Aquelas Doces Palavras

Capítulo4 – Pressentimento

"E foi isso, Gina. Ele pediu que confiássemos nele, que ele iria nos ajudar na luta contra Voldemort. Agora, eu me pergunto o que Dubledore vai achar disso. Ah! Mas se ele confia no Snape, o Draco é fichinha." – Hermione falava enquanto estava concentrada em seu café da manhã.

"Pra mim isso ainda cheira mal. Aquele nojento do Malfoy querendo ajudar a gente e com todo aquele papo de ser humano. Isso só pode cheirar mal. E Mione, o Snape pelo menos deve ter provado que merece a confiança do Dubledore. Já a gente tá caminhando no escuro e sem ter onde se segurar."

"Nossa, Roniquinho. Tá filosofando, hoje? Mas pelo menos se der tudo certo, nós vamos saber que ele não é tão mau assim, né?" – Um fio de esperança de uma possível aceitação de Draco pelo irmã surgiu em Gina, depois do que Hermione contara, mas a resposta do irmão não foi agradável como ela queria.

"Qual é, Gina! Deu pra gostar de barata é!" – Gina revirou os olhos.

"Não! Eu só estou tentando ser justa, maninho. Diferentemente de você."

Assim que Gina acabou de falar e sem dar tempo ao menos para o ruivo responderà irmã, uma coruja grande e linda posou bem em cima do café da manhã da garota, derramando suco na sua saia e fazendo suas torradas caírem no chão. Quando viu o pergaminho caprichosamente enrolado e selado com um adesivo em forma de coração, onde se viam as iniciais D e G enlaçadas, Gina arrancou-o da coruja, e saiu da mesa rapidamente, esquecendo-se até que estava toda suja e molhada.

Com as mãos trêmulas, longe dali, ela abriu o pergaminho. Nele havia um desenho do primeiro beijo do casal e logo embaixo:

Eu não sei se você acreditou. Eu realmente não sei. Pra mim foi tudo tão mágico que eu só consegui me apaixonar mais por você. Eu que antes era tão dono de mim, tão seguro e forte, hoje não consigo mais nem parar de pensar em ti.

Eu sei que você deve estar pensando que eu nunca diria coisas assim, mas eu já te falei, você faz isso comigo, garota. Você me deixa louco, romântico, apaixonado, feliz... e ao mesmo tempo tudo ao contrário.

Eu sei que você é teimosa, Weasley, mas acho que eu fico tão bobo perto de você que você acaba esquecendo quem eu sou. E eu vou te provar que eu te amo. Vou provar que as minhas palavras são verdadeiras e eternas.

Só aviso uma coisa: não cruze o meu caminho, Weasley. Você vai estar correndo perigo... de ser beijada em público por um Malfoy apaixonado.

Do seu,

Draco Malfoy

Ela não conseguia segurar as lágrimas. Draco realmente sabia faze-la chorar. A vontade dela era correr pros braços dele e viver esse amor, mas tudo parecia tão complicado na cabeça dela. Uma parte dela pensava no que a mãe diria, na gritaria que iria ter em sua casa. E se namorassem escondido, todos os encontros seriam cheios de temor de serem descobertos, mas aoutra partequeria mandar todo mundo ir pastar e ficar com Draco.

"Gina, você está bem? Por que você está chorando?" – Era Hermione, ainda bem, se fosse outra pessoa ela não tinha idéia de como explicaria as lágrimas. Sem responder, a ruiva deu a carta pra amiga ler.

"É do D...Malfoy."

"Ai, Merlin! O que aquele idiota fez!" – Gina não respondeu e Hermione pegou a carta e começou a ler. O queixo da garota ia caindo conforme seus olhos rolavam pelo pergaminho. Se não estivesse assinado e Hermione, por acaso, não conhecesse a letra de Malfoy, ela diria que ele nunca escreveu aquilo. Aliás, mesmo assinado e com a letra do loiro já era difícil acreditar que aquelas palavras tão... doces, tinham saído da cabeça dele. Mas pelo menos isso explicava o porque do loiro ter mudado tão drásticamente. – "Então, você era o outro motivo pelo qual Malfoy falou que estava fazendo isso?"

Gina olhou confusa para a amiga, a ruiva não sabia o que tinha acontecido na noite anterior nos mínimos detalhes, por isso não entendeu a conclusão de Hermione. Mas não houve mais tempo praesclarecimentos. Nesse momento, Mione e Gina foram distraídas de sua conversa pelo estrondo dos vidros das janelas da escola sendo quebrados e viram quatro figuras encapuzadas e montadas em vassouras, entrarem por elas. Não havia muita gente ali, a maioria dos alunos já tinha ido pra aula, mas os poucos que estavam por perto foram suficientes pra fazer um tumulto.

Gina pegou a carta de Draco que estava com Hermione e guardou-a. Não seria nada bom, se no meio daquela confusão alguém encontrasse aquilo perdido por aí.

"Mi, vai achar o Harry e o Rony, que eu vou procurar algum professor!"

"Você tem certeza de que não quer vir comigo, é perigoso ficar aí!"

"Tenho! Vai!"

