Guerras, guerras, guerras. Por muito tempo minha vida se resumiu somente a elas. Missões suicidas, seqüestros, explosões, combates e coisas do tipo eram tudo o que povoava minha mente. Até ele aparecer. Não vou dizer que ele então passou a ser a total razão de minha existência medíocre, que tudo se transformou em flores e a vida me pareceu bela como nunca antes foi, porque... hn, isso é ridículo, uma coisa que não existe no mundo real. É tudo um golpe de marketing para os livros e filmes do gênero venderem mais, e para maníacos pervertidos iludirem pobres moças sonhadoras. Mas que, sim, ele fez diferença e iluminou um pouco a escuridão que me preenchia, não vou negar.
Duo Maxwell chegou com aquela estranha mistura de sede de vingança e alegria estúpida, e no começo eu achei que ele não fosse nada mais nada menos do que um baka despirocado e mal regulado. Com o tempo e um parco conhecimento sobre sua vida, percebi que ele tinha sofrido muito, e escondia tudo sobre uma grossa camada de felicidade incondicional, na vã tentativa de abrandar o sofrimento (1). O que ainda o torna um baka.
No entanto, tal capacidade de esconder tão bem sentimentos tão fortes me impressionou e fez nascer em mim uma espécie de admiração por ele, que foi crescendo à medida que eu tinha a oportunidade de presenciar seu desempenho como piloto. Bobagem ou não, isso acabou dando lugar a um forte calor no peito e aceleração cardíaca quando ele se aproximava de mim, que muitos denominam .
Só que, com o fim das guerras, cada piloto seguiu com a sua vida, e nos separamos. Perdi totalmente o contato com eles, e já passaram-se meses, sem que eu tivesse notícia de qualquer um dos meus antigos companheiros.
No início não senti falta, toquei minha vida normalmente, cursando uma boa universidade de administração, e dedicando-me somente aos estudos. Mas com o passar do tempo, notei que um vazio dentro de mim, uma saudade estranha dos tempos de guerra foi me preenchendo aos poucos, até reencontrar Duo se tornar uma obsessão. Passei noites em claro me infiltrando em computadores de empresas e do governo, hotéis, escolas, imobiliárias e toda sorte de lugares, na tentativa de achar alguma coisa. Foi preciso muita procura para que eu conseguisse achar o nome do Shinigami, numa escritura de um apartamento em uma colônia não muito longe de onde eu estava. Sem pensar nas conseqüências, ou no que eu faria quando o encontrasse, peguei o primeiro vôo que consegui para perto de Duo.
Foi preciso andar um bocado e pedir informações em várias lanchonetes e boates (dois lugares que eu tenho certeza de que o americano freqüenta) até avistar a longa trança castanha ricocheteando numa esquina. Pena que foi por pouco tempo, e logo o perdi de vista. Chateado por tê-lo visto escapar como água por entre meus dedos, comprei um jornal e entrei num café muito simpático e aconchegante que encontrei perto da banca.
Sentei-me num banco junto ao balcão e pedi um café expresso. Quem sabe assim eu consiga domar o sono terrível que vai me assaltando aos poucos. Já foi-se o tempo em que eu agüentava uma semana sem dormir. Agora, três noites em claro já me deixam exausto. Falta de costume, creio eu. Mas não, eu não trocaria a vida que tenho agora por nada, exceto talvez a companhia de Duo. Já tive o bastante de estresse nos campos de batalha, e minhas mãos já estão manchadas com muito sangue, inocente ou não. Apesar de sentir falta da adrenalina e emoção, gosto mais da paz. Quem diria, hn? O Soldado Perfeito, máquina de batalhas, agora um amante da paz. É a vida...
Abri o jornal e comecei a ler a primeira página, mas nunca conseguindo prender minha atenção à notícia, sempre sendo arrastado para algum ponto em minha mente onde reinavam minhas esperanças e desejos. Deixei-me perder nesses universos por um tempo, voltando de vez em quando para o jornal, enquanto tomava o café, que eu maquinalmente pedia outro, quando este acabava. Quanto tempo permaneci desse jeito não sei exatamente, mas voltei à realidade quando a atendente me perguntou:
— Tem certeza, senhor? Já tomou pelo menos umas dez xícaras!
