Notas da Autora: Oie! Primeiro eu to muito feliz que alguém comentou a minha história, valeu mesmo! Eu não sabia que as reviews faziam uma autora tão feliz quanto agora, hehehe. Então eu queria pedir desculpas por ter demorado a postar... Eu li e reli o segundo capitulo mais não sei porque eu não achei tão bom quanto deveria... O meu amigo falou que tava legal, então resolvi postar do mesmo jeito. Ah! Desculpa por ter trocado os nomes... É que quando eu li em inglês o livro eu só lembrava de Bill, daí quando fui escrever esqueci que era o Gui, essa tradução não tem nada haver pra mim... Então é só isso aí, espero que gostem, eu ainda to meio na introdução da história, depois ele vai ficar mais emocionante hehehe. Por favor, quem ler deixe reviews, nem que seja para criticar, é porquê daí eu melhoro... Então ta, vamos a história...

Capitulo II – N'a Toca

Harry sentiu o doce aroma da casa dos Weasleys. Desde a última vez que estivera ali, no Natal, nada havia mudado. Ainda havia naquela casa aquele ar aconchegante, um ar de família. Para Rony aquela era uma casa abafada e pequena, mas para Harry era animada e serena. Era um dos poucos lugares que o faziam sentir em sua casa.

Harry havia aparatado na soleira da porta dos Weasleys. E, ao ouvir o som de "Crack" olhou para a sua esquerda e pôde ver Ron e o Sr. Weasley, carregando os seus pertences.

Tudo bem com vocês? – Perguntou o Sr. Weasley.

Ao ver ambos acenarem afirmativamente com a cabeça ele prosseguiu:

- Peguem as suas coisas, que eu vou fazer os encantamentos para entrarmos em casa. As crianças devem estar dormindo, mas eu avisei Molly de que chegaríamos mais ou menos nesse horário e ela deve estar acordada.

Rony fez uma careta ao ouvir a palavra crianças, mas pegou a gaiola de Hedwiges, enquanto Harry pegava seu malão.

- Apra il portello. Chi sta entrando è amico...

Harry fez cara de que não entendeu nada para Rony e este cochichou ao seu lado:

- Procedimento padrão. O papai instalou um monte de feitiços de proteção na casa a pedido de mamãe. Agora sempre que entramos na casa temos que fazer tudo isso, é um saco.

Depois de o Sr. Weasley acabar de fazer os encantamentos, ele tirou de seu bolso uma chave bem pequenina, e colocou-a em uma fechadura na porta, que Harry nem tinha notado a existência. Essas magias de proteção estavam ficando cada vez mais extensas...

Terminado tudo o Sr. Weasley informou-os que eles já podiam entrar. Ron e Harry empurraram a porta e entraram n'A Toca.

Olhando ao seu redor, Harry pode distinguir apenas a Sra. Weasley, que, pelo cheiro, estava preparando o café. Ela tinha uma aparência cansada, porém estava cantarolando, pelo ritmo, mais uma daquelas músicas de Celestina Warbeck, sua cantora preferida, a quem ele tinha escutado no Natal.

Ao ouvir o som da porta batendo e passos, a Sra. Weasley se virou para ver quem era, e ao avistar Harry foi correndo dar-lhe as boas vindas.

- Harry, querido! Que bom que você está aqui. – Deu um abraço apertado a Sra, Weasley. – Tudo ocorreu direitinho com os trouxas? Você parece com fome, está tão magrinho... Espere só mais um pouco que o bolo está quase pronto querido.

Então a Sra. Weasley foi saudar os outros dois Weasleys.

- Arthur. Ron!

- Oi Molly querida. Que cheiro é esse? Parece delicioso. – Disse o Sr. Weasley se sentando no sofá. – Sentem-se meninos, daqui a pouco as crianças acordam.

- Eu vou para a cozinha terminar de preparar a comida, além disso, tenho que cuidar das flores para o casamento... Tantas coisas a serem feitas. E a Fleur fica gastando e gastando mais dinheiro, pede pra colocar flores vermelhas espanholas no jardim, eu disse espanholas... Essa Fleur está cada vez mais exigente... – Saiu resmungando a Sra. Weasley.

Harry abriu um largo sorriso, estava com saudades dos Weasleys.

Sentando-se ele resolveu perguntar:

- Hermione está aqui?

- Está. Ela, Fred e Jorge. Fleur, Gina e o Gui foram ontem para Londres, para comprar os últimos preparativos para a festa de casamento. Eles devem voltar hoje ou amanhã. – Informou o Sr. Weasley.

