodite tentou dizer mais algumas coisas, mas Mime apenas lhe sorriu.
– Que nada, não tinha de acontecer, mesmo. Ele é hetero demais pra isso... E ele me odeia.
– Mime, o que eu posso fazer pra te ajudar?
– Nada. Mas eu posso.
– Que quer dizer com isso?
– Chega mais perto. – E Afrodite obedeceu. Mime puxou-o e começou a contar-lhe algumas coisas, ao pé do ouvido. Ao fim, Afrodite ergueu uma sobrancelha, incrédulo.
– Você realmente faria isso por mim? – Perguntou o outro, a voz levemente falhada. Pigarreou em seguida.
Mime, então, sorriu.
– Claro. – "E por mim..."
Suspirou pela décima vez. Sentado na cadeira do escritório, pensava. Não na mulher em que deveria pensar, mas em um homem que não deveria habitar seus pensamentos obscuros.
– Droga, por que você faz isso comigo? – Se perguntou, em voz alta. Suspirou de novo, se erguendo para ir até um imenso e luxuoso aparelho de som.
Puxou uma caixa de CDs e abriu-a sem cuidados, puxando o primeiro que viu. Jogou-o dentro da área indicada e esbofeteou-o para fazer com que ele tocasse.
A música que tocou o fez ter vontade de morrer.
"Love of my life
You've hurt me
You've broken my heart
And now you leave me"
Por Deus! Desde quando havia se tornado tão sentimental?
– Nunca mais ouço os cds da Di... – Murmurou, irritado, erguendo a mão para tirá-lo... Mas não conseguiu fazê-lo. Ouvir aquela música, entender a letra dela... Tudo lembrava Dite.
Não entendia o porquê daquilo, afinal... Ele não o havia abandonado...
Havia?
"Love of my life
Can't you see
Bring it back
Bring it back
Don't take it away from me
Because you don't know
What it means to me"
Sentia-se um idiota por estar fazendo aquilo. Quem diria que o galinha Carlo poderia se apaixonar por alguém? Quem diria que o desgraçado homofóbico, o preconceituoso filho da mãe, o único que conseguia ser odiado por um terço da população mundial, se veria ali, naquela situação vergonhosa (ou tentava se convencer de que realmente era ruim), suspirando como uma adolescente apaixonada... Por um homem!
O pior: Por um homem que não o queria.
"Love of my life
Don't leave me
You've taken my love
You now desert me"
O amor realmente era uma droga. O amor realmente dava náuseas, fazia querer botar o almoço para fora, junto com o intestino, o fígado, o baço... E a merda do coração.
Balançou a cabeça com ferocidade.
"Claire, Claire e Claire! Apenas ela! É só nela em que devo pensar. Ela é minha namorada, é a mulher da minha vida, a única que me faz bem, a única com a qual quero compartilhar a minha vida toda!"
– Mas ela não é ele.
"Love of my life
Can't you see
Bring it back
Bring it back
Don't take it away from me
Because you don't know
What it means to me"
Queria erguer o dedo e apertar no botãozinho 'stop'. Queria diminuir o volume ao máximo. Queria mudar a música, ouvir algo bem mais animado e muito menos sentimental.
Mas, quem disse que conseguia?
A simples idéia de outras mãos devassas tocarem naquele corpo imaculado o fez perder a cabeça. A menção de outros lábios sobre aqueles lábios que pertenciam somente a ele o fazia querer matar o filho da mãe não identificado.
'Lábios que pertenciam só a ele?'
Aquilo soou possessivo demais. Não era dono de Afrodite, não comandava sua vida. Nem sabia, ao menos, se o rapaz o considerava um verdadeiro amigo, como antes.
Aliás, nem sabia se uma dia chegaram a ser realmente bons amigos...
"You will remember
When this is blown over
When everything's all
By the way
When I grow older
I will be there
At your side
To remind you
How I still love you
I still love you"
Irado e aborrecido, ergueu a mão e esbofeteou o caro aparelho de som, fazendo-o cair no chão e espatifar, espalhando peças por todos os lados.
Ao notar o que havia feito, arregalou os olhos. Nem notou quando abriram a porta de supetão.
– Deus do céu, mil pratas jogadas no lixo!