Ótimo! Agora além de tudo, desenvolvi um vício inconsciente de cafeína. Encarei a moça e respondi:
— Só mais um. E dois donuts.
Comi distraidamente os bolinhos e voltei a ler o jornal, dessa vez resoluto a realmente fazê-lo. Mas novamente não passei da segunda página. Irritei-me com isso, fechei o jornal, bebi o resto do café e deixei uma nota sobre o balcão antes de sair dali. (2)
Fui então até um hotel que ficava no mesmo quarteirão do apartamento de Duo, descansar um pouco. Se ele realmente morava ali ou não, eu não sei. Mas ele comprou aquele apê pouquíssimo tempo depois do fim das guerras, o que só me deixa uma resposta lógica, a qual é a mesma que meu coração tanto anseia.
Debrucei-me na janela e fiquei olhando atentamente todas as pessoas que passavam. Não demorou muito até vê-lo passando a passos largos, cabeça baixa e a trança balançando ao vento. Ele entrou no prédio e eu fiquei ali a suspirar. Como era possível tanta beleza em um só ser? Duo era... perfeito! O corpo, o rosto, os gestos, olhares, expressões... a profundidade de seu olhar sempre foi algo que me fascinou. Eu poderia passar horas perdido naquela imensidão violeta. Assim como poderia passar horas tentando imaginar qual seria a extensão de seu amor por mim, imaginando também que ele me amasse. Quão grande poderia ser a entrega a que Duo se submeteria? Manteria-se frio, distante? Ou mergulharia de cabeça, dedicando-se de corpo e alma? Sua personalidade complicada não me dava chances de descobrir isso, mas nem mesmo assim eu desistia. Pensando desse modo, me vejo frente a um dilema no qual eu sempre evitei pensar a respeito: será que eu teria coragem de declarar a Duo o que eu sinto por ele?
Afastei isso de minha mente pela qüinquagésima vez e liguei meu laptop. Eu não mais o usava para relatórios, mas sim para dar voz ao meu hobby: a escrita. Mesmo cursando faculdade de administração, descobri há pouco tempo que tenho grande aptidão para escrever. Tudo começou quando a falta de Duo ameaçou me deixar louco. Extravasava meus sentimentos e pensamentos de forma obtusa em trechos de um romance, que eu mais tarde, por passatempo, juntei em capítulos. Mas até então isso permanecia guardado em meu laptop. Houve um dia em que percebi-me sem dinheiro. Não que comer fosse um problema, mas havia o aluguel do meu quartinho, e a mensalidade da faculdade, duas coisas que eu precisaria pagar. Minha única alternativa foi mostrar minha história a uma vizinha, que era editora e crítica de livros para uma revista especializada.
Flashback— Nossa, Heero, a história tem alguns errinhos, mas está ótima! É um estilo meio pesado, mas prende direitinho o leitor.
— Acha que tem condições de publicar?
Ela sorriu.
— Claro que sim! Ficarei feliz em ajudar.
Fim do flashback
Fiquei bastante surpreso com o sucesso que minha história fez. Na faculdade não se falou de outra coisa durante um bom tempo. Obviamente ninguém sabia que eu era o escritor, já que tive o bom senso de usar um pseudônimo. O dinheiro que recebi está sendo suficiente para a minha sobrevivência durante esse mês e talvez mais um ou dois, motivo pelo qual já comecei outra. Não sei se ficará melhor do que a primeira, mas espero que fique tão boa quanto.
Corri meus olhos pela parte já escrita. Um começo imbecil, devo dizer. Por que o começo é sempre a pior parte? Já perdi a conta de quantas vezes já apaguei isso e recomecei.
Mesmo naquela enorme cidade, ele conseguia se sentir sozinho. Mesmo dentro do shopping aquecido e rodeado por seus colegas de classe, o rapaz abraçava seu próprio corpo, os olhos claros fixos nas lajotas do chão. Seu passado o perseguia. Sim, perseguia, e sempre perseguiria, pelo menos enquanto David não superasse tudo o que havia acontecido. E ele precisava fazê-lo, do contrário continuaria a afastar de si todos aqueles que lhe eram caros, só para não machucá-los como machucou seu melhor amigo há quatro anos atrás.