Hermione foi para as masmorras procurar pelos amigos, enquanto Gina corria desesperadamente para a sala da professora McGonagall, o castelo era enorme e o troca troca das escadas a atrasavam. Os comensais já tinham começado a atacar os alunos que passavam, alguns eles deixavam desacordados, outros eles simplesmente faziam com que sentissem dor, ela tinha que encontrar Minerva!

Ao cruzar a última escada que dava acesso ao corredor onde ficava a sala da professora, a garota ouviu uma voz fria, sarcástica e cheia de ódio se direcionar a ela.

"Hum, a mais nova dos Weasley está com pressa?" – A ruiva não respondeu. Apenas encarou quem falava com ela. A voz combinava completamente com a dona, uma mulher bonita, mas obviamente tomada pelo mal. O medo era enorme, mas Gina não se entregaria tão facilmente a uma comensal. Não mesmo.

"Algum trasgo comeu sua língua ou você é tão burra que ainda não aprendeu a falar?"- A mulher não parecia estar com raiva, a voz dela tinha uma calma assustadora, masa ruiva continuou calada, ela não tinha o que responder.

Draco sentiu uma pontada no peito.

"Gina... "– Ele sussurou em um tom de precocupação.

Ele sentia que ela precisava dele. Ignorando a voz de seu professor chamando-o, ele saiu correndo pelo castelo a procura dela. Quando chegou no salão principal, Draco viu os alunos feridos no chão, o comensais atacando outros alunos e alguns professores tentando conte-los, junto com Harry, Rony e Hermione. A dor no peito dele aumentou.

"Merlin! Onde ela estÿ" – Ele falava consigo mesmo enquanto procurava por ela junto ao irmão e aos amigos e não a encontrava. Sua ruiva estava correndo perigo, ele sentia isso cada vez mais. Ele tinha que fazer alguma coisa. Ele tinha que ajuda-la.

"Estou certa de quem você é? A filha do pateta admirador dos trouxas?" – A mulher sorriu de um modo que parecia diabólico, o que fez Gina estremecer, mas ao mesmo tempo arrumar coragem, ela não sabia de onde, pra responder.

"Primeiro: meu pai não é um pateta, por sinal é bem mais inteligente que você que recebe ordens de uma cobra. E segundo: se você estiver interessada em entrar pra família é melhor procurar meus irmãos...AHHHHHHH!" – O rosto de Gina se contorceu e ela caiu no chão, sentindo uma dor horrível como se sua pele estivesse sendo arrancada. – "El..Eles que gos...tam de va..ca..."

"Cruccio! –Elafez uma pequena pausa e continuou – Hahaha, já ouvi falar do gênio da sua família e, acredite, ser geniosa agora não é a melhor opção, só me faz acreditar que você gosta de sofrer." – Gina realmente conseguiria irritar a mulher se continuasse com as respostas malcriadas. Eisso só aumentaria o prazer que a louca sentia ao ver o rosto deGina se contorcendo de dor – "Seu pai, em vez de virar fã dos trouxas, devia ter lhe ensinado a não falar com estranhos... pelo menos se você tivesse continuado calada, eu te matava logo."– A expressão de satisfação no rosto da mulher se intensificava a cada grito que Gina soltava.

"E o seu... tira...do sua mãe do bordel..". – A voz de Gina estava fraca, a dor que ela sentia era horrível, mas ela não ia deixar uma vadia qualquer xingar seu pai sem ter troco. – "AHHHHHHH!" – Gina se revirava no chão, a dor aumentava a cada "dose" do feitiço.

Draco continuava correndo desesperadamente, ele já podia ouvir os gritos de Gina e a gargalhada de uma mulher.

"AHUAHUAHUA... você é bem impertinente garota. Já te falaram isso? Mas sabe, é melhor assim. Fica muito mais divertido ver seu rostinho patético se contorcendo se você estiver com raiva.- ela fez uma pausa e encarou Gina, sorrindo de um modo extremamente assustador –"Cruccio! Cruccio! Cruccio!"

A dor era desesperante. A garota não conseguia mais gritar, nem pensar numa resposta, não conseguia pensar em nada, tudo ao seu redor estava sumindo, como se estivesse sendo sugado pra dentro da terra, não existiam mais formas só borrões e entre esses borrões ela viu Draco se aproximando e depois mais nada, só trevas... Tudo escuro.

Draco avistou Gina caída no chão, perto da sala da McGonagall. Ao ouvir o barulho de alguém chegando a mulher resolveu ir embora, já tinha tido a sua cota de diversão por hoje, deixou o corredor soltando mais uma gargalhada e escondido atrás de uma estátua velha, tudo o que Draco conseguiu ver foi que a mulher tinha olhos claros.


N/A: Gente eu cometi um erro no nome do 3º Capítulo, mas já ajeitei. O nome é "Negócios por amores" e não "Algo além". Espero que estejam gostando! "

Obrigada a todos que mandaram reviews! Obrigada mesmo! E continuem mandando! Mesmo que já tenham mandado antes! Fico muito muito feliz com cada comentário que fazem!

Próximo capítulo: 27/03/05, domingo! Espero vocês!

Thanks to:

Mariana-fan-sister: Obrigado mariana... Vo continuar sim pode deixar... e vc continue lendo, okz? XD

Miaka: Será que respondi ao que você pensava? o/ Bem, o que você falou não ficou claro no cap 3, pq já tinha sido escrito nesse...XD Mas pow Miaka, continua lendo ae e comentando!