O estômago de Harry deu uma reviravolta ao ouvir o nome de Gina. Gina. Até o nome dela soava como música para ele. Harry tinha se esquecido, na alegria de vir para A Toca de que ela estaria aqui. Não sabia o que faria quando a encontrasse, mas deveria encontrar forças para não permitir que ela o acompanhasse. Ela tinha que estudar ainda, encontrar alguém com menos problemas que ele. Alguém que não deveria ser um assassino, ou em um assassinato terminar. Ele não poderia oferecer nada a ela, a não ser sofrimento. Ele era o escolhido, e tinha que cumprir o seu dever. Sozinho.

Sacudiu a cabeça, tentando sacudir com ele seus pensamentos sobre aquela ruivinha que adorava tomar conta de sua cabeça.

Harry então resolveu perguntar:

- Er, Sr. Weasley, eu e Ron podemos ir lá em cima guardar minhas coisas enquanto o café não fica pronto? Qualquer coisa é só chamar.

- Claro Harry, claro. Imagino que vocês têm coisas sobre o que conversar. Podem ir, podem ir. Quando estiver tudo pronto eu chamo vocês. – Deu um sorriso amarelo o Sr. Weasley.

Subindo as escadas com Ron para o quarto, Harry começou a pensar que o Sr. e a Sra. Weasley pareciam mais abatidos do que normalmente e constatou que todos os integrantes da Ordem deveriam estar assim. Sem Dumbledore no comando, Harry gostaria de saber quem estava planejando tudo. Apesar da Prof. Mcgonaggall ser eficiente, ela não tinha o mesmo ar sábio de Dumbledore. Aliás, ninguém o tinha.

Quando chegaram no quarto, particularmente alaranjado de Ron, devido a tantos pôsteres, camisetas e outros objetos do Chuddley Cannons, Ron tocou no assunto que estava ansioso a discutir, a caçada atrás dos Horcruxes.

- Harry você pretende mesmo ir para Godric's Hollow? Quero dizer, o quê que tem lá afinal? A casa deve ta desmoronando e tudo.

Harry, sabendo que o amigo perguntaria isso, respondeu:

- Eu não sei Ron, mas eu tenho um pressentimento que devíamos ir para lá, sabe? Talvez porquê lá tenha sido o começo de tudo...

Nessa hora, houve uma batida na porta e uma Hermione esbaforida entrou:

- Harry! – E deu um abraço no amigo, enquanto Ron olhava de cara feia para este. – Como que você está? O que nós vamos fazer? Você já ouviu que Hogwarts vai fechar?

Antes de Hermione continuar com suas perguntas Harry interrompeu:

- Tô legal Mione. Mas Hogwarts vai mesmo fechar? Aonde é que você ouviu isso? Não estou sabendo das noticias ultimamente, já que não quero ler mais aquele Profeta, e vocês nunca me mandam nada de útil pelas cartas.

Harry tentou desconversar, mas todos ali sentiam, como ele, que Hogwarts era a sua segunda casa. Foi nessa escola que o mundo bruxo foi apresentado a ele, que ele soube o significado da palavra amigos, que ele foi feliz pela primeira vez na sua vida. Mas tudo isso terminou, e agora ele deveria ir atrás do bruxo que havia terminado com isso, e com mais inúmeras coisas que o fez sentir feliz em sua vida.

Parecia agora, que todos os pensamentos de Harry sempre o levava a um beco sem saída. Tudo o que ele pensava tinha de ser esquecido, porque todos eles acabavam ficando na saudade, ou no que poderia ter sido se ele não fosse o grande Harry Potter, o menino-que-sobreviveu.

Hermione, sentindo que deveria preencher o silêncio que havia se instaurado, disse:

- Er, então Harry. Pensei que você viria só sexta...

Harry havia se esquecido, depois de chegar A Toca sobre isso, então, virando-se para Ron perguntou:

- Mas eu também pensei isso. Ron, porque você escreveu que viria sexta para a casa dos Dursley, sendo que hoje é quarta?

- Pra despistar, Harry, despistar. Agora que Dumbledore se foi nós temos que nos precaver ainda mais...

Harry lançou-o um olhar de incredulidade. Afinal, no ano anterior Dumbledore tinha lhe mandado uma mensagem que continha até a hora exata de sua chegada, que história era essa afinal?