Ainda não está bom, mas está... menos pior que a última. Senti meus olhos pesando, mesmo com o efeito da cafeína no sangue, e achei que era melhor ir para a cama. Quando eu acordasse, talvez, eu iria falar com Duo, ou voltar a escrever meu romance, baseado nas minhas frustrações e falta de coragem de falar abertamente sobre o que estou passado.
Cama... nunca quis tanto dormir quanto agora.
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Uma semana e meia. Dez dias inteiros naquele hotel, vendo Duo passar todos os dias, e nada de conseguir sequer ir cumprimentá-lo. Nunca fui uma pessoa, digamos... sociável, mas tenho que concordar que o melhor modo de anunciar minha presença ali era cumprimentando-o alguma das vezes em que o via passar pela frente do hotel, indo para o serviço (ou até mesmo voltando deste). Ainda existiam as opções aparecer ocasionalmente na livraria onde ele trabalha, fazendo parecer uma coincidência e encontrá-lo na lanchonete ou no café que ele freqüenta. Deu para perceber que, mesmo não indo falar com ele, Duo não saiu de minhas vistas essa semana inteira. Segui-o para todos os lugares onde ele foi, e meu americano desligado nem ao menos percebeu. Melhor assim.
Incrivelmente, a proximidade com Duo me fez avançar em minha nova história. Está tudo se desenvolvendo lindamente. Minha editora (que é minha vizinha na colônia onde moro) disse, quando comentei que estava começando a escrever outro romance, para manter o estilo pesado e depressivo, porque foi o que mais chamou a atenção, e fez meu primeiro livro se destacar tanto. Em vez de uma adolescente que entra em depressão demais da morte da melhor amiga, que era a pessoa em quem ela mais confiava, e é salva pelo amor de um rapaz em quem nunca prestou atenção, por mais que ele a amasse, escolhi um rapaz que se apavora quando o melhor amigo confessa amá-lo e, confuso com os valores ensinados pela sociedade e seus próprios sentimentos, espanca o garoto até quase a morte. Anos se passam, e ele continua a afastar as pessoas mais queridas, para não machucá-las como fez anteriormente.
Por que sempre melhores amigos envolvidos? Oras... simplesmente porque Duo por várias vezes me disse que eu era o seu, e ele sempre foi o mais próximo de um amigo que eu tive. (3)
Não é simples escrever, e nem alivia totalmente minhas dores e receios, mas ajuda muito. Não sei o que faria sem isso. Provavelmente sofreria mais, e teria que arranjar um emprego. Não consigo imaginar-me atrás de um balcão, por exemplo, usando aqueles uniformes coloridos das lanchonetes, ou numa loja de roupas, dando conselhos sobre o que ficaria melhor nos clientes. Não tenho paciência para tanto. E não agüentaria sorrir amavelmente o dia todo. O único que já me viu sorrir de verdade foi o americano. O único que pode me fazer rir abertamente, e o único em quem eu confio plenamente para baixar minha guarda assim. E sei que ele também confia em mim, pois fui o único a vê-lo chorar nas noites escuras e tempestuosas que o lembram do passado, da infância. O que mais temo é que, revelando o que sinto por ele, Duo fique receoso, e me prive dessa amizade que me faz tão bem. Tenho medo de perdê-lo como amigo, o que eu não arriscaria. Prefiro passar a vida inteira a sofrer com um amor reprimido, do que passá-la sem Duo.
Corri meus olhos pelo quarto do hotel, sentindo que algo faltava, algo importante que eu havia me esquecido. Fui até meu laptop, com a certeza de que encontraria a resposta lá. Abri algumas pastas de arquivos pessoais, mas não vi nada que me chamasse a atenção. Abri então meu porta-CD e passei um por um até parar bem no meio. O disco azul com a inscrição Mansão Winner, verão de 196 DC em vermelho parecia brilhar, como se me chamasse. Peguei-o e coloquei para rodar. Era um vídeo caseiro feito na casa de Quatre, após a primeira guerra. No verão o árabe chamou a nós quatro para passarmos um tempo na casa dele, e fomos. Isso foi antes de sabermos que teríamos que entrar em combate novamente, por causa da filha de Treize, Mariemeia.