E olhou, surpreendendo-se com a conhecida imagem, ofegante, com os longos cabelos grudados no rostinho de anjo. Deveria ter vindo correndo para ver o tamanho do estrago.
E deveria ter acabado de chegar. Que recepção! Ver um de seus xodós estuporado não era algo realmente muito agradável.
– Oi, Di. – Sorriu, nervoso.
– Meu som... - Ela murmurou, aproximando-se. – Meu lindo sonzinho...
– Eu compro outro... – Ele disse, ainda olhando o estrago.
– Compra outro é uma pinóia, senhor Carlo di Angelis! Vai é me contar o que aconteceu! – Diana falou, de maneira controlada, batendo a porta logo em seguida.
– Humph... preferia comprar um som novo... – Carlo grunhiu, sentando-se no sofá. Diana sorriu e sentou-se ao lado dele. Rapidamente ele colocou a cabeça nas pernas dela, como fazia sempre que estava com um problema sem solução.
– Por que essa agressão toda no meu sonzinho, amore? O que aconteceu?
– Eu aconteci, Di. Eu e essa confusão toda que é a minha vida.
– Carlo... você sempre foi confuso... qual é o problema dessa vez? Brigou com o Dite? Eu perguntei lá embaixo e ninguém quis me falar nada...
– Antes fosse... estou namorando, em primeiro lugar. – Ele disse, triste.
– O QUÊ? Que ótimo! Preciso encontrar com o Dite pra dar os parabéns a ele... estava mesmo comentando com o Saga que vocês deveriam ter se acertado.
– Di...
– Fala...
– Não é com o Dite...
– COMO ASSIM?
– É a Claire.
– Quem diabos é essa baranga?
– Ela não é baranga...
– Não importa! Você é retardado ou o quê, Carlo? Aposto que qualquer uma dessas mulheres não é nada comparado ao Dite. – Ela percebeu que ele havia fechado os olhos, demonstrando tristeza. Apesar de ficar com pena dele, continuou. – Droga, Carlo... por que você faz tudo errado? Achei que tinha dito que ia mudar, que ia fazer as coisas certas, que queria acertar com ele agora...
– Eu queria... quero, Di, mas ele...
– Não...não me venha colocar a culpa no Dite agora... desde o início você sempre fez tudo errado!
– Peraí também, Diana! Você ficou longe muito tempo, não sabe da metade do que aconteceu, ninguém pode me culpar de nada, ninguém, nem mesmo o Dite... – Ele falou, num tom de voz mais alto que o de Diana, que apenas calou-se.
Carlo levantou-se do sofá, caminhando até a cadeira italiana que tinham no escritório, um presente dele à amiga. Suspirou profundamente, como se voltasse ao dia em que ele e Afrodite resolveram ser apenas amigos. Começou contando tudo desde o início, ignorando o quanto doía lembrar de tudo. Ele podia ver que a expressão de Diana variou de pura raiva a entendimento em questão de minutos e aquilo por um momento o aliviou.
– ...então ele me beijou e por um momento foi tão bom... um sonho, Di... mas ele logo se arrependeu. E disse que queria que nós fôssemos apenas amigos. E estamos assim, eu com a Claire...
– E quem é essa, Carlo? Mais uma das suas amiguinhas vagabundas?
– Não. Ela é uma advogada brilhante que eu conheci. Di, eu gosto dela, realmente gosto. Mas ela não...
– Eu sei, Carlo... ela não é o Dite. Meu amigo, no que você foi se meter? Devia tê-lo feito entender, Carlo, você sabe ser convincente quando quer. Por que não o jogou no sofá de volta e disse que o amava?
– Porque... porque... eu não sei... – Ele respondeu, abaixando a cabeça.
– Eu sei! Isso é porque você é covarde demais... vai ficar sozinho pra sempre assim se não tomar uma atitude. Já disse que o Dite é lindo, qualquer dia ele aparece com alguém, alguém que o valorize e como é que você fica?
– Acho que ele já encontrou, Di... – Carlo disse, amargo, piscando várias vezes, impedindo que lágrimas rolassem. – E eu fico sozinho, como sempre. Já tinha me acostumado com esse destino, desde que nos separamos.
