Capítulo 3 – O tão esperado encontro

Quando acordei naquela manhã, senti um vazio muito grande tomar conta de mim. Embora no exato momento eu não soubesse bem o que era, segundos depois eu me lembrei: era o dia do meu aniversário. Eu deveria estar feliz, não? Afinal, normalmente as pessoas aguardam ansiosas durante 364 dias para que essa data chegue. Mas provavelmente essas pessoas têm uma família, ou pelo menos amigos que comemorem com eles. Eu não tenho família há muito tempo, e o único amigo com quem ainda mantenho contato está viajando a trabalho e só volta daqui a pelo menos 4 dias. Meu único pensamento no momento: Como Wufei pôde? Melhor do que qualquer um, exceto talvez Heero, ele sabe a importância que essas coisas têm pra mim. Qualquer data comemorativa que possa demonstrar carinho e afeição é tratada por mim com especial atenção. Gosto de demonstrar (às vezes até de um modo exagerado) o quanto me importo com meus amigos, e gosto ainda mais quando eles demonstram que isso é recíproco. Pode parecer besteira, mas para mim não é.

Sentei na cama, e descobri um pequeno montinho debaixo das cobertas, se mexendo. Puxando o edredom, encontrei um bolinho de pelos cinza todo enrolado. Peguei o cachorrinho em minhas mãos e levantei-o, deixando-o à altura de meus olhos.

— Já não te falei que a minha cama não é lugar pra você dormir?

Ele latiu alegremente pra mim, e não resisti aos encantos do animalzinho. Suspirei, e levantei-me, ainda segurando-o nos braços.

— Hey, cê sabe que eu não me importo. Mas o FeiFei me fez prometer que não deixaria você mal-acostumado. E tenho certeza de que era exatamente disso que ele estava falando.

— Au!

— Mas, afinal, eu não deixei, certo? Você veio por conta própria.

— Au-au!

— Então não tem problema.

Coloquei Shin em cima do balcão de mármore da cozinha e fui até o armário. Peguei uma lata de cereal em flocos (1), leite e duas tigelas, colocando tudo no balcão perto dele.

Fiz meu prato de mingau, e coloquei leite na outra tigela, para o cachorro, que começou a latir manhosamente e bater com a patinha na lata de cereal.

— Não, não, não. Isso você não pode comer. O Wu-man foi bem expresso. "Nada de besteiras para o Shin. Ele só pode tomar leite e ração". Então se contente só com o leitinho.

Terminei de comer, afaguei a cabeça cinzenta e fui até o quarto trocar de roupa.

Era realmente uma sorte Wufei ter deixado o Shin comigo. Sem ele eu estaria... perdido. Encheria a cara logo cedo, sem me importar com a bronca que tomaria do chefe por ir trabalhar chapado, assim não teria que passar o dia todinho remoendo lembranças de uma infância a muito encerrada, e de tempos felizes ao lado de pessoas que se importavam comigo. Será que ainda se importam? Não sei. Mas foi, mesmo contra minha vontade, pensando em Trowa, Quatre, Heero e até mesmo em Wufei, que eu me encaminhei para o trabalho, não sem antes fechar o pequeno cachorro na lavanderia, para que não destruísse meu apê.

— Bom dia, Maxwell. – cumprimentou-me Woaks, meu chefe

Era hora de o velho Duo entrar em ação. Coloquei um alegre sorriso no rosto, ocultando toda a angústia dentro de mim, e disse um bom dia o mais alegre (embora falso) que consegui.

— Olhe, agora pela manhã está para chegar um carregamento da editora. Você os recebe, pega as encomendas, confere as notas fiscais e dispense-os. Nada de mais. Eu estarei lá trás, se precisar de mim.

Entregue às palavras cruzadas e revistas de sacanagem, eu sei. Ele acha que eu sou bobo, ou o que? O que é que ele pensa que eu penso (2) que ele fica fazendo lá nos fundos o dia todo? Organizando faturas é que não é, porque sou eu quem faz isso. Aliás, eu faço quase tudo aqui. E por uma mixaria. Eu devia pedir um aumento...

