Nota do autor: As personagens de Card Captor Sakura não me pertencem.

Capítulo 4: Tomoyo decide Intervir

Shaoran marcou o número de telefone da Tomoyo e esperou alguns segundos até que alguém atendeu.

"Bom dia, eu queria falar com a Tomoyo Daidouji por favor." – disse o Shaoran.

"Com certeza." – disse a empregada. – "Vou chamar a menina Tomoyo, aguarde um momento por favor."

O Shaoran esperou alguns segundos e depois ouviu a voz do Tomoyo do outro lado.

"Olá Shaoran, o que se passa para telefonares a estas horas?"

"Eu estou a telefonar-te para te dizer que me vou embora para Hong Kong." – disse o Shaoran.

"Vais embora? Oh, mas logo agora que te declaraste à Sakura… bem, nem tudo está perdido, ainda deves ter de esperar uns dias até ires para Hong Kong, não é? Podes passar esses dias com a Sakura." – disse a Tomoyo.

"Não pode ser Tomoyo." – disse o Shaoran. – "Eu parto hoje mesmo."

"Hoje? A que horas?"

"Às dez e meia." – disse o Shaoran.

"Mas isso quer dizer que só tens mais uma hora e meia antes de ires embora." – disse a Tomoyo. – "Falaste com a Sakura?"

"Não." – respondeu o Shaoran.

"Não?" – perguntou a Tomoyo surpreendida. – "Não disseste nada à Sakura?"

"Não tive coragem para isso."

"És um cobarde Shaoran!" – gritou a Tomoyo, mostrando uma faceta zangada, que não era costume nela. – "Para que é que te declaraste à Sakura se era para te ires embora desta maneira?"

"Mas…"

"Devias ter vergonha Shaoran!" – gritou a Tomoyo. – "Tens de falar com ela ouviste?"

"Não posso…"

"Como não podes? Claro que podes!" – gritou a Tomoyo. – "Eu tentei sempre ajudar-te a confessares os teus sentimentos à Sakura e agora é isto?"

"Tomoyo, desculpa…"

"Não aceito as tuas desculpas. Tu vais fazer com que a Sakura sofra muito." – disse a Tomoyo. – "Nunca te irei perdoar se fizeres isso."

"Não percebes que se eu falar com ela, vamos sofrer os dois?" – perguntou o Shaoran. – "Além disso ela não gosta de mim da mesma maneira que eu gosto dela."

"Como é que sabes isso? Ela nunca disse que não gostava de ti da mesma maneira que tu gostas dela, pois não?"

"Ora, vê-se logo! Se ela gostasse mesmo de mim tinha-me dito alguma coisa." – disse o Shaoran. – "E além disso ela estava perdidamente apaixonada pelo Yukito até à algum tempo atrás."

"Mas tens de falar com ela antes de ir." – disse a Tomoyo. – "Por favor…"

"Não Tomoyo, desculpa, mas agora tenho de desligar. Adeus."

"És um cobarde!" – gritou a Tomoyo, antes do Shaoran desligar o telefone.

"Menino Shaoran, a conversa não correu bem?" – perguntou o Wei.

"Não." – respondeu o Shaoran. – "Mas isso não interessa, vamos preparar-nos para ir para o aeroporto."

"Certo." – disse o Wei, abanando a cabeça.

Na sua mansão, a Tomoyo estava cheia de raiva, como nunca lhe tinha acontecido na vida.

"Como é que ele pode ser assim?" – gritou a Tomoyo. – "Depois de tanto esforço para contar à Sakura que gostava dela… e agora vai-se embora sem dizer nada… não posso deixar que isto aconteça assim… pela felicidade da Sakura!"

A Tomoyo saiu rapidamente do seu quarto e foi falar com as suas guarda-costas para a levarem rapidamente para a casa da Sakura.