– Cala a boca, Carlo! Cala a boca! Presta a atenção! Você não pode desistir, tá me ouvindo? Eu nunca mais falo com você! Não vai perder uma pessoa como o Dite assim, ignore que ele está com alguém! Vai atrás dele! – Ela soava mais desesperada que ele.
– Não posso, Di. Eu prometi a mim mesmo que seríamos apenas amigos. Vou fazer alguma coisa certa dessa vez. Acho que... acho que meus sentimentos nunca foram tão fortes assim. – Carlo disse, levantando-se dessa vez, mas caminhando até a porta. – Estou muito feliz com a sua volta. O bar precisava de você aqui. – Ele forçou um sorriso.
– Carlo...você o ama?
Ele lembrou-se daquela pergunta, feita em uma ocasião diferente. Naquela situação tinha dúvidas, agora, não mais.
– Isso não é mais importante, Di... – Ele sorriu. – Diga ao Saga que mandei um abraço, nos vemos amanhã cedo.
Diana ficou no escritório olhando as peças do som quebrado. Fora essa bagunça, tudo estava arrumado e aquilo a surpreendia. Carlo havia mudado e pra muito melhor. Havia se tornado um homem mais sensível e pelo que ela podia notar, muito mais parecido com aquele que ela havia conhecido anos atrás.
– Ah, meu amigo... Isso é sim muito importante... Dite vai se ver comigo.
– Bom, é aqui que eu moro... – Afrodite disse, olhando pela janela do carro.
– Lugar adorável, Dite. Bem como você... – Mime disse, segurando uma das mechas do cabelo de Dite. Ele apenas sorriu.
– Você é que é adorável. Mas sim... Mi... você realmente quer fazer o que me disse?
– Quero sim, Dite. Eu quero te ajudar... e me ajudar um pouquinho também. Preciso ganhar um pouco de confiança em mim mesmo.
– Ah, Mi..você é um amor! Não sei como tem alguém que não goste de você. E se quer minha opinião, esse seu primo deve ser caidinho por você. Ninguém renega tanto alguém assim... deve ter algo escondido...
– É, Dite, tá tão escondido que nem eu acho.
Os dois riram. Afrodite deu um beijo de leve nos lábios de Mime, que correspondeu, ainda ficando corado com aquela demonstração gratuita de carinho.
– Nos vemos amanhã? – Afrodite perguntou, já do lado de fora do carro.
– Claro! – Mime respondeu, animado.
Afrodite ficou vendo o carro do novo amigo descer a rua e só então caminhou lentamente para o prédio. Não percebeu que do outro lado da rua um par de olhos azuis escuros acompanhava todos seus passos.
– Não é importante Dite... o que eu sinto não é importante mesmo... Mas você vai ser feliz... – Carlo murmurou, só dando partida com o carro no momento em que Afrodite entrou no prédio.
No dia seguinte...
A campainha tocou insistentemente, milhares de vezes seguidas. Afrodite, sonolento, enrolado num robe cinza, foi atendê-la, com as pálpebras pesadas. Bocejou antes de entreabri-la.
– Diana! – Pareceu perder a sonolência ao vê-la. Sorriu longamente, pedindo que ela entrasse. A bela aceitou. – Que bom que você já chegou, menina! Eu estava morrendo de... – E, ao virar-se para ela, deparou-se com olhos frios.
Parou, por um momento, tentando entender o que se passava. Ela nunca o olhava daquele jeito... Censurando-o.
– Di? O que houve?
– Não se faça de desentendido! - Ela disse, aborrecida, colocando as belas mãos na cintura. Afrodite notou uma certa mudança na silhueta dela, mas nada disse.
– ...Eu...
– O Carlo tá namorando uma talzinha por aí... E eu fiquei muito admirada em saber que foi por sua culpa!
– Minha culpa? Que quer dizer? ELE quis namorar com ela, eu não disse droga nenhuma! – Defendeu-se Afrodite.
– Oras, não mesmo, senhor 'Vamos fingir que não nos amamos e vamos ser apenas dois bons amigos muito felizes!'? – E Afrodite sentiu-se mal. – POUPE-ME, DITE! Pelo amor de Deus, vocês estão perdendo tempo!
– Mas...
– Mas o caramba! Ele te ama, você o ama! O que mais falta!
– Ele não me ama. Ele está com ela.