— Okay.

Ele sumiu pela porta lateral, e eu sentei-me na cadeira alta atrás do balcão. Com os pés em cima do mesmo, fiquei observando o movimento na rua através do vidro.

Entediado, passei a vasculhar com os olhos as prateleiras e coisas ao meu redor, em busca de algo que me distraísse. Meus olhos repousaram sobre o livro vermelho do velho Matson, ainda guardado no mesmíssimo lugar onde eu deixei há vários dias atrás. Talvez... Não! Que idéia mais absurda! Eu nem gosto de ler! Mas e se... Nem vem! O que há comigo? Não vou ler isso!

Minha batalha interna foi interrompida por um freguês. Uma freguesa, na verdade. Muito bonita, apesar de esconder-se atrás de terríveis óculos fundo-de-garrafa e uma enorme franja que quase cobria seus olhos. Os cabelos cor-de-palha estavam presos em duas tranças, e ela usava roupas escolares.

Ajeitou os óculos no nariz com o dedo indicador, e desviou os olhos ao me encarar.

— Eu gostaria de saber que livros de física quântica você tem... – ela pediu com uma voz tão baixa que eu quase não ouvi.

— Física quântica? – eu fiz cara de assustado. – Céus! Gosta disso?

Eu não costumo puxar conversa com fregueses, mas eu já não estava muito legal. E realmente não creio que a inocente CDF iria pensar que eu, o belo e poderoso Shinigami (3) estava dando bola pra ela.

— Uhum. Você não?

— Não! – respondi indignado – Já não gosto de ler, e se eu fosse escolher algo, com certeza não seria física.

Ela deu de ombros.

— De qualquer modo, você tem?

Com um suspiro, tirei meus pés de cima do balcão e fui até as prateleiras mais no fundo da loja.

— É isso o que eu tenho.

Ela olhou por alguns instantes e escolheu um volume particularmente grande.

— Vou levar esse.

— Alguma coisa mais? Histórias em quadrinhos, poesias?

— Não, obrigada.

Não satisfeito, coloquei em prática minhas habilidades como vendedor, e convenci-a a levar um livro de poesias melosas e românticas. Não sei se ela comprou porque quis, ou para ver se assim eu parava de encher a paciência e deixava-a ir embora. Mas de qualquer jeito, vendi mais.

Assim que parei no balcão novamente, os entregadores chegaram. E então não tive sossego. Era muita coisa, tinha que conferir se estava tudo direitinho, verificar o preço, conversar com o responsável sobre as próximas entregas... e depois que eles fossem embora, catalogar os livros novos, passar para o computador e colocar cada um em seu lugar. Quando eu já estava quase no fim, Woaks passou por ali dizendo que iria almoçar, pedindo que eu trancasse a porta e não me esquecesse da placa de "Voltamos logo" quando saísse para o almoço, a hora tão abençoada.

Logo que acabei meu estafante trabalho, segui as recomendações do chefe e fui até a lanchonete de sempre. Por que não experimentar lugares novos? Oras... porque eu gosto dali. O hambúrguer de lá é tão bom. Me dá água na boca só de pensar.

Durante a refeição, me forcei a não pensar na situação atual (leia-se: meu aniversário e a ausência de alguém além de um husky de poucos meses de idade para comemorar comigo), embora fosse meio complicado. O ruim de cidade pequena é que não há muito o que fazer ou se preocupar, e nem sempre as pessoas são tão amáveis quanto os filmes e seriados apregoam. São muitas vezes mesquinhas, egoístas e egocêntricas.