Hermione então decidiu intervir:

- O Rony tem razão Harry. A noticia da morte de Dumbledore foi recebida como um choque pelo mundo Bruxo. Eles acham que agora que Dumbledore, o único bruxo que Você-sabe-quem já temeu se foi, não resta quase nenhuma esperança de que Você-sabe-quem seja derrotado. As medidas de prevenção contra invasores (comensais da morte) estão sendo adotadas em praticamente todas as casas. Nunca vi tantos artefatos, amuletos e outros objetos contra a magia negra serem vendidas. Até Fred e Jorge começaram a vender esses artefatos, e pelo que eles me disseram estão ganhando bastante dinheiro.

- A pouca confiança que a população tinha de que Voldemort seria derrotado algum dia foi profundamente abalada. Não resta mais esperança para muitos. Aliás, ainda existe uma.

- Eu – Harry completou.

- Exatamente. Seu nome agora está sendo citado em todas as edições do Profeta Diário. Cada hora eles colocam um novo adjetivo em você...

- O Heróico Potter, o Salvador, o Menino-que-sempre-sobrevive, o Escolhido, eu acho que eles gostaram deste último particularmente. – Citou Ron.

- Eles estão tentando fazer de você uma espécie de Salvador do Mundo Mágico, dando "esperança" para a população...

Harry olhou com uma cara esquisita para os dois, e Hermione foi logo se explicando:

- Harry, eu sei que você não queria nada disso, mas, em essência é verdade o que eles estão dizendo, não é? Só que eles estão fantasiando um pouquinho...

- Isso deve ser obra do Ministério da Magia, se você quer saber o que eu acho... – disse Ron – Tudo que eles tão fazendo agora é dando falsas esperanças que tudo está bem enquanto estão prendendo pessoas inocentes e colocando você como o Herói...

Harry pensou em tudo o que eles disseram e alguma coisa dentro dele acendeu. Ele ia mostrar para a sociedade, para Dumbledore, o que ele podia fazer. Ele ia acabar com esse medo, essa injustiça! Prender pessoas inocentes para acalmar, aliviar as massas? Que tipo de Ministério, de Ministro era esse? Harry Potter não sabia se era ou não um herói, mas ia dar o seu máximo para cumprir o seu dever, não por obrigação, mas por amor, por ódio, por Hogwarts, por Sirius. Por seus pais.

- E é exatamente por isso que eu vou começar a ir atrás dos Horcruxes o mais cedo possível. – Disse Harry de repente.

Por que te colocaram como o Escolhido? – Indagou, sem pensar, Ron.

- Não Rony! Porque o Ministério está parado sem fazer nada, enquanto era seu dever prender os verdadeiros comensais da morte e acabar com Voldemort!

Ignorando o fato dele ter usado o nome Voldemort ao invés de Você-sabe-quem Hermione perguntou:

- O que você quis dizer com eu vou começar a ir atrás dos Horcruxes? Eu pensei que nós já havíamos discutido sobre isso Harry.

Harry sabia que já tinham discutido sobre isso, mas todas as vezes que pensava nisso, ele sentia mais e mais que não poderia colocar seus dois melhores amigos nessa jornada. Eles têm que ficar seguros. Ele não queria e não podia ser responsável outra vez pela morte de seus amigos, de sua família. Harry não pôde evitar dizer:

- Eu não quero que vocês corram perigo! Já não basta o que aconteceu com Sirius? Já não basta o que aconteceu com Dumbledore?

- Harry eu não me importo de morrer lutando ao seu lado para acabar com Vo-Voldemort de uma vez por toda!

- Mas EU me IMPORTO!

O silêncio que se instaurou foi mortificante. Hermione e Rony fitavam Harry atentamente, com olhares de súplica e vontade contidos neles.

Depois desse longo silêncio Rony disse, sem tirar os olhos de Harry, baixinho:

- Harry, nós estamos com você cara. Como você acha que nós nos sentiríamos se deixássemos você ir em busca dos Horcruxes, enfrentando os comensais da morte, armadilhas, e outras coisas que hão de vir, sozinho? Nós estamos com você desde que nos conhecemos, passamos por dificuldades e alegrias, mas estávamos juntos.

- Nós vamos com você. – Enfatizou Hermione.

Harry fitou seus dois melhores amigos e viu determinação e coragem nos seus olhos. Ele viu que nada do que ele fizesse ou dissesse os fariam mudar de idéia. Harry sabia que eles o seguiriam para onde ele fosse e disse as palavras mais verdadeiras possíveis naquele momento:

- Eu não sei o que seria de mim sem vocês dois.

Os olhos de Hermione se encheram de lágrimas e os três se abraçaram.