Em alguns minutos, a Tomoyo chegou à pequena casa amarela e bateu à porta. Teve de bater três vezes, até que alguém veio abrir a porta. Como já suspeitava, foi o Kero que abriu a porta e não a Sakura.

"Kero, o que se passa desta vez com a Sakura?" – perguntou a Tomoyo. – "Porque não foi ela que abriu a porta?"

"Ela está fechada no quarto." – respondeu o Kero. – "Não quer sair de lá. A vossa amiga Rika esteve aqui a bater à porta, mas eu não pude abrir ou ela via-me."

"Então a Sakura não quer falar com ninguém…" – disse a Tomoyo pensativa. – "Eu resolvo o assunto."

"Será que devo chamar o Yue?" – perguntou o Kero.

"Não é preciso. Eu trato de tudo." – disse a Tomoyo, apressando-se a subir as escadas.

Ao chegar à porta do quarto da amiga, tentou abri-la, mas ela estava fechada.

"Sakura, sou eu, a Tomoyo. Abre a porta." – pediu a Tomoyo.

"To… Tomoyo?"

"Sim, sou eu Sakura. Abre a porta por favor."

"Eu quero estar sozinha Tomoyo."

"Sakura, por favor, o que eu tenho de te dizer é importante." – disse a Tomoyo. – "Vais arrepender-te se não ouvires."

"Eu… estou muito confusa… por favor Tomoyo… deixa-me sozinha." – pediu a Sakura.

"Se é isso que queres, eu não te perturbo mais." – disse a Tomoyo. – "Mas deverias saber que o Shaoran vai partir para Hong Kong daqui a algum tempo."

"O Shaoran?"

A porta do quarto da Sakura foi aberta repentinamente. A Sakura apareceu, com os seus lindos olhos verdes, inchados de chorar.

"O que tu disseste… é verdade?" – perguntou a Sakura.

"Sim, ele vai partir hoje." – disse a Tomoyo.

A Sakura sentou-se em cima da sua cama e começou a chorar novamente.

"Eu estou tão confusa por causa dos meus sentimentos… mas eu não quero que ele vá." – disse a Sakura.

"Então reage Sakura, não o deixes partir." – disse a Tomoyo.

"O que queres dizer?"

"Ainda tens tempo. Se quiseres podes fazer com que ele fique." – disse a Tomoyo. – "Tenho um carro lá em baixo à nossa espera se quiseres…"

"Shaoran…"

"A escolha é tua Sakura." – disse a Tomoyo. – "Se queres que ele fique em Tomoeda, tens de vir comigo agora…"

Continua…

E aqui está o quarto capítulo. A Tomoyo decidiu que ela tinha de tentar junta o Shaoran e a Sakura de vez. Mas o Shaoran parece conformado em ir-se embora. E a Sakura? O que decidirá ela? Esperem pelo próximo capítulo e descubram! Mandem reviews por favor!

Agradecimentos

Hyoku-yusuki Kinomoto: Obrigado pela review. Sim, decidi continuar a fic e espero que você esteja gostando. A Tomoyo ficou chateada com o Shaoran mas já decidiu que iria levar a Sakura ao aeroporto, se ela aceitar ir, é claro.

Sakura Eternal Love: Obrigado pela review. Neste fic a Sakura tem doze anos, quase a fazer treze. Sobre a carta do amor, ainda não sei se ela a vai descobrir ou não. Eu sei que esta parte parece que é mesmo igual à série de televisão (mas como vês há muita coisa que não aconteceu), mas depois isto vai mudar, é só um ponto de partida para que a fic se desenvolva. Não te preocupes, eu não fico ofendido com sugestões, aliás, é sempre bom saber o que os leitores pensam. Quanto ao tamanho dos capítulos, é um problema que tenho sempre: não consigo fazer capítulos grandes e como agora não tenho muito tempo para escrever, é mais fácil se escrever capítulos pequenos, porque assim posso postá-los rapidamente.