Bom, meu dia já estava ruim o bastante para me preocupar com as outras pessoas (4). Voltei para a loja meia hora mais tarde. E qual não foi a minha surpresa ao encontrar um botão de rosa vermelho em cima do balcão. Com certeza aquilo não estava ali quando eu saí. Aproximei-me cuidadosamente e vi que havia um cartão junto. Tirei-o do envelope e li a mensagem curta e direta. "Feliz Aniversário, Duo" . Continuei olhando, como se esperasse que o resto da mensagem aparecesse do nada. E como "nada" foi o que aconteceu, percebi que era só aquilo mesmo. Quem poderia ter me mandado aquilo? Meu chefe com certeza não foi. Virei o cartão, na esperança de ter um nome escrito atrás, mas só vi o papel em branco.

Voltei para o meu posto na cadeira atrás do balcão com a flor nas mãos, e me permiti alguns momentos para simplesmente me deliciar com o suave perfume da rosa, e imaginar quem teria tido a delicadeza de me mandar aquilo. Meu coração apaixonado clamava por um único nome, mas que minha mente torturada pelo sentimento reprimido afastava com fúria resoluta. Heero Yuy.

O barulho do sininho da porta me despertou do momento de torpor, e num reflexo instantâneo, escondi a flor embaixo do balcão. Felizmente era só meu chefe, que passou direto para os fundos da loja. Quando fui pega-la de volta, vi onde a havia deixado: em cima do livro vermelho.

Suspirei. A pequena surpresa, de quem quer que seja, já havia melhorado meu dia em 100. Tentar ler aquele livro não iria fazer grandes estragos, certo?

Relutante, peguei o objeto e abri. A primeira folha veio com o nome da obra: Do profundo desespero. Até agora, nada mal. Virei mais uma folha, e novamente o nome do livro. Na página seguinte, um pequeno poema de introdução.

"I'll save you from yourself
From the demons of the night
They promess fame and fortune
All that you eagerly desire

I'll save you from yourself
From those voices calling you they say
'Sale your soul to Evil
Then you'll dancing forever' " (5)

Ainda mantenho minha opinião: nada mal. Me deixou curioso para saber do que se trata a história. Seja lá quem for o escritor, até agora está fazendo um bom trabalho. Mais uma página se virou lentamente sob meus dedos.

"Bela garota, ela era. No auge de seus 18 anos. Longos cabelos negros que cascateavam por suas costas, olhos cor-de-mel, lindos, embora totalmente inexpressivos, pele clara e lisa, com pequenas sardas nas bochechas, e um belo corpo.

Seu rosto tão alegre, sempre pronto a ajudar quem precisasse, fechou-se após a morte de sua melhor amiga. Nunca mais seus lábios finos se curvaram num sorriso doce, nunca mais seus olhos brilharam, e a cada dia que passava a jovem se fechava mais e mais.

Culpada? Definitivamente não. Mas Anya assim se considerava, todas as manhãs ensolaradas em que acordava no frescor de seu quarto. Talvez se não tivesse discutido com a amiga, ela não teria pegado aquele táxi no meio daquela noite chuvosa, o carro não teria derrapado, e batido contra o poste. Maldita hora em que resolvera ter ciúmes."

Fechei o livro. Até que não era tão ruim. Na verdade, eu até que estava gostando. E era exatamente isso que me assustava. Eu, Duo Maxwell, estava gostando de um livro. Nãão... isso já era demais pra minha cabeça. Mas, fazer o quê, certo?

Abri novamente o livro e voltei a lê-lo.

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Nossa... Acho que o dia no trabalho não passa tão rápido desde... desde nunca! E desde quando eu não me divertia tanto com algo tão parado quando um livro, perguntam-me vocês? Sei lá... acho que isso também nunca aconteceu. E por incrível que pareça, eu me sinto feliz! Leve, despreocupado. Totalmente o oposto de hoje pela manhã.

Já está quase escurecendo, e eu finalmente cheguei ao prédio onde moro. O botão de rosa em minhas mãos me lembra que ainda tenho que descobrir quem me mandou. Mas eu posso pensar nisso amanhã. Tudo o que eu quero agora é chegar em casa, pedir uma dúzia de pizzas, alugar alguns filmes e assim passar a noite toda. Deprimente? Talvez... mas eu não me importo.