O vídeo era exibido na tela do computador. Senti os olhos encherem-se de lágrimas, de saudades daquele tempo. Bons tempos... éramos somente as crianças que tínhamos idade para ser, sem as preocupações de pilotos incumbidos de salvar a Terra e as Colônias, sem complicações amorosas para nos afastar. Trowa estava filmando. Era uma festa surpresa para Wufei, que fazia aniversário naquele dia.
— Olha que no meu eu vou querer uma igual, heim? – brincou Duo alegremente, sentado no braço do sofá
— Quando é seu aniversário?
— Em setembro. Doze de setembro. (4) Não vá esquecer, heim Qat?
O árabe sorriu, e realmente não se esqueceu. Lembro-me bem que em 12 de setembro daquele mesmo ano, Quatre chamou-nos em segredo e fizemos uma enorme festa surpresa para o trançado. Ele ficou muito feliz. Chorou emocionado e nos abraçou. Ainda posso sentir o calor de seus braços em minhas costas, agradecendo tudo o que fizemos por ele. Deixei-me ficar entorpecido pelas sensações de uma lembrança feliz quase esquecida, até que me lembrei de que procurava algo. Instintivamente olhei para a folhinha pregada na parede, e vi algo que eu com certeza não esperava. Doze de setembro. Era aniversário de Duo.
Olhei no relógio e ele provavelmente não havia saído de casa para o trabalho, pois hoje só entrava depois do almoço. Troquei meu pijama por uma roupa qualquer e saí do hotel, em direção ao pequeno centro comercial.
Aquela cidadezinha não tinha um shopping, mas o centrinho supria todas as necessidades dos habitantes e turistas. Lojas de souvenier, roupas, doces, bichos de pelúcia, flores, brinquedos, livrarias e lojas de cosméticos ocupavam todos os espacinhos daquela praça, dispostos em lojas que dava direto para a rua, ou pequenas galerias. Passeei um tempo olhando vitrines, sem me decidir por algo. Até que uma loja de roupas em especial chamou minha atenção. Um longo sobretudo preto fazia conjunto no manequim com uma calça preta justa e uma blusa igualmente preta. Na hora me lembrei que Duo tivera uma vez um sobretudo parecido com aquele, mas o perdera não me lembro onde, e lamentou durante dias a fio a perda. Com um sorriso nosálgico recordei-me dos telefonemas no meio da noite, só para reclamar a perda da peça de roupa. Seria um bom presente.
Entrei na loja e pedi o sobretudo da vitrine à moça do balcão.
— Me desculpe, só posso vender o conjunto inteiro.
Suspirei e perguntei o preço. Era além do que eu normalmente pagaria, mas por Duo... não teria problema. Valeria seu preço pelo sorriso estampado na face do meu amigo. Isso se... eu conseguisse entregar-lhe. Balancei a cabeça na tentativa de afastar a covardia. Não, eu não ia deixar esse aniversário passar em branco. Não mesmo!
Saí dali com a sacola em mãos e fui até uma confeitaria. O enorme bolo de chocolate trufado com mousse e raspas de chocolate por cima no mostruário parecia o mais apropriado. Pedi-o à atendente.
— Vai levar inteiro?
Examinei com cuidado o tamanho, e considerando a gula de meu amigo, achei melhor levar tudo.
— Vou sim.
Ela colocou numa caixa bem grande, paguei e saí dali. Minha próxima parada foi uma loja de conveniências, onde comprei um rolo de fita vermelha. Dali fui para o último lugar que precisava. A floricultura. Comprei um botão de rosa vermelha e um cartãozinho, onde escrevi somente Feliz Aniversário, Duo.
Voltei para o hotel já sem mãos para carregar mais nada, e deixei tudo depositado na pequena mesa para refeições em meu quarto. Olhei meu relógio de pulso. Meio dia em ponto. Bem na hora. Peguei a rosa e uma caixa de ferramentas (tamanho de bolso) em minha mala, e segui o caminho que o Shinigami fazia todos os dias para ir ao trabalho.
Como eu esperava, na porta da livraria estava a plaquinha de Horário de almoço, voltamos logo. Habilmente e sem que ninguém notasse, destranquei a porta e entrei, tendo o cuidado de fechar a porta atrás de mim. Coloquei a rosa por cima do cartão, encima do balcão onde eu sabia que meu amor passava seus dias, e voltei para o hotel.