– Porque pensa que você não o ama! – Exclamou Diana, impaciente. – Que coisa, vocês são cegos, mongóis ou o que?
– Di, não daria certo...
– Por que não? – Perguntou, as mãos na cintura, batendo o pé no chão.
– Somos muito diferentes...
– Opostos se atraem. – E Afrodite fez menção de dizer algo. – E não diga que é mentira, porque eu tenho exemplos muito concretos! Aliás, você vive com um exemplo, que, provavelmente, está na casa do outro exemplo agora!
– ...
– Afrodite, céus... Vocês não notam?
– Notar o que, Di? Não há nada para notar!
– Há, sim! Vocês estão perdendo a chance de serem felizes! À TOA!
– DIANA, ELE NÃO QUER NADA COMIGO!
– POIS EU DIGO QUE QUER!
– Então, por que teria esquecido de mim?
Ela parou, então.
– Como assim, esquecido de você?
Ontem eu me apresentei como nunca, entende? Roupas muito provocantes, dança muito forte... E ele só tinha olhares para a namoradinha. E tascava-lhe beijo na boca!
– Olha, isso pode ser explicado...
– Eu não quero que nada seja explicado.
– AH, QUER SABER? SE VIREM, ENTÃO! – Ela berrou, virando as costas para sair. Ao abrir a porta, virou-se. – Eu espero realmente que as fichas de vocês dois caiam, assim, vocês vão entender e parar de usar outras pessoas que não tem nada a ver com o romance de vocês.
– Di...
E ela bateu a porta. Afrodite escorregou até o chão, segurando as mãos.
– Droga... Ela tem razão...
Admirou a figura linda em seus braços. Os cabelos longos espalhados pela cama, caindo pelo peito de Kamus. Os braços ao seu redor, envolvendo-o com carinho, os olhos fechados de leve, como se estivessem prestes a serem abertos. Os lábios entreabertos, por onde uma calma respiração saía.
Sorriu.
Não poderia ser mais feliz. Tinha um deus grego que o amava, tinha um emprego agradável, amigos excelentes e ainda por cima um bom lugar pra morar. Do que mais precisava?
Abaixou o rosto, beijando o topo da cabeça do escorpiano, que resmungou alguma coisa e abriu um olho.
– Salut, mon ange. – Murmurou Kamus, com um sorriso.
Ele sorriu. Adorava quando o outro o chamava daquele jeito, tão carinhoso e tão sensual.
– Salut, amour... – Sussurrou, quente, ao ouvido do outro. Abriu um largo sorriso quando sentiu-se ser virado. Kamus deitou sobre seu peito, descansando a cabeça nos braços.
– Já, tão cedo? – Brincou Kamus, erguendo a mão. Passeou pelo peito dele com dois dedos, num gesto infantil.
– Que posso fazer? Fui acordado de uma maneira deliciosa por um francês tarado. – Disse, erguendo uma sobrancelha.
– Huhum, sei... Francês tarado... – E ergueu a cabeça para beijar-lhe um mamilo. Milo ronronou, fechando os olhos.
Simplesmente adorava quando o outro fazia aquilo.
– Vem cá, seu pervertido! – Abriu os olhos e puxou-o com rapidez.
– MON DIEU! – Exclamou Kamus ao ser puxado, sentindo os lábios do outro serem comprimidos contra os seus, em um maravilhoso e receptivo beijo de 'muito bom dia', como Milo costumava dizer.
Mal começara o dia e ele já estava naquela reunião há horas. Os medíocres executivos falavam sobre economia, futilidades e dinheiro, dinheiro, dinheiro.
O único que deveria realmente se importar com todo aquele blá-blá-bla, não estava nem aí.
– O que acha, senhor Solo? – Perguntou um deles.
Julian pareceu acordar. Olhou para os muitos rostos que o olhavam, preocupados por sua falta de atenção nada habitual. Logo ele, sempre o mais exigente, o mais ativo... Algo estava errado.
– Eu acho uma ótima idéia. – Disse, com tanta convicção que chegou à convencer. – Em que país, mesmo? – Um chute muito arriscado, mas não estava se importando caso errasse algo assim.
Adorou a resposta que recebeu.
– Claro.
– O Senhor vai ter de ficar uns tempos por lá...
– Mesmo...? - Perguntou, o rosto ficando inexpressivo.
– Sim.
– Por quanto tempo?
– Alguns meses... Relatório completo, entende, senhor?
– Entendo...
Afrodite pegou o telefone e discou o número conhecido. A conversa com Diana havia aberto seus olhos.
– Você vai saber, meu amor... Você vai ter de saber...
E esperou, cada som de chamada sendo mais torturante do que o outro. A ansiedade por ouvir a voz amada o estava conseguindo agoniar e consumir, algo que ele sempre julgara impossível.
Então, alguém atendeu.
–Alô?
A voz, porém, não era masculina, mas sim doce e feminina. Sentiu-se desmoronar, mas era tarde pra voltar atrás.
– Oi, Claire, posso falar com o Carlo?
– O Cacá? – E Afrodite prensou os lábios para não rir.
– S...Sim... O Cacá. – Disse, numa voz alterada. Claire pareceu não perceber. - É o... Mfff... Dite.
– Ah, oi! Vou chamá-lo, fofo, um minuto!
A droga da garota era realmente um docinho. E isso parecia agora realmente MUITO IRRITANTE.
– Alô. – A voz esperada atendeu.
– Carlo...
– Ah... oi... Dite...
Continua...
No capítulo 32...
-Percebi. Nem ao menos reclamou quando Stocklos resolveu pedir que voltasse à Grécia pro alguns meses.
-Não é problema algum, você sabe.
-Não, eu não sei, Julian. Você sempre detestou aquele lugar, sempre que tinha que ir até lá dizia voltar com péssimas recordações, e você sempre... -ela parou abruptamente quando ele olhou-a de maneira diferente.
-...e sempre voltava para você, não é mesmo? -ele completou por ela.
SEM PEDRAS NAS ESCRITORAS!
Comentários das Reviews (elas não poderiam faltar...claro!):
Evil Kitsune: só posso adiantar que Hyoga e Shun vão fazer participação mais do que especial em alguns capítulos. Pode acreditar em mim! Dessa vez a atualização não demorou muito, não é mesmo? Beijos pra você!
Elfa: sim, Carlo ajeitando a vida, resolvendo ser uma pessoa melhor. Pra finalizar a perfeição, só se tivesse com um sueco ao lado dele, não é mesmo? Quanto ao Ju...definitivamente, eu deixaria qualquer coisa pra ficar com o Kanon. E quanto a você?
Pipe: comentários são sempre bem vindos, querida. Especialmente os seus e sim...o Thorsson é todo seu...os créditos não foram colocados, mas sim, são todos seus. Assim como o Carlo.
Ilia-chan: olá, moça! Nós não somos más...o Mime não vai sofrer não, prometo! Depois você vai me dizer se eu não tinha razão...e eu voto sim, o povo tem que jogar a sanidade aos quatro ventos e ser feliz, a começar por Julian e Kanon!
Caliope: tinha que ser a senhorita pra lembrar das cenas, não é mesmo? Bem, as próximas vão aí embaixo...não quero ser culpada por tentativas de suicídio nem ataques de ansiedade, ok? E muito obrigada pela ajuda no domingo passado! Te amodoro, amiga!
Ada: fique tranqüila. Eu prometo que o Mime não vai sofrer...não o colocaria nessa posição. Nem eu, nem a Ju. Bem...o pijama de foguetinhos...não teve como não lembrar, meu primo tem um igual, achei que ficaria muito engraçado no grego! Beijão!
Carola: aguarde...tudo tem um propósito. Você vai descobrir em breve. Não precisa ficar com ciúmes!
Anna Malfoy: é...também não me é agradável o Carlo com outra pessoa, especialmente uma mulher. E se ele arrumou alguém, por que o Dite não poderia fazer o mesmo? Mas as coisas vão mudar...aguarde as próximas cenas...
Lili: ter você betando a fic é um privilégio, pode ter certeza. Nós agradecemos e muito! E sim...Mime promete. E como! Beijão, amiga!
Shinomu: aqui está, capítulo no domingo, como sempre, voltando ao tradicional. Não deixe de estudar para as provas não! A fic não vai sair daqui! Beijos e obrigada pelos comentários!
Camis: olá, querida! Obrigada pela review. E não estamos fazendo o povo sofrer não, eles é que são complicados mesmo. Não é nossa culpa!