Chegando à minha porta, ouvi barulhos lá dentro. O que seria? Abri a porta rapidamente e não consegui acreditar no que meus olhos viram. Estarei alucinando? A solidão já consumiu minha sanidade mental? Sim, porque... quais são as chances de Heero Yuy estar agora sentado em meu sofá, com o cachorrinho do Chang no colo, e ter um enorme e maravilhoso bolo de chocolate na mesinha de centro?

Shin começou a latir, me trazendo de volta a realidade.

— Heero? – perguntei incerto

Ele sorriu docemente, me deixando ainda mais atônico. Nunca o vi sorriu assim. Aliás, será que alguma vez eu já o vi sorrindo? De qualquer forma, tive que me controlar para não externar o que se debatia dentro de mim. Por que ele estava ali? Será que se lembrou? ("E o bolo lá atrás, baka?", minha própria mente me lembrou) E a minha favorita: ele me ama?

— Feliz aniversário, Maxwell.

Era só minha impressão ou os olhos azuis sempre tão gelados agora demonstravam uma alegria quase transbordante? Alguém me interne! Eu acho que enlouqueci!

— Ãhn... er...

Cadê? Procura-se uma máscara de felicidade e indiferença! Urgente! Criança doente pela perda! Oferece-se recompensa!

Por que eu não posso agir normalmente? Eu tô entrando em pânico! Mas não um pânico de medo, e sim um pânico de "ai, pelos deuses! O que eu faço agora? Alguém aperta o botão de 'normalidade' que a coisa tá ficando feia!".

Por dentro, meus poucos neurônios pegavam fogo e se debatiam, chocando-se uns contra os outros e contra a parede mais próxima. Por fora... bem, eu acho que eu continuava o olhando embasbacado e tentava articular alguma coisa.

— O... obrigado.

Obrigado? OBRIGADO? Eu espero meses e meses por esse reencontro e tudo o que eu falo é "obrigado"? Céus... se alguém achar meus parafusos por aí, me avise, ok?

Heero veio em minha direção com os braços abertos. Deixei-me ser abraçado, e senti meu corpo tenso relaxar nos braços fortes dele. Foi uma coisa rápida, sabe? Mas como eu esperei bastante tempo simplesmente para vê-lo, pra mim pareceu muita coisa.

Ahá! Encontrei! Respirei fundo e deixei a máscara de "Duo-bobo-alegre-e-falador" se encaixar perfeitamente. Ah, como é bom recobrar o controle sobre si mesmo... ou somente parecer que conseguiu.

— Mas e então, Heero! O que o trás subitamente a essa longínqua colônia?

Ele me lançou um daqueles olhares mortais. Mas eu sabia que dessa vez ele estava brincando.

— Seu aniversário, oras!

— Quando chegou?

— Hoje de manhã.

Por que eu acho que ele está mentindo? Não faço idéia...

— Seu cachorrinho é muito simpático, sabia? – ele disse apontando para o Shin.

— Ah, não é meu. É do Wufei. Ele foi viajar e deixou comigo.

— Você ainda mantém contato, é?

— Uhum. Ele mora aqui perto, e estamos nos entendendo bem melhor agora.

— Ele foi viajar no dia do seu aniversário? Que espécie de amigo é esse?

— Sabe que eu pensei a mesma coisa hoje de manhã? E nem pra me telefonar! Aposto que esqueceu.

— Então ainda bem que eu me lembrei. Já posso até ver você estirado no sofá comendo pizza e assistindo filmes.

Como? Como ele me conhece tão bem pra saber que era exatamente isso que eu ia fazer? Heero Yuy é uma caixinha de surpresas. E a cada dia que passa, eu o amo ainda mais.

— Só duas pessoas se lembraram. Você e quem me mandou essa flor.

— E você gostou dela?

— Muit...

Oh-my-god! Como eu pude ser tão cego? O sorriso maroto e o tom da voz do japonês o denunciaram, e se não fosse por isso, eu não iria me tocar nunca! A letra parecia mesmo ser dele, mas... eu nunca conseguiria me convencer de que era isso mesmo.