Agora seria uma longa tarde de espera. Estou contando com a permanência de Duo na livraria pelo resto do dia, e a noite, vou surpreendê-lo com uma mini-festa em seu próprio apartamento. A menos que a curiosidade dele seja maior que o compromisso com o emprego, e volte mais cedo. Mas não creio que o chefe vai permitir tal coisa. O expediente acaba às 20h. Às 19h30 irei para lá e deixarei tudo pronto. De vez em quando é bom exercitar meu lado hacker-invasor, para não enferrujar as habilidades e manter-me informado sobre os mais recentes sistemas de segurança.
Sem idéia do que fazer o resto da tarde, liguei para a recepção e pedi uma tesoura. Devem ter achado um pedido meio... diferente, mas ninguém comentou nada, e em poucos minutos estava lá camareira com a tesoura.
Peguei o embrulho com as roupas e coloquei no chão, junto com a tesoura e a fita vermelha e me sentei ao lado. A idéia de um bonito laço me parecia muito simples, mas logo descobri ser mais difícil do que eu imaginei. Fiz e refiz o laço incontáveis vezes até achar que estava bom.
Olhava para o relógio a cada minuto, não conseguindo controlar a ansiedade que tomava conta do meu ser. Na hora em que resolvi fazer isso, não pensei muito a respeito, pois sabia que desistiria. E agora, que não há mais como recuar, sinto o receio aparecer.
Assisti televisão o resto da tarde, e quando ouvi o alarme do meu laptop dizendo que eram 19h30, peguei o bolo, o embrulho, coloquei a caixa de ferramentas no bolso e saí.
Fui até o prédio vizinho e entrei sem problemas. Se você mostra segurança ao parar em frente ao portão, os porteiros acham que é morador. Há alguns dias atrás, eu havia descoberto que Duo morava no décimo andar, apartamento 101. Parei em frente à porta branca e, após uma pequena inspeção, seguro de que não havia câmeras de segurança, abri a porta do mesmo jeito que fiz com a livraria horas antes.
Vazio, como esperado. Analisei o lugar e escolhi a mesinha do centro da sala, entre o sofá e a televisão. Aquele lugar não tinha a cara de Duo... era tudo tão limpo, tão organizado.
Tirei o bolo da caixa e o coloquei sobre a mesa, com o presente ao lado. Parecia tudo pronto. Até que eu ouvi um latido.
Um ganido fraco e angustiado vinha de algum ponto do apartamento. Fui até a lavanderia e encontrei um pequeno husky trancado lá. Eu não sabia que ele tinha um cachorro. Dei de ombros e levei o animal para a sala, deixando-o em meu colo, no sofá.
Meu coração acelerou quando o clique da porta sendo destrancada se fez ouvir. E um par de olhos violeta me encarava totalmente surpreso, enquanto o cachorrinho latia feliz.
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(1) Nitty com gripe pelo visto escrever melhor...
(2) Percebam que o Hee-chan nem notou que o Duo estava no Café. Bobo!
(3) O Hee inconscientemente projeta nesse segundo romance o medo da rejeição e da reação de Duo, no papel do protagonista
(4) Como não sei a data do níver do Duo-love, inventei essa!
N/A: E foi embalada por músicas românticas dos anos 70 e 80 que escrevi esse capítulo! Um LP ótimo, por sinal, chamado Eternas Paixões.
E aí, o que acharam do capítulo? Eu demorei um pouco para escrevê-lo, mas... cêis perdoam, né? Para as pessoas que estavam ansiosas para ver o Duo-love abrindo o livro, vão ter que esperar mais um pouco. O Heero já falou um pouco sobre o que se trata, mas vocês vão saber mais no próximo capítulo.
Eu queria agradecer imensamente à Terezinha-Fleur, Rei Owan, Lua-chan, Shanty, Jo-kun, Dani, Karin Kamya, MaiMai, Aryam, Ma-chan, Lady Une, Sakuya, Eowin Symbelmine, Dark Soul e Litha-chan. Foram as reviews de vocês que me motivaram a escrever.
Estou esperando mais reviews para o próximo capítulo, heim?