— Adorei, Heero. Muito obrigado por ela.

— Hn... você descobriu...

Sorri triunfante.

— Bom, hn, eu te trouxe um presente. Espero que goste.

Ele me entregou um embrulho com um laço de fita. Parecendo criança no Natal, abri o pacote. Uma calça preta, uma blusa justa da mesma cor, e um sobretudo L-I-N-D-O.

Acho que se eu sorrisse mais, meu maxilar ia soltar. Aquele era definitivamente o diz mais feliz da minha vida!

— E então, o que achou?

— Adorei! Nossa... eu estava namorando um parecidíssimo numa loja no centro. Eu sei que eu já disso isso várias vezes, mas... muito obrigado!

— Então espere para me agradecer depois de provar o bolo.

Voltei minha atenção para o maravilhoso doce.

— Você é demais, Hee-chan!

O apelido escapou sem querer, mas não acho que ele tenha se importado muito com isso. Fui rapidamente até a cozinha pegar pratos e talheres, e quando voltei, Shin estava pulando freneticamente em direção ao bolo.

— Não, menino! – disse para ele – Você não pode comer doces, sabia?

— Você conversa com o cachorro, Maxwell? – Heero me perguntou, com cara de quem duvida da minha sanidade mental. Bom, hoje até mesmo eu estou duvidando dela...

— Pior seria se ele me respondesse.

Ele riu. Incrível como depois das guerras, ele parece ter relaxado bem mais. Não parecia mais o soldado frio e sanguinário que eu conheci. E por quem eu me apaixonei. No entanto... acho que posso me apaixonar por esse "novo Heero" também. Afinal, a base é a mesma, certo?

Ou será que eu estou sonhando, e daqui a pouco, exatamente quando eu for comer esse bolo divino, ou quando Heero for me beijar, eu vou acordar?

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(1) tipo Neston, ou Farinha Láctea.

(2) repeti o verbo de propósito, viu? '

(3) momento Dark Schneider (protagonista do mangá "Bastard!") do Duo-love. Ah! E nada contra CDFs inocentes fãs de física quântica, viu? (eu mesma já pertenci a esse grupo UUU)

(4) e quem está sendo egocêntrico agora?

(5) "Eu vou salvar-te de você mesmo
Dos demônios que habitam a noite
Eles prometem fama e fortuna
Tudo o que você deseja ansiosamente

Eu vou salvar-te de você mesmo
Das vozes que te chamam, elas dizem
'Venda sua alma ao Diabo
Então você irá dançar para sempre"

(trecho da música Sentence, do Era)

N/A: O Hee ficou bobo demais, não ficou? Eu sei que ficou... TT Mas eu não consegui resistir, tava ficando tãão fofo!

Não se preocupem com a menina que apareceu na livraria, é só uma coadjuvante que caiu de pára-quedas, nada de relevante.

E finalmente o livro do Soldado Perfeito apareceu! Ficou uma droga, eu sei. E apesar disso ter sido uma das primeiras coisas que eu escrevi quando resolvi fazer a fic, eu não gostei. E achei que se eu tentasse refazer, ia ficar até pior, por isso deixei como estava.

Agradecimentos mais do que especiais à Ilia-chan, Sayuri Maxwell, Goddess of Death, Rei Owan, Dark Soul, Sakuya, MaiMai, Pipe, Eowin Symbelmine, Litha-chan e Terezinha-Fleur pelos ma-ra-vi-lho-sos reviews que me inspiraram tanto.

E recadinho pro Jo-kun: honey, ainda não foi desta vez. Aquela cena de beijo ainda vai demorar mais um pouquinho, viu? Mas vê se não faz disso uma desculpa para enrolar com a minha carta. u.ú

Gente, espero mais reviews! E muitíssimo obrigada pelo apoio que estão dando, nas minhas duas fics. Isso significa muito pra